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sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Redução de equipes


Dois funcionários da prefeitura de uma pequena cidade trabalham no jardim da praça.
Enquanto o primeiro, munido de uma pá, cava pequenos buracos, o segundo segue seus passos tapando imediatamente os buracos abertos.
Um cidadão curioso com a cena aparentemente absurda decide interrogá-los:
- Mas o que significa isso, senhores ?
- Estamos trabalhando ! – responde mal humorado o primeiro.
- E vocês tem certeza de que não há nada de errado nesse trabalho ? – retruca o cidadão.
- Olha, sem tem alguma coisa errada é culpa do Marcos. – apressa-se o segunda em explicar.
- Mas quem é esse tal de Marcos ? – pergunta, curioso, o transeunte.
- Marcos é o nosso chefe. Ele mandou embora o Adolfo, que era o cara que colocava as sementes.
(adaptado de Melhores Piadas de Seleções)

Moral da História
Se você pretende fazer uma redução na equipe, melhor repensar todo o processo antes.

sábado, fevereiro 11, 2006

Aprendendo com os Deuses 1 – ODIN


Segundo a “Encyclopaedia of Things that Never Were”, o onisciente e todo poderoso ODIN, governante de Asgard, o reino celeste dos deuses da mitologia nórdica, se assemelhava fisicamente aos grandes chefes Vikings e, como eles, era especialista nas artes da guerra e da paz. Ele ensinou aos homens como construir e usar suas armas e seus barcos para as explorações e conquistas e como compor suas músicas que narravam, com ritmos cadenciados, incontáveis histórias de homens e deuses, motivando-os para suas batalhas.
ODIN sabia de tudo que se passava no mundo por causa de seus dois corvos, Huginn e Muninn. Todas as manhãs ODIN os enviava para sobrevoar os domínios dos vivos e dos mortos e todas as noites eles retornavam e pousavam, um em cada ombro de ODIN, para contar os segredos dos homens e dos espíritos.
Ele está perpetuamente consciente de que, um dia, todos os deuses terão que lutar a última grande batalha contra as forças do mal, e é para isso que se prepara.
É interessante conhecer o significado dos nomes dos corvos de ODIN. Huginn e Muninn significam, respectivamente, Pensamento e Memória.
Ou seja, a noção de que um líder precisa capacitar e motivar sua equipe, coletar, armazenar e analisar informações e estar permanentemente preparado para os grandes desafios que terá que enfrentar não foi concebida em nenhum MBA do Século XX.

( a ilustração foi retirada da Wikipedia, e é da Islândia - Sec. XVIII)

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Poltrona do Diretor: Aos fatalistas


Há um homem que caminha pelo jardim com um livro.
O homem é cego
O jardim é um labirinto de caminhos que se dividem, se ramificam e se recombinam.
Há estátuas no jardim. Estátuas enormes. Se elas se movem, como dizem alguns, é devagar demais para ser percebido.
O livro é pesado. Você não conseguiria levantá-lo.
....
Ele está acorrentado ao livro, ou o livro a ele. É um livro de muitas páginas. Não pode ser roubado. O homem não pode se desfazer dele.
O livro contém sua vida. Cada detalhe de sua vida. Tudo o que lhe aconteceu . Tudo o que lhe acontecerá um dia. As coisas que você esqueceu.
Contem tudo que já aconteceu ou acontecerá para todas as pessoas que você já conheceu.
O significado do formato das manchas de cada leopardo está escrito aqui, assim como a verdade das formas das nuvens, a estranha e divertida vida-canção das bactérias e os segredos que os ventos sussurram quando não há ninguém para escutar.
Tudo está aqui, desde o começo dos tempos até o apocalipse.
Ele não criou o caminho que você trilha.
Mas os movimentos dos átomos e das galáxias estão em seu livro, e ele vê pouca diferença entre eles.
Um dia ele o largará, quando o livro estiver terminado. E o que vem depois disso ainda não está escrito.
Uma página vira. O Destino continua a caminhar. Ele está segurando um livro.
Dentro do livro está o Universo.
(Neil Gaiman – Destino: Noites sem Fim)

O texto acima é do fantástico autor de Sandman. Destino, se não me equivoco, é um dos curiosos membros da família dos Perpétuos.
A imagem poética do homem com o livro onde tudo está escrito certamente encanta os fatalistas de plantão.
Mas Gaiman, sorrateiramente, insere o pequeno comentário: “Ele não criou o caminho que você trilha”.
Não por acaso, o comentário é seguido da afirmação: “Mas os movimentos dos átomos e galáxias estão em seu livro, e ele vê pouca diferença entre eles”.
Existem coisas muito pequenas ou grandes demais para que possamos interferir. Elas acontecerão. Está escrito. Independem de nossa vontade, embora seja muito útil conhecê-las e entendê-las.
Mas no infinito espaço entre elas, você pode escolher o caminho que irá trilhar.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

A mensagem das pontas


Piada compilada da Revista Seleções:
Caminhando pela rua uma criança se assusta com um enorme pastor alemão (cão).
- Na tenha medo – diz o dono. Pela forma como ele abana a cauda você pode ver que ele não quer lhe fazer mal.
E a criança responde:
- Acontece que de frente ele está rosnando e eu não sei em qual ponta devo acreditar !

O que podemos extrari desta estória, num paralelo com o mundo empresarial:
a) Até uma criança sabe que para avaliar uma situação precisamos avaliá-la por todos os ângulos;
b) O responsável pelo negócio sempre vai tentar chamar sua atenção para seu lado mais sedutor;
c) Por outro lado, nem sempre o que nos assusta representa, necessariamente, um perigo;
d) Há que se considerar que os negócios tem vida própria, podendo surpreender tanto os otimistas quanto os pessimistas;
e) Se o risco é uma mordida e a oportunidade é uma lambida, fico com a decisão da criança.