sexta-feira, maio 26, 2006
COMPROVADO: Propaganda funciona !
Uma das coisas mais interessantes deste mundo on-line é a possibilidade de testar conceitos on-going, em real-time, ali mesmo na hora.
Minha querida mulher, sempre gentil e carinhosa, presenteou-me (de surpresa) com lindos cartões para divulgação do Arguta.
Resultado: aumento de 40% nas visitações diárias ao blog já na primeira semana em que iniciei a distribuição (tímida) dos cartões.
Na postagem anterior, a simpática cadela “Brand” virou um “hit”, comprovando a tese de que animais de estimação aumentam a audiência. O número de visitas de ontem foi o dobro da média diária do mês anterior (o poder do “word of mouth” – propaganda boca a boca).
Nos próximos dias deve ser publicado o Mídia News, novo jornal interno do IBOPE Mídia, com uma entrevista minha (e nova menção ao Arguta).
Vou poder observar o resultado da sinergia entre a mídia impressa e a eletrônica.
E, nesta postagem, aproveito para testar também outro mito da propaganda, o de que crianças aumentam a audiência (vide foto).
Só me resta agradecer aos fiéis leitores com quem oportunamente partilharei o resultado das novas ações de comunicação.
quarta-feira, maio 24, 2006
Arguta apresenta: “As aventuras de Brand” (Vida de Cão)
Atendendo a pedidos, estou postando a historia da cadelinha “Brand”, que contei durante a apresentação que fizemos pela manhã no evento sobre Internet (patrocínio UOL) no Hotel Unique, em São Paulo.
Brand é uma simpática cadelinha de raça que mora, cercada de amor e carinho, em uma pequena casa no bairro do Paraíso.
Os donos tratam Brand como se fosse uma filha, sempre bem cuidada, banhada e alimentada.
Brand cresceu bonita e charmosa, chamando a atenção de todos que tinham contato com ela.
Uma vez por semana, na porta da casa de Brand, acontecia uma feira livre.
Era o dia em que Brand fazia a festa. Seus donos deixavam que saisse para passear na feira onde, em função de seu charme, a cadelinha recebia atenção e comida de todos os feirantes e fregueses.
Um dia, Brand pensou que seria muito bom viver na rua, livre da ditadura do lar.
Não que Brand fosse ingrata, mas a verdade é que aquele monte de regras e restrições que seus donos entendiam como cuidado eram um tanto aborrecidos se comparados à festa que era seu “dia de feira”.
Seduzida pelo imediatismo, Brand fugiu de casa.
Nos primeiros dias, tudo foi muito divertido.
Brand, sempre fofinha, era acolhida e mimada onde quer que estivesse. Andava felicíssima.
Mas o tempo foi passando e Brand, sem os cuidados do dono, foi perdendo seu charme.
O pelo cresceu e ficou sujo. Vieram as pulgas. Os machucados....
Em algumas semanas Brand estava parecida com qualquer outro cachorro vira-latas.
Então Brand descobriu que o mundo sabe ser muito duro com quem não tem uma boa imagem. Quando conseguia chamar a atenção, era de forma negativa. Ninguém mais a queria por perto e nem lhe dava comida.
E nossa querida cadelinha Brand foi definhando.
Até que um dia, Brand passava por perto de sua antiga casa, de cabeça baixa e olhos tristes, pensando em como era boa a vida no tempo em que se deixava cuidar. E, para sua sorte, seu dono saia de casa nesse exato momento. Demorou para reconhecer sua Brand mas, enfim, resgatou-a feliz.
Foi necessário muito trabalho para recuperar a Brand e, aqui entre nós, ela nunca mais foi a mesma depois dessa trágica experiência.
Moral da história: Uma promoçãozinha de vez em quando pode até fazer a vida da marca mais interessante, mas em excesso acaba com ela !
quarta-feira, maio 17, 2006
Crise de Autoridade
Estamos todos estupefatos com os acontecimentos.
Vivemos, nos últimos 3 ou 4 dias, um pequeno exemplo das conseqüências possíveis de um sistema político-social inadequado para nosso país.
É importante notar que não se tratou de uma “guerra civil”, como queriam alguns. Não foi a população que se revoltou contra o governo. Ela sequer estava armada.
O que aconteceu, antes de tudo, foi uma demonstração de autoridade, e de falta dela.
Nas últimas décadas acompanhamos a derrocada das autoridades institucionais.
Começando em casa, com a ausência ou omissão dos pais na educação dos filhos, onde perdidas as referências de moral e bons costumes os filhos fazem o que bem entendem (e os pais “negociam”).
Segue nas escolas, nas quais, em função do novo modelo educacional baseado na “não-reprovação”, professores mal remunerados ainda não encontraram uma forma de substituir o autoritarismo (a ditadura das notas) por alguma forma de autoridade. Os alunos mandam (e os professores “negociam”). E, quando alguém tem a coragem de desafiar a “autoridade” discente, sempre pode contar com a presença dos pais (que só visitam as escolas nessa situação) em defesa do “juris esculhambandi” de seus filhos (regularmente através de ameaças).
E chegamos aos “poderes” constitucionais. Segundo professam os jornais, o legislativo legisla em causa própria, o executivo executa o que lhe convém e o judiciário, quando julga, também não dá bons exemplos. E aí aplica-se um derivativo da negociação: a negociata.
O problema é, portanto, endêmico.
Urge o resgate do sistema educacional brasileiro, destruído na época dos governos militares e nunca mais recuperado.
Só um povo educado é capaz e educar as novas gerações e exigir, através dos instrumentos disponibilizados pela democracia, o bom comportamento dos governantes.
Houve época em que faltavam referências.
Agora sobram ... Pena que sejam péssimas referências.
sexta-feira, maio 05, 2006
O Porradódromo
Em busca das melhores práticas para convivência de nossos recursos humanos encontro, depois da coqueluche dos Fumódromos, o revolucionário conceito do Porradródomo.
Trata-se de um pequeno espaço dedicado à solução de conflitos onde os funcionários podem, de maneira reservada, discutir apaixonadamente seus pontos de vistas divergentes em busca de consenso.
O investimento necessário para construção de um Porradródomo é relativamente pequeno.
Um espaço de aproximadamente 9 metros quadrados é suficiente e recomenda-se que seja reservado em área próxima ao ambulatório da empresa.
A área de Recursos Humanos sugere o isolamento acústico, revestimento das paredes com material capaz de absorver impactos, piso lavável e total ausência de objetos perfuro-cortantes.
Empresas que adotaram o Porradródomo apontam para uma sensível redução no número de e-mails acusatórios com cópia para a diretoria.
Aderbal da S. (também conhecido como Maguila), funcionário de uma grande corporação e usuário regular do Porradródomo, afirma com voz fanha:
- É buito divertido !
Trata-se de um pequeno espaço dedicado à solução de conflitos onde os funcionários podem, de maneira reservada, discutir apaixonadamente seus pontos de vistas divergentes em busca de consenso.
O investimento necessário para construção de um Porradródomo é relativamente pequeno.
Um espaço de aproximadamente 9 metros quadrados é suficiente e recomenda-se que seja reservado em área próxima ao ambulatório da empresa.
A área de Recursos Humanos sugere o isolamento acústico, revestimento das paredes com material capaz de absorver impactos, piso lavável e total ausência de objetos perfuro-cortantes.
Empresas que adotaram o Porradródomo apontam para uma sensível redução no número de e-mails acusatórios com cópia para a diretoria.
Aderbal da S. (também conhecido como Maguila), funcionário de uma grande corporação e usuário regular do Porradródomo, afirma com voz fanha:
- É buito divertido !
quarta-feira, maio 03, 2006
A política e os negócios
Bem que tentei, mas não pude deixar de postar um comentário sobre o “causo” da nacionalização dos recursos naturais da Bolívia.
Para quem não está acompanhando o tema, o novo presidente da Bolívia, Evo Morales, decretou a nacionalização de recursos naturais de seu país, particularmente do petróleo e seus derivados.
Até aí, reconheço que essa é uma decisão soberana, que nos cabe respeitar.
Entretanto, vai uma primeira crítica para a execução. O Presidente da Bolívia ordenou a invasão da Petrobrás boliviana pelo exército e decretou que todos os seus ativos fossem transferidos para a estatal petroleira (de quem a Petrobrás havia comprado anteriormente as propriedades).
Na minha opinião, uma mudança drástica, injusta e ilegítima das regras de negócio no país, que traz grandes prejuízos para o Petrobrás e, por conseqüência, para o Brasil.
Como executivo de uma empresa que ainda não tem negócios na Bolívia (mas que considerava seriamente essa hipótese), cabe-me apenas descartar enfaticamente qualquer possibilidade de investimento naquele país a curto e médio prazo.
Mas acho importante comentar a posição do governo brasileiro diante do assunto.
De acordo com os jornais de hoje, nosso governo aceitou (e referendou) a decisão e as medidas adotadas pelo governo boliviano, optando por negociar a permanência da Petrobrás no país de acordo com as novas regras impostas.
Fosse a Petrobrás uma empresa privada e estivéssemos falando do Presidente dessa empresa, não teria qualquer comentário a fazer. Talvez fosse essa a melhor decisão a tomar.
Entretanto, quando o Presidente do Brasil referenda esse tipo de atitude, coloca em risco a credibilidade e a confiança que os investidores estrangeiros tem em nossas próprias instituições.
Se nosso governo acredita que as ações do governo boliviano são corretas, amanhã poderá decidir fazer o mesmo no Brasil.
Pessoalmente, não acredito que isso vá acontecer. O Brasil atingiu um estado de maturidade democrática que dificilmente irá regredir a ponto de permitir que aconteça uma barbaridade destas.
Mas quem não vive aqui não tem porque acreditar nisso. Os europeus e norte-americanos (maiores investidores na região) em geral não tem conhecimento suficiente para distinguir o Brasil da Bolívia, ou Luiz Inácio de Evo Morales.
Temo que a conta que o Brasil terá que pagar por essa infeliz manifestação de apoio ao governo boliviano será maior do que a conta do gás.
Sucesso Profissional 2 – A questão da autoridade
Minha última postagem sobre sucesso profissional gerou uma série de comentários, alguns no blog e outros pessoais ou por e-mail.
Basicamente, os comentários foram de 3 naturezas distintas.
Um grupo (majoritário) concordou com o conceito de que o sucesso está diretamente relacionado com a atitude e considerou interessante e útil a classificação das pessoas nos 4 grupos que mencionei (acomodados, alarmistas, solucionadores e realizadores).
Outro grupo achou bastante oportuno discutir a questão do sucesso profissional sob a ótica da realização pessoal e profissional, independentemente do status e da hierarquia.
E um terceiro grupo (minoritário) sugeriu discutir quais seriam as características identificadoras de um perfil de “diretor”, tema deste “post”.
Lembrei-me de um teste a que fui submetido há aproximadamente 3 anos como parte de um programa de avaliação de potenciais e competências da empresa em que trabalho.
O Work Levels (esse é o nome do teste) avalia o potencial de um profissional para ascender na hierarquia de uma empresa a partir de seu conforto com o “horizonte de tempo” das decisões e a inerente necessidade de lidar com incertezas e ambigüidades.
O conceito, embora limitado, é interessante e apropriado. Na medida em que o profissional assume postos mais altos na hierarquia da empresa, aumenta a demanda por decisões com menor grau de certeza e com implicações de mais largo prazo. E observo que a grande maioria das pessoas se sente bastante desconfortável com isso.
Entretanto, creio que o principal desafio para um profissional em ascendência, no modelo de gestão praticado pela maioria das empresas, é o exercício da autoridade.
Autoridade é um conceito complexo. Muito comum confundir autoridade com arrogância, prepotência, liderança, comando, chefia, e outros conceitos associados à forma pela qual se exerce a autoridade.
A “autoridade” a que me refiro não tem sinônimos. É uma complexa fusão de autonomia de pensamento, conhecimento, responsabilidade, comprometimento e determinação.
Cargos de comando exigem o desenvolvimento desta competência.
O desenvolvimento da autoridade é um processo visceral. É necessário, primeiramente, conquistar a autoridade sobre si mesmo, para depois exercê-la no papel de executivo.
É para pensar ...
Basicamente, os comentários foram de 3 naturezas distintas.
Um grupo (majoritário) concordou com o conceito de que o sucesso está diretamente relacionado com a atitude e considerou interessante e útil a classificação das pessoas nos 4 grupos que mencionei (acomodados, alarmistas, solucionadores e realizadores).
Outro grupo achou bastante oportuno discutir a questão do sucesso profissional sob a ótica da realização pessoal e profissional, independentemente do status e da hierarquia.
E um terceiro grupo (minoritário) sugeriu discutir quais seriam as características identificadoras de um perfil de “diretor”, tema deste “post”.
Lembrei-me de um teste a que fui submetido há aproximadamente 3 anos como parte de um programa de avaliação de potenciais e competências da empresa em que trabalho.
O Work Levels (esse é o nome do teste) avalia o potencial de um profissional para ascender na hierarquia de uma empresa a partir de seu conforto com o “horizonte de tempo” das decisões e a inerente necessidade de lidar com incertezas e ambigüidades.
O conceito, embora limitado, é interessante e apropriado. Na medida em que o profissional assume postos mais altos na hierarquia da empresa, aumenta a demanda por decisões com menor grau de certeza e com implicações de mais largo prazo. E observo que a grande maioria das pessoas se sente bastante desconfortável com isso.
Entretanto, creio que o principal desafio para um profissional em ascendência, no modelo de gestão praticado pela maioria das empresas, é o exercício da autoridade.
Autoridade é um conceito complexo. Muito comum confundir autoridade com arrogância, prepotência, liderança, comando, chefia, e outros conceitos associados à forma pela qual se exerce a autoridade.
A “autoridade” a que me refiro não tem sinônimos. É uma complexa fusão de autonomia de pensamento, conhecimento, responsabilidade, comprometimento e determinação.
Cargos de comando exigem o desenvolvimento desta competência.
O desenvolvimento da autoridade é um processo visceral. É necessário, primeiramente, conquistar a autoridade sobre si mesmo, para depois exercê-la no papel de executivo.
É para pensar ...
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