Da série "revendo filmes antigos" recomendo aos frequentadores do Arguta o excepcional "Laranja Mecânica" (1971) do britânico Stanley Kubrick.
O filme oferece uma oportunidade unicamente bem dirigida de se pensar sobre as diferentes visões de mundo, nossa dificuldade em aceitá-las e a vocação para encarar aquele que pensa diferente como um "doente" a ser tratado.
Não é um filme fácil de assistir e exige a capacidade de não se deixar levar pelo turbilhão emocional disparado pela extrema violéncia gratuíta.
Mas tem o mérito de não deixar que o expectador termine impune ...
quarta-feira, março 23, 2011
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15 comentários:
excelente flávio, e recomendo também o livro, experiência única pois ele é escrito todo com as gírias nadsat, e no início você fica completamente perdido [inclusive tem um glossario no final que eu acho que nãodeve ser usado rs] e no decorrer do livro vc se vê imerso naquele mundo do alex e na forma dele viver e falar com os druguis dele rs. fora que a narrativa em primeira pessoa do autor é tão tão boa que é dos melhores livros pra você sentir o personagem falando com você [e nele o alex de fato tá te contando o que aconteceu com ele]. enfim, além do que você já comentou sobre a história em si, a forma como o livro foi escrito vale muito a pena. muito! beijo!
Vi o filme.
Mas a sensação de "violência gratuita" que ele transmitia na época em que foi rodado parece ter sido esvaziada pelos eventos reais e muito mais violentos que vemos no dia a dia (vide o caso das agressões a homossexuais na Paulista) e de outros filmes ainda mais violentos como Pulp Fiction na década de 90.
Eu só consegui ver reflexão política naquele filme, mais nada.
Pensar diferente é ser capaz de ser criativo na sua vida nénão? E tão bom que é ver o mundo por outras óticas.
bjos
Anne
Ai Flávio,
quantas vezes já não me perguntei se “o mal”, não é apenas uma anomalia química dos corpos e não das almas...
Realmente não se fica impune depois de assistir esse filme.
Bjs
Rossana
Rossana: segundo Pedro (ferreamente defendido por São Tomas de Aquino) o mal é a ausência do bem (ou de Deus).
Tal qual a escuridão (que é a ausência da luz), não existe em si mesmo.
(mas é sempre bom lembrar que esse argumento foi desenvolvido para defender o fato de que Deus sendo essencialmente bom e criador de tudo que há, se existisse o mal, teria sido criado por Deus e, portanto, seria bom)
Marcos: a violência no filme tinha uma natureza sutilmente diferente, pelo menos foi essa a percepção que tive.
Cassiana: vou colocar na lista ...
Anne: mas nem sempre é fácil aceitar outros pensares quando em desacordo com nossos valores essenciais.
Não precisamos necessariamente 'aceitar'. Só respeitar que o outro tem um olhar diferenciado. Tão fácil dizer, nem sempre fácil fazer. Temos que nos despir de nossos preconceitos... :-)
bjos
Anne
BTW recebeste a tradução?
Já ví, bla bla bla, achei diferente, mas não gostei do "aproveitamento".
Boa noite;
Não assisti...
Bjs.
Flávio...
tenho estado silenciosa, distante até, mas ontem passei mais de uma hora em seu "café", lendo, degustando suas palavras, aprendendo, curtindo... que bom que existem esses pensamentos compartilhados, essa sensibilidade interessante, essa maneira deliciosa de falar da vida.
achei que devia te contar que gosto demais daqui.
beijo enorme
Príncipe
Este um dos 10 filmes de presença obrigatoria em minha vida.
Assista também "Brazil com Z" e aguardo comentário.
Abraços
Lemos
vai pra lista.
tks, bjs.
excelente dica
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