Na porta do quarto da menina de 9 anos, fechada com outras 3 amigas da mesma idade ensaiando com o Rock Band da Nintendo, a mensagem: "Bata na porta: Banda de sucesso".
No mesmo momento, assistia com minha "prima" de 15 anos um episódio da série Glee onde um professor de música decide abrir mão de sua paixão para ser Contador em uma grande empresa, quando descobre que sua mulher está grávida (precisa se preocupar em arranjar um emprego com maiores beneficios para poder "prover" a familia).
Ai uma amiga lhe pergunta: o que você quer oferecer ao seu filho, deixar como herança ? A ideia de que você deve abrir mão das suas paixões por um pouco mais de dinheiro ?
A série é do tipo romance-água-com-açucar-motivacional-politicamentecorreta e, claro, o professor decide permancer na escola.
Mas as duas coisas juntas me fizeram pensar sobre as escolhas que fazemos na vida ... com que "facilidade" abrimos mão de sonhos e paixões em troca das responsabilidades da vida adulta !
Será que isso é mesmo inevitável ?
segunda-feira, março 07, 2011
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10 comentários:
Prefiro acreditar que não, pois sem os sonhos e as paixões fico totalmente sem inspiração pra viver bem....
Está na hora do dito Ser Humano repensar sua relação com o Tempo. Só assim a chamada 'vida adulta' (QUÁ QUÁ QUÁ!) poderá dar espaço aos Sonhos, e refletirá melhor o que pode ser administrar melhor o Desejo, sem que seja necessário ningém 'atropelar' ninguém, inclusive a si próprio... Beijos! (Relembro o livro maravilhoso de Rosiska Darcy 'Reengenharia do Tempo', e - porque não o lindíssimo "O Tempo e o Cão' de Maria Rita Kehl...)
Acho que não, mas para que não seja invevitável deveríamos viver a vida ao contrário... Ser velho/maduro primeiro e depois ser jovem :-)
beijos, fui
Anne
"Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar..." Oswaldo Montenegro.
Pior de tudo é que é bem por aí mesmo.
inevitável não, mas as vezes a necessidade fala mais alto...
haa, tem sonhos q vamos perdendo pelos caminhos, afinal muitos acabam se tornando absurdos com o avanço da maturidade, mas outros tem mais q ser consiliados com a vida.
bjos...
Interessante a tua pergunta. Para responder, eu me limitei a observar a diferença do que move uma pessoa que sonha de uma que não sonha. A que sonha demonstra algum tipo de paixão, alguma esperança de algo melhor, um fervor para realizar ou mudar seu destino...acho que é por ai...pelo menos é assim que eu sigo minha vida....como dizia Guimarães Rosa, no seu livro Grandes Sertões Veredas..."o bonito da vida é que nunca estamos acabados...sempre afinando e desafinando...mas, nunca acabados"....é por aí...usando os sonhos para dar sentido as nossas caminhadas ou para nos dar resignificados nas nossas escolhas.
Bjs
Concordo com a Anne, pois muitas vezes, a gente só descobre depois.
Bjs
Rossana
É inevitável quando seus sonhos e paixões não são, de fato, tão profundos assim.
Temos medo de nossos sonhos,temos medo de arriscar,na verdade,temos medo da vida em si,da vida enquanto vida..
Crescemos e vemos que sem dinheiro não se vive bem,que a vida com responsabilidades adultas..exige de "wir alle" algo mais que os sonhos,que nossos mais puros desejos,vivemos,assim,a vida dos outros,a vida que nos é exposta,não a nossa própria,vivemos a vida funcional,e e temos medo de viver a que nós foi dada,fugimos da nossa essência.
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