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sábado, janeiro 26, 2013

O Sexo dos Anjos - Capítulo 8



Capítulo  1 - Conjuratio
Capítulo  2 - Tons e Cores
Capítulo  3 - Cherchez la femme
Capítulo  4 - Deuses primordiais
Capítulo  5 - Serpente
Capítulo  6 - O despertar
Capítulo  7 - Ascenção


Capítulo 8 -  Amor eterno



A relação entre os Deuses Primordiais nunca foi cordial e pacífica.
Embora as vezes possa parecer, essa não é uma questão relacionada com disputas de poder ou grandes paixões.
A verdade é que até mesmo os Deuses percebem o Universo através de experiências sensoriais interpretadas de acordo com suas estruturas mentais
pré-existentes. 
Não poderia ser diferente, já que são criações humanas e refletem a sua natureza, ainda que de forma idealizada.
Na medida em que diferem em sua percepção do Universo, é fácil concluir a possibilidade de discordarem sobre a forma de interagir com ele é grande.
Esse é o verdadeiro fundamento da discórdia nos diversos panteões em todas as eras.
Khaos é fruto das paixões arrebatadoras.  Pura energia, intensa e desordenada, avassaladora e atemporal.  Khaos é a força que constrói e destrói sem razão.
Dessa energia surge Gaia, a beleza criativa que representa toda a vida em seu momento presente.
Mas também emerge o destrutivo Tártarus, que representa o assustador final da existência.
Khaos, Gaia e Tártarus nunca se deram conta da essência diferente de Eros.
Enquanto os três primeiros explicam a origem e os fundamentos do mundo, Eros é quem oferece um sentido para a existência.
Eros, de fato, é o único deus eterno. 
Gaia e Tártarus estão conectados ao momento presente.   Khaos é incapaz de perceber o tempo.
A natureza essencial de Eros oferece o privilégio de esparramar-se pelo tempo.
Os outros deuses, e certamente os humanos, não são capazes de compreender claramente esse conceito.
Eros foi criado a partir do amor, a única emoção capaz de sugerir aos humanos a sensação de eternidade.
Essa característica é a grande vantagem competitiva de Eros em relação aos outros primordiais e mesmo aos que vieram depois.  Eros está sempre presente, em todas as eras. 
A intensidade de sua presença eterna depende apenas do amor gerado num determinado instante e, por isso mesmo, Eros buscava uma forma indireta de interferir na era Cristã, onde o amor havia sido substituído pelo seu antagonista, o temor.
E essa não era sua primeira tentativa.  Eros já havia perdido a conta de quantas intervenções havia feito sem sucesso. 
O fato de nenhum outro deus ter consciência disso o divertia.  A história se reescrevia a cada investida de Eros e as alternativas só poderiam ser percebidas por quem tivesse acesso aos registros Acásicos. 
Mas, desta vez, o plano de Eros demandava ajuda, ainda que involuntária, para ser executado.
Como, nessa era, apenas a equipe do CEO (também chamada de turma do Céu) podia consultar os registros, Eros havia tomado providências para garantir que os registros fossem consultados, invadindo o sistema e enviando uma mensagem absurda para Gabriel.
Eros decidira usar a vantagem de ser cronologicamente onipresente de forma mais inteligente... e estava funcionando desta vez.

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Bianca e Sheila permaneciam abraçadas sobre a cama, num estado de amorosa letargia.
Sheila foi a primeira a sentir a presença e abrir os olhos.
-          -  Meu Deus ... – gritou assustada.
-           -  Quem é você ??? – arrematou Bianca, colocando-se á frente de Sheila e protegendo-a instintivamente.
A figura etérea que pairava diante delas limitou-se a sorrir.

segunda-feira, setembro 17, 2012

Possibilidades sombrias

Algumas escolas da filosofia Hindu fazem menção à figura de um "registro akashico".
Nesse "local", todas as possibilidades de acontecimentos, do início ao final dos tempos, estão registradas e são constantemente atualizadas em função de cada novo acontecimento que se materializa na linha do tempo.
Entendem os Hindus que esse registro pode ser acessado por nós quando em profunda meditação e conexão com o Universo.
É quando temos a antevisão do futuro, ou de suas possibilidades.
Há momentos em que sinto como se estivesse acessando algo semelhante ao registro akashico.  Percebo as possibilidades de futuro com uma clareza próxima à da "realidade" do presente.
E, ultimamente, ando preocupado com isso.
Vejo a humanidade caminhando para uma cisão entre fundamentalistas/radicais e epicuristas/hedonistas, na proporção de 1/3 para cada grupo, ficando o último terço para o grupo que hoje consideramos como "pessoas normais" (que apenas passam pela vida cumprindo seus "deveres" básicos e seguindo o script padrão da sociedade em que vivem, vez por outra oscilando entre os dois primeiros grupos).
Vejo os radicais perseguindo os hedonistas e, com grande possibilidade, o mundo caminhando para uma nova idade das trevas.
Creio que ainda estarei por aqui, nessa forma atual, para assistir ao começo desse cenário.
Espero estar enganado.