(sugiro ler o “post” anterior antes)
Imagine uma grande empresa familiar, dirigida durante muitos anos por um empreendedor, líder carismático e centralizador (o dono).
A empresa “moderniza-se”, adota uma nova estrutura de governança (sem a presença do dono na linha de comando), elabora um plano estratégico, define políticas de administração geral, implementa sistemas de gestão de desempenho adequados e mantém a maioria dos profissionais de cargos diretivos, ajustando apenas suas posições na nova estrutura.
Toda a cultura, os hábitos, as tradições e relações são imediatamente banidas e substituídas pelo novo modelo de gestão.
E a direção da empresa (incluindo acionistas) passa a agir como se essa idealização correspondesse à realidade.
Tenderá a ignorar que a ausência do líder, por suas características, gerará insegurança e afetará o processo de decisão. Não estará preparada para os problemas de relacionamento que surgirão em função da maior formalização requerida pelo novo modelo, ao qual nem todos os executivos se adaptarão.
E, ao tentar sufocar as características “primitivas”, perderá a oportunidade de aproveitar o que elas podem agregar ao novo modelo e correrá o risco de ser surpreendida pelo seu antagonismo ao modelo idealizado.
Sobretudo, trata-se de uma negação da realidade, já que essas características seguem existindo.
sábado, novembro 05, 2005
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