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quinta-feira, fevereiro 26, 2009

SKA-P e a música de protesto contra a pedofilia na Igreja Católica

Essa música da banda SKA-P é um protesto contra o Papa Bento XVI (Ratzinger) e o que consideram sua tolerância em relação à pedofilia praticada pelos padres da Igreja Católica.
Deixo os comentários para vocês ...





Crimen Sollicitationis - SKA-P

(a letra da música)

Siervo de Dios...
Tocamientos, sacramentos, felaciones, juramentos
te enseño mi doctrina en forma de erección
Abuso de los niños, perversión y puro vicio
bajo mi sotana puedes encontrar a Dios

El confesionario es nuestro "tortuario"
Ay! Padre nuestro líbranos de él
En la sacristía hay mucha pederastia
Ay! Padre nuestro mas líbranos de él

CURAS, Violación, vejaciones a un menor
CURAS, ¡Qué más da! si nadie se va a enterar
CURAS, sin precaución tengo plena protección
CURAS, Meditad! ¿Quién me dio la inmunidad?

JUDAS, MI NOMBRE ES RATZINGER
JUDAS, SOY BENEDICTO XVI
JUDAS, YO LO FORMALICÉ
JUDAS, JUDAS, CERRANDO BOCAS

JUDAS, EN EL NOMBRE DE DIOS
JUDAS, FINANCIAREMOS SU PERDÓN
JUDAS, DÁNDOLE PRIORIDAD
JUDAS, A TAPAR ESCÁNDALOS

Miembros de la Curia, párrocos del sufrimiento
Crueles violaciones que al final se lleva el viento
Babosos violadores, carecéis de sentimientos
Los llantos de los niños que el pontífice ha encubierto

Oremos mis infantes por detrás y por delante
Todos desnuditos a los ojos del señor
Se encargan mis hermanos, los perros del Vaticano
de maquillar la mierda, que no llegue el mal olor

El confesionario es nuestro "tortuario"...

CURAS, Violación, vejaciones a un menor...

JUDAS, MY NAME IS RATZINGER
JUDAS, SOY BENEDICTO XVI
JUDAS, YO LO FORMALICÉ
JUDAS, JUDAS, CERRANDO BOCAS

JUDAS, EN EL NOMBRE DE DIOS
JUDAS, FINANCIAREMOS SU PERDÓN
JUDAS, DANDOLE PRIORIDAD
JUDAS, A TAPAR ESCÁNDALOS

Miembros de la Curia, párrocos del sufrimiento...

1 y 2, es tu religión, 3 y 4, tu alma ya está a salvo
5 y 6, silencio a lo que veis, 7 y 8, Lágrimas y Gozos
CRIMEN SOLLICITATIONIS
1 Y 2, que no te vea Dios, 3 y 4, malditos bastardos
5 y 6, cuidao con lo que hacéis, 7 y 8 Lágrimas y Gozos
¡Basta de tiranos! ODIO AL VATICANO

26 comentários:

A. Marcos disse...

Gostei dos meninos. Corajosos e criativos. Pena que os cristãos não tenham isenção suficiente para movimentar-se contra os absurdos da santa sé.

Fláio, aproveitando a oportunidade, como faço para por audio n meu blog?

Abraços.

Anne M. Moor disse...

Agressão não se combate com agressão...

A. Marcos disse...

Anne, onde está a agressão a que você se refere? De um lado pedofilia não combatida dentro do seio da Igreja, de outro um grupo de pessoas exercendo seu legítimo direito à liberdade de expressão.

Anne M. Moor disse...

A. Marcos,
Há tantas e tantas maneiras de exercer a liberdade de expressão... Sou plenamente a favor dela, mas a letra postada aqui pelo FF, justamente pra discutirmos, na minha maneira de pensar não combate as atrocidades ás quais se pretende. É fácil, eu sei, criticar sem apontar o caminho. Não tenho o caminho, mas não gostei dessa letra por considerar que ela não leva a nada...

As palavras podem ser armas na mão de quem as sabe usar e essa arma pode ser positiva e/ou negativa.

Abraços
Anne

A. Marcos disse...

Bom, é possível até discordar da forma como cada qual usa da liberdade de expressão, mas nem de longe é possível usar a pecha de violenta para uma letra que só faz escancarar a verdade vexatória que cristãos buscam encobrir.

Aliás, francamente, eu considero a letra bem branda se considerado o tipo de violência contra a qual ela se volta, qual seja: absusos sexuais - sem punição - perpetrados por líderes religiosos, dentro do que muitos consideram seja a "casa de Deus" e, o que torna mais inaceitável, contra seus fiéis ainda crianças.

Cá entre nós: você pode até não acreditar que violência injusta se combate com violência justa.

Todavia você deve ser a única no mundo que pensa assim.

Afinal, não é segredo que o sistema penal universal se baseia no uso de algum tipo de violência contra crimes de qualquer natureza.

Essa violência pode ser capital (com pena de morte), pode basear-se no castigo físico (a exemplo do que se dá em países que adotam o açoite como forma de punição), pode se dar por meio de coerção física (trabalhos forçados)ou pode se dar por meio de cerceamento de liberdades individuais (ex: encarceramento, regime semi-aberto, prestação de serviços à comunidade e etc...)

De toda sorte a "pena" é um castigo. Todo castigo é violência porque se baseia no cumprimento forçado (contra a vontade de alguém) de uma ordem que ofende direta, mas justificadamente, a liberdade, a dignidade e/ou a integridade física, moral ou intelectual do punido.

Diante disso, uma manifestação musical na qual se profere com veemência palavras de ordem contra tais abusos pode até não agradar a pessoas mais sensíveis mas de agressiva não tem nada.

A. Marcos disse...

Esqueci de dizer mais:

Abraços...rsrsrs

Flavio Ferrari disse...

Concordo com a Anne que a letra é agressiva e com o conceito de que nem sempre a agressão é a melhor forma de responder à agressão (de um modo geral, não é).
Concordo com o Marcos que os rapazes estão exercendo sua liberdade de expressão como forma de protesto.
Para mim, o ponto crítico com relação à forma de protesto é que atinge toda uma "categoria" quando, imagino, os padres pedófilos sejam uma minoria.
Mas na raiz da questão está na forma pela qual a cúpula da igreja trata o assunto.
Líderes espirituais sérios (que no caso da igreja católica se arvoram como únicos donos da verdade, inclusive), considerando a responsabilidade que tem, deveriam ser muito mais rígidos com relação a desvios de comportamente desta natureza.
Sem entrar no mérito do julgamento de um pedófilo, certamente ele não tem a menor condição de estar na posição de padre católico, porque sua atitude contraria principios fundamentais da fé que professa.
E, padres, assim como professores de crianças, pais e parentes próximos, enfim, todas as autoridades formais ou morais cometem um crime hediondo quando abusam de seu poder sobre os pequenos.
Abuso sexual é o mais explícito, mas existem outros tão maléficos quanto.
Se o principal líder da igreja não toma providências enérgicas, pode ser considerado conivente com esse abuso.
Nesse contexto, a crítica do SKA-P cumpre o papel de sensibilizar uma parte da sociedade (jovens, principalmente) para essa atitude tolerante do líder de uma organização que pretende ser porta-voz do Deus único na terra e senhora da verdade.

Anne M. Moor disse...

Adoro uma boa discussão como bem sabe o FF que me conhece :-) Mas não vou entrar nessa tua discussão A. Marcos (abraços aceitos) sobre conceitos filosóficos de violência. E FF, o corporativismo das carreiras é nojento e protege quem não deveria ser protegido... Isso não acontece apenas na igreja não...

A.Marcos, tu não me conheces, mas sou uma senhora idosa (hahaaha) e tenho muiiiiiiiiiiiiito mais chão andado do que tu, embora ainda tenho muito pra aprender. Uma coisa que aprendi nesta caminhada é justamente que agressão não se combate com agressão. Difícil? Certamente, mas ninguém nunca disse que a vida era fácil...

Abraços aos dois

Flavio Ferrari disse...

Já que a Anne fugiu da raia, assumo essa parte do debate...
Tenho dois filhos que agora já estão grandes.
Quando eram menores, uma de minhas preocupações importantes era ensiná-los a se defender das agressões na escola (um trauma da minha infância).
O resumo dos meus conselhos é: quando você precisar recorrer à violência é porque não foi capaz de encontrar uma maneira mais inteligente e eficiente.
Mas confesso que, um par de vezes, recomendei o uso da violência, porque não fui capaz de encontrar uma solução mais inteligente.

Flavio Ferrari disse...

Ah ... e certamente a música é um ato de agressão ...
Mais bonitinho do que enforcar os pedófilos, mas não deixa de ser uma agressão.

Ju disse...

mto bom, gostei sim! inteligente e não agressiva!!!
beijos
: )

Udi disse...

Agrada-me muito o ska como gênero musical que tem raízes no reagge que é um gênero musical prá lá de pacífico (sorry se falei de orelhada).
A letra é violenta porque descreve em detalhes, atitudes que a Igreja (Mr Razinger) quer acobertar. Descreve (denuncia?) os detalhes dos atos que são cometidos "bajo la sotana" (sotana seria batina?).

Ferrari, Ferrari! Que polêmica hein, maninho?!
...mas nada como um mediador como você!
;)

Udi disse...

...Ah! esqueci de dizer mais: beijocas a todos
:)

Érica Martinez disse...

então, não ouvi ainda pq já achei a letra meio tensa... não sei, nem sou chegada a esses temas religiosos - já disseram que futebol, política e religião não se discute, certo? - mas "fui com a cara" pq o nome da banda é SKA... Tem a ver com o estilo musical?
Outra: como vc consegue pôr esse player muderrrno no seu bloooog???

Érica Martinez disse...

aê, não tinha visto o comentário da Udi...

Érica Martinez disse...

PS: não que eu queira ficar alheia ao assunto da pedofilia e tal e tudo, mas... enfim... rsrs

Érica Martinez disse...

O reggae surgiu depois do SKA, porque os "clubes" na Jamaica eram muito apertados e o ritmo meio frenético, então as pessoas ficavam amontoadas e suadas, por isso o ska foi migrando para um sonzinho mais light, dando origem ao reggae...

Viu, Érica também é cultura!

"Beijo, me liga!"

Flavio Ferrari disse...

Marcos e Érica:
Existem várias maneiras para colocar música no blog.
Como não tenho tempo para esse tipo de exploração tecnológica (o pouco tempo que sobra dedico a escrever e comentar), escolhi o primeiro que apareceu pela frente.
Basta entrar no site http://www.imeem.com, cadastrar-se (free) e fazer o upload da música.
Ai, quando você acessa seu upload, tem uma linha de código que você copia para o editor de html do blogger e o resultado é esse pequeno player.
Se precisarem de ajuda (a orientação do site não é lá grande coisa), estou à disposição.

Ernesto Dias Jr. disse...

A exortação ao ódio destruiu o valor - se algum - do texto.
A mim parece só um sujeito que não gosta da igreja católica e que, sem arte, panfletária e infantilmente resolveu "protestar".
Mauita causa boa já foi pro brejo por conta de bobagens com essa.

A. Marcos disse...

FF, obrigado pela dica vou tentar colocar no meu blog.

Ernesto, eles fazem melhor do que os demais que nada fazem. Qualquer gesto de animosidade perante a inércia da Igreja vale muito mais do que omissão dos que assistem a tudo calados.

Talvez eles sejam como eu, alguém convencido do nocivo papel da Igreja, sobremaneira a católica, na história da sociedade ao longo dos tempos. Talvez sejam apenas pesoas expressando à sua maneira a indignação que sentem. Isso retira o mérito? Não. Volto a dizer: fazem mais do que os outros que nada fazem.

Ernesto Dias Jr. disse...

Caro Marcos:
Há maneiras e maneiras de expressar indignação. Incitar ao ódio não é uma delas.
Hitler manifestou a seu modo a indignação que sentia. Não me parece, portanto, que manifestar indignação seja, intrinsecamente, uma coisa boa. Há que avaliar o mérito e a forma.
E há tanta coisa contra o que protestar neste mundo que não se pode panfletar contra todas ao mesmo tempo. O indivíduo que se manifesta virulentamente contra o racismo não é indiferente à pedofilia, nem está calado. Apenas está usando a sua voz em outra direção.
E uma causa que abraço com muito carinho é a do repúdio ao ódio coletivo.

Érica Martinez disse...

Ernesto, não fica nervoso!

Anne M. Moor disse...

Ernesto,
That's why I love you meu amigo!!!Falou e disse.

Beijo

A. Marcos disse...

Caro Ernesto,
Não sei bem em que momento é possível extrair do texto da música alguma virulência ou ódio coletivo. Só fazem dizer a verdade.
E olha que eu já fui coroinha e queria ser padre até descobrir o câncer que subjaz escondido no âmago de uma igreja que se fosse exterminada da face da terra não nos faria falta.
De todo modo, se tem uma causa que eu abraço com bom gosto é contra a omissão geralmente disfarçada de pacifismo.

Ernesto Dias Jr. disse...

No momento em que diz:
"¡Basta de tiranos! ODIO AL VATICANO".

A. Marcos disse...

E eu aqui imaginando que ao se referirem ao Vaticano o fizeram não a todo o clero mas ao aticano como instituição que deveria punir os seus. Mais ou menos como quando as pessoas dizem que detestam o Poder Judiciário, o Casamento e etc.. não estão detestando todos os juízes ou todos os casados, mas a instituição. Noutras palavras: odiar uma instituição nao é ódio coletivo.

Mas, posso ter entendido tudo errado.