Padre Alberto estava em seu leito de morte, carinhosamente acompanhado por Maria de Fátima, uma das mais dedicadas senhoras de sua paróquia.
Consciente de que seu momento de partir estava próximo, Padre Alberto parecia resignado, mas preocupado.
Maria de Fátima ousou perguntar:
- Padre Alberto, o senhor está com medo de morrer ?
- Não, Maria. Não tenho medo da morte. Minha fé permita que entenda a morte apenas como uma passagem. Mas estou com medo do julgamento.
Maria de Fátima se espantou:
- Do julgamento, Padre Alberto. Mas logo o senhor, que teve uma vida tão justa, tão caridosa, tão dedicada a ensinar o caminha aos outros e cuidar do bem estar de sua comunidade !
- Pois é, querida Maria. Não tenho medo de ser julgado por não ter sido tão caridoso quanto Madre Tereza de Calcutá, porque não sou Madre Tereza .....
E o Padre Alberto continuou ...
- Também não tenho medo de ser julgado por não ter sido tão importante para humanidade como Gandhi, porque não sou Gandhi. Nem de não ter sido tão eloquente quanto Santo Agostinho, porque não sou Santo Agostinho.
- E de que o senhor tem medo, então, Padre Alberto ?
- Tenho medo Maria, de ser julgado por não haver sido Alberto, em toda minha plenitude. Essa responsabilidade era só minha !
sábado, dezembro 17, 2011
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20 comentários:
Maravilhoso texto, meu amigo. Uma de suas melhores postagens !
Um abraço,
Walmir
(Também conhecido como Frei Francisco)
Total e completamente, Padre Alberto, pessoal e intransferível.
Beijo, Flavio.
FF
Texto recheado de significado. Maravilhoso! Thanks.
beijão
Anne
NOSSA,até arrepiou.
maravilhoso! Vc tá terminando o ano inspiradissimo...bj
Sabendo da preocupação dele agora, posso ser eu em toda a minha plenitude, assim não chego lá com medo do julgamento.
Essa foi minha principal preocupação, a partir dos 16 anos: ser a Carla.
Legião Urbana, Martha Medeiros, leitura espírita e muitas outras (músicas e leituras) também ajudaram, com certeza.
Mas é bom - e necessário - demais!
Como sempre seus textos nos fazem repensar nossas vidas, principalmente quando sabemos que não temos mais todo o tempo do mundo que imaginávamos quando éramos jovens!
Obrigada por ser como você é se expor sua forma de pensar.
Beijos Flávio, desta sua amiga virtual, Carolina Ferreira.
Walmir: grande garoto ...
Luna: e como anda a madre superiora ?
Anne: recheado, mas light ..
Ana: uiiii !
Andrea: eu vivo inspirado, mas as vezes falta competencia
Juliana: essa é a proposta ;)
Carla: curioso ... também comecei a pensar nisso aos 16 ... Só que no meu caso, faz tempo ... rs
Carolina: Tks pelas sempre gentis palavras, Carolina. E esta postagem não deve ter incomodado nenhum dos Santos .. rs
Eu conheço a madre superiora?
Olá, amigo poeta! Tem um presente de Natal para você no Távola de Estrelas!Desejamos a você votos dum Natal muito Feliz e de um Ano Novo Maravilhoso!
abraços,
JouElam & Dani
Távola de Estrelas: http://jorgemanueledanieledallavecchia.blogspot.com/2011/12/um-selinho-pra-voce.html
antes tarde do q nunca né?
Muito bom.
Acho que desse mal eu não sofro.
Beijos.
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