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domingo, janeiro 06, 2008

Sonata a Kreutzer


Tolstoi (escritor russo, 1828-1910), como todo homem que se presa, entrou em crise aos 50 anos.
Segundo os críticos, renegou seu passado e iniciou um longo período de questionamentos morais e espirituais, escrevendo obras intensas como Confissão (1882).
A Editora 34 está re-lançando esse mês seu livro "A Sonata a Kreutzer" (1891).
O protagonista da novela, Pózdnichev, tem traços claros do próprio Tolstoi (segundo Samuel Titan Jr. - especial para o Estadão de hoje).
O título, explicitamente, vem de uma obra de Beetohoven.
Diferentemente dos Beetles, que embora igualmente inspirados pelo músico clássico, modernizaram um pouco a coisa; mas isso é outra história.
Fato é que, segundo consta, Tolstoi faz críticas sociais consistentes a começar pela instituição do casamento, e terminando com a pregação da abstinência total como solução final para os problemas da civilização (o fim da espécie).
Como se trata de um livro compacto (120 páginas) estou inclinado a ler.
Posições radicais (uma especialidade do autor) tem o benefício de estimular o pensamento pelo incomodo que causam ...

21 comentários:

Suzana disse...

É verdade, pra ele o casamento é uma instituição morta.Não me agrada Tolstoi, sua visão de que a mulher só existe para servir ao homem é muito rude.Mas tenho que admitir que gostei de Anma Karenina e Guerra e Paz,estes, li na minha adolescência.
De qualquer forma ele não era um gato...depois reclama do casamento!
Existem umas frases dele que são ótimas!
Eu gosto muito dessa:
- «Os ricos fazem tudo pelos pobres, menos descer de suas costas.»

Amélia disse...

Apoiadíssimo!! Até porque Tostoi faz críticas sobre a própria vida... "Tenho que viver, mas... para quê?"

E se for bom, você me empresta depois...

Amélia disse...

Ops... Tolstoi (corrigindo..)

vittorio disse...

Grato pela dica.
Abraços

Jorge Lemos disse...

Trata-se de uma das suas mais importantes obras. Os escritores russos, de igual período, deram a literatura universal o aprofundamento expressionista tirando aquele espirito de que estávamos "condenados à satisfação social do nosso ser social".
Livro para profunda reflexão.
Conheçi as obras de Tolstoi no período de 40/50. Preciso reler.

disse...

Anotado...

Udi disse...

Com tanta gente citando Tolstoi, fui procurar algo. Aí vai uma sobre mulheres:
"Difícil é amar uma mulher e simultaneamente fazer alguma coisa com juízo."

Mesmo assim, na primeira oportunidade , lerei "A Sonata..."

A.Tapadinhas disse...

Abstinência total nunca foi ou será solução... muito mais nos nossos dias com clonagem ou inseminação artificial... :-)
Abraço.
António

zuleica-poesia disse...

Andei lendo as últimas postagens. Você me pareceu mais feliz. Será que estou certa? Depois que você ler o livro, me empresta?= abraços-zuleica

Anne M. Moor disse...

Dica anotada e fiz a mesma coisa que a Udi. Essa citação, Udi, serve também com "Difícil é amar um HOMEM e..." Achei outra que gostei sobre mulheres, mas acho que serve pra todos:
"A mulher que não sabe ser feliz em casa não será nunca feliz."

Anne M. Moor disse...

Usando emprestado o espaço do Arguta, acabo de ler um livro "Sobre 2 mulheres. 2 vidas. 2 destinos que poderiam ser um só. S. e b. estão indiscutivelmente ligadas, seja pelo silêncio ou pela cumplicidade. Mas ao mesmo tempo estão distantes, separadas por uma fronteira intransponível. (...)" É sobre a sociedade indiana e escrita por Thrity Umrigar, uma indiana. O livre - "A distância entre nós". Recomendo!

Ernesto Dias Jr. disse...

Vejamos. Não sou homem que se preza. Entrei em crise aos trinta, o que foi ótimo. Livrei-me logo dessa viadagem de crise existencial.
Quanto aos russos, são ótimos, não fora o fio condutor recorrente: um rapaz do interior resolve estudar direito na capital, apaixona-se perdidamente por uma mulher casada e morre tuberculoso.

Udi disse...

Anne, Anne: escolhi a frase não por gostar mas por entender que é um bom exemplo das "posições radicais" que o Flavio menciona e ainda acrescentaria "polêmicas".

Algo me diz que esse post será um dos mais comentados.

Ernesto: cê tá de mau-humor? Considerando que a expectativa de vida do brasileiro classe média pode chegar aos 100 anos, você acredita que só vivemos 1 crise durante a vida toda?

Jorge Lemos disse...

Sugiro que busquem um autor pouco difundido no Brasil mas que foi premio nobem no principio do seculo passado que escreveu preciosidades da literatura universal. Nome? Hnut Hansun.
Titulos "Fome", "Rainha de Sabá", "Pan", "Um Vagabundo Toca em Surdina". Literatura de primeira.
Autor Nórdico de raríssima sensibilidade.Quem já leu?Opinmem por favor!

Jorge Lemos disse...

Nobel (ano 1905 ou 10, não me lembro.

Jorge Lemos disse...

Curioso: em toda a minha vida só encontrei mais cinco leitores do Kant; os poetas Thiago de Mello, José Antonio Zechin, o professor de literatura Armindo Pessoa e eu próprio. Será que existem mais?

Flavio Ferrari disse...

O Rodrigo certamente leu Kant também ... mas acho que os leitores cabem todos num kantinho ...

Érica Martinez disse...

não gosto de radicalismos, muito menos de posições machistas.
fico com o pocket book do Kerouac, faz parecer que a vida pode ser muito mais interessante do que ser feliz só dentro de casa...

Anne M. Moor disse...

Udi querida! Mas eu gostei da citação, até pq a acho verdadeira!!! :-) Quando se ama, o juizo tende a sair disparado pralgum canto qquer!!!!
Beijão

Anônimo disse...

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