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Sim, é latim.
Essas duas expressões muito comuns no universo jurídico (minha amiga, Dra. Cyntia, que o diga), representam a essência do direito civil, particularmente no que se refere às relações contratuais.
A primeira afirma que os pactos (contratos) precisam ser cumpridos. A segunda, reforça que devem permanecer como estão, lembrando que os contratos devem ser avaliados conforme a intenção dos contratantes no momento da formalização do acordo e, não, “ao pé da letra”.
Acabo de participar de um seminário para treinamento de líderes onde a palavra “confiança” foi mencionada inúmeras vezes como a principal característica desejada para um líder.
Um líder deve cumprir seus pactos. E, mais do que isso, deve estar pronto para rever os combinados, de boa fé.
Se você deseja liderar, conquiste a confiança, seja verdadeiro e honesto. O resto se arranja.
É verdade que praticamente todas as relações humanas são relações de usura, não no sentido financeiro ou pejorativo da palavra, mas significando que as partes envolvidas esperam obter alguma coisa em função da relação.
Não fique triste com isso. A vida é assim. Todos ao seu redor esperam obter algo de você... e você deles.
Laços de amizade se formam quando a troca se dá de forma natural, sem grande esforço para os envolvidos. É a tal da relação ganha-ganha, tão em voga hoje em dia.
No trabalho, não é diferente. Seus subordinados, pares, chefes, clientes, fornecedores e acionistas esperam algo de você. E você deles.
O segredo está em abrir o jogo, e se interessar legitimamente por descobrir qual é o desejo do outro.
E, aí, buscar a melhor forma de conciliar o desejo de todos, através de processos de negociação e, finalmente, chegar a um acordo (contrato).
Aí, é pacta sunt servanda e, quando necessário, rebus sic stantibus.