Páginas

terça-feira, novembro 27, 2007

Pensamento da noite ...


A realidade
é um lindo por do sol
um momento de verdade
entre desejos e frustrações

Blogando bobagens

Dia duro
termina tranquilo
Corpo cansado
mente maltratada
alma amena
Durmo decidido
pronto para próxima
Despertarei descansado
Vale viver

sábado, novembro 24, 2007

Desequilíbrio galopante

Anne falou do sódio lá no Life..Living.
Inspirou-me a comentar o óbvio: nossa espécie sofre de desequilíbrio galopante altamente contagioso.
O Rodrigo diria "fodemos o mundo como a nós mesmos".
Eu, que sou mais light, prefiro afirmar que "inconformados com as limitações de nossas condições naturais buscamos alternativas para superá-las, afetando o equilíbrio sistêmico".
Fato é que o que chamamos de equilíbrio é um processo dinâmico.
Os movimentos reativos às nossas ações sobre nós memos e o mundo são uma resposta a nossas interferências em busca de um novo ponto de equilíbrio.
Como as interferências são muitas e constates, o dinamismo do processo assusta.
E vai ficando pior, porque tentamos consertar, interferindo mais.
Há que assumir: o futuro não é mais como antigamente, e não será.
Somos mais de 6 bilhões de humanos em todo o planeta, quando 600 mil seria um número bem mais razoável.
Qualquer solução sistêmica séria em busca do equilíbrio planetário implicaria em uma drástica redução da população (se não como ato, como consequencia).
Basta ver que, se não fizermos nada, isso acontecerá "naturalmente".
Claro que, como fica difícil aceitar isso, buscamos sustentar o desequilíbrio.
E, sem fazer juízo de valor, acho que vamos conseguir por muitos anos, talvez séculos.
Enquanto isso, podemos nos distrair trazendo o conceito para nosso mundo particular, e matar o tempo analisando nossos desequilíbrios sustentáveis.


Mensagem de Natal dos Simpsons, com Feng Shui para Britney Spears

Boas e más notícias...
A boa é que o Arguta bateu seu recorde de visitas e quebrou a barreira dos 3 dígitos anteontem: 103 visitas no dia..
Considerando que é um crescimento consistente, não uma efeméride, posso dividir minha felicidade com os leitores.
Não sou um artista da escrita, lato senso. Não escrevo só para mim. Gosto de receber visitas para um café pseudo-literário.
Sinto-me, portanto, realizado com o andar da carruagem.
E devo isso a vocês, amigos e leitores.
A má notícia é que boa parte do acréscimo se deu por leitores eventuais que chegam ao Arguta por meio, pricipalmente, do Google. Não pela "qualidade" dos escritos, mas em função de alguns temas que abordei ao longo do tempo. Natal, mensagem de final de ano, papai noel tropical, frutas exóticas brasileiras e outras quetais, alavancaram a audiência esporádica.
Daí, não resisti e estou fazendo essa postagem com um título "teste", usando palavras de alta popularidade no buscador.
Desde já, peço desculpas aos internautas que vão chegar a essa postagem "enganados".
Mas, por favor, entendam.... é para o bem da ciência ...

quinta-feira, novembro 22, 2007

Dilemas da TV Aberta

Compartilho com vocês o vídeo-mosáico que acabo de editar a partir de depoimentos baixados do You Tube.
Vou apresentá-lo em um congresso para executivos de TV Aberta nesse final de semana lá em Punta.

Caso curioso

Enquanto espero o computador processar um vídeo que estou preparando para (mais) um congresso, resolvi dar uma espiadinha nos comentários recentes do Arguta.
Caso curioso ... comentários rarearam ... número de visitas aumentou.
Fui buscar alguma explicação nos dados do Site Meter.
A maioria das visitas dos últimos dias não foi de visitantes frequentes. Os leitores chegaram via Google.
A busca capeã foi "mensagem de final de ano". O Google direciona para um post que fiz à respeito no final de 2005.
"Frutas exóticas brasileiras" é uma busca recorrente, e remete a uma postagem sobre a Maracutáia, que fiz em Abril de 2006.
E várias pessoas buscaram simplesmente "arguta", o que deve significar alguma coisa, mas não sei o quê seria.

terça-feira, novembro 20, 2007

domingo, novembro 18, 2007

Pensei nas pétalas

Perfume, força e delicadeza
Pétalas que acolhem
Com generosa beleza
Um amor indiferente
Onde o nome não importa
Nem o que virá pela frente
Basta a troca, o momento presente

sábado, novembro 17, 2007

Making off dos posts

(cenas: making off da postagem "Fazer o quê ?")


Para evitar que alguns amigos fiquem mais preocupados do que deveriam com postagens como a de ontem, achei que valeria a pena falar um pouco sobre meu processo de postagem.
Uma frase do Rodrigo, que já repeti inúmeras vezes, sintetiza a questão: "Tá no papel, é ficção.".
As postagens que faço no Arguta, no Prozac ou no Writing for Fun são quase sempre baseadas em fatos "reais" (experiências, sentimentos), vividos ou observados por mim.
Esses fatos estimulam idéias que ganham vida própria e se transformam em posts.
O de ontem (Rufar do Rufião) aconteceu assim ...
Ludovico (meu neurônio lúdico) estava relaxado no sofá, com o olhar perdido em curvas e convergências, digerindo um delicioso salmão com crosta de pistache acompanhado de arroz perfumado de wasabi (dissolvido em saquê) salpicado com kummel, preparado por ele memo.
Nicodemo (o neurônio rabugento) rebelou-se com tamanha languidez e armou-se da razão para atacar o pobre Ludo.
Sandy, a neurônia mãe, partiu em defesa de Ludo, respaldada pelas pulsões do inconsciente (naturalmente feminino).
Ludo, obviamente assustou-se.
N2 e N4 (os neurônios pares - ainda não devidamente apresentados), aproveitaram a oportunidade para traduzir a situação num post e, de quebra, desvendar em parte uma das 57 imagens da parede da minha sala.
E a noite terminou segundo estritas recomendações do Jorge Lemos.


Rufar do Rufião

A tout le monde
A tout mes amis
Je vous aime
Je dois partir
(Megadeth)


Feito refém
Da batalha final
Entre a pulsão e a razão
Ao som do metal
Digo amém

Lágrimas contornam
dos lábios o tênue sorriso
Toma-me de assalto a ansiedade
enquanto busco d'onde amerisso
guerreiros manobram

Então me despeço
Embora não saiba se vou
Daqueles que foram importantes
Para compor aquilo que sou
Nada mais peço

sexta-feira, novembro 16, 2007

Fazer o quê ?

Repentinamente, sem qualquer explicação, você se encontra trancado com um grupo de amigos por uma hora numa quadra de volley e recebe uma bola de presente.
Alguns amigos decidem aproveitar a oportunidade para jogar.
Outros, sentam na arquibancada para assistir.
E uns poucos se reunem num canto para discutir qual é o sentido de tudo aquilo.
Quem é que está certo ?

quarta-feira, novembro 14, 2007

Matando formigas

Formigas microscópicas invadiram meu apartamento.
Mais alguna anos e a presbiopia resolverá o problema. Mas por enquanto tenho que lidar com elas.
A questão é que não me sinto confortável matando formigas, embora elas estejam avisadas de que devem se manter longe da minha casa se não quiserem ter um destino tão triste.
Sou assim com quase todos os seres vivos.
As exceções ficam por conta das moscas e baratas. Não me peçam para explicar.
Ok .. essa foi uma postagem meio besta.
Mas foi no que pensei quando descobri que elas (as formigas) tinham invadido minha máquina de café expresso.

terça-feira, novembro 13, 2007

Ele é ela ...

Gente, que descoberta ...
N1 é o Nicodemo (o neurônio mal humorado).
(aliás, veja que coisa estranha nossa língua - mau humor e mal humorado - depois ainda me criticam ...).
N5 é o Ludovico.
E não é que o N3 é uma neurônia: a Sandy.
Descobri quando ela teve um chilique, ensandescida pela desordem na casa.
Em 3 tempos colocou o Ludo de castigo, enquadrou o Nicodemo e mandou os neurônios pares levarem o lixo para fora.
A cabeça ficou um brinco...

segunda-feira, novembro 12, 2007

Termino agradecendo ...


Quero terminar esse dia agradecendo...
A la vida, que me há dado tanto ...
E, principalmente, àquelas pessoas com quem convivi e convivo, por cada pequeno ato de carinho.
Um sorriso, um olhar, uma palavra, um gesto, uma manifestação de indignação, um movimento protetor, um elogio, uma crítica construtiva, uma manifestação de preocupação ...
Tantos e tantos, geralmente sem esperar nada em troca ...
Guardo todos e cada um, de uma forma muito especial.

domingo, novembro 11, 2007

Drops do Ludo

Ludovico inspirou-se no Ernesto (lá do Assertiva) e, lendo o jornal pela manhã, pediu-me para postar algumas notas ...

- Crise do gás: como é que num país onde se come tanto feijão alguém pode falar em crise de gás ?
- Chavez: o rei Juan Carlos (Espanha), na 17a. cúpula Íbero-Americana, mandou o Chavez calar aboca - CARACAS !!
- Menino vestido de Homem-Aranha salva bebê: que ninguém tenha a infeliz idéia de dar uma fantasia de Super-Homem para esse garoto, pelamordedeus...
- Alimentos matam 1,8 mlhão no mundo: deve ser algum novo programa do tipo Fome Zero...
- Morre escritor americano Norman Mailer: o que será que ele comeu ?
- A Era das bolhas globalizadas: ué, mas toda bolha não é globalizada ?
- Benazir Bhutto é libertada no Baquistão: será que o jornalista estava gripado ?

sábado, novembro 10, 2007

Pensamento de uma manhã de sábado

Acordei (foi acordado) de ressaca...
Ludo ainda dormia, N2, N3 e N4 demoram horas para "estartar" ....
N1, vulgo Nicodemo (meu neurônio mal humorado) assumiu o comando.
Insuportável !
Se tem um estado de espírito que eu realmente detesto é o mal humor.
O pior é que isso se retro-alimenta. Quando estou de mal humor fico de péssimo humor ...
Baixa o índio velho .... o Cutucocú Cuntaquara ...
O negócio é sair de casa e comprar umas bugigangas para apaziguar o selvagem ...

quinta-feira, novembro 08, 2007

Cantos encantadores


Quando me perguntam porque eu gosto de São Paulo costumo responder: não tem praias como o Rio, não é linda como Paris, não tem magia das Terras Altas escocesas, mas é um dos poucos lugares do mundo onde um habitante pode ficar incógnito, esquecer sua "posição social" e encontrar a si mesmo.
O lado curioso dessa "qualidade" é que também podemos "perder" lugares interessantes.
Lá, bem no meio dos Jardins, por exemplo, se esconde um dos restaurantes mais encantadores de São Paulo: a Quinta do Museu.
O endereço não poderia ser mais fácil: Av. Brig. Faria Lima, 2705 (ao lado do prédio da Dacon) - Fone: 3031-0005.
O dono é uma simpatia, a comida excelente, o preço honesto e o lugar ... bem, vá visitar.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Dois p'ra lá, dois p'ra cá ...

Dificil traduzir em palavras alguns insights, ou melhor, percepções sobre o comportamento humano, principalmente as relativas a desejos e comportamentos.
Estava conversando com os sócios da empresa no bar do hotel enquanto observava, na mesa ao lado, um piloto e um co-piloto de alguma aerolinha extrangeira bebendo acompanhados de duas garotas de programa.
Embora todos soubessem como aquilo iria terminar, os quatro passaram pelo menos duas horas (já estavam lá quando cheguei) desempenhando papeis estúpidos. Estampada na face de cada um a impaciência era tangível. Mas seguiram heroicamente representando, de parte a parte.
Como não poderia deixar de ser, lembrei-me da reunião de board da qual participei durante todo o dia. Em vários momentos a situação foi similar. Cumprimos longos protocolos para chegar aonde todos sabíamos que iríamos chegar ao final.
Estranha dança, sem prazer ... e ninguém conhece o DJ.
E por falar em dançar, várias vezes observei, também, casais dançando de forma mecânica. Alguns bailando à perfeição. Mas, de novo, presos à liturgia do papel.
Acho que a gente deveria evitar dançar por obrigação. A vida é muito preciosa para isso.

terça-feira, novembro 06, 2007

Chove chuva, chove sem parar ...


E o Rio de Janeiro continua lindo ... alô, alô Terezinha, aquele abraço ...
Impressionante como essa cidade é bonita até debaixo d'agua.
Claro ... preferiria com sol.
Mas fazer o quê se o Universo resolveu chorar quando eu viajo, refletindo meus dissabores menores em pequenas gotas d'água que orvalham minh'alma cansada ...

sexta-feira, novembro 02, 2007

O corolário do Padre Eulálio

Padre Eulálio, no seu leito de morte, conversa com uma de suas fiéis mais aguerridas ...

- Tenho medo, minha filha ... medo do juízo final ...
- Mas porque, Padre ... foste tão bom para tanta gente ... fizeste tanto pelos outros ...
- Filha ... não tenho medo que, ao chegar no céu, me perguntem porque não fui tão bom como Madre Tereza, porque não sou Madre Tereza ...
- Mas ajudaste a muitos ...
- Também não temo que me acusem de não ter sido tão importante para a humanidade como Jesus Cristo, porque não sou Jesus Cristo ...
- Mas foste muito importante para nossa paróquia ...
- O que temo, minha filha, é que me perguntem porque não fui eu mesmo, Eulálio ...
A fiel acompanhante não entendeu o alcance da afirmação do Padre, mas percebendo a profunda tristeza em seus olhos, tomou-lhe a mão entre as suas e começou a rezar ...