Hoje, no final da tarde, encontrei com alguns estudantes fazendo um experimento na calçada da Avenida Paulista, próximo ao prédio da Gazeta.
Ofereciam um abraço grátis para quem estivesse passando por alí.
Recebi o meu e decidi ficar por alí observando.
Algumas pessoas desviavam, outras sorriam condescendentes, muito poucas aproveitavam a oferta.
Na verdade, não esperava que fosse diferente. Mesmo no dia a dia com conhecidos as pessoas tem "medo" do abraço.
Sempre achei engraçado que muitos amigos que terminam seus e-mails dizendo "um abraço" nunca abraçam quando nos encontramos pessoalmente.
Abraço entre homens, quando não pode ser evitado, precisa ser rápido e firme, meio de lado, encostando apenas os ombros.
Entre um homem e uma mulher que não tem intimidade é quase um crime.
E entre mulheres se resume a um roçar de seios rápido acompahado do tradicional encontro de bochechas e o estalar de lábios do beijo no vazio.
A garota que eu abracei na rua não estava preparada para um abraço "de verdade", mas reagiu bem. Foi corajosa. Abraçar um homem estranho na rua, mesmo sob a "guarda" dos amigos, pode ser um risco.
Não sei quanto tempo esses estudantes ficaram por alí, mas creio que foi tempo suficiente para terem aprendido algo sobre as pessoas e sobre eles mesmos.
Temos um longo caminho pela frente até chegar ao próximo nível de evolução social e esses "experimentos" são tão singelos quanto importantes.
segunda-feira, outubro 31, 2011
domingo, outubro 30, 2011
Caquí e cacófatos
Pode suprender aos incautos, mas a famosa Festa do Caquí realmente existe e é bem organizada. Acontece anualmente em Itatiba, no interior de São Paulo. Quer conhecer, clicaquí.
Não consegui descobrir, entretanto, apesar de intensas pesquisas, onde o Judas perdeu as botas.
Expressões idiomáticas, cacófatos e trocadilhos sempre me divertiram.
Tenho uma amiga especializada em frases de duplo sentido. Neste último final de semana desfiou um "potpourri" delas. Lembro de duas:
- Chegou há pouco de fora ?
- Se eu cozinho todos comem ?
Essa atração pelas "abobrinhas" linguísticas começou na infância, quando alguém recitou-me o famoso poema:
Meu coração por ti gela
Meus amores por ti são
Já que não posso amar ela
Já nela não penso não
Singelo ... como eram as piadas para criança de antigamente (lembram daquela do homem com duas bananas no ouvido ?).
Na adolescência os trocadilhos eram mais elaborados e maliciosos:
"Não confunda a grande obra do mestre Picasso com a grande pica de aço do mestre de obra".
No mundo adulto, ambiente de negócios, a minha preferida tem a ver com as revisões de orçamento.
Você faz o orçamento (budget) que é a primeira previsão (forecast).
Ai, alguns meses depois, tem que apresentar a primeira revisão, o FUF (first upgraded forecast). Depois o SUF (second upgraded forecast), o TUF (third upgraded forecast) e quando as coisas vão piorando a cada revisão, dizemos que no final teremos o SIFU (sem correspondente em inglês).
Pois é, você fica aí imaginando que as reuniões de executivos são sérias e aborrecidas, mas isso não é verdade quando você trabalha com uma equipe que sabe rir de si mesma, mesmo quando a coisa está feia.
Há quem diga que bom humor é sinal de inteligência. Acho que depende da definição de inteligência. Conheço muitas pessoas que considero inteligentes e que raramente contam uma piada. A maioria delas tende a considerar que isso seria algo como "brincar em serviço".
Talvez estejam esperando para "rir por último".
Mas tenho a impressão de quem ri primeiro e com frequencia, ri melhor.
Não consegui descobrir, entretanto, apesar de intensas pesquisas, onde o Judas perdeu as botas.
Expressões idiomáticas, cacófatos e trocadilhos sempre me divertiram.
Tenho uma amiga especializada em frases de duplo sentido. Neste último final de semana desfiou um "potpourri" delas. Lembro de duas:
- Chegou há pouco de fora ?
- Se eu cozinho todos comem ?
Essa atração pelas "abobrinhas" linguísticas começou na infância, quando alguém recitou-me o famoso poema:
Meu coração por ti gela
Meus amores por ti são
Já que não posso amar ela
Já nela não penso não
Singelo ... como eram as piadas para criança de antigamente (lembram daquela do homem com duas bananas no ouvido ?).
Na adolescência os trocadilhos eram mais elaborados e maliciosos:
"Não confunda a grande obra do mestre Picasso com a grande pica de aço do mestre de obra".
No mundo adulto, ambiente de negócios, a minha preferida tem a ver com as revisões de orçamento.
Você faz o orçamento (budget) que é a primeira previsão (forecast).
Ai, alguns meses depois, tem que apresentar a primeira revisão, o FUF (first upgraded forecast). Depois o SUF (second upgraded forecast), o TUF (third upgraded forecast) e quando as coisas vão piorando a cada revisão, dizemos que no final teremos o SIFU (sem correspondente em inglês).
Pois é, você fica aí imaginando que as reuniões de executivos são sérias e aborrecidas, mas isso não é verdade quando você trabalha com uma equipe que sabe rir de si mesma, mesmo quando a coisa está feia.
Há quem diga que bom humor é sinal de inteligência. Acho que depende da definição de inteligência. Conheço muitas pessoas que considero inteligentes e que raramente contam uma piada. A maioria delas tende a considerar que isso seria algo como "brincar em serviço".
Talvez estejam esperando para "rir por último".
Mas tenho a impressão de quem ri primeiro e com frequencia, ri melhor.
quarta-feira, outubro 26, 2011
Breve ... Tattoo Trend
Na foto ao lado, a equipe da Yodeley, que está produzindo o vídeo "Tattoo Trend", a representação audiovisual de um interessante trabalho da UNIT34 apontando a relevante tendência de migração das referências institucionais externas para as pessoais (self).
Gente ... como esse negócio de produção de vídeo da trabalho !!!!
Meus agradecimentos profundos a essa equipe de "santos".
Gente ... como esse negócio de produção de vídeo da trabalho !!!!
Meus agradecimentos profundos a essa equipe de "santos".
terça-feira, outubro 25, 2011
Seu negócio é fazer sucesso ?
A campanha do Sebrae até que é bacana e eu gosto do Gabriel Pensador (embora me lembre da música "Ideologia" do Cazuza cada vez que vejo o GP fazendo um comercial).
O Sebrae é uma instituição interessante. Tive a oportunidade de conhece-lo um pouco mais a fundo quando atendi a "conta" produzindo alguns trabalhos pela Ferrari, Higgins & Isnenghi.
Fornecem informações preciosas e boas orientações para os pequenos empresários.
Mas o que me chama a atenção é o refrão da música da campanha:
"Minha vida hoje virou verso e meu negócio é fazer sucesso"
No comercial que está sendo veiculado, Gabriel conta a história do pedreiro que resolveu vender sabão com a mulher e com a ajuda do Sebrae, fez sucesso.
Nada contra empresários. Eu mesmo sou um (de novo) no momento.
Mas também não acho que ser pedreiro seja um caso de fracasso. E, de certa forma, fico com a impressão de que esse tipo de campanha passa essa mensagem.
A mensagem de que sucesso é ser empresário, é ser patrão.
De algum modo, indica que qualquer pessoa pode abrir um negócio e se dar bem. Só precisa de coragem e iniciativa. Faz você se sentir mal por não tentar.
Abrir uma empresa de "assessoria" como acabo de fazer é relativamente fácil. O capital necessário é predominantemente intelectual (embora você precise ter algum dinheiro guardado para pagar as contas pessoais nos primeiros meses). E, ainda assim, é burocraticamente complicado.
Requer conhecimentos básicos de diversas áreas ou dinheiro suficiente para contratar quem entenda, correndo o risco de errar por não ser capaz de avaliar a competência de quem está sendo contratado.
O sujeito sabe fazer sabão ? Ótimo ! Mas entre fazer em casa e abrir uma empresa a distância é enorme.
Pessoas com espírito empreendedor precisam empreender e costumam estar mais preparadas para correr riscos e superar os imprevistos.
Eu tenho uma vocação intermediária, e convivo bem com riscos moderados. Além disso, a longa experiência como executivo permitiu-me conhecer um pouco de cada uma das áreas de conhecimento necessárias para cuidar de uma empresa (risco menor).
Estimular alguém que não tenha um perfil emprendedor e um preparo mínimo a começar uma empresa, através do discurso indireto de que será um fracassado caso não o faça é trágico.
E eu já ví essa tragédia de perto várias vezes.
Se perder um emprego é ruim, enfrentar uma falência é infinitamente pior.
O Sebrae é uma instituição interessante. Tive a oportunidade de conhece-lo um pouco mais a fundo quando atendi a "conta" produzindo alguns trabalhos pela Ferrari, Higgins & Isnenghi.
Fornecem informações preciosas e boas orientações para os pequenos empresários.
Mas o que me chama a atenção é o refrão da música da campanha:
"Minha vida hoje virou verso e meu negócio é fazer sucesso"
No comercial que está sendo veiculado, Gabriel conta a história do pedreiro que resolveu vender sabão com a mulher e com a ajuda do Sebrae, fez sucesso.
Nada contra empresários. Eu mesmo sou um (de novo) no momento.
Mas também não acho que ser pedreiro seja um caso de fracasso. E, de certa forma, fico com a impressão de que esse tipo de campanha passa essa mensagem.
A mensagem de que sucesso é ser empresário, é ser patrão.
De algum modo, indica que qualquer pessoa pode abrir um negócio e se dar bem. Só precisa de coragem e iniciativa. Faz você se sentir mal por não tentar.
Abrir uma empresa de "assessoria" como acabo de fazer é relativamente fácil. O capital necessário é predominantemente intelectual (embora você precise ter algum dinheiro guardado para pagar as contas pessoais nos primeiros meses). E, ainda assim, é burocraticamente complicado.
Requer conhecimentos básicos de diversas áreas ou dinheiro suficiente para contratar quem entenda, correndo o risco de errar por não ser capaz de avaliar a competência de quem está sendo contratado.
O sujeito sabe fazer sabão ? Ótimo ! Mas entre fazer em casa e abrir uma empresa a distância é enorme.
Pessoas com espírito empreendedor precisam empreender e costumam estar mais preparadas para correr riscos e superar os imprevistos.
Eu tenho uma vocação intermediária, e convivo bem com riscos moderados. Além disso, a longa experiência como executivo permitiu-me conhecer um pouco de cada uma das áreas de conhecimento necessárias para cuidar de uma empresa (risco menor).
Estimular alguém que não tenha um perfil emprendedor e um preparo mínimo a começar uma empresa, através do discurso indireto de que será um fracassado caso não o faça é trágico.
E eu já ví essa tragédia de perto várias vezes.
Se perder um emprego é ruim, enfrentar uma falência é infinitamente pior.
sábado, outubro 22, 2011
Para combater as lanchonetes que andam diminuindo os sanduíches
A matéria é do UOL.
O X-salada aí ao lado tem 540.000 calorias.
É o que chamamos em terras tupiniquins de "enfiar o pé na jaca".
Se estiver preocupado com o peso, melhor pedir sem maionese.
O X-salada aí ao lado tem 540.000 calorias.
É o que chamamos em terras tupiniquins de "enfiar o pé na jaca".
Se estiver preocupado com o peso, melhor pedir sem maionese.
sexta-feira, outubro 21, 2011
terça-feira, outubro 18, 2011
Vítima ou protagonista ?
Até os 14 anos fui vítima. Aí decidir ser protagonista.
Ser vítima é acreditar que os outros são responsáveis pelos seus problemas e que não há nada que você possa fazer.
Ser protagonista é decidir tomar parte da ação e assumir alguma responsabilidade pelo resultado.
Na esmagadora maioria das vezes podemos interferir no resultado. E interfirimos, mesmo quando adotamos a posição de vítima, esperando que alguém nos socorra ou "pagando" pelos nossos insondáveis pecados.
Ser vítima é relativamente fácil, mas muito desagradável. Mesmo quando a gente consegue o que quer, sobra um gostinho amargo na alma.
Ser protagonista é mais difícil. Mas mesmo quando a gente não consegue o que quer fica a certeza de que fizemos o que estava ao nosso alcance.
O fracasso dói mais quando não fizemos nada para evitá-lo. O sucesso é mais gostoso quando trabalhamos para merecer.
Mas a coisa mais difícl da posição de protagonista é que sempre nos sentimos responsáveis pelos nossos atos. É uma espécie de "efeito colateral".
Claro que não somos mais responsáveis do que quem assume a posição de vítima. A responsabilidade é igual. Mas quem está na posição de vítima não se sente responsável por nada.
Isso é "pesado", principalmente quando se refere às pessoas que amamos.
De qualquer forma, já não é uma escolha. Nem sei se foi um dia.
É assim que é, e fico feliz que não seja diferente.
Ser vítima é acreditar que os outros são responsáveis pelos seus problemas e que não há nada que você possa fazer.
Ser protagonista é decidir tomar parte da ação e assumir alguma responsabilidade pelo resultado.
Na esmagadora maioria das vezes podemos interferir no resultado. E interfirimos, mesmo quando adotamos a posição de vítima, esperando que alguém nos socorra ou "pagando" pelos nossos insondáveis pecados.
Ser vítima é relativamente fácil, mas muito desagradável. Mesmo quando a gente consegue o que quer, sobra um gostinho amargo na alma.
Ser protagonista é mais difícil. Mas mesmo quando a gente não consegue o que quer fica a certeza de que fizemos o que estava ao nosso alcance.
O fracasso dói mais quando não fizemos nada para evitá-lo. O sucesso é mais gostoso quando trabalhamos para merecer.
Mas a coisa mais difícl da posição de protagonista é que sempre nos sentimos responsáveis pelos nossos atos. É uma espécie de "efeito colateral".
Claro que não somos mais responsáveis do que quem assume a posição de vítima. A responsabilidade é igual. Mas quem está na posição de vítima não se sente responsável por nada.
Isso é "pesado", principalmente quando se refere às pessoas que amamos.
De qualquer forma, já não é uma escolha. Nem sei se foi um dia.
É assim que é, e fico feliz que não seja diferente.
sábado, outubro 15, 2011
Inovação
Li em algum lugar que o Blackberry estaria prester a ser descontinuado, e o que indicaria isso é que já estava a 6 meses sem apresentar inovações.
É verdade que a RIM (fabricante do aparelho) tem lá os seus problemas e que pode ser vendida.
Mas o que me chamou a atenção foi o indicador.
Inovar virou uma obsessão.
A inovação está para as empresas assim como o entretenimento está para os indivíduos. É um processo diversionista.
Pessoas que buscam obsessivamente o entretenimento costumam estar fugindo de si mesmas.
Empresas obsessivamente inovadoras fogem de seus problemas internos.
As neuroses se retro-alimentam e caminhamos alegremente para o apocalipse, de mãos dadas, empresas e consumidores.
Não tenho nada contra a inovação, muito pelo contrário.
Mas acredito que o marketing da inovação não é a única e nem a melhor alternativa para a maioria das empresas, assim como penso que passar a vida "na balada" não seja a melhor alternativa para o indivíduo.
Diversão e inovação são necessárias e interessantes. Na medida certa, enriquecem. Nos extremos, empobrecem, tanto as empresas quanto as pessoas.
E esse não é um pensamento inovador.
Platão (filósofo grego) teria dito que "a necessidade é a mãe da inovação".
Faz sentido. Uma necessidade não atendida motiva a criação de uma solução para atendê-la.
A questão é que estamos invertendo a ordem natural das coisas e transformando a inovação numa necessidade.
Como consumidores, estamos pagando para alimentar nossas neuroses.
Como empresas, estamos criando um efeito semelhante àquele que solapou o sistema financeiro.
E é por isso que boa parte das empresas inovadoras tem uma carreira meteórica.
Não deixa de ser uma estratégia: criar, inflar e vender.
Mas as empresas que pretendem permancer não podem se deixar hipnotizar pelos fogos de artifício.
Existe sempre uma empresa altamente inovadora liderando um mercado. Uma diferente a cada dois anos.
Preste atenção nas "inovadoras" que permanecem. Microsoft, Apple, Google. Boa parte de suas "inovações" cotidianas são apenas cosméticas, para atender (e alimentar) a demanda neurótica dos consumidores. Apresentam inovações disruptivas em intervalos consideráveis de tempo e sustentam seus negócios com produtos "tradicionais".
Pessoas felizes também costumam ter o mesmo perfil. Constroem uma base consistente para suas vidas e variam as formas de entretenimento.
Alguém pode dizer que as 3 empresas que mencionei não seriam comparáveis. Mas são. A explicação iria tornar essa postagem um tanto longa e estou com preguiça. Mas posso explicar depois para quem quiser me pagar um chopp.
É verdade que a RIM (fabricante do aparelho) tem lá os seus problemas e que pode ser vendida.
Mas o que me chamou a atenção foi o indicador.
Inovar virou uma obsessão.
A inovação está para as empresas assim como o entretenimento está para os indivíduos. É um processo diversionista.
Pessoas que buscam obsessivamente o entretenimento costumam estar fugindo de si mesmas.
Empresas obsessivamente inovadoras fogem de seus problemas internos.
As neuroses se retro-alimentam e caminhamos alegremente para o apocalipse, de mãos dadas, empresas e consumidores.
Não tenho nada contra a inovação, muito pelo contrário.
Mas acredito que o marketing da inovação não é a única e nem a melhor alternativa para a maioria das empresas, assim como penso que passar a vida "na balada" não seja a melhor alternativa para o indivíduo.
Diversão e inovação são necessárias e interessantes. Na medida certa, enriquecem. Nos extremos, empobrecem, tanto as empresas quanto as pessoas.
E esse não é um pensamento inovador.
Platão (filósofo grego) teria dito que "a necessidade é a mãe da inovação".
Faz sentido. Uma necessidade não atendida motiva a criação de uma solução para atendê-la.
A questão é que estamos invertendo a ordem natural das coisas e transformando a inovação numa necessidade.
Como consumidores, estamos pagando para alimentar nossas neuroses.
Como empresas, estamos criando um efeito semelhante àquele que solapou o sistema financeiro.
E é por isso que boa parte das empresas inovadoras tem uma carreira meteórica.
Não deixa de ser uma estratégia: criar, inflar e vender.
Mas as empresas que pretendem permancer não podem se deixar hipnotizar pelos fogos de artifício.
Existe sempre uma empresa altamente inovadora liderando um mercado. Uma diferente a cada dois anos.
Preste atenção nas "inovadoras" que permanecem. Microsoft, Apple, Google. Boa parte de suas "inovações" cotidianas são apenas cosméticas, para atender (e alimentar) a demanda neurótica dos consumidores. Apresentam inovações disruptivas em intervalos consideráveis de tempo e sustentam seus negócios com produtos "tradicionais".
Pessoas felizes também costumam ter o mesmo perfil. Constroem uma base consistente para suas vidas e variam as formas de entretenimento.
Alguém pode dizer que as 3 empresas que mencionei não seriam comparáveis. Mas são. A explicação iria tornar essa postagem um tanto longa e estou com preguiça. Mas posso explicar depois para quem quiser me pagar um chopp.
sexta-feira, outubro 14, 2011
Medidas e medidas
Como bom corinthiano, devo agradecer ao Ronaldo e ao Adriano por possibilitar que eu, finalmente, possa considerar que tenho um corpo de atleta.
Entretanto, confesso que minhas medidas já estão requerendo outras medidas, tanto pela saúde quanto pela estética, embora o impacto seja mais eficiente para a primeira, que ainda tem jeito.
Felizmente o problema não é grave. Foi avaliado em 4 kilos (3,5 mais a pizza do feriado).
O problema é que hedonistas não gostam de dietas e exercícios. Preferem milagres.
Mas perder uns quilinhos também da prazer. A questão é o ajuste entre as perspectivas de curto prazo e largo prazo, como na economia.
Resolve-se tal qual a crise dos bancos europeus: basta reduzir os ativos tóxicos que produziram a expansão artificial do patrimônio.
Bom, vou comer um sanduiche de queijo antes de dormir e amanhã eu resolvo isso.
Entretanto, confesso que minhas medidas já estão requerendo outras medidas, tanto pela saúde quanto pela estética, embora o impacto seja mais eficiente para a primeira, que ainda tem jeito.
Felizmente o problema não é grave. Foi avaliado em 4 kilos (3,5 mais a pizza do feriado).
O problema é que hedonistas não gostam de dietas e exercícios. Preferem milagres.
Mas perder uns quilinhos também da prazer. A questão é o ajuste entre as perspectivas de curto prazo e largo prazo, como na economia.
Resolve-se tal qual a crise dos bancos europeus: basta reduzir os ativos tóxicos que produziram a expansão artificial do patrimônio.
Bom, vou comer um sanduiche de queijo antes de dormir e amanhã eu resolvo isso.
quinta-feira, outubro 13, 2011
O senhor das borboletas
Meio da noite, um sonho absolutamente bizarro me desperta.
Depois de alguns minutos rolando entre os lençois, vem a idéia da peça:
Depois de alguns minutos rolando entre os lençois, vem a idéia da peça:
O Senhor das borboletas (7 atos)
Ato 1 – O farfalhar
- quando Ele reconhece a borboleta no âmago da mariposa
Ato 2 – O canto
- quando Ele atrai sua atenção, escutando-a
Ato 3 – O bailado
- quando Ele a seduz em sua dança
Ato 4 – A cópula
- quando Ele a insemina
Ato 5 – A transformação
- quando Ele, pacientemente, aguarda e sonha
Ato 6 – A contemplação
- quando Ele contempla sua obra
Epílogo
- quando Ele, finalmente, descansa
quarta-feira, outubro 12, 2011
Detalhes que contam
Sentado no sofá da sala, ouvindo discos remasterizados do Pink Floyd (auto-presente de dia das crianças), abro os olhos por um momento e a velha cristaleira chama minha atenção.
É um dos poucos cantos da casa onde "coleciono" objetos e deposito os livros em fase de deglutição.
Distanciado de mim mesmo (Floyd explica) analisei o que ví. Um rádio antigo, presente de um casal de amigos muito queridos para a casa nova. Uma miniatura de uma Ferrari (que ganhei num posto de gasolina hace tiempo), a garrafa vazia de licor de cereja transformada em castiçal (para iluminar os jantares românticos e as noites de viagem), incensos e essências e, obviamente, livros.
"Intercâmbio das Psicoterapias" faz companhia para "As Particulas Elementares" (do Houellebecq), "Excution" (Bossidy & Charam), "Medo Líquido (Bauman), "Gene Egoista" (Dawkins) e para o par perfeito "Cavaleiro das Trevas" (Frank Miller) e "Sandman" (Neil Gaiman). "Caim" (Saramago) e o imperdível "Evangelho de Barrabás" (Torero & Pimenta), na pilha ao lado de "Myths and Legends" e "The Atlas of Languages" oferecem a perspectiva histórcio-sociológica.
"The Algebraic Mind" (Marcus), "Pensamento Complexo" (Mariotti), "Métodos Estatísticos Multivariados" (Manly) e "Pesquisa Operacional" (Moreira) recordam as pendências de trabalho.
"How to draw Mangá" lembra um desejo/desafio antigo.
Dou falta do "The history of things that never were", um dos meus preferidos (deve estar com o Rodrigo).
"Pecado e Capital" e "Tirando o Macaco", alí, no meio dos outros livros, me faz sentir quase um "escritor".
Na prateleira de baixo, alguns maços de cigarro, um despertador de campainha e 3 copos de conhaque antigos com detalhes dourados que herdei da minha madrinha. Ah ... e uma pequena garrafa (que continha azeite caseiro grego, presente da amiga mexicana Luisa), esperando para virar, ela também, um castiçal.
É curioso como esse espaço de um metro quadrado pode dizer tanto sobre como sou.
São os detalhes que contam a história.
É um dos poucos cantos da casa onde "coleciono" objetos e deposito os livros em fase de deglutição.
Distanciado de mim mesmo (Floyd explica) analisei o que ví. Um rádio antigo, presente de um casal de amigos muito queridos para a casa nova. Uma miniatura de uma Ferrari (que ganhei num posto de gasolina hace tiempo), a garrafa vazia de licor de cereja transformada em castiçal (para iluminar os jantares românticos e as noites de viagem), incensos e essências e, obviamente, livros.
"Intercâmbio das Psicoterapias" faz companhia para "As Particulas Elementares" (do Houellebecq), "Excution" (Bossidy & Charam), "Medo Líquido (Bauman), "Gene Egoista" (Dawkins) e para o par perfeito "Cavaleiro das Trevas" (Frank Miller) e "Sandman" (Neil Gaiman). "Caim" (Saramago) e o imperdível "Evangelho de Barrabás" (Torero & Pimenta), na pilha ao lado de "Myths and Legends" e "The Atlas of Languages" oferecem a perspectiva histórcio-sociológica.
"The Algebraic Mind" (Marcus), "Pensamento Complexo" (Mariotti), "Métodos Estatísticos Multivariados" (Manly) e "Pesquisa Operacional" (Moreira) recordam as pendências de trabalho.
"How to draw Mangá" lembra um desejo/desafio antigo.
Dou falta do "The history of things that never were", um dos meus preferidos (deve estar com o Rodrigo).
"Pecado e Capital" e "Tirando o Macaco", alí, no meio dos outros livros, me faz sentir quase um "escritor".
Na prateleira de baixo, alguns maços de cigarro, um despertador de campainha e 3 copos de conhaque antigos com detalhes dourados que herdei da minha madrinha. Ah ... e uma pequena garrafa (que continha azeite caseiro grego, presente da amiga mexicana Luisa), esperando para virar, ela também, um castiçal.
É curioso como esse espaço de um metro quadrado pode dizer tanto sobre como sou.
São os detalhes que contam a história.
Moral e bons costumes
A Hope faz um comercial sensual onde a Gisele Bundchen faz beicinho, vestindo apenas os produtos da marca, para seduzir o marido e evitar uma bronca por haver batido o carro e os guardiões da moral e dos bons costumes caem matando.
A Renault faz um comercial incitando o consumidor a colocar fogo no seu carro da marca concorrente (possivelmente para receber o dinheiro do seguro) e comprar seu novo modelo e ninguém fala nada.
Ambos os comerciais são soluções criativas bem humoradas para conquistar a atenção e simpatia do consumidor, demonstrando seus pontos positivos.
A questão não está na qualidade ou na criatividade, mas na reação que provocam nos "guardiões".
Agressividade e trapaça parecem incomodar menos os moralistas de plantão do que a sexualidade.
A coisa está feia.
Mas ... there is Hope !
A Renault faz um comercial incitando o consumidor a colocar fogo no seu carro da marca concorrente (possivelmente para receber o dinheiro do seguro) e comprar seu novo modelo e ninguém fala nada.
Ambos os comerciais são soluções criativas bem humoradas para conquistar a atenção e simpatia do consumidor, demonstrando seus pontos positivos.
A questão não está na qualidade ou na criatividade, mas na reação que provocam nos "guardiões".
Agressividade e trapaça parecem incomodar menos os moralistas de plantão do que a sexualidade.
A coisa está feia.
Mas ... there is Hope !
terça-feira, outubro 11, 2011
Placebo
Uma pesquisa conduzida pela Harvard Medical School comprova que os placebos (medicamentos sem princípios ativos) funcionam mesmo quando o paciente é informado de que se trata de um remédio falso.
A pesquisa foi feita na esteira do pensamento politicamente correto. A idéia fundamental é que ministrar ao paciente um medicamento inócuo sem avisá-lo antes disso é um desrespeito.
Quase caí do sofá de tanto rir quando comecei a ler o texto.
Mas, para a surpresa de todos, inclusive dos pesquisadores, os pacientes informados da farsa indicaram melhora nos seus sintomas em proporção significativa (equivalente a testes anteriores que haviam sido efetuados sem esse respeitoso cuidado e semelhante aos tratados com medicamentos verdadeiros).
Várias hipóteses podem ser levantadas a partir dos resultados desse estudo, mas creio que a principal conclusão é a de que a estatística está para a medicina assim como a medicina está para a estatística.
E ninguém me leva a sério como médico só porque sou formado em engenharia ... Pode ?
segunda-feira, outubro 10, 2011
Pequenas coisas
Já aprendi que devemos aproveitar as pequenas coisas da vida, mas isso me pareceu um exagero.
O site do McDonalds explica: reduziram as calorias da porção de batatas para as crianças. Fiquei imaginando se a Coca-Cola tivesse feito o mesmo com a Coca Zero.
Não tenho nada contra o McDonalds, muito pelo contrário. Gosto dos sanduiches, das batatas, do sorvete e adoro as campanhas da Taterka.
As saladas ainda precisam de um upgrade, principalmente nos molhos, mas temos que considerar que os hamburgueres dos restaurantes vegetarianos também não são lá essas coisas.
Em resumo, comparativamente, acho que o Mc oferece uma excelente relação entre o custo e o benefício., principalmente nas lojas mais bem cuidadas (limpas e com o pessoal bem treinado).
Mas essa onda do politicamente correto conduzindo ao fade-out das batatinhas é de matar.
A boa notícia é que ganhei um bonequinho do professor Girafales ...
O site do McDonalds explica: reduziram as calorias da porção de batatas para as crianças. Fiquei imaginando se a Coca-Cola tivesse feito o mesmo com a Coca Zero.
Não tenho nada contra o McDonalds, muito pelo contrário. Gosto dos sanduiches, das batatas, do sorvete e adoro as campanhas da Taterka.
As saladas ainda precisam de um upgrade, principalmente nos molhos, mas temos que considerar que os hamburgueres dos restaurantes vegetarianos também não são lá essas coisas.
Em resumo, comparativamente, acho que o Mc oferece uma excelente relação entre o custo e o benefício., principalmente nas lojas mais bem cuidadas (limpas e com o pessoal bem treinado).
Mas essa onda do politicamente correto conduzindo ao fade-out das batatinhas é de matar.
A boa notícia é que ganhei um bonequinho do professor Girafales ...
sábado, outubro 08, 2011
Pelo novo movimento feminista
Então, a Gisele bateu o carro ... tadinha.
E para não levar bronca do marido resolve contar o que aconteceu semi-despida.
A mensagem é clara:
- Querido, bati o carro, mas o importante é que estou inteira !
Não é essa a primeira preocupação de um marido amantíssimo quando sua esposa bate o carro ?
A Secretaria de Política para as Mulheres reclama:
Não acho a campanha da Hope brilhante, mas é engraçadinha. E não vejo qualquer outra razão para uma mulher usar calcinhas rendadas que não seja a de exercer sua sensualidade (ceroulas de algodão são, certamente, mais confortáveis).
Darwin postulou e Dawkins (o Gene Egoista) explicou melhor porque a sensualidade feminina tem mais chance de ser replicada do que a preferência por ceroulas.
Ocorre que vivemos em um momento complexo (embora profícuo) onde a moral e os costumes tradicionais (referências externas) estão em conflito com a necessidade de descobrir-se, conforme sugerido pela inscrição do pórtico do Oráculo de Delfos (Conhece-te a ti mesmo).
Sexo segue sendo um gigantesco tabú. Prazer ainda é sinônimo de pecado, principalmente se obtido através do corpo.
Demonizar a sensualidade feminina é manter a mulher em sua prisão histórica, simplesmente porque não sabemos o que fazer com nossos desejos.
Embora me pareça melhor do que queimar na fogueira, criticar o uso da sensualidade (ou da sexualidade) feminina para aplacar a ira do marido me parece uma estupidez equivalente, apesar da camada de verniz civilizatório.
Eu acho que está mais do que na hora das mulheres criarem um novo movimento feminista e lutar pelo seu direito de serem sensuais se quiserem e quando quiserem.
Se da primeira vez queimaram seus sutiãs em praça pública, agora é hora de despi-los ao som do Libertango....
E para não levar bronca do marido resolve contar o que aconteceu semi-despida.
A mensagem é clara:
- Querido, bati o carro, mas o importante é que estou inteira !
Não é essa a primeira preocupação de um marido amantíssimo quando sua esposa bate o carro ?
A Secretaria de Política para as Mulheres reclama:
“A propaganda promove o reforço do esteriótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal.”
Falo por mim.... Discrimino (faço distinção) homens e mulheres. Sou sexista, ou seja, acredito que homens e mulheres não são iguais.Não acho a campanha da Hope brilhante, mas é engraçadinha. E não vejo qualquer outra razão para uma mulher usar calcinhas rendadas que não seja a de exercer sua sensualidade (ceroulas de algodão são, certamente, mais confortáveis).
Darwin postulou e Dawkins (o Gene Egoista) explicou melhor porque a sensualidade feminina tem mais chance de ser replicada do que a preferência por ceroulas.
Ocorre que vivemos em um momento complexo (embora profícuo) onde a moral e os costumes tradicionais (referências externas) estão em conflito com a necessidade de descobrir-se, conforme sugerido pela inscrição do pórtico do Oráculo de Delfos (Conhece-te a ti mesmo).
Sexo segue sendo um gigantesco tabú. Prazer ainda é sinônimo de pecado, principalmente se obtido através do corpo.
Demonizar a sensualidade feminina é manter a mulher em sua prisão histórica, simplesmente porque não sabemos o que fazer com nossos desejos.
Embora me pareça melhor do que queimar na fogueira, criticar o uso da sensualidade (ou da sexualidade) feminina para aplacar a ira do marido me parece uma estupidez equivalente, apesar da camada de verniz civilizatório.
Eu acho que está mais do que na hora das mulheres criarem um novo movimento feminista e lutar pelo seu direito de serem sensuais se quiserem e quando quiserem.
Se da primeira vez queimaram seus sutiãs em praça pública, agora é hora de despi-los ao som do Libertango....
sexta-feira, outubro 07, 2011
A quinta maçã
Como uma homenagens à Steve Jobs multiplicou-se no Facebook um comentário sobre as quatro maçãs que mudaram o mundo:
1. a maçã de Eva e Adão, que simboliza a consciência, a moral, a religião, a culpa e todas as outras coisas que nos fazem sentir pecadores
2. a maçã de Newton, que representa o insight, a descoberta, a ciência e tudo aquilo que remete à nossa capacidade de aprender através da interação com o mundo
3. a maça dos Beatles, que representa a música, a arte e a criatividade
4. a maçã da Apple, que representa a nossa capacidade de inovar e renovar negócios, nossa habilidade mercadológica.
E eu fiquei pensando em qual poderia ser a quinta maçã que completaria a lista no final deste século.
E como, por mais paradoxal que pareça, tenho a impressão que o século XXI será marcado pela preocupação com o desenvolvimento da capacidade da amar, escolhi a maçã correspondente.
Acho que acordei otimista hoje !
1. a maçã de Eva e Adão, que simboliza a consciência, a moral, a religião, a culpa e todas as outras coisas que nos fazem sentir pecadores
2. a maçã de Newton, que representa o insight, a descoberta, a ciência e tudo aquilo que remete à nossa capacidade de aprender através da interação com o mundo
3. a maça dos Beatles, que representa a música, a arte e a criatividade
4. a maçã da Apple, que representa a nossa capacidade de inovar e renovar negócios, nossa habilidade mercadológica.
E eu fiquei pensando em qual poderia ser a quinta maçã que completaria a lista no final deste século.
E como, por mais paradoxal que pareça, tenho a impressão que o século XXI será marcado pela preocupação com o desenvolvimento da capacidade da amar, escolhi a maçã correspondente.
Acho que acordei otimista hoje !
quinta-feira, outubro 06, 2011
terça-feira, outubro 04, 2011
Por analogia (ou conclusões de um mantecal)
Os peruanos são famosos por sua culinária esquisita (no sentido espanhol). Realmente come-se muito bem por aqui.
Mas há que se reconhecer que os "petit four" não são sua especialidade.
No intervalo de uma reunião de trabalho, encontro a companheira portoriquenha ao lado da mesa de "amenidades" (café, chá, refrigetantes e docinhos) com uma expressão horrível de desgosto.
Mastigava um mantecal, de aparência simpática e gosto nem tanto.
Engoliu, por falta de alternativa, o pedaço que já havia mordido, com a ajuda de um largo gole de Inca Kola (também chamada de Golden Kola, refrigerante nacional do Perú que vende mais do que a Coca-Cola).
Recuperada, comentou:
- E o pior é que não estava com fome ... nem com vontade ... mas como estava disponível .....
Eu demonstrei minha empatia concordando que a vida é assim mesmo.
E ela, de súbito, foi acometida por um insight e me disse:
- Creio que acabo de compreender os homens ... Sigo não aprovando, mas agora creio que entendo melhor.
Eu apenas sorri, cumplice da descoberta.
Quando ela terminou seu copo de Inca Kola e fez menção de retornar à mesa de trabalho, lhe ofereci outro mantecal.
- Quer mais um ? - perguntei com singular ingenuidade.
- Eu ? Não quero mais ver isso na minha frente.
- Ok? - respondi. Foi só uma pergunta retórica para que você possa completar seu insight.
Mas há que se reconhecer que os "petit four" não são sua especialidade.
No intervalo de uma reunião de trabalho, encontro a companheira portoriquenha ao lado da mesa de "amenidades" (café, chá, refrigetantes e docinhos) com uma expressão horrível de desgosto.
Mastigava um mantecal, de aparência simpática e gosto nem tanto.
Engoliu, por falta de alternativa, o pedaço que já havia mordido, com a ajuda de um largo gole de Inca Kola (também chamada de Golden Kola, refrigerante nacional do Perú que vende mais do que a Coca-Cola).
Recuperada, comentou:
- E o pior é que não estava com fome ... nem com vontade ... mas como estava disponível .....
Eu demonstrei minha empatia concordando que a vida é assim mesmo.
E ela, de súbito, foi acometida por um insight e me disse:
- Creio que acabo de compreender os homens ... Sigo não aprovando, mas agora creio que entendo melhor.
Eu apenas sorri, cumplice da descoberta.
Quando ela terminou seu copo de Inca Kola e fez menção de retornar à mesa de trabalho, lhe ofereci outro mantecal.
- Quer mais um ? - perguntei com singular ingenuidade.
- Eu ? Não quero mais ver isso na minha frente.
- Ok? - respondi. Foi só uma pergunta retórica para que você possa completar seu insight.
segunda-feira, outubro 03, 2011
Casar ou comprar a bicicleta ?
Minha avó adorava essa frase ...
Hoje estou num desses dias (ou noites). Não sei se continuo lendo "Pantaleão e as Visitadoras" (Mario Vargas Llosa) ou retomo a leitura dos livros sobre Decision Theory. Se trabalho nos "cases" da UNIT34 ou se penso na minha (futura) banda de pop-rock. Se sigo escrevendo o capítulo do livro sobre Gestão Estratégica, se retomo a história da garota de programa que dava conselhos para executivos, se começo a escrever o livro sobre massagem erótica ou se retomo a peça sobre o céu e o inferno. Isso, para não mencionar o projeto da Ópera Rock que está engavetado há um par de anos (uma linda história sobre uma fada e um caveleiro).
Na verdade, não posso fazer nada disso. Viajo amanhã para Lima à trabalho e preciso me preparar para a viagem.
Ou melhor, posso, já que essa é a melhor coisa de optar pelo arquétipo do Trickster. A gente pode qualquer coisa, desde que esteja disposto a pagar a conta no final.
Mas uma das desvantagens de ser "psicalanizado" é ter consciência de que o livre arbítiro é uma ilusão. Sendo eu quem sou, mesmo diante da aparente liberdade de decisão, já sei que vou dormir quando acabar essa postagem e gastar (investir) a manhã me preparando para a viagem de trabalho.
Por outro lado, também sei que vou continuar pensando no assunto nos próximos dias ...
Hoje estou num desses dias (ou noites). Não sei se continuo lendo "Pantaleão e as Visitadoras" (Mario Vargas Llosa) ou retomo a leitura dos livros sobre Decision Theory. Se trabalho nos "cases" da UNIT34 ou se penso na minha (futura) banda de pop-rock. Se sigo escrevendo o capítulo do livro sobre Gestão Estratégica, se retomo a história da garota de programa que dava conselhos para executivos, se começo a escrever o livro sobre massagem erótica ou se retomo a peça sobre o céu e o inferno. Isso, para não mencionar o projeto da Ópera Rock que está engavetado há um par de anos (uma linda história sobre uma fada e um caveleiro).
Na verdade, não posso fazer nada disso. Viajo amanhã para Lima à trabalho e preciso me preparar para a viagem.
Ou melhor, posso, já que essa é a melhor coisa de optar pelo arquétipo do Trickster. A gente pode qualquer coisa, desde que esteja disposto a pagar a conta no final.
Mas uma das desvantagens de ser "psicalanizado" é ter consciência de que o livre arbítiro é uma ilusão. Sendo eu quem sou, mesmo diante da aparente liberdade de decisão, já sei que vou dormir quando acabar essa postagem e gastar (investir) a manhã me preparando para a viagem de trabalho.
Por outro lado, também sei que vou continuar pensando no assunto nos próximos dias ...
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