Algumas conclusões a partir do último jogo do Brasil ...
- só gana não ganha o jogo;
- não basta chutar, tem que acertar o gol;
- mesmo o jogo mais duro tem seus momentos de carinho (vide Roberto Carlos)
- não é o técnico que ganha o jogo
- futebol é mais uma coisa que eu prefiro fazer do que assistir ...
quinta-feira, junho 29, 2006
quinta-feira, junho 22, 2006
Um por todos ...
Jorge Luis Borges (o Borges) propõe em seu poema entitulado "Tú" a idéia de que todos somos um só.
"Un solo hombre ha nacido, un solo hombre ha muerto em la tierra"....
"Ese hombre es Ulises, Abel, Caín ... "
"Un solo hombre ha muerto en los hospitales, en barcos, en la ardua soledad ..."
"Un solo hombre ha mirado la vasta aurora" ...
"Hablo del único, del uno, del que siempre está solo."
Borges iria querer me matar por isso, mas fiquei pensando no espírito de corpo que acabamos por formar nas empresas em que trabalhamos, quando estamos verdadeiramente comprometidos com nossa missão e conscientes de nossa responsabilidade solidária.
Quando alguém da equipe comercial fecha um bom contrato, cada um de nós se sente realizado.
Quando alguém comete um erro, nos mortificamos. Nós erramos.
Quando um colega tem problemas, é nosso problema.
Quando planejamos o futuro da empresa, é o nosso futuro.
E embora cada um de nós seja único, com sua vida, sabores e dissabores, partilhamos a sensação de sermos um só, como parte de um todo maior.
Borges teria sido um bom companheiro de trabalho !
(com a colaboração de Rossana Carvalho, fã de Borges)
Respostas
Pessoal,
As respostas para os "desafios" da postagem anterior foram dadas pelos "argutonautas" Udi e Ernesto nos comentários. Basta clicar em "comments" após o post.
As respostas para os "desafios" da postagem anterior foram dadas pelos "argutonautas" Udi e Ernesto nos comentários. Basta clicar em "comments" após o post.
terça-feira, junho 20, 2006
Enquanto isso ...
Aproveitando o intervalo entre os jogos do Brasil, creio que seria bom dedicar nosso tempo a outros temas relevantes.
Ocorre que é muito difícil pensar em outra coisa que não seja Copa do Mundo, já que o assunto ocupa todos os noticiários, propagandas, promoções, bares, restaurantes, ruas, avenidas e festas de família.
Os orientais sugerem o uso do Koan (frases que estimulam a subversão da linearidade do raciocínio) como técnica para promover a abertura da mente.
Como sou latino, ofereço aos leitores do Arguta dois “causos” com o objetivo de auxiliá-los na difícil tarefa de desconectar-se do contexto copal.
A resposta para esses dois profundos desafios intelectuais serão apresentadas na próxima postagem:
Causo 1: Um tijolo pesa um quilo mais meio tijolo. Quanto pesa um tijolo e meio ?
Causo 2: Três mulheres estão tomando sorvete. A primeira lambe o sorvete. A segunda chupa. A terceira morde. Qual das três mulheres é casada ?
segunda-feira, junho 19, 2006
O objetivo do jogo
Mais uma de futebol ...
Estão todos comentando que a Argentina esta jogando como o Brasil de outrora e o Brasil mais lembra a Argentina dos tempos magros.
Fato é que temos um time entrosado, o ambiente entre os jogadores parece bom e o resultado está aí: 100% de aproveitamento dos pontos.
A torcida não ficou feliz com o espetáculo, mas as vitórias, embora magras, foram convincentes (os adversários não chegaram a assustar).
A pergunta que me ocorre é: qual é o objetivo do jogo ?
Se encantar a torcida não fizer parte dos objetivos estratégicos da seleção brasileira, seu desempenho tem sido irretocável.
O mesmo raciocínio se aplica à gestão das empresas.
Muitas empresas charmosas e repletas de iniciativas e programas voltados para a “torcida” não resistem a uma análise mais crítica de sua eficiência do ponto de vista dos objetivos estratégicos.
Lembro-me de uma época em que o prêmio Top de Marketing era chamado nos bastidores do mercado de “top-top” de marketing, numa referência ao fato de que uma parcela expressiva das empresas que ganharam o prêmio num ano enfrentaram sérias dificuldades no ano seguinte.
E também lembro de algumas Copas em que o Brasil jogou o futebol mais lindo de que se tem notícia e não chegou às quartas de final.
Então, pessoal, está certo que o Galvão não precisava elogiar tanto o desempenho do Ronaldo, mas que a equipe do Brasil está cumprindo sua missão, isso está ...
domingo, junho 18, 2006
Um dia de Copa
Tenho um amigo que leva a sério seu trabalho.
Ele é brasileiro, mas de família alemã, o que explica essa atitude atípica.
É claro que isso lhe causa alguns problemas de relacionamento no escritório.
Como não costuma jogar conversa fora nas proximidades da máquina do café e nem enviar e-mails com piadinhas para os colegas durante o dia, seu círculo de relacionamento é bastante reduzido.
Sua obsessão por realizar reuniões com pauta e horário para início e fim associada à vocação por respeitar essas condições lhe valeu, desde a muito, o rótulo de excêntrico.
É fácil entender, portanto, que o Alemão (como é carinhosamente chamado pelos colegas que, obviamente, não se lembram do nome dele) não estava preparado para o advento do primeiro jogo do Brasil na Copa.
O Alemão não participou das inúmeras reuniões informais que vinham sendo realizadas desde o início de maio nos corredores da empresa com o objetivo de definir o que seria feito durante os dias de jogo.
Foi surpreendido pelo e-mail do RH, enviado no dia anterior, que formalizava a liberação dos empregados uma hora antes do início do jogo. Tratava-se, claro, de uma mera formalização, já que todos estavam informados disso com antecedência, e o assunto vinha sendo constantemente discutido durante as partidas iniciais da Copa. Alemão, na verdade, nem sabia que o pessoal andava se encontrando na sala de reuniões do seu andar para assistir os jogos discretamente, a portas fechadas.
Meu amigo não havia planejado nada para o grande dia da estréia do Brasil. Não era particularmente um aficionado por futebol e estava mais preocupado com as diversas pendências relevantes de seu trabalho do que com as bolhas no pé do Ronaldo.
As 14h30, quando o servidor de e-mails deixou de funcionar, procurou o pessoal do suporte. Foi informado de que já haviam saído para assistir o jogo num restaurante próximo à empresa, junto com a turma do TI (que havia optado por um “long lunch”).
Decidiu, então, tratar dos temas que demandavam contato pessoal.
A iniciativa foi frustrada pelo fato de que não conseguiu encontrar viva alma no escritório, à exceção do segurança, dedicado à relevante tarefa de identificar a melhor posição de ajuste da antena de sua televisão portátil.
- O pessoal já foi todo embora – disse, sem olhar para o Alemão.
- Mas não era para trabalhar até as 15hs ?
- Sei não. Desde as duas já tava todo mundo da maior bagunça aqui embaixo...
Neste momento, Alemão se deu conta de que os buzinassos da rua não eram decorrentes do trânsito e que os estouros que ouvia tinham uma única razão: a rua estava em festa, colorida de verde e amarelo. Todo mundo, inclusive o guarda, vestia as cores do Brasil.
A maioria com camisetas. Os mais chiques combinando roupas nas cores da bandeira com detalhes em sobretom.
Subitamente, Alemão se sentiu deslocado e algo culpado. Onde estava seu senso de patriotismo afinal ?
Tomou uma decisão:
- Vou para casa assistir o jogo ! – disse para si mesmo, imediatamente engajado na nova missão.
O plano de trabalho era simples: passar no caixa eletrônico do sexto andar, retirar dinheiro (para o Táxi, que era dia de rodízio), comprar pipoca e ir para casa assistir o jogo. Lamentavelmente teria que ser sozinho, já que não havia mais ninguém por perto para convidar e o segurança não dava brecha para intimidades.
O caixa eletrônico estava em “atualização”, o que exigiu uma rápida modificação de planos: comprar pipoca com cartão de débito e passar no Conjunto Nacional para retirar o dinheiro.
Alemão saiu à rua decidido. Mais decidido ainda estavam os empregados do Supermercado: estava fechado.
Sem pipocar, Alemão dirigiu-se ao Conjunto Nacional. Ops: também fechado.
Tudo bem, havia uma agência do banco não tão longe do escritório.
Esta, felizmente funcionava e o dinheiro do Táxi pode ser retirado.
A questão passou a ser como conseguir um Táxi.
O ruído de fogos intensificou-se. O Brasil havia entrado em campo
No ponto próximo ao banco, 8 carros estavam estacionados à espera não de um cliente, mas de um gol do Brasil. Sugeriram ao Alemão que fosse até a Paulista.
Ele foi. Os Táxis não. Os poucos que passavam dirigiam-se, com ou sem passageiros, para o televisor mais próximo.
Quinze minutos depois aproximou-se vagarosamente um Táxi que já havia conhecido melhores tempos dirigido por um senhor idem. Alemão não estava em condições de escolher. Apeou e deu as coordenadas. O Táxi arrancou com o mesmo ímpeto que Ronaldo e sua bolha abdominal demonstravam em campo.
O Radio do carro lamentavelmente não funcionava e Alemão seguiu seu caminho sem qualquer pista sobre o que poderiam significar us Uuuhs e Oooohs que ouvia pelo caminho.
Caminho, aliás, que começou deserto, o que lhe deu a falsa sensação de que chegaria muito rapidamente em sua casa.
Ledo engano. Na medida em que se aproximava de seu bairro, Alemão foi encontrando os retardatários, cuja locomoção se via prejudicada pelos carros estacionados em fila dupla na frente dos bares da região, entupidos de torcedores que comemoravam o fato de existir uma copa do mundo bebendo em escala industrial.
Alemão resolveu descer do Táxi e seguir a pé. Excelente decisão: conseguiu chegar em casa a tempo de assistir o segundo tempo do jogo. Sem pipoca, mas com a sensação de dever cumprido.
Quando o Alemão me contou sua história, fiquei pensando ... assistir o segundo tempo do jogo Brasil e Croácia, sozinho, sóbrio e sem pipoca, olhando a bola indo e voltando sem fazer nada ... só conheço duas pessoas que são capazes de fazer: o Alemão e o Ronaldo.
Ele é brasileiro, mas de família alemã, o que explica essa atitude atípica.
É claro que isso lhe causa alguns problemas de relacionamento no escritório.
Como não costuma jogar conversa fora nas proximidades da máquina do café e nem enviar e-mails com piadinhas para os colegas durante o dia, seu círculo de relacionamento é bastante reduzido.
Sua obsessão por realizar reuniões com pauta e horário para início e fim associada à vocação por respeitar essas condições lhe valeu, desde a muito, o rótulo de excêntrico.
É fácil entender, portanto, que o Alemão (como é carinhosamente chamado pelos colegas que, obviamente, não se lembram do nome dele) não estava preparado para o advento do primeiro jogo do Brasil na Copa.
O Alemão não participou das inúmeras reuniões informais que vinham sendo realizadas desde o início de maio nos corredores da empresa com o objetivo de definir o que seria feito durante os dias de jogo.
Foi surpreendido pelo e-mail do RH, enviado no dia anterior, que formalizava a liberação dos empregados uma hora antes do início do jogo. Tratava-se, claro, de uma mera formalização, já que todos estavam informados disso com antecedência, e o assunto vinha sendo constantemente discutido durante as partidas iniciais da Copa. Alemão, na verdade, nem sabia que o pessoal andava se encontrando na sala de reuniões do seu andar para assistir os jogos discretamente, a portas fechadas.
Meu amigo não havia planejado nada para o grande dia da estréia do Brasil. Não era particularmente um aficionado por futebol e estava mais preocupado com as diversas pendências relevantes de seu trabalho do que com as bolhas no pé do Ronaldo.
As 14h30, quando o servidor de e-mails deixou de funcionar, procurou o pessoal do suporte. Foi informado de que já haviam saído para assistir o jogo num restaurante próximo à empresa, junto com a turma do TI (que havia optado por um “long lunch”).
Decidiu, então, tratar dos temas que demandavam contato pessoal.
A iniciativa foi frustrada pelo fato de que não conseguiu encontrar viva alma no escritório, à exceção do segurança, dedicado à relevante tarefa de identificar a melhor posição de ajuste da antena de sua televisão portátil.
- O pessoal já foi todo embora – disse, sem olhar para o Alemão.
- Mas não era para trabalhar até as 15hs ?
- Sei não. Desde as duas já tava todo mundo da maior bagunça aqui embaixo...
Neste momento, Alemão se deu conta de que os buzinassos da rua não eram decorrentes do trânsito e que os estouros que ouvia tinham uma única razão: a rua estava em festa, colorida de verde e amarelo. Todo mundo, inclusive o guarda, vestia as cores do Brasil.
A maioria com camisetas. Os mais chiques combinando roupas nas cores da bandeira com detalhes em sobretom.
Subitamente, Alemão se sentiu deslocado e algo culpado. Onde estava seu senso de patriotismo afinal ?
Tomou uma decisão:
- Vou para casa assistir o jogo ! – disse para si mesmo, imediatamente engajado na nova missão.
O plano de trabalho era simples: passar no caixa eletrônico do sexto andar, retirar dinheiro (para o Táxi, que era dia de rodízio), comprar pipoca e ir para casa assistir o jogo. Lamentavelmente teria que ser sozinho, já que não havia mais ninguém por perto para convidar e o segurança não dava brecha para intimidades.
O caixa eletrônico estava em “atualização”, o que exigiu uma rápida modificação de planos: comprar pipoca com cartão de débito e passar no Conjunto Nacional para retirar o dinheiro.
Alemão saiu à rua decidido. Mais decidido ainda estavam os empregados do Supermercado: estava fechado.
Sem pipocar, Alemão dirigiu-se ao Conjunto Nacional. Ops: também fechado.
Tudo bem, havia uma agência do banco não tão longe do escritório.
Esta, felizmente funcionava e o dinheiro do Táxi pode ser retirado.
A questão passou a ser como conseguir um Táxi.
O ruído de fogos intensificou-se. O Brasil havia entrado em campo
No ponto próximo ao banco, 8 carros estavam estacionados à espera não de um cliente, mas de um gol do Brasil. Sugeriram ao Alemão que fosse até a Paulista.
Ele foi. Os Táxis não. Os poucos que passavam dirigiam-se, com ou sem passageiros, para o televisor mais próximo.
Quinze minutos depois aproximou-se vagarosamente um Táxi que já havia conhecido melhores tempos dirigido por um senhor idem. Alemão não estava em condições de escolher. Apeou e deu as coordenadas. O Táxi arrancou com o mesmo ímpeto que Ronaldo e sua bolha abdominal demonstravam em campo.
O Radio do carro lamentavelmente não funcionava e Alemão seguiu seu caminho sem qualquer pista sobre o que poderiam significar us Uuuhs e Oooohs que ouvia pelo caminho.
Caminho, aliás, que começou deserto, o que lhe deu a falsa sensação de que chegaria muito rapidamente em sua casa.
Ledo engano. Na medida em que se aproximava de seu bairro, Alemão foi encontrando os retardatários, cuja locomoção se via prejudicada pelos carros estacionados em fila dupla na frente dos bares da região, entupidos de torcedores que comemoravam o fato de existir uma copa do mundo bebendo em escala industrial.
Alemão resolveu descer do Táxi e seguir a pé. Excelente decisão: conseguiu chegar em casa a tempo de assistir o segundo tempo do jogo. Sem pipoca, mas com a sensação de dever cumprido.
Quando o Alemão me contou sua história, fiquei pensando ... assistir o segundo tempo do jogo Brasil e Croácia, sozinho, sóbrio e sem pipoca, olhando a bola indo e voltando sem fazer nada ... só conheço duas pessoas que são capazes de fazer: o Alemão e o Ronaldo.
segunda-feira, junho 12, 2006
O marketing das causas comuns
Eis que, de um momento para outro, as ruas verdeamarelam-se.
E também os anúncios, as lojas, os bares, as roupas íntimas...
Em todas as esquinas, o povo canta o Ino Nacional (Todos juntos vamos, pra frente Brasil). Comércio, Industria e Marreteiros Associados, patrioticamente agradecem e apóiam a causa comum.
Não chega a surpreender.
Para mim, exemplo de marketing supreendente é a vacinação contra a gripe: milhões de pessoas pagando para serem inoculadas com vírus (atenuado, é claro) da gripe do ano anterior.
Mas, voltando ao surto de patriotismo quadrianual, fico pensando quanto coisa boa poderíamos fazer por esse Brasil se pudéssemos mobilizar a mesma energia para resolver nossos problemas sociais maiores.
Alguém tem alguma sugestão ?
sexta-feira, junho 09, 2006
Serendipity: a arte das descobertas
Os ingleses criaram uma palavra muito interessante: Serendipity.
Segundo a Wikipedia, essa palavra foi criada por Horace Walpole, em 1754, inspirado por um conto de fadas chamado “The three princes of Serendip”, e significa a faculdade de fazer descobertas por acidente ou sagacidade.
A interessante leitura “Eureka !” - Descobertas Científicas que Revolucionaram o Mundo (Leslie Alan Horvitz – Ed. Difel), que conta a história de algumas das grandes descobertas científicas nos últimos séculos, apresenta uma série de exemplos que comprovam que as grandes “sacadas” daqueles que hoje são considerados exemplos de genialidade foram fruto de determinação e sagacidade.
Algumas das descobertas mais geniais foram, de certo modo, fruto do acaso. Mas o “acaso” oferece permanentemente oportunidades para todos. Os “gênios” foram aqueles que naquele momento em que uma oportunidade foi oferecida, estavam preparados para a descoberta. Tinham trabalhado, estudado e desenvolvido seus talentos e competências, e preservavam a abertura de mente necessária, de forma a estarem prontos para o instante do lampejo de genialidade.
É essa a atitude requerida (o “mind set”) para a inovação.
Serendipity é o talento que devemos desenvolver em nossas equipes de trabalho para maximizar as chances de descobrir os caminhos que fazem a diferença.
Segundo a Wikipedia, essa palavra foi criada por Horace Walpole, em 1754, inspirado por um conto de fadas chamado “The three princes of Serendip”, e significa a faculdade de fazer descobertas por acidente ou sagacidade.
A interessante leitura “Eureka !” - Descobertas Científicas que Revolucionaram o Mundo (Leslie Alan Horvitz – Ed. Difel), que conta a história de algumas das grandes descobertas científicas nos últimos séculos, apresenta uma série de exemplos que comprovam que as grandes “sacadas” daqueles que hoje são considerados exemplos de genialidade foram fruto de determinação e sagacidade.
Algumas das descobertas mais geniais foram, de certo modo, fruto do acaso. Mas o “acaso” oferece permanentemente oportunidades para todos. Os “gênios” foram aqueles que naquele momento em que uma oportunidade foi oferecida, estavam preparados para a descoberta. Tinham trabalhado, estudado e desenvolvido seus talentos e competências, e preservavam a abertura de mente necessária, de forma a estarem prontos para o instante do lampejo de genialidade.
É essa a atitude requerida (o “mind set”) para a inovação.
Serendipity é o talento que devemos desenvolver em nossas equipes de trabalho para maximizar as chances de descobrir os caminhos que fazem a diferença.
quinta-feira, junho 08, 2006
Coisas importantes nessa vida
Só existem duas coisas realmente importantes na vida.
A primeira é a memória.
A segunda, não me lembro qual é !
A primeira é a memória.
A segunda, não me lembro qual é !
quarta-feira, junho 07, 2006
A inspiração das paixões imperfeitas
Na semana passada descobri que o Arguta Café inspirou a criação de mais um blog: o Assertiva, deste sábio amigo que é o Ernesto (www.assertiva.blogspot.com) – vale a visita frequente.
Considerando que, como os queridos leitores já devem ter percebido, estou mais para Leon Eliachar do que para Luiz Fernando Veríssimo, não será a perfeição de meus escritos que motiva os neo-blogueiros.
Pensando no tema lembrei-me de outras passagens em que companheiros de trabalho se sentiram, de algum modo, desmotivados pela leitura de que não seriam capazes de fazer algo tão bem quanto eu.
Tenho um especial talento, por exemplo, para realizar tarefas que dependam de raciocínio lógico-associativo.
Mais de uma vez colegas e subordinados manifestaram sua “incapacidade” de desempenhar essas tarefas com igual destreza. E se sentiram desmotivados a desenvolver seus próprios recursos.
Em tempos de copa do mundo (e mal comparando) seria algo como se eu desistisse de jogar futebol porque não tenho o talento do Ronaldo Gaucho (e em campo, estou mais para Biro-Biro).
Nas ocasiões em que pude perceber isso, procurei “contaminar” através da paixão pelo caminho, do prazer pelo aprendizado e o desenvolvimento. Funciona.
Mas a verdade é que funciona melhor quando a sensação distância é menor. Ou seja, quando a referência não está sendo idealizada e percebemos que o outro é, também, um ser humano comum, com talentos e imperfeições outras que as nossas, mas de igual tamanho.
Creio que, daí, podemos tirar uma lição útil para nosso trabalho de gestão de pessoas.
Não precisamos parecer perfeitos.
Ao contrário, a percepção da imperfeição é motivadora, porque dá o sentido de realidade. Se o outro consegue, então eu também posso conseguir, com paciência e perseverança e, como diria Frank Sinatra, do meu jeito.
Considerando que, como os queridos leitores já devem ter percebido, estou mais para Leon Eliachar do que para Luiz Fernando Veríssimo, não será a perfeição de meus escritos que motiva os neo-blogueiros.
Pensando no tema lembrei-me de outras passagens em que companheiros de trabalho se sentiram, de algum modo, desmotivados pela leitura de que não seriam capazes de fazer algo tão bem quanto eu.
Tenho um especial talento, por exemplo, para realizar tarefas que dependam de raciocínio lógico-associativo.
Mais de uma vez colegas e subordinados manifestaram sua “incapacidade” de desempenhar essas tarefas com igual destreza. E se sentiram desmotivados a desenvolver seus próprios recursos.
Em tempos de copa do mundo (e mal comparando) seria algo como se eu desistisse de jogar futebol porque não tenho o talento do Ronaldo Gaucho (e em campo, estou mais para Biro-Biro).
Nas ocasiões em que pude perceber isso, procurei “contaminar” através da paixão pelo caminho, do prazer pelo aprendizado e o desenvolvimento. Funciona.
Mas a verdade é que funciona melhor quando a sensação distância é menor. Ou seja, quando a referência não está sendo idealizada e percebemos que o outro é, também, um ser humano comum, com talentos e imperfeições outras que as nossas, mas de igual tamanho.
Creio que, daí, podemos tirar uma lição útil para nosso trabalho de gestão de pessoas.
Não precisamos parecer perfeitos.
Ao contrário, a percepção da imperfeição é motivadora, porque dá o sentido de realidade. Se o outro consegue, então eu também posso conseguir, com paciência e perseverança e, como diria Frank Sinatra, do meu jeito.
terça-feira, junho 06, 2006
06.06.06: o Diabo esta solto !
Pois é, pessoal ... hoje é dia 06.06.06 e 666 é conhecido como o número do Belzebu.
Se você acredita nisso, não faça nada, não tome decisões importantes, não pense nem respire. Se não vai ser o diabo !
Segundo apurei a origem dessa crença é o o Livro da Revelação do Novo Testamento (Apocalípse de São João), um documento histórico e religioso de alta dramaticidade que faz revelações sobre a vida, a morte e o juízo final.
Na tradição cristã aqueles que vivem sob o domínio da Besta trazem gravados na mão e na testa o número 666. Vale comentar que os escravos romanos daquela época tinham uma marcação (número) em sua mão direita, simbolizando seu estado de subjugação. Esse número era chamado de “tessera”que hoje, em italiano, significa “carteirinha” ou “cartão”.
Seguramente a história está plena de exemplos de coisas horríveis associadas ao número 666, com direito a menções pontuais nas profecias de Nostradamus.
Tais exemplos, antes de legitimar 666 como o número do Demo, comprovam que os fatos nada podem diante da força dos argumentos. Ou seja, cada um acredita no que quer !
E antes que saiamos chamando de tolos todos aqueles que acreditam nessa rematada tolice, uma pequena flexão de pescoço que promova o olhar para o próprio umbigo faz-se necessária.
Quem já não usou calcinhas ou cuecas brancas no ano novo ?
Aquele dia em que acordamos com o pé esquerdo, a convicção do mau-olhado, o medo da inveja, o sal de mão em mão, o espelho quebrado.
E a tal da gravata da sorte, sempre à disposição para aquele dia em que pretendemos fechar um grande negócio ?
Ou o lançamento do produto no Fantástico, a lata de molho de tomate que precisa ser vermelha, o anúncio de revista que só pode sair na página impar.
Cruz credo, isola ...
segunda-feira, junho 05, 2006
A moral e os bons costumes ...
Voltando de viagem li em algum lugar que congressistas brasileiros querem fazer valer a lei que proíbe expor, vender ou veicular cartões-postais brasileiros com mulheres em trajes sumários, que já não estivessem inseridas na imagem original.
Essa lei de excepcional utilidade pública originou-se de um projeto da deputada Alice Tamborindeguy e foi recentemente sancionada pela governadora Rosinha Matheus (“garotinha”, como carinhosamente é chamada por alguns amigos do RJ).
Fosse eu deputado, apresentaria um projeto de lei proibindo cartões postais com fotos de Pizzas, a não ser quando devidamente contextualizadas em mesas de pizzarias.
Dentro na mesma linha de raciocínio que defende a lei que proíbe o “bundão-postal” (carioca realmente gosta de dar apelido para as coisas, não ?), considerando-o um estímulo ao turismo sexual, eu defendo que o “pizzão-postal” é um estímulo ao turismo com o dinheiro público, uma sacanagem de proporções ainda maiores.
É por isso que respeito muito a classe humorística nesse país. Difícil fazer piada quando a realidade já é tão no-sense.
Há quem diga que o verdadeiro inspirador da lei do bundão-postal foi, na verdade, Evo Morales (o dono da Petrobrás boliviana). O objetivo seria a nacionalização da sacanagem.
Um amigo meu esta treinando para político. Todo final de semana compra um envelope de Eno (sal de frutas), uma revista Playboy e uma pizza brotinho de muzzarela.
Se tranca no banheiro de casa, espalha as fotos das mulheres pelas paredes, coloca o sal de frutas num cálice, senta no vaso sanitário, respira fundo e diz: isso é que é vida, mulheres e champanhe – estou pouco me importando com o resto (versão light da frase). E no final, cai de boca na Pizza, que é como tudo acaba na política.
quinta-feira, junho 01, 2006
Noticias de Zurich
Aos que estranharam minha ausencia durante esta semana aqui no Arguta, informo que estou em Zurich, na Sui¢a.
Vim a trabalho para um encontro entre os executivos e clientes das operações AGB-Nielsen da Europa. Excelente encontro, aliás.
Uma vez na Suiça, aproveitei para:
1. comprar um canivete suiço;
2. comprar chocolates suiços;
3. comer fondue com verdadeiro queijo suiço;
4. conhecer um banco suiço ...
E ... não visitei a seleção brasileira, antes que alguém pergunte.
Zurich é uma graça de cidade, excetuando-se o fato de que a maioria dos restaurantes fecha para o jantar. Tudo bem ... não consigo entender o cardápio mesmo !
Na semana que vem, volto a postar com regularidade.
Aufidezen (ou alguma coisa assim ...)
Vim a trabalho para um encontro entre os executivos e clientes das operações AGB-Nielsen da Europa. Excelente encontro, aliás.
Uma vez na Suiça, aproveitei para:
1. comprar um canivete suiço;
2. comprar chocolates suiços;
3. comer fondue com verdadeiro queijo suiço;
4. conhecer um banco suiço ...
E ... não visitei a seleção brasileira, antes que alguém pergunte.
Zurich é uma graça de cidade, excetuando-se o fato de que a maioria dos restaurantes fecha para o jantar. Tudo bem ... não consigo entender o cardápio mesmo !
Na semana que vem, volto a postar com regularidade.
Aufidezen (ou alguma coisa assim ...)
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