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quarta-feira, junho 07, 2006

A inspiração das paixões imperfeitas

Na semana passada descobri que o Arguta Café inspirou a criação de mais um blog: o Assertiva, deste sábio amigo que é o Ernesto (www.assertiva.blogspot.com) – vale a visita frequente.
Considerando que, como os queridos leitores já devem ter percebido, estou mais para Leon Eliachar do que para Luiz Fernando Veríssimo, não será a perfeição de meus escritos que motiva os neo-blogueiros.
Pensando no tema lembrei-me de outras passagens em que companheiros de trabalho se sentiram, de algum modo, desmotivados pela leitura de que não seriam capazes de fazer algo tão bem quanto eu.
Tenho um especial talento, por exemplo, para realizar tarefas que dependam de raciocínio lógico-associativo.
Mais de uma vez colegas e subordinados manifestaram sua “incapacidade” de desempenhar essas tarefas com igual destreza. E se sentiram desmotivados a desenvolver seus próprios recursos.
Em tempos de copa do mundo (e mal comparando) seria algo como se eu desistisse de jogar futebol porque não tenho o talento do Ronaldo Gaucho (e em campo, estou mais para Biro-Biro).
Nas ocasiões em que pude perceber isso, procurei “contaminar” através da paixão pelo caminho, do prazer pelo aprendizado e o desenvolvimento. Funciona.
Mas a verdade é que funciona melhor quando a sensação distância é menor. Ou seja, quando a referência não está sendo idealizada e percebemos que o outro é, também, um ser humano comum, com talentos e imperfeições outras que as nossas, mas de igual tamanho.
Creio que, daí, podemos tirar uma lição útil para nosso trabalho de gestão de pessoas.
Não precisamos parecer perfeitos.
Ao contrário, a percepção da imperfeição é motivadora, porque dá o sentido de realidade. Se o outro consegue, então eu também posso conseguir, com paciência e perseverança e, como diria Frank Sinatra, do meu jeito.

3 comentários:

Anônimo disse...

Flá, acho que a gente nem procura contaminar. A gente demonstra o prazer e a paixão (pelo que se faz, se dá, se aprende, pelas pequenas coisas) e daí, sem nem percebermos, contaminamos e pronto!
Continue infectante...

Anônimo disse...

Flá,

O difícil é suportarmos a frustraçào que acompanha o nosso processo de aprendizagem. Daí a paixão pelo caminho fica comprometida...
Mas eu gosto da idéia!
Sabe o que mais?
Ela é perfeita!

Zamborea

Flavio Ferrari disse...

Meninas,

É muito estimulante tê-las participando do Arguta...
Sigam palpitando !