sexta-feira, julho 28, 2006
El Plan Marmol
Aqui em Bogota´, de onde posto, encontrei um cliente recém chegado de Miami.
Me contou que havia retornado de férias com sua familia e que, durante sua estada naquela cidade, praticarma cotidianamente o MARMOL: mar por las mañanas y mol (shopping center americano) por la tarde - um trocadilho com a palavra marmol, que significa mármore em espanhol.
Mudam os países, muda a língua e o ser humano é o mesmo, global.
Bogotá é um bom exemplo disso. Em tudo parecida com São Paulo, com a excessão de que é possível passear pelas ruas à noite (surpresa, Bogotá é mais segura que São Paulo, contrariando a lenda urbana). O povo, os hábitos e, especialmente, os shopping centers são incomodamente familiares.
Um ponto bastante positivo é a cordialidade e a boa educação dos colombianos de Bogota, sempre muito gentís e prestativos, sem aquele ranço de servilidade que encontramos em algumas cidades mais turísticas falsamente acolhedoras.
E a comida, então, muy "chevere".
Bogotá não tem mar. Também não estimula às compras. O plano Marmol não funcionaria aqui.
Melhor esquecer os planos e aproveitar a acolhida.
FF
domingo, julho 23, 2006
Enquanto isso, no Mac Donalds Worldwide
Para quem levou os filhos neste "finde" para o deleite fries’n’shake, algumas curiosidades econômicas:
- Apesar da valorização do Real, nosso Big Mac segue 10% mais barato em dólar do que o da matriz.
- Segundo o site Economis.com, que publica há 20 anos o Big Mac Index, o sanduba vale US$ 2,78 no Brasil contra US$ 3,10 em Bush gardens (base Maio/06).
- Paraguay e Uruguay são os países sul americanos com menor preço para a iguaria: US$ 1,63 e US$ 1,77, respectivamente.
- Perdem para Macau (com US$ 1,39), mas a moeda lá é a (meia) Pataca !
- O mais barato do mundo, como não poderia deixar de ser, é o Big Mac chinês, a US$ 1,31. Entretanto, existem suspeitas sobre a origem da carne ...
sexta-feira, julho 21, 2006
Correndo atrás ...
Lembrei-me de uma velha piada de português...
Manoel, sempre ele, chegou no ponto no momento em que seu ônibus havia acabado de partir.
Decide correr até o próximo ponto para ganhar tempo. Chega lá quando, novamente, o ônibus acaba de sair. Persistente como todo bom português de piada, Manoel não desiste e corre até o próximo. Chega atrasado, de novo. E a cena se repete até que Manoel se dá conta de que chegou em casa.
Esbaforido, mas contente, Manoel comenta a esposa:
- Maria, acabo de economizar 2 reais. Vim correndo atrás do ônibus e, quando percebi, já estava em casa ...
Ao que Maria responde:
- Mas tu és burro mesmo, o pá. Porque não vieste correndo atrás de um táxi ? Irias economizar muito mais !
A questão que coloco aos amigos do Arguta Café, para encerrar a semana, nos deixa entre a visão de Maria e de Buda. O que importa mais: aquilo que fazemos (ou do que estamos correndo atrás) ou a maneira como fazemos (a corrida em si) ?
Manoel, sempre ele, chegou no ponto no momento em que seu ônibus havia acabado de partir.
Decide correr até o próximo ponto para ganhar tempo. Chega lá quando, novamente, o ônibus acaba de sair. Persistente como todo bom português de piada, Manoel não desiste e corre até o próximo. Chega atrasado, de novo. E a cena se repete até que Manoel se dá conta de que chegou em casa.
Esbaforido, mas contente, Manoel comenta a esposa:
- Maria, acabo de economizar 2 reais. Vim correndo atrás do ônibus e, quando percebi, já estava em casa ...
Ao que Maria responde:
- Mas tu és burro mesmo, o pá. Porque não vieste correndo atrás de um táxi ? Irias economizar muito mais !
A questão que coloco aos amigos do Arguta Café, para encerrar a semana, nos deixa entre a visão de Maria e de Buda. O que importa mais: aquilo que fazemos (ou do que estamos correndo atrás) ou a maneira como fazemos (a corrida em si) ?
domingo, julho 16, 2006
Foco DO Cliente - o pulo do gato
Um interessante artigo da revista Época da semana passada reporta a entrevista com Tom Kelley, um dos novos gurus da inovação.
Kelley resgata um conceito que não é novo, mas as vezes parece esquecido:
“Para inovar não basta perguntar ao cliente. É preciso colocar-se no lugar dele.”
Estamos falando em empatia empresarial, ou seja, a capacidade de uma empresa compreender amplamente os desejos, necessidades e vontades de seus clientes.
O resgate vale não pela idéia em si, já que compreender necessidades do cliente é uma demanda quase intuitiva, se não desde que o mundo é mundo, pelo menos desde que o marketing é marketing. É o que costumamos chamar do "pulo do gato".
O ponto é que o momento é propício. A cultura empresarial moderna, cuja visão é mais personalista (a “empresa” nada mais é do que as pessoas que a compõe) nos permite estender a idéia de forma viral, contaminando toda e cada pessoa envolvida no processo.
Funcionários em todos os níveis, fornecedores, acionistas, parceiros de negócio e os próprios clientes podem ser motivados a estabelecer relações empáticas, de mútua compreensão de necessidades, fazendo valer uma das primeiras noções compartidas por Kotler (outro resgate) sobre o marketig: “Marketing é a atividade humana que visa o atendimento de necessidades através de processos de troca”.
Esse é o nosso negócio. Não importa qual seja ele.
quarta-feira, julho 12, 2006
O mouse e o computador (estranhas conexões)
A revista Superinteressante deste mês está super interessante. Além da matéria de capa sobre psicopatas (vale a pena ler), as sempre curiosas notas sobre curiosidades surpreendem.
Comento uma, que me fez pensar sobre os fatos e suas aleatórias, mas concatenadas conseqüências.
Segundo a revista, a infestação das cidades européias por Ratos foi responsável pela peste negra no século XIV e, posteriormente, pela grande praga em Londres no século 17, que fechou as universidades inglesas e obrigou o jovem físico Isaac Newton (na ocasião com 23 anos) a trancar-se em casa por 18 meses. Nesse período, Newton, jovem prodígio, reformulou a física e os métodos de cálculo, inspirando a matemático inglês George Boole a criar o código binário, base da linguagem lógica posteriormente utilizada para por Claude Sharon na construção de circuitos eletrônicos que deram origem ao Computador moderno que, curiosamente, a partir dos sistemas operacionais mais visuais, adotou o Mouse (rato) como companheiro.
O mouse recebeu esse apelido em função de seu formato e não da seqüência dos fatos, mas é interessante observar não só as conexões como a irônica coincidência.
É a vida.
terça-feira, julho 11, 2006
O Príncipe e as pesquisas
Na semana passada tive o grande prazer de jantar com ninguém menos do que Ronnie Von, acompanhado de Fábio Arruda e Cesar Giobbi.
Faço questão de mencionar que nosso eterno Príncipe é ainda mais simpático em pessoa e que a comida estava longe de ser cenográfica. O “chef” Carlinhos Awoki do restaurante Aldeia Cocar serviu-nos um Namorado ao Tupã para índio nenhum botar defeito.
Tratava-se de um jantar temático e o tema era pesquisa. Comentávamos o resultado de duas pesquisas internacionais que apontavam São Paulo como a segunda cidade mais gentil do mundo e a quinta mais cara.
Claro que dada a natureza “soft” do programa, não tivemos a oportunidade de discutir tecnicalidades.
Mas acredito que foi possível levantar uma questão relevante, tomando como exemplo principalmente a pesquisa sobre gentileza. O ponto é que em pesquisa existem 4 fundamentos importantes: para que, o quê, para quem em como perguntar.
São Paulo foi eleita a segunda cidade mais gentil do mundo, perdendo para New York. Duvido que ambas sejam as mais gentis. São grandes e impessoais demais para isso.
Entretanto, a pesquisa foi feita só em grandes capitais, baseada na observação de 3 comportamentos (ajuda oferecida para recolher papeis derrubados no chão, manter a porta aberta para o próximo e dizer obrigado depois de uma compra) e aparentemente com uma amostra não controlada (não obrigatoriamente representativa da população).
O resultado é publicado e repercutido em todo mundo, seguido de intensas discussões sobre o “fenômeno” sociológico identificado.
A questão é que antes de discutirmos porque São Paulo seria mais gentil do que o Rio de Janeiro ou Montevidéo, há que avaliar se a pesquisa, tal qual formulada e executada, realmente oferece um indicador confiável do grau de gentileza das cidades investigadas.
Para o meu conceito pessoal de gentileza, a pesquisa não é adequada, mesmo sem entrar no mérito de questões mais técnicas (como representatividade da amostra).
O programa será reprisado no dia 13/07, às 22hs (a entrevista em sí deve começar por volta das 23hs.
segunda-feira, julho 10, 2006
Coisas da cabeça ...
Paolo me pergunta qual seria o ato profissional em uma empresa comparável com "vergonhosa" atitude de Zidane em seu último jogo contra a França.
Para responder a essa pergunta, é importante ter uma visão holística, que transcenda o momento da cabeçada.
Pouca gente viu o que aconteceu momentos antes quando, durante uma pequena paralisação, o técnico da França chamou Zidane para uma rápida conversa no canto do gramado que reproduzo, a partir de leitura labial:
- Zizou, mon cherry..
- Qu’est ce que c’est, monsier le chef ? Ça ne marche pas come vouz voulez ?
(sigo em português que meu francês não dá para tanto ...)
- Em francês claro, ta uma merda ! O pessoal da Adidas não vai gostar nada disso ... Você está se arrastando em campo e o pior é que não posso substituí-lo ...
- Mas, treinador, com a minha idade, o que é que você queria ?
- Honestamente, queria ter a sua idade e ganhar o seu salário ... Mas é o seguinte, já que o preparo físico não ajuda, use a cabeça, Zidane, use a cabeça ...
- Pode deixar treinador ...
Bem, deu no que deu.
O fato é que em momentos de grande tensão a estabilidade emocional é fundamental.
Zidane perdeu o controle por 10 segundos, aparentemente em decorrência da “catimba” do Italiano. Tivesse ele treinado no futebol de várzea brasileiro, não em Paris, provavelmente saberia responder a provocação à altura (não do peito).
Jogador experiente, num momento único de sua vida profissional, durante a partida mais importante para a França dos últimos 8 anos, sucumbiu à pressão do momento e prejudicou seu time e a si mesmo.
E, quer saber ... isso pode acontecer.
Há pouco que possamos fazer para evitar uma atitude impensada, reativa, num momento de grande tensão, uma vez na vida.
Quando isso ocorre com grande freqüência, aí sim, é um indicador de que precisamos de cuidado terapêutico.
Se um dia acontecer com você, melhor do que se defender ou se martirizar por isso, é assumir o erro e procurar lidar da melhor forma com suas conseqüências.
segunda-feira, julho 03, 2006
Teste seu patriotismo
É o último post sobre copa do mundo, prometo.
O teste abaixo, aprovado por métodos pré-científicos, avalia seu grau de patriotismo a partir da relação com o evento futebolístico recente.
Para cada afirmação, você deve anotar:
3 pontos – se concorda totalmente
2 pontos – se tende a concordar
1 ponto – se tende a discordar
0 ponto – se discorda totalmente
a. Estou arrasado com a derrota da seleção brasileira ( )
b. A coisa mais chata é que, agora, não tenho mais desculpas para enforcar o trabalho ( )
c. O governo precisa resgatar os brasileiros patriotas que foram para a Alemanha com passagem da Varig ( )
d. O futebol é um grande negócio fundamentado em merchandising e não era a vez da Nike ganhar um mundial ( )
e. Fiquei feliz que o Brasil tenha perdido porque, se ele ganhasse, seria melhor para o PT ( )
f. Os jogadores da seleção deveriam doar o salário deste mês para o projeto fome zero, já que pareciam não ter fome alguma (pelo menos de bola) ( )
g. O importante agora é saber quanto tempo dura uma TV de plasma ( )
h. O governo deveria anunciar um programa para trocar as cervejas estocadas em casa por alimentos para o fome zero ( )
i. Da próxima vez, deveríamos preparar um time só com jogadores brasileiros patrocinados pelo fome zero ( )
j. Não sei, não opinei e estou com fome ( )
Resultado:
De 27 a 30 pontos: suas respostas foram inconsistentes; tente mais tarde
De 20 a 26 pontos: suas respostas seguem sendo algo inconsistentes, mas você tende a ser um patriota militante
De 10 a 19 pontos: se você é patriota eu não sei, mas pelo menos procura responder pesquisas com seriedade
De 0 a 9 pontos: confesse, você torceu para a França
O teste abaixo, aprovado por métodos pré-científicos, avalia seu grau de patriotismo a partir da relação com o evento futebolístico recente.
Para cada afirmação, você deve anotar:
3 pontos – se concorda totalmente
2 pontos – se tende a concordar
1 ponto – se tende a discordar
0 ponto – se discorda totalmente
a. Estou arrasado com a derrota da seleção brasileira ( )
b. A coisa mais chata é que, agora, não tenho mais desculpas para enforcar o trabalho ( )
c. O governo precisa resgatar os brasileiros patriotas que foram para a Alemanha com passagem da Varig ( )
d. O futebol é um grande negócio fundamentado em merchandising e não era a vez da Nike ganhar um mundial ( )
e. Fiquei feliz que o Brasil tenha perdido porque, se ele ganhasse, seria melhor para o PT ( )
f. Os jogadores da seleção deveriam doar o salário deste mês para o projeto fome zero, já que pareciam não ter fome alguma (pelo menos de bola) ( )
g. O importante agora é saber quanto tempo dura uma TV de plasma ( )
h. O governo deveria anunciar um programa para trocar as cervejas estocadas em casa por alimentos para o fome zero ( )
i. Da próxima vez, deveríamos preparar um time só com jogadores brasileiros patrocinados pelo fome zero ( )
j. Não sei, não opinei e estou com fome ( )
Resultado:
De 27 a 30 pontos: suas respostas foram inconsistentes; tente mais tarde
De 20 a 26 pontos: suas respostas seguem sendo algo inconsistentes, mas você tende a ser um patriota militante
De 10 a 19 pontos: se você é patriota eu não sei, mas pelo menos procura responder pesquisas com seriedade
De 0 a 9 pontos: confesse, você torceu para a França
domingo, julho 02, 2006
Ensinamentos do Esporte Bretão - 2
O último (e, agora, último mesmo) jogo do Brasil, ajudou a complementar os ensinamentos ...
- só gana não ganha o jogo, mas sem gana também não dá
- não é o técnico que ganha o jogo, mas ele pode por tudo a perder
- só faz gol quem chuta
- Paris é linda (eu acho), Zidane é lindo (acham minhas amigas) e, então, porque Zidane não ficou em Paris ?
- só gana não ganha o jogo, mas sem gana também não dá
- não é o técnico que ganha o jogo, mas ele pode por tudo a perder
- só faz gol quem chuta
- Paris é linda (eu acho), Zidane é lindo (acham minhas amigas) e, então, porque Zidane não ficou em Paris ?
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