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sábado, outubro 13, 2007

Desafios do Marketing

Participei hoje de um interessante debate sobre os desafios atuais e futuros dos profissionais de Marketing, no evento promovido pela Consulting House, no Sofitel do Guaruja (Marketing Summit).
Partilhei a mesa de debatedores com Fernando Terni, presidente da Schincariol, que fez uma brilhante introdução sobre o que é ser um "profissional" nos dias de hoje, e com Tarcisio Gargione, VP de Marketing da Gol, que nos brindou com interessantes exemplos dos bastidores Gol/Varig, sob a batuta moderada de Nahid Chicani, sócio da Transearsh.
Do encontro, elegi um conceito para partilhar, construido pelo aporte coletivo:
O desafio do profissional de marketing é entender as necessidades dos "stake holders" (clientes, funcionários, fornecedores, acionistas e sociedade) e encontrar processos capazes de satisfazê-las respeitando a missão, a visão e os valores de sua organização.
Seu objetivo, de uma forma sintética, é ser parte relevante e indispensável dos objetivos dos outros.

10 comentários:

Anne M. Moor disse...

Éeeee... Pensar no outro... E isso é desafio do ser humano de hoje, que ao longo de décadas foi empurrado ao individualismo selvagem em todas as áreas... Em suma é aprender a ler-se, a ler o outro e a ler o mundo em que está inserido...
Gostaria de ter ouvido essa apresentação de vcs...

Ernesto Dias Jr. disse...

Tomara seja uma tendencia, Flávio. O que vejo, infelizmente -- e não tem nada a ver com os profissionais do Marketing -- são empresas cada vez mais preocupadas com os stock holders e o resto que se lixe.
Os exemplos (e me parece que vem da doutrina americana de tocar empresas, mais que a européia) apontam para a seguinte missao (escrita pelo board):
"Engordaremos primeiro nossos bonus, nem que para isso tenhamos que falsificar balanços. Depois os bolsos dos acionistas. Repartiremos um poquinho com nossos colaboradores e, se sobrar tempo e dinheiro, atenderemos nossos clientes, que são a parte chata do negócio."
Por isso sempre olho com cínica desconfiança os quadrinhos de missão, etc etc. pendurados nas paredes das salas de reunião.
É interessante que, às vezes, atos falhos revelam a verdadeira postura de alguns empresários badalados.
Um exemplo -- que esqueci de postar:
Outro dia, no rádio, o âncora entrevistava o novo presidente da Varig. O homem falava sobre a marca da empresa, e de como os passageiros ainda confiavam mais na Vrig do que nas outras. E arrematou (acreditem):
-- Afinal, a Varig não fez nenhuma viúva ultimamente...
Felizmente seu colega não deve ser daqueles que dão ouvidos ao espírito da chefe, ou teria que criar um novo slogam para a companhia: "Não deixe sua mulher viúva: voe Varig"...

Ernesto Dias Jr. disse...

P.S.:
Parece que há duas Varigs agora né? Esse aí era da que voa pra fora. Nada a ver com a doméstica, é isso?

disse...

Me ocorrem duas visões nesse post.O conteúdo e o estilo do seu autor.
Eu percebo tb uma tendência ética, social e ecológica em todos os setores do mercado. Só não sei se fica mesmo só nos "quadrinhos da missão"das empresas.
Vejo, não sei se ingenuamente, com otimismo essa direção. A fatia primeira é mesmo sempre dos acionistas que afinal acreditaram no que estavam comprando(o que não deixa de ser uma postura ética)e que tb ajudam a manter a empresa crescendo e em pé.Depois vem o resto do time.
O discurso vem apontando pro mesma direção em qualquer setor da economia, marketing, arquitetura etc. Que está com os olhos voltados pro lucro, evidentemente.Mas, que pra sobreviver em um mercado cada vez mais superespecializado, percebe que atende pessoas cada vez mais exigentes e com capacidade crítica, e pra atingir os fins adapta-se aos meios.
Quanto a balanços maquiados etc, às vezes o circo rui(Opportunity, Banco Econômico e tantos outros), e isso tem acontecido com mais transparência atualmente, exatamente pelo perfil exigente deses mesmos clientes, acionistas etc.
Outro ponto que me ocorre no post é a elegância " osmótica"- essa foi chique heim! - do Flávio.
Num texto enxuto citou nominal e elegantemente cada um dos debatedores, sitetizou claramente a conclusão ,e ,com sempre faz ao usar usa termos em inglês ou de jargão específico,desduda-os entre parenteses.
Esse moço parece que é especialista em comunicação....
Será...?

disse...

Correções: desnuda-os, sintetizou, a palavra "usa" em duplicidde e "prá" em lugar de "pro mesma direção".
Desculpem,
Aff..

zuleica-poesia disse...

Você foi o objetivo da minha vida e do meu trabalho. Depois vieram outros.

Érica Martinez disse...

muito cedo para debater coisas sérias...segunda-feira e tal... só pensei numa coisa:
FAZER A DIFERENÇA. Em todos os setores.

R. disse...

"stake" holders? serio?

Unknown disse...

O problema é que este profissional se dedica tanto às necessidades alheias que esquece das suas.Viva Miami.

Flavio Ferrari disse...

Juliana ??? Ora, quanta honra ...