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domingo, outubro 21, 2007

Livre da influência norte-americana

Viena é uma cidade aparentemente livre da influência norte-americana.
Para começar, posso assistir pelo menos 5 canais árabes no quarto do hotel. Entre eles, a Al Jazeera.
A experiência deixou-me sem palavras, já que não entendo nada de árabe.



Outro indício é que a pressão anti-tabagista ainda não chegou por aqui. Pode-se fumar em qualquer lugar. Está certo que, como a temperatura está por volta de zero, ninguém abre as janelas e a fumaceira é insuportável. Mas liberdade é liberdade ...
Também aquela coisa irritante do politicamente correto passa distante de Viena.
Há palavrões por toda a parte. Não entendo nada de alemão austríaco, mas as palavras são enormes e ninguém liga a mínima.
Onde a diferença se faz sentir de forma mais intensa é no consumismo.
Aqui, como em boa parte da Europa, não se trocam coisas só porque estão fora de moda.
Vejam o caso da música.
Os músicos populares por aqui seguem sendo os mesmos desde o século XVIII. E olha que alguns já morreram.
Claro que há algo de conservador nisso.
A famosa torta Sacher (uma espécie de bolo de pão de mel coberto com cobertura de chocolate), produzida originalmente por um hotel que leva o mesmo nome, perde para qualquer doce de padaria no Brasil. Mas ninguém deixa de prestigiá-la por isso.
E o cuidado que têm com a arquitetura, então, é enternecedor. Uma enorme demonstração de respeito aos turistas que atravessam o mundo para admirá-la.
Todas as edificações históricas estão em permanente trabalho de conservação e recuperação, cuidadosamente “embrulhadas” com uma manta especial para proteger os pedestres. Devem ser lindas ... pena que não dá para ver.


11 comentários:

Udi disse...

Até que você tá bem! ("folgo em sabê-lo"!) ...mesmo tendo perdido o Ludo.
Aqui faz um sol de primavera maravilhoso! Soon você também desfrutará dele.

e lembre-se: "tá provado que só é possível filosofar em alemão". Ótima oportunidade ;)

disse...

O Ludovico chegou.(Tá desconjuntado?)
A loira foi junto?.

Anônimo disse...

olá!
ví em um texto anterior que você deu aula na ESPM... sou aluna da Escola atualmente, que ano você deu aula lá?
Com certeza você conhece alguns ds meus professores...
Tive que ler um de seus livros para passar na prova de transferência rs... adorei!
bjs

Ernesto Dias Jr. disse...

Aproveite Viena. É mesmo uma bela cidade, cheia de quarteirões entremeados de ruas. As praças são um espanto: espaçosas e cheias de árvores que florescem na primavera. Sei por ouvir dizer.

Luisa Fernanda disse...

Dificil ese tu mundo, del cual no te puedes apartar y no puedes terminar de amar

Suzana disse...

Restaurant Donauturm
dizem que é um dos melhores de Viena, que além de projetar-se sobre a cidade , ele gira delicadamente.

Se tiver tempo, é claro!

bjs

R. disse...

**TERMINEI!**

Érica Martinez disse...

Senti que Ludo mandou notícias!
Que alivio para todos!
Pode mandar as fotos das obras embrulhadas... Daqui um tempo isso vai ser chamado de "modernismo"...

disse...

Oi Luisa sumida. Chega em grande estilo, com seus comentários cheios de inspiração.
Nossa que coisa linda, deve ser Viena com ruas entre os quarteiróes e flores que nascem em árvores, que estão nas praças...
Incrível...

zuleica-poesia disse...

Que inveja de você por estar aí. Não posso nem mesmo dizer...me leeeeva.Abraçose breve regresso.-zuleica

Anne M. Moor disse...

Witty you!!! hahaha Tu em Viena e eu aqui entre SãoPaulo, Campinas, Vinhedo e Jundiaí tendo dias mágicos!!