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quinta-feira, setembro 29, 2011

A corrente de Santo Marketing

Compartilhe essa postagem com 5 pessoas que lhe sejam particularmente queridas (supondo que você goste de alguém, é claro) desejando bons negócios no próximo mês.
Essa é a verdadeira corrente da sorte nos negócios.
Não mande dinheiro, vales-refeição ou pontos de seu programa de milhagem.  Essa é uma corrente espiritual.
O Sr. John Smith, gerente de produtos de uma grande empresa norte-americana, não deu continuidade à corrente e assistiu a participação de mercado de sua marca despencar 12 pontos.
O Sr. Angus Brown, assistente de gerente de produto, achou a postagem na lixeira do Sr. John Smith e passou adiante.  Três meses depois ocupava o lugar do Sr. Smith na companhia.
Acredite: essa é a corrente dos lucros e da saúde.
O Sr. João da Silva, que trabalhava na triagem do serviço de atendimento a clientes de uma importante empresa de telefonia, ignorou a corrente e foi substituído por um sistema computadorizado com mensagens pré-gravadas.
O computador que gerenciava o sistema encontrou a mensagem em seu "recicle bin" e disparou 2.132.145 e-mails para os clientes da empresa.  Um mês depois teve sua memória expandida e ganhou dois novos discos rígidos.
Dona Marta, secretária em uma famosa agência de propagada e responsável pela leitura dos e-mails de seu chefe, esqueceu-se de informá-lo sobre a corrente de Santo Marketing que havia recebido.  No entanto, acredite, quase morreu de bronquite.  Salvou-a o Run Creosotado.
Não arrisque, petisque.
Um conhecido diretor de marketing recebeu a mensagem e começou a preparar um e-mail para enviá-la para todos os seus amigos e clientes.  No mesmo momento recebeu um telefonema de um head-hunter com uma proposta de emprego milionária.  Na euforia, acabou deixando o e-mail na pasta de rascunho e esqueceu-se de enviá-lo.  Dois meses depois a empresa em que foi trabalhar faliu e ele teve que morar com a sogra e trabalhar para o cunhado.
Acredite.  Essa corrente é absolutamente verdadeira.
O Sr. Manoel, proprietário da rede de padarias Lusco-Fusco, sempre que recebe a corrente faz questão de copiá-la à mão em papel de pão e enviar 5 cópias para si mesmo.  Faz isso há 6 meses e já faturou um bom dinheiro vendendo papel para reciclagem.
Você deve respeitar essa corrente.
Um escritor desconhecido recebeu a corrente e ficou todo contente.  Quando se preparava para enviá-la, recebeu uma proposta de uma grande editora para publicar seu livro.  Achou que não precisava mais da corrente, deletou-a e reformatou o HD.   A editora cancelou a proposta e ele teve que continuar fazendo postagens sem graça no seu blog.
Se você está precisando de sorte, cole essa postagem no seu mural do Facebook.

(resgatado do livro Tirando o Macaco - Fabuletas do Marketing Moderno)

terça-feira, setembro 27, 2011

Hoje, só amanhã

Hoje foi um daqueles dias em que nada foi fácil.
Tudo que fiz foi arrastado, desnecessariamente complicado e dificil de terminar.
Um daqueles dias em que a gente entende melhor Jung e os budistas.
Ler o movimento do universo na borra do café e não tentar apressar o rio.
Nada de verdadeiramente ruim aconteceu.  Apenas uma sensível falta de sintonia com o universo, incluindo máquinas e pessoas.
Normalmente, quando isso acontece, paro tudo, medito um pouco e recomeço. 
Hoje foi diferente.  Me pareceu que deveria  insistir, que havia uma razão implícita nessa dissonância e que meu papel era persistir no desencontro.  O pior é que tenho a sensação de que seguirá assim nos próximos dias.
Pode parecer bobagem para qualquer pessoa mais racional (e, bom lembrar, sou engenheiro por formação, executivo por carreira e consultor de planejamento estratégico por opção), mas aprendi a lidar com o mundo dessa forma faz tempo.  Respeito essas leituras intuitivas que tenho dos momentos, porque acredito que somos capazes de análises inconscientes mais complexas do que as que fazemos com a razão cotidiana (a famosa intuição).
Quando a intuição desafia a razão (o que não é muito comum, por sorte) penso duas vezes.  Mas se o risco não for grande, fico com a primeira.  Diria que, em média, funciona bem, mas é dificil avaliar já que nem sempre dá para saber o que teria acontecido caso a decisão fosse outra.

domingo, setembro 25, 2011

A Paz Mundial

Se você pudesse ter um único desejo atendido, qual seria ?
Qualquer Miss responderia: "a Paz Mundial".
Por conta disso, estava eu hoje à tarde tentando explicar para a Luiza, de 9 anos, porque existem as guerras.
Comecei dizendo que uma boa parte das guerras acontece por diferenças de opinião sobre o que as pessoas acreditam que seja certo ou errado.
Ela não achou que isso fosse razão suficiente para justificar uma guerra, embora já tenha percebido que algumas pessoas são um tanto briguentas quando defendem seu ponto de vista.
Ocorreu-me um exemplo prático.  Convidei-a a imaginar uma situação na qual ela morasse numa região desértica, sem água e, portanto, com pouca comida.  E, também, que numa outra região ao lado da dela, cortada por um rio, houvesse muita água e comida para todos.  Ela poderia achar que seria injusto que aquelas pessoas fossem donas de um pedaço "melhor" do planeta que, no fundo, deveria ser de todos.  E se os que morassem naquele pedaço melhor não quizessem dividir com ela sua sorte, ela poderia ficar revoltada e decidir lutar pelo considerava seu direito.
Ela não tem perfil bélico e certamente não se imaginou invadindo um país.  Mas entendeu o ponto e ficou satisfeita por encontrar pelo menos uma razão que conseguiu entender para justificar a existência das guerras.
Eu pretendia continuar com exemplos de razões menos "nobres", e concluir que a Paz Mundial é uma utopia, mas ela já não estava interessada.
A história mostra que momentos de paz acontecem quando quem manda tem poder suficiente para desestimular qualquer tentativa de confronto e, de algum modo, ganha mais com a paz do que ganharia com a guerra.
Também acontece quando o poder esta dividido de forma equivalente entre várias partes, mas essa é uma situação que exige líderes inteligentes e emocionalmente equilibrados, dispostos a negociar.  Costuma durar menos.
Pode ser confortador imaginar um botão de "reset", capaz de ajeitar tudo e instalar a paz mundial, principalmente no domingo à noite, antes de dormir.
Mas na segunda-feira, acorde preparado para negociar ...

sábado, setembro 24, 2011

Verdades científicas

Os cientistas estão alvoroçados.  Tudo incida que os neutrinos de Genebra fizeram a luz pagar placê (chegar em segundo lugar, na gíria das corridas de cavalo).
Um experimento realizado em conjunto por laboratórios da Suiça e da Itália provou que a velocidade da luz, postulada como constante cósmica insuperável pela teoria da relatividade (restrita) de Einstein, pode ser ultrapassada.
Fiquei surpreso com a surpresa.  A física quântica já havia chegado a conclusões significativamente mais desconcertantes do que sugere esse episódio.
Teorias e modelos cientificamente construídos para explicar o mundo são úteis, mas não deveríamos nos espantar quando a realidade se mostra mais complexa. 
A história demonstra que nossa capacidade para modelar o mundo vem se aprimorando e oferecendo oportunidades para realizações realmente incríveis.  Basta ver que estou sentado no sofa da sala, digitando um texto no teclado que, "magicamente", será lido por alguém em outra parte do planeta (quiça, fora dele) em instantes.
Mas toda explicação, por mais cientificamente comprovada que seja, é decorrente da nossa capacidade de perceber o mundo e, portanto, limitada.
Isso não desqualifica o esforço científico que, como disse, além de divertido é bastante útil.
Mas há que lembrar que sempre será projetivo (da nossa visão de mundo) e não deveria ser surpresa quando novas conclusões contradizem as anteriores. 
Não é a ciência que afeta nossa percepção do mundo.  É a nossa percepção que impacta a ciência.

sexta-feira, setembro 23, 2011

Fase crítica

Ok, podem dizer que ando meio crítico, mas essa história de "dia mundial da causa tal" me aborrece.
A justificativa padrão é a "conscientização" da sociedade para as ditas causas.
Ainda que eu possa considerar boa parte delas até razoáveis, essas iniciativas alimentam o sentimento estético de missão cumprida.
- Fiquei um dia sem usar meu carro = fiz a minha parte.
   Não importa se nos outros 364 dias do ano o indivíduo anda sempre sozinho no seu carro, nunca usa um metrô mesmo quando tem essa possibilidade, se recusa a caminhar mais de um quarteirão, etc, etc.
Claro que as justificativas são muitas ... falta de segurança nas ruas, linhas insuficientes de metrô, o perigo de dar caronas, o tamanho do salto do sapato.
E, do outro lado, o governo, a quem cabe criar as condições apropriadas para que possamos deixar o carro em casa, prefere impor um rodízio do que investir no transporte público.
O governo também se justifica ... falta de verbas, outras prioridades.  Sejamos criativos:  um incentivo fiscal para contratação de pessoas que moram perto da empresa (ou para levar as instalações para onde está a mão de obra, ou para implementar processos de "home office") já ajudaria muito.
Mas estou aqui assistindo a GloboNews nesse momento e a Dilma está dizendo que precisamos resolver o problema da Grécia que, se entendi, bem, foi convidada para a festa de debutante e não está comendo o bolo.
Vou tomar um Rivotril para o bem do Brasil.

quarta-feira, setembro 21, 2011

Perdidos os objetivos ...

"We don't need no education
We dont need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey! Teachers! Leave them kids alone!
All in all it's just another brick in the wall.
All in all you're just another brick in the wall."

Acabo de escutar na preciosa "hora do Brasil", no Rádio, que um estudo do Ministério da Educação aponta o aumento da carga horária nas ecolas públicas como solução para resolver as desigualdades de ensino em relação às escolas particulares.
Uma frase clássica de um amigo diretor de marketing me veio à mente: "perdidos os objetivos, redobraremos os esforços".
O método de ensino é ultrapassado, os salários dos professores são obcenos, as instalações precárias, a segurança inadequada e a solução é oferecer aos alunos um pouco mais disso tudo.
Se o objetivo é equiparar as escolas públicas às privadas (e não vou nem abusar do trocadilho) não será necessário muito esforço.  As escolas privadas já vão pelo mesmo caminho, salvo raras e honrosas exceções.
Ah... mas no Japão as escolas públicas oferecem 240 dias com 6 horas de aula por dia, contra 200 dias e 4 horas no Brasil.
Ocorre que não somos japoneses e me parece que a profissão de professor é muito mais reconhecida por lá, inclusive financeiramente (os professores públicos japoneses, pelo que andei lendo, ganham 5 vezes mais do que os brasileiros).  E, triste lembrar, os japoneses andaram enfrentando casos de suicidio infantil por "fracasso" escolar.
Os países que tratam a educação de forma estratégica tem apresentado resultados impressionantes, tanto na área econômica quanto social.
Ainda assim, não adianta copiar seus modelos.  Seria como usar a estratégia de uma fábrica de sabonetes para vender automóveis.
Não sou especialista em educação, mas entendo de estratégias o suficiente para saber que quando a direção está errada não adianta remar com mais força.

terça-feira, setembro 20, 2011

Modus Operandi

Deixar a posição de CEO de uma empresa para começar novos negócios é uma situação muito interessante.
A primeira sensação é a de liberdade criativa.
Todos que já ocuparam uma posição executiva sabem que, a partir de uma determinada posição hierárquica, nosso tempo é consumido em grande parte na solução de problemas.  Mesmo treinados para transformar problemas em oportunidade, os problemas emergentes são condicionantes do que e de quando precisamos atuar.
Momentaneamente livre dessa "carga", me dou conta de que um universo de possibilidades se apresenta e as idéias brotam aos borbotões.
Dificil exercitar o "foco" e escolher critérios de priorização colocando qualidade de vida na equação.  Mas não deixa de ser uma oportunidade divertida e rara.  Há que aproveitar.
A segunda coisa interessante é a oportunidade de valorizar as funções de suporte a empresa.
Um ex-executivo solitário precisa "operar" em diversos modos durante o dia: modo "boy" (levando e trazendo documentos, indo a cartórios, etc.), modo "secretária" (cuidando da agenda, reservando passagens, etc.), modo "suporte de TI" (instalando software e resolvendo os probleminhas do computador), modo "financeiro" (falando com a contadora, emitindo notas), modo "equipe comercial" (abordando clientes e vendendo serviços), modo "marketing" (planejando o negócio, preparando business plans), modo "comunicação" (cuidando da divulgação, fazendo cartões de visita) e varias outras atividades para as quais se costuma contar com um qualificado time de profissionais.
Já tenho alguma experiência no assunto (fui sócio de uma empresa pequena e consultor independente por um período), mas após 16 anos de vida executiva em uma grande organização, confesso que andava mal acostumado.
Ser executivo e tomar decisões "importantes" é relativamente fácil (se não entrarmos no mérito da qualidade das decisões).  Pode ser estressante pela responsabilidade e é complexo pela gestão da equipe (ah ... esses seres humanos ...).  Dificil é implementar e, por isso mesmo, sempre respeitei e admirei as pessoas que fazem cada uma das pequenas coisas de uma empresa acontecerem no dia a dia.
Acha que é fácil ser telefonista ?  Passe um dia sentado atendendo o telefone e descubra a verdade.  Representar a imagem e os valores da empresa enquanto atende todo tipo de gente com os mais variados humores não é nada simples.  E ser "office boy", então ?  Uma passadinha no cartório, seguida de uma visitinha rápida a uma repartição pública, uma de cada lado da cidade, usando transporte coletivo pode te dar uma idéia da realidade.  E a faxineira, limpando os banheiros do escritório que o pessoal mais elegante andou sujando ?  Quer experimentar ?
Mas acho que o mais chato dessas posições é a falta de reconhecimento.  O mundo trata bem os executivos na mesma proporção em que trata mal aqueles que ocupam cargos considerados "menos importantes", como se o cargo definisse o valor do indivíduo.   Seguranças, faxineiros, boys, telefonistas, assistentes, garçons, atendentes, fundamentais para que as coisas aconteçam da melhor forma possível, raramente tem a merecida consideração.
Uma empresa japonesa de treinamento de executivos costumava enviar os profissionais para trabalhar na limpeza de banheiros públicos de outros países por um dia, como artifício vivencial para o exercício da humildade.  Meio radical, mas deve funcionar.
Por isso não posso deixar de ficar feliz também pela oportunidade de revisitar essas tarefas.
Claro que, como quem foi Rei não perde a majestade, já ando terceirizando algumas coisas, começando pela contratação de um serviço de motoboy.  Quem sabe passo a ter um pouco mais de paciência com eles no trânsito ...

segunda-feira, setembro 19, 2011

Janus: o passado e o futuro

Janus, deus da mitologia Romana, é representado como tendo duas faces voltadas para direções opostas, interpretadas como o passado e o futuro.
Numa das possíveis explicações para a origem do nome, Janus (ou Ianus) seria derivado de "yana" que significa transição em sânscrito.
A imagem aflitiva das duas cabeças remete a uma atitude comum do homem moderno, que passa a maior parte do tempo lembrando do passado ou preocupado com o que irá acontecer.
Os mais inspirados tratam da transição, tentando fazer com que o futuro seja melhor do que o passado.
Mas poucos dedicam seu tempo a viver o momento presente.
A aflição gerada pela imagem, portanto, pode ser inspiradora.

sexta-feira, setembro 16, 2011

Atalhos

Dos egoístas - Ctrl-X
Dos usurpadores - Ctrl-C + Ctrl-V
Dos exibicionistas - Ctrl-B
Dos incisivos - Ctrl-U
Dos cautelosos - Ctrl-S
Dos pesquisadores - Ctrl-F
Dos possessivos - Ctrl-A
Dos inovadores - Ctrl-N
Dos decididos - Ctrl-P
Dos arrependidos - Ctrl-Z
Dos infiéis - Shift-Delet
Dos ansiosos - End
Dos revisores - Home

quinta-feira, setembro 15, 2011

Ele disse, ela disse ...

Interessante essa mania que o povo tem de divulgar textos como se fossem escritos por gente famosa.  O Jabor é um dos preferidos quando o texto é crítico.  Veríssimo, quando o estilo é crônica.  Professor Pasquale, se for sobre gramática.  Clarice (Lispector), se for de auto-ajuda feminina.
O segredo para o "sucesso" desses textos apócrifos está na combinação de estilo e mensagem, uma arte que tem o seu mérito.
"Liga não, meu Rei." (Gandi) convenceria apenas se a história registrasse alguma passagem do grande pacifista pela Bahia.
"Se bebesse, toma-lo-ia." (Jânio) atende às construções mesóclicas do ex-presidente, mas não convence por contradizer o folclore.
Engraçado é que, enquanto na pintura e na escrita esse tipo de coisa gera certa indignação, na música o pessoal resolveu isso assumindo a "inspiraçao" e batizando-a de "tributo".
É o marketing na era da ética ...

terça-feira, setembro 13, 2011

Pergunte para sua Miss

O momento perolado dos concursos de Miss é a sessão de perguntas e respostas.
Fico imaginando o tempo gasto na preparação de ambas.
O "set" de perguntas clássicas  (o que você mudaria ?, se pudesse fazer um pedido? o que faria pela paz mundial ?) é permanentemente remodelado e complementado pelo tema de ocasião (neste ano foi o respeito às diferenças culturais), cuidadosamente embebido em perguntas pseudo-encurralantes (a vencedora da noite foi a pergunta sobre a praia de nudismo, uma verdadeira obra de arte).
Os Miss-Coachs preparam as misses com a mesma técnica utilizada para preparar nossos políticos mais experientes.  Qualquer pergunta serve de base para uma resposta adrede preparada que, neste ano, precisaria incluir a palavra "respeito".
As guerras são uma falta de respeito, os costumes nudistas precisam ser respeitados, quem for casar comigo precisa respeitar minha religião (foram as respostas das misses neste ano).
Andei pensando em lançar um novo jogo de tabuleiro.  Como tenho pretenções internacionais, escolhi um nome inglês: "Miss Understood - The Universal Game".
O jogo é simples.  Nas primeiras 2 rodadas ninguém faz nada.  Os jogadores trocam de roupa e passeiam pela sala. Vizinhos são convidados para dar notas e um vendedor da barraca de frutas da feira de domingo descreve o que está acontecendo.
Na terceira rodada todos compram uma carta.  Os vizinhos do monte de perguntas e os jogadores do monte de respostas. As cores das cartas definem quem irá perguntar para quem.
Os jogadores precisam responder em 45 segundos, usando a palavra que está na carta sorteada.
As respostas não valem nada e os jogadores trocam de roupa novamente.  Os vizinhos dão novas notas.
O Ernesto é convidado na última hora para contar os pontos e é informado de que o dono da casa precisa ficar entre os 3 primeiros,  O critério para definir o vencedor muda a cada edição do jogo.  Na versão de lançamento, em 2011, o primeiro lugar vai para quem for vítima de bullying e o último para o fumante. Se não houver fumantes perde quem não separou o lixo reciclável ou para quem invadiu a faixa de pedestres.  Vítimas de bullying todos somos.  Se houver dificuldade para escolher o pior caso, o prêmio vai para quem se recusar a contar.


ps - Essa postagem iria ser sobre o que perguntar para sua namorada ... mas acabou tomando outro rumo.  Coisas da escrita.

Sobre o politicamente correto

Minutos antes da escolha da Miss Universo postei no Facebook que a chinesa deveria ganhar, mas que se o critério de seleção fosse "politicamente correto", a chinesa ficaria em quinto e a angolana ganharia.
Afinal, a China anda poluindo o mundo e colocando criancinhas para trabalhar nas fábricas e, do outro lado, melhor ter Angola ganhando o concurso de Miss do que a Copa do Mundo.
O próprio concurso de Miss Universo já andou raiando a incorreção política.
Embora em alguns poucos países, como a Venezuela, seja uma espécie de esporte nacional, em geral é como as antigas revistas de fotonovela (quem lia não contava para ninguém).
Eu acredito que o culto ao corpo vai voltar, remodelado.  Não pelo enaltecimento da beleza, mas pela saúde e pelo prazer.
Temos um longo caminho a percorrer até libertar-nos dessas definições maniqueístas.
Quando penso que estamos no bom caminho, me deparo com os olhares raivosos dos pedestres para os motoristas que "invadem" a faixa de segurança.  Não estou defendendo os motoristas, mas o comportamento dos pedestres mudou radicalmente a partir do dia em que o "politicamente correto" encampou esse detalhe da vida dos cidadãos.

segunda-feira, setembro 12, 2011

Fumaceira


Felizes fonêmas
Flutuando em fileiras
Frases falaciosas
Finalizam feiras
Ferinos e fatais
Fomentando fogueiras
Fenômenos fantásticos
Federal faladeira

sábado, setembro 10, 2011

Por Toutatis !

Retirei a imagem desta postagem do Aisha's Book (blog da Eilín), que com nova versão em português vale a visita dos interessados em assuntos esotéricos.
São raras as imagens reperesentativas das divindades celtas.  Talvez fossem iconoclástas.  Ou, o que é meu melhor palpite, eram mais sensoriais e ritualistas do que adoradores de imagens.
Celtas é a denominação dada a um conjunto de tribos que habitavam um território que ia da Turquia às ilhas Britânicas.  Não creio que eles próprios tivessem um sentido de identidade comum e se considerassem um "povo", embora tivessem alguns costumes e tradições similares, que incluiam suas divindades, com nomes diferentes mas características similares (o que levou os Romanos a uma classificação de equivalencia).
Toutatis, um dos poucos deuses comuns à maioria das tribos da Gália e da Britânia, era reverenciado como o protetor das tribos.
Foi popularizado, modernamente, pelas histórias de Asterix (fantásticos comics de Goscinny e Uderzo) através da expressão "por Toutatis", frequentemente exclamada pelos habitantes da tribo gaulesa que resistia galhardamente ao Império Romano.
Os romanos, antes da consolidação do cristianismo, também eram politeistas (como os gregos).  Na verdade a idéia de um deus único ganhou força apenas recentemente no mundo ocidental, a partir dos judeus e islâmicos.  Antes disso, povos de origem diferente, mesmo quando em guerra, costumavam respeitar as divindades alheias.
De certa forma, os deuses sempre representaram o que o homem não conseguia compreender, particularmente as forças da natureza.  A ampliação do conhecimento "científico" deixou apenas uma grande incógnita (o sentido da vida) e, portanto, apenas um deus para representá-la.
Mergulhados que estamos em nosso ambiente sócio-cultural, é difícil ter um distanciamento crítico sobre assuntos tão vicerais como a religião.  Por isso, é interessante estudar outras culturas e tentar se colocar no lugar de um observador "estrangeiro", imaginando seu olhar sobre nossos usos e costumes.
Sempre dá o que pensar.

quinta-feira, setembro 08, 2011

Impressões na neve (de corpo inteiro)

Assim, parado, até que a foto impressiona.
Mas para se ter uma idéia da "performance", o Guilherme (meu filho), subindo no teleférico, conseguiu me identificar à distância por ser o único "esquiador" de jaqueta vermelha estatelado na neve, bem no meio da pista, entre o quarto e o décimo tombo pirotécnico.
Já andei comentando aqui no Arguta sobre a importância de desafiar os limites para evitar que cheguem cada vez mais perto de onde estamos.
Confesso, entretanto, que depois do "espacate" forçado do último tombo, pensei seriamente em descer a montanha a pé, carregando os esquis.
A paisagem é maravilhosa e a neve fofa sabe acolher os desastrados como eu.
Mas quem resolve aprender a esquiar "on the job" precisa de muito preparo físico.   Levantar e recolocar os esquis numa pista inclinada é exaustivo, requer equilíbrio, boa coordenação motora e algum controle emocional.  Quem não tem os dois primeiros precisa contar com o terceiro ítem.
Como diria meu bom e velho pai, desafios precisam ser desafiadores (lógica ferrariana).
Ou, parafraseando Roberto Carlos, o importante é que emoções eu vivi, e sobrevivi.
Um café expresso bem quente para vocês.

sexta-feira, setembro 02, 2011

Do nihilismo à anarquia

Não creio que seja capaz de explicar o que é o nihilismo no espaço de uma postagem.  Nihil significa "nada".  E, sumariamente, nihilismo é a atitude de questionar as verdades absolutas que não podem ser verificadas, entre elas, para a finalidade deste post, o sentido da vida.
Do ponto de vista puramente racional, o único sentido para a vida é vive-la, já que aquí estamos.  A vida não tem qualquer significado ou propósito maior que possa ser comprovado (recomendo a leitura de "O Gene Egoista, do Dawkins).
Essa perspectiva pode ser encarada de duas formas diametralmente opostas.  É assustora, para quem necessita que lhe seja apontado um caminho.  E é libertadora, para quem prefere decidir por sí.
Nossa fé nas instituições clássicas anda abalada.  Com maior acesso à informação, somos mais críticos com relação às instituições dirigidas pelos homens. 
Esse é o princípio fundamental da anarquia, uma sociedade sem dirigentes.
Como disse aqui mesmo no Arguta outro dia, anarquia não significa desordem.  O espaço internautico é razoavelmente anárquico e, de certa forma, se auto-regula.
Também não estou fazendo qualquer apologia à anarquia.  Alias, certamente estou fazendo um uso impreciso de ambos os conceitos e vou levar uma bronca do meu filho por isso.
O que quero compartilhar é a percepção de que, perdidas as referências institucionais, só nos resta a auto-regulamentação.
Voltarei a esse tema mais tarde, de forma mais, digamos, poética.
Até lá, vou vivendo.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Deu saudades ...

Ganhei um porta-retratos digital.
Uma daquelas coisas que gostaria de ter mas nunca comprei (nada como uma atenta mulher amada).
Sou daqueles que quando ganha um brinquedinho novo não consegue ficar muito tempo sem testar. 
Sendo assim, saí em busca das primeiras fotos para acionar o porta-retratos.
Missão difícil ... as fotos de toda uma vida estão digitalizadas e escolher algumas dispara o gatilho da memória, comprometendo a eficiencia.
Descobri que vou levar muito tempo para fazer uma seleção de fotos que realmente me deixe satisfeito (embora já tenha escolhido umas poucas para teste).
Mas será gostoso lembrar dos muitos momentos felizes da vida ...