Se esse negócio funcionasse, eu estaria postando com singular alegria aqui da praia.
Lamentavelmente, só funciona às vezes, depois das duas da manhã.
Então, hoje, só na semana que vem ...
sexta-feira, dezembro 30, 2011
terça-feira, dezembro 27, 2011
Tangerine Tango
Composto por 82% de Magenta e 80% de Yellow e batizada de "Tangerine Tango" pela Pantone (empresa especializada em cores) essa será a cor da moda em 2012.
Pode ser uma homenagem à banda eletrônica alemã Tangerine Dream (que tem um nome incrível e músicas que só fazem sentido para quem já está chapado) ou ao fantástico (embora efêmero) suco de tangerina, que virou moda aqui em Sampa - o que não creio, porque Bergamota Tango ou Mexirica Tango não soariam tão bem.
Fato é que "tangerina" é uma cor quente e tango una musica caliente que vai ficar ótima com um toque de sabor tropical.
Eu, como os frequentadores do Arguta já sabem, sou fã da música do Pavilhão 9 - Ritmo e Poesia, a trilha do futuro dos aliados.
Tudo a ver, tudo ao vivo, não dando mancada, não pagando vacilo ...
E se for com tangos e tangerinas, ainda melhor !
terça-feira, dezembro 20, 2011
sábado, dezembro 17, 2011
O medo do Padre Alberto
Padre Alberto estava em seu leito de morte, carinhosamente acompanhado por Maria de Fátima, uma das mais dedicadas senhoras de sua paróquia.
Consciente de que seu momento de partir estava próximo, Padre Alberto parecia resignado, mas preocupado.
Maria de Fátima ousou perguntar:
- Padre Alberto, o senhor está com medo de morrer ?
- Não, Maria. Não tenho medo da morte. Minha fé permita que entenda a morte apenas como uma passagem. Mas estou com medo do julgamento.
Maria de Fátima se espantou:
- Do julgamento, Padre Alberto. Mas logo o senhor, que teve uma vida tão justa, tão caridosa, tão dedicada a ensinar o caminha aos outros e cuidar do bem estar de sua comunidade !
- Pois é, querida Maria. Não tenho medo de ser julgado por não ter sido tão caridoso quanto Madre Tereza de Calcutá, porque não sou Madre Tereza .....
E o Padre Alberto continuou ...
- Também não tenho medo de ser julgado por não ter sido tão importante para humanidade como Gandhi, porque não sou Gandhi. Nem de não ter sido tão eloquente quanto Santo Agostinho, porque não sou Santo Agostinho.
- E de que o senhor tem medo, então, Padre Alberto ?
- Tenho medo Maria, de ser julgado por não haver sido Alberto, em toda minha plenitude. Essa responsabilidade era só minha !
Consciente de que seu momento de partir estava próximo, Padre Alberto parecia resignado, mas preocupado.
Maria de Fátima ousou perguntar:
- Padre Alberto, o senhor está com medo de morrer ?
- Não, Maria. Não tenho medo da morte. Minha fé permita que entenda a morte apenas como uma passagem. Mas estou com medo do julgamento.
Maria de Fátima se espantou:
- Do julgamento, Padre Alberto. Mas logo o senhor, que teve uma vida tão justa, tão caridosa, tão dedicada a ensinar o caminha aos outros e cuidar do bem estar de sua comunidade !
- Pois é, querida Maria. Não tenho medo de ser julgado por não ter sido tão caridoso quanto Madre Tereza de Calcutá, porque não sou Madre Tereza .....
E o Padre Alberto continuou ...
- Também não tenho medo de ser julgado por não ter sido tão importante para humanidade como Gandhi, porque não sou Gandhi. Nem de não ter sido tão eloquente quanto Santo Agostinho, porque não sou Santo Agostinho.
- E de que o senhor tem medo, então, Padre Alberto ?
- Tenho medo Maria, de ser julgado por não haver sido Alberto, em toda minha plenitude. Essa responsabilidade era só minha !
quinta-feira, dezembro 15, 2011
Uma colherada de bom humor ...
Na pontual ausência dela
uma bela colher de Nutella
que não substitue a menina
mas estimula a serotonina
quarta-feira, dezembro 14, 2011
Agradecer
Então me deu vontade de agradecer...
Mais um ano de postagens aqui no Arguta, compartilhando pensamentos nem sempre muito coerentes com pessoas que generosamente investem parte do seu tempo (essa coisa preciosa) para ler, comentar e as vezes levar o que escrevo para outros espaços.
Neste último mês de novembro o Arguta Café completou 6 anos como espaço aberto à participação, sem qualquer tipo de restrição.
Dá para contar nos dedos, talvez de uma única mão, as vezes em que alguém se deu ao trabalho de utilizar esse espaço de forma desagradável.
Um ou outro anônimo de quando em vez, possivelmente atuando (no sentido psicanalítico da palavra) sua inveja.
Alguns poucos episódios em que fui estabanado com as palavras e acabei incomodando pessoas que tiveram a gentileza de me informar como se sentiram, e tudo foi resolvido sem maiores dramas.
Um par de pessoas que não soube compreender o caráter ficcional do Arguta e decidiram julgar e condenar, sem direito a defesa, o que eu lamento.
Alguns outros que nem soube porque deixaram de frequentar o Arguta, mas de quem senti falta.
E uns poucos que exigem que eu seja diferente do que sou e que, considerando que isso seria injusto para os que gostam de mim como sou (incluindo-me), não pude atender.
Considerando que o Arguta já recebeu 130 mil visitas e tem 270 seguidores, não posso reclamar.
Ao contrário, preciso é agradecer a todos e a cada um de vocês que me dão o prazer da presença e das palavras.
Esses encontros fazem diferença !
Mais um ano de postagens aqui no Arguta, compartilhando pensamentos nem sempre muito coerentes com pessoas que generosamente investem parte do seu tempo (essa coisa preciosa) para ler, comentar e as vezes levar o que escrevo para outros espaços.
Neste último mês de novembro o Arguta Café completou 6 anos como espaço aberto à participação, sem qualquer tipo de restrição.
Dá para contar nos dedos, talvez de uma única mão, as vezes em que alguém se deu ao trabalho de utilizar esse espaço de forma desagradável.
Um ou outro anônimo de quando em vez, possivelmente atuando (no sentido psicanalítico da palavra) sua inveja.
Alguns poucos episódios em que fui estabanado com as palavras e acabei incomodando pessoas que tiveram a gentileza de me informar como se sentiram, e tudo foi resolvido sem maiores dramas.
Um par de pessoas que não soube compreender o caráter ficcional do Arguta e decidiram julgar e condenar, sem direito a defesa, o que eu lamento.
Alguns outros que nem soube porque deixaram de frequentar o Arguta, mas de quem senti falta.
E uns poucos que exigem que eu seja diferente do que sou e que, considerando que isso seria injusto para os que gostam de mim como sou (incluindo-me), não pude atender.
Considerando que o Arguta já recebeu 130 mil visitas e tem 270 seguidores, não posso reclamar.
Ao contrário, preciso é agradecer a todos e a cada um de vocês que me dão o prazer da presença e das palavras.
Esses encontros fazem diferença !
terça-feira, dezembro 13, 2011
Observando a transcendência
Oportunidades raras ... nessas últimas duas semanas pude acompanhar o momento em que duas pessoas diferentes transcenderam seus limites.
Transcender me pareceu uma palavra melhor do que ultrapassar ou superar, porque dá a idéia de algo integral e definitivo.
Foram situações bastante diferentes.
No primeiro caso, a pessoa desejava essa transcendência e seu "radar" encontrou o "mentor" que poderia ajudá-la nessa travessia. Confiou em seus instintos, aceitou a vivência proposta superando consciente e corajosamente seus medos e se deu de presente uma experiência transformadora. Foi um passo importante em direção à ampliação de sua consciência e percepção. Ela está motivada com a perspectiva que se abre diante dela e disposta a aproveitar essa oportunidade.
No segundo caso, uma amiga decidiu que a pessoa em questão precisava viver uma experiência transformadora e a convenceu-a, ainda que relutantemente, a tentar, mesmo contra seus instintos. Ela conseguiu entregar-se, algo insegura, à vivência proposta e também transcendeu seus limites. Ainda não a ví após essa experiência mas tenho a sensação de que não estará tão bem quanto a primeira pessoa.
De qualquer forma, a razão da postagem é comentar a beleza desse momento de transcendência e, particularmente, o brilho do olhar naquele exato momento em que o mundo fica diferente.
Eu participei ativamente dos dois processos. No primeiro como "mentor", no segundo como expectador coadjuvante.
O resultado é que conclui que ando acomodado, curtindo minhas próprias transcendencias passadas.
Está na hora de criar coragem para dar mais um passo transcedental ... Só preciso descobrir qual.
Transcender me pareceu uma palavra melhor do que ultrapassar ou superar, porque dá a idéia de algo integral e definitivo.
Foram situações bastante diferentes.
No primeiro caso, a pessoa desejava essa transcendência e seu "radar" encontrou o "mentor" que poderia ajudá-la nessa travessia. Confiou em seus instintos, aceitou a vivência proposta superando consciente e corajosamente seus medos e se deu de presente uma experiência transformadora. Foi um passo importante em direção à ampliação de sua consciência e percepção. Ela está motivada com a perspectiva que se abre diante dela e disposta a aproveitar essa oportunidade.
No segundo caso, uma amiga decidiu que a pessoa em questão precisava viver uma experiência transformadora e a convenceu-a, ainda que relutantemente, a tentar, mesmo contra seus instintos. Ela conseguiu entregar-se, algo insegura, à vivência proposta e também transcendeu seus limites. Ainda não a ví após essa experiência mas tenho a sensação de que não estará tão bem quanto a primeira pessoa.
De qualquer forma, a razão da postagem é comentar a beleza desse momento de transcendência e, particularmente, o brilho do olhar naquele exato momento em que o mundo fica diferente.
Eu participei ativamente dos dois processos. No primeiro como "mentor", no segundo como expectador coadjuvante.
O resultado é que conclui que ando acomodado, curtindo minhas próprias transcendencias passadas.
Está na hora de criar coragem para dar mais um passo transcedental ... Só preciso descobrir qual.
sábado, dezembro 10, 2011
"Libertad" (Zenós Fudakis)
"O prazer de libertar-se dos moldes que nos aprisionam. "
( ou ... "quer saber ? Tô fora !")
sexta-feira, dezembro 09, 2011
E o Willian Bonner diz que a idade é uma merda !
E o Willian Bonner disse isso para uma revista, segundo a Folha.
Com 48 anos, rico, famoso, bonitão e aparentemente bem casado, o sujeito ainda reclama.
Alguém deveria explicar para o moço que a alternativa é pior, como costuma afirmar minha mãe que já passou dos 70 há algum tempo.
Eu estou com 52 (4 anos fazem diferença, principalmente sem maquiagem) e, honestamente, não concordo com o Bonner.
Claro que preferiria ter o corpinho dos 30, mas no conjunto da obra gosto mais de mim agora.
Não sou daqueles que celebra as rugas e as marcas na pele como sinal de uma vida bem vivida. Fico bem melhor sem elas.
Também acho um porre todas e cada uma das consequencias nefastas da decreptude (ok, exagerei). Não tem nenhum lado bom nisso.
Mas viver é uma tarefa complexa e leva algum tempo para aprender a fazer isso bem.
O resultado é que aproveito muito mais um ano de vida hoje do que 5 anos aos 30. Matematicamente, viverei (em termos qualitativos) outros 50 nos próximos 10.
É possível que o Bonner não tenha dedicado muito tempo de sua vida a aprende-la.
E o segredo, meus caros, eu conto para vocês (se alguém for amigo do Bonner pode dar um toque para ele): é prestar atenção no que está fazendo.
Qualquer dia faço uma postagem explicando isso com mais detalhes.
Beijos de um "velho" feliz.
Com 48 anos, rico, famoso, bonitão e aparentemente bem casado, o sujeito ainda reclama.
Alguém deveria explicar para o moço que a alternativa é pior, como costuma afirmar minha mãe que já passou dos 70 há algum tempo.
Eu estou com 52 (4 anos fazem diferença, principalmente sem maquiagem) e, honestamente, não concordo com o Bonner.
Claro que preferiria ter o corpinho dos 30, mas no conjunto da obra gosto mais de mim agora.
Não sou daqueles que celebra as rugas e as marcas na pele como sinal de uma vida bem vivida. Fico bem melhor sem elas.
Também acho um porre todas e cada uma das consequencias nefastas da decreptude (ok, exagerei). Não tem nenhum lado bom nisso.
Mas viver é uma tarefa complexa e leva algum tempo para aprender a fazer isso bem.
O resultado é que aproveito muito mais um ano de vida hoje do que 5 anos aos 30. Matematicamente, viverei (em termos qualitativos) outros 50 nos próximos 10.
É possível que o Bonner não tenha dedicado muito tempo de sua vida a aprende-la.
E o segredo, meus caros, eu conto para vocês (se alguém for amigo do Bonner pode dar um toque para ele): é prestar atenção no que está fazendo.
Qualquer dia faço uma postagem explicando isso com mais detalhes.
Beijos de um "velho" feliz.
quarta-feira, dezembro 07, 2011
Um pé na cozinha
Essa expressão ("um pé na cozinha"), tão popular quanto preconceituosa, tem origem no Brasil colonial, época em que as escravas negras habitavam as cozinhas das fazendas dos produtores de cana e café.
É, na verdade, duplamente preconceituosa, porque também sugere, implicitamente, que cozinhar é uma tarefa de menor valor.
Ou triplamente, se considerarmos que no ambiente empresarial as linhas de produção e áreas de operações também recebem a alcunha de "cozinha" e seus profissionais são menos valorizados do que os que estão na "linha de frente".
Minha tataravó cafuza (índio+negro), conta a parlenda familiar, era dona de pensão e mãe solteira.
Meu bisavô português era "banqueteiro", e servia as festanças dos barões do café na Av. Paulista. Não fosse ele viciado em jogo, teria eu heradado, talvez, um império gastronômico.
Os ancestrais poloneses, dizem, eram nobres ou judeus. Fato é que vieram para o Brasil fugindo de alguma perseguição na Polônia e chegaram aqui com uma mão na frente e outra atrás. Pobres, mas eruditos. O avô pololnês operário, que não conheci mas de quem herdei o nome, lia muito e escrevia poemas.
Diferentemente dos italianos, os Ferrari, que eram pouco instruídos mas engenhosos. Enquanto o avô polonês escrevia poesias, o italiano (que também era operário) construia miniaturas de locomotivas a vapor no porão de sua casa.
Resumindo, para decepção dos que valorizam o "pedigree" eu tenho, geneticamente, pés e mãos na cozinha.
Não é algo para se ter orgulho ou vergonha. Como toda herança, não tem mérito próprio.
Mas confesso que tem lá seus benefícios.
A carga genética me permite ser eclético e a história familiar deixa pouco espaço para preconceitos.
Mas voltando ao título da postagem, creio que essa expressão tende a perder seu sentido pejorativo.
Cozinhar está ficando mais chique. Os novos apartamentos de alto padrão tem até "terraço gourmet".
E bons profissionais de produção e operação estão ganhando importância no mercado de trabalho. Já não é incomum que cheguem a presidir as empresas, justamente por sua capacidade de realização.
Tenho a impressão de que, em breve, "realizar com elegância" será mais valorizado do que "aparentar elegância" e ter "um pé na cozinha" será uma forma discreta de elogio.
Bem ... "pé", excetuando-se o fetiche, pode ser um tanto grosseiro. Talvez a expressão mude para "ter uma mão na cozinha".
Just in case, meu diploma de cozinha siciliana já está na parede....
É, na verdade, duplamente preconceituosa, porque também sugere, implicitamente, que cozinhar é uma tarefa de menor valor.
Ou triplamente, se considerarmos que no ambiente empresarial as linhas de produção e áreas de operações também recebem a alcunha de "cozinha" e seus profissionais são menos valorizados do que os que estão na "linha de frente".
Minha tataravó cafuza (índio+negro), conta a parlenda familiar, era dona de pensão e mãe solteira.
Meu bisavô português era "banqueteiro", e servia as festanças dos barões do café na Av. Paulista. Não fosse ele viciado em jogo, teria eu heradado, talvez, um império gastronômico.
Os ancestrais poloneses, dizem, eram nobres ou judeus. Fato é que vieram para o Brasil fugindo de alguma perseguição na Polônia e chegaram aqui com uma mão na frente e outra atrás. Pobres, mas eruditos. O avô pololnês operário, que não conheci mas de quem herdei o nome, lia muito e escrevia poemas.
Diferentemente dos italianos, os Ferrari, que eram pouco instruídos mas engenhosos. Enquanto o avô polonês escrevia poesias, o italiano (que também era operário) construia miniaturas de locomotivas a vapor no porão de sua casa.
Resumindo, para decepção dos que valorizam o "pedigree" eu tenho, geneticamente, pés e mãos na cozinha.
Não é algo para se ter orgulho ou vergonha. Como toda herança, não tem mérito próprio.
Mas confesso que tem lá seus benefícios.
A carga genética me permite ser eclético e a história familiar deixa pouco espaço para preconceitos.
Mas voltando ao título da postagem, creio que essa expressão tende a perder seu sentido pejorativo.
Cozinhar está ficando mais chique. Os novos apartamentos de alto padrão tem até "terraço gourmet".
E bons profissionais de produção e operação estão ganhando importância no mercado de trabalho. Já não é incomum que cheguem a presidir as empresas, justamente por sua capacidade de realização.
Tenho a impressão de que, em breve, "realizar com elegância" será mais valorizado do que "aparentar elegância" e ter "um pé na cozinha" será uma forma discreta de elogio.
Bem ... "pé", excetuando-se o fetiche, pode ser um tanto grosseiro. Talvez a expressão mude para "ter uma mão na cozinha".
Just in case, meu diploma de cozinha siciliana já está na parede....
terça-feira, dezembro 06, 2011
E no final da tarde ...
Um pensamento síntese:
"Não estou disposto a fingir que sou uma pessoa diferente para conseguir o que desejo, mas estou disposto a mudar se valer a pena."
domingo, dezembro 04, 2011
Eu, em você.
Já comentei aqui minha preferência pelo politeísmo (o que, aliás, custou-me a perda de alguns leitores monoteístas mais aguerridos e menos dispostos a aceitar minhas ilações filosóficas).
Fui abandonado por mais alguns quando comecei a manifestar meu apreço por pensamentos orientais, em particular os relativos ao Tantra.
Uma das coisas que que me encantam nos ensinamentos esotéricos e nas filosofias orientais milenares é a idéia de que as palavras não são suficientes para "iluminar" o indivíduo.
Há coisas que não podem ser ensinadas. O máximo que se pode fazer é conduzir o aprendizado.
As maioria as religiões monoteístas ocidentais se baseia "na Palavra", assim mesmo, com "P" maiúsculo, para que não seja contestada ou questionada. A "Palavra" deve ser ouvida e assimilada sem discussão, porque assim deve ser a fé. Respeito e temor são os instrumentos desse aprendizado.
Já no outro mundo, as palavras são artifícios para estimular o questionamento - os "koans" (uma espécie de pergunta sem resposta) são um bom exemplo. E, sempre que possível, o aprendiz é levado a participar de vivências que tem o mérito de tirá-lo de sua zona de conforto e expandir sua percepção.
Até nos pequenos detalhes essa diferença se faz sentir.
Se tomamos os 10 mandamentos, imperativos como só os mandamentos podem ser, a exceção de "guardar o sétimo dia" (que como mandamento, convenhamos, deixa a desejar) todos os outros poderiam ser substituídos por uma única orientação dada em Levítico 19,18 - "Ama a teu próximo como a ti mesmo".
Teria sido melhor, talvez, afirmar "ama o teu próximo como ele gostaria de ser amado", mas as palavras, principalmente quando mandatórias, são sempre limitadas.
Em parte do oriente, particularmente na India e no Nepal, hindus e budistas entre outros costumam utilizar uma saudação simples, mas profunda: "Namaste". Muitas vezes essa saudação é apenas gestual, dispensando o uso da palavra.
A tradução da palavra Namaste é, ao pé da letra, "eu me curvo diante de você", mas seu significado é o reconhecimento no outro da mesma divindade que anima quem faz o cumprimento.
Nesse sentido, pode ser interpretada como "o Deus que está em mim saúda o Deus que está em você", com o reconhecimento implícito de que se trata do mesmo Deus, independentemente da forma pela qual eu e você costumamos tratá-lo.
Indo mais além, é uma forma de reconhecer que temos algo muito importante em comum, que partilhamos algo essêncial. Um passo importante para aceitar que somos mais do que irmãos. Somos, na verdade, uma só divindade distribuida momentaneamente em duas embalagens diferentes.
Essa aceitação cria uma condição bastante favorável para o amor ao próximo que será, por força da similaridade, igual ao amor por si mesmo.
Mas não como uma imposição ou mandamento. Como decorrência da compreensão de que não há como ser diferente.
E se a razão não bastar, você sempre poderá contar com vivências (individuais ou grupais) preparadas pelos mestres para facilitar essa compreensão.
Por isso não estranhe quando eu te tratar com mais intimidade e carinho do que seria esperado. É porque estou me reconhecendo em você.
Fui abandonado por mais alguns quando comecei a manifestar meu apreço por pensamentos orientais, em particular os relativos ao Tantra.
Uma das coisas que que me encantam nos ensinamentos esotéricos e nas filosofias orientais milenares é a idéia de que as palavras não são suficientes para "iluminar" o indivíduo.
Há coisas que não podem ser ensinadas. O máximo que se pode fazer é conduzir o aprendizado.
As maioria as religiões monoteístas ocidentais se baseia "na Palavra", assim mesmo, com "P" maiúsculo, para que não seja contestada ou questionada. A "Palavra" deve ser ouvida e assimilada sem discussão, porque assim deve ser a fé. Respeito e temor são os instrumentos desse aprendizado.
Já no outro mundo, as palavras são artifícios para estimular o questionamento - os "koans" (uma espécie de pergunta sem resposta) são um bom exemplo. E, sempre que possível, o aprendiz é levado a participar de vivências que tem o mérito de tirá-lo de sua zona de conforto e expandir sua percepção.
Até nos pequenos detalhes essa diferença se faz sentir.
Se tomamos os 10 mandamentos, imperativos como só os mandamentos podem ser, a exceção de "guardar o sétimo dia" (que como mandamento, convenhamos, deixa a desejar) todos os outros poderiam ser substituídos por uma única orientação dada em Levítico 19,18 - "Ama a teu próximo como a ti mesmo".
Teria sido melhor, talvez, afirmar "ama o teu próximo como ele gostaria de ser amado", mas as palavras, principalmente quando mandatórias, são sempre limitadas.
Em parte do oriente, particularmente na India e no Nepal, hindus e budistas entre outros costumam utilizar uma saudação simples, mas profunda: "Namaste". Muitas vezes essa saudação é apenas gestual, dispensando o uso da palavra.
A tradução da palavra Namaste é, ao pé da letra, "eu me curvo diante de você", mas seu significado é o reconhecimento no outro da mesma divindade que anima quem faz o cumprimento.
Nesse sentido, pode ser interpretada como "o Deus que está em mim saúda o Deus que está em você", com o reconhecimento implícito de que se trata do mesmo Deus, independentemente da forma pela qual eu e você costumamos tratá-lo.
Indo mais além, é uma forma de reconhecer que temos algo muito importante em comum, que partilhamos algo essêncial. Um passo importante para aceitar que somos mais do que irmãos. Somos, na verdade, uma só divindade distribuida momentaneamente em duas embalagens diferentes.
Essa aceitação cria uma condição bastante favorável para o amor ao próximo que será, por força da similaridade, igual ao amor por si mesmo.
Mas não como uma imposição ou mandamento. Como decorrência da compreensão de que não há como ser diferente.
E se a razão não bastar, você sempre poderá contar com vivências (individuais ou grupais) preparadas pelos mestres para facilitar essa compreensão.
Por isso não estranhe quando eu te tratar com mais intimidade e carinho do que seria esperado. É porque estou me reconhecendo em você.
sábado, dezembro 03, 2011
Sobre as pedras ...
Não são as pedras do caminho
Que contornamos ou escalamos
Nessas, a águia faz seu ninho
Mas as que nós mesmos colocamos
A cada pequeno gesto mesquinho
Quando enfim nos declaramos
Incompreendidos e sozinhos
Para as quais nos acabamos
É o que o poeta diz ...
É o que o poeta diz ...
O fim de tudo começa
Com o medo de ser feliz.
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