terça-feira, novembro 07, 2006
Comunicação fora de controle
Deu no site do Estadão de hoje: "Filme põe gringos em apuros no Brasil".
A Fox Atomic (divisão da Fox que faz filmes para jovens) lançará seu primeiro longa metragem no início de dezembro e o tema é o "perigoso" turismo no Brasil.
Resumidamente, 6 jovens americanos me férias numa praia brasileira caem no golpe do "boa noite cinderela" (narcótico na bebida) e são raptados e levados para uma casa na selva.
Não faltam tipos psicóticos, bandidos falando espanhol e inúmeros estereótipos deturpados da realidade brasileira.
Seguramente, o filme trará efeitos negativos para o turismo brasileiro, para desespero da Embratur e do mercado. E, pior que ele é o site www.paradisebrazil.com, criado para promovê-lo.
Mas antes que alguém acuse os americanos de injustiça, já que o Brasil está longe de ser o que alguns poucos brasileiros criminosos decidem fazer dele, é bom lembrar que os Estados Unidos também não são exatamente como os filmes que criticam sua prepotência e interferência em assuntos alheios, ou os serial killers, ou ainda os shooters, pretendam que seja.
Em ambos os países vive gente "comum e normal", procurando a felicidade e a realização pessoal dentro de parâmetros aceitáveis de civilização.
Mas ambos, Brasil e Estados Unidos, pagam a conta por relegarem problemas sociais graves para um segundo plano.
De todo modo, tanto num caso como no outro, o "marketing" enfrenta o desafio cada vez mais presente de se contrapor à comunicação "fora de controle".
E essa situação decorre, entre outras coisas, de uma falta de planejamento adequado.
Hoje, o plano de comunicação de uma empresa ou país deve considerar que a comunicação já não é um privilégio do dono da marca. Marcas tem vida própria e os consumidores tem meios à sua disposição para promovê-las ou destruí-las.
É algo para se pensar...
FF
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