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terça-feira, fevereiro 19, 2008

Pensamento da noite ...

Somos mais rápidos interpretando um gesto como agressão do que como afeto.

22 comentários:

Anônimo disse...

Um dia saí correndo quando um homem me parou pra pedir informação(creio eu). Eu tinha acabado de sair do banco, com uma quantia razoável de dinheiro na bolsa e fiquei super alerta andando na rua. Quando vi que ele não era assaltante já estava longe.

Anne M. Moor disse...

No caso da Kátia, estamos todos com medo de fantasmas!! Mas o teu pensamento me lembra de: "We all seem to have our hackles up!" O que precisamos cuidar é pra baixar o nosso filtro afetivo. Ele em alta bloqueia o aprender...

Anne M. Moor disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Érica Martinez disse...

o eterno "andar na defensiva"...
estamos tão acostumados a nos desiludir com as coisas que preferimos já enxergar pelo lado ruim do que subir aos céus e cair de cara...

Udi disse...

Lembrando de uma expressão usada pela Anne em um poema recente lá no Life, eu diria que temos que descerrar as janelas da alma e tentar enxergar o que, a olho nu, é invisível.

Udi disse...

Sendo mais simples: a mãe que dá uma uma "dura" no filho está sendo agressiva ou afetiva?

Anne M. Moor disse...

Depende como ela dá o 'duro' Udi... Aprendi, ao longo dos anos (acho), a dar duro nos meus filhos de maneiro 'afetiva', mas é algo que tive que me ensinar pq naturalmente tendia e se não me cuido tendo a deixar meu lado agressivo vir a tona... É um exercício de morder a língua, rewind e começar de novo e, especialmente, NUNCA dizer NADA quando estou brava, magoada, machucada... :-) Já me arrependi muito de dizer o que disse em outros tempos...

Suzana disse...

Na maioria das vezes estamos na defensiva.
Instinto de sobrevivência ?

Jorge Lemos disse...

Os homens, nos dias atuais, têm medo de se abaixar para pegar um sabonete mesmo que o banheiro esteja vazio.
Tornou-se hábito a retranca.

Flavio Ferrari disse...

Não me referi, necessariamente, a uma mesma ação que poderia ser interpretada de duas maneiras.
Podem ser ações diferentes.
De algum modo, penso que isso tem a ver com a fato de não nos sentirmos merecedores de afeto.
A pessoa te trata bem a vida inteira. Num dia de cão, chega de péssimo humor e te dá uma patada.
Essa patada única anula anos de manifestãções de afeto que, subitamente, perdem o status de verdadeiras.

disse...

Flávio
Desta vez discordo.
Penso o contrário.A gratidão e o afeto despertados em um boa relação anulam ou pelo menos diminuem em grande parte o efeito das patadas.
Bjo

Anne M. Moor disse...

Estou com a Lú, até pq as pessoas que nos tratem com amor e/ou afeto sempre tem o direito de algumas vezes perderem as estribeiras!! Afinal somos todos humanos, ficamos felizes, ficamos tristes, sentimos raiva, fazemos xixi, fazemos cocô... e outras tantas coisas igualzinho a todo mundo... Ninguém é perfeito, graças ao bom Deus, somos todos falíveis...

A.Tapadinhas disse...

É: afecto chega devagar e às vezes já tarde; agressão chega depressa e sempre cedo demais.
Abraço.
António

Suzana disse...

Creio que depende muito de onde esta "patada" bate.

Amélia disse...

O ser humano é desconfiado por natureza... Deve fazer parte do instinto de sobrevivência...

As vezes esquecemos que somos racionais... Ou será que esquecemos que não somos apenas racionais?

Anônimo disse...

"Somos"? Ufa, ainda bem que não sou só eu!...mas tô me esforçando pra melhorar!

Anônimo disse...

Isso faz parte da realidade em que vivemos. As agressões chegam a galope e os afetos são tímidos... Só acho uma pena que muitos seres humanos tenham tendências tão eqüestres...

Anônimo disse...

Glau, percebo que as pessoas estão, na maioria das ocasiões, tentando ocultar aquilo que julgam ser seu lado equestre quando sua manifestação poderia dar vazão a uma expressão mais verdadeira de si mesmo. Muitas vezes a verdade pode ser bem mais generosa que alguns simples elogios falsos.

Olha, não estou pregrando a agressão, apenas estou (como o Flavio) tentando colocar um outro olhar sobre as atitudes que, no padrão geral, costumamos classificar como agressivas.

Anne M. Moor disse...

Udi, me lembraste do meu ser professora! Na sala de aula quando os alunos estão sendo "agressivos" contigo e/ou com os colegas, eu sempre procurei descobrir como essa pessoinha era fora de aula, que vida levava, qual era sua história... Invariavelmente, essa criança tinha uma história familiar de violência horrenda, ou acabava de ter passado por algo que o abalou, ou simplesmente sempre foi relegado a décimo plano... Conhecendo essas coisas, ficava mais fácil lidar com a "agressão" e criar estratégias para que essa criança pudesse também lidar com isso e se construir como uma pessoa mais feliz e produtiva. Quando simplesemnte batemos de volta, vira um círculo vicioso e ninguém sai ganhando. Todos perdemos!

Ju disse...

Acho que pra gente é mais fácil lidar com a agressão do que com o afeto, ainda que teoricamente isso pareça insano!

Luisa Fernanda disse...

Bueno, esto es una pasada. Yo soy la contraparte, siempre un gesto lo interpreto gentil. La agresividad no tiene gesto. Tiene careta.

La postura de agresividad es total, infelizmente vivo en un mundo de maricas, donde se confunde el afecto con agresividad,

Ojalá pueda vivir hasta esas nuevas épocas, donde recordemos que el gesto es una manifestación limpia y pura del corazón.

Anônimo disse...

Udi, sem dúvida a verdade pode ser generosa, mas quando ela vem embutida de afeto...
¨Verdades¨, sem afeto, podem ser mera manifestação de individualidade egoista, e poderiam ser omitidas se não se pretende magoar.
E, além do mais, frequentemente são emitidas por quem pretende ter o monopólio destas verdades alheias, sem ao menos conhecer as suas.
Não sou contra críticas, e sim avessa à crueldade de alguns seres humanos em alguns momentos de suas vidas!
Puro instinto de preservação...Algo novo para mim!