Meu apartamento é frio e eu não tenho ar condicionado ou um sistema de calefação.
As pessoas ficam mais tensas, usam mais roupas, brincam menos.
A vida fica mais difícil para os menos favorecidos.
O ar fica mais seco (quando não está garoando).
O tempo fica mais feio (quando está garoando).
E eu fico menos feliz ...
sexta-feira, maio 30, 2008
quinta-feira, maio 29, 2008
Depois do teatro
Brilhante conclusão após assistir a uma peça de minha ex-professora/diretora de teatro:
- A vida sem humor não tem graça !
- A vida sem humor não tem graça !
segunda-feira, maio 26, 2008
Sonhos e senhas
Ao migrar para o novo template perdi o contador do Arguta Café.
Logo eu, que gosto tanto de medir audiência ...
Mais dificil do que descobrir como trazer de volta o meu contador, foi descobrir o "login" e a "senha" que utilizei para o Site Meter quando o implementei pela primeira vez em 2005.
Estou certo de que anotei em algum lugar, para o caso de esquecer.
Claro que esqueci onde foi que anotei.
A tecnologia, antes de oferecer um mundo de sonhos, nos brinda com um mundo de senhas.
Logo eu, que gosto tanto de medir audiência ...
Mais dificil do que descobrir como trazer de volta o meu contador, foi descobrir o "login" e a "senha" que utilizei para o Site Meter quando o implementei pela primeira vez em 2005.
Estou certo de que anotei em algum lugar, para o caso de esquecer.
Claro que esqueci onde foi que anotei.
A tecnologia, antes de oferecer um mundo de sonhos, nos brinda com um mundo de senhas.
quarta-feira, maio 21, 2008
Preciosidades
Creio que todo mundo está de acordo que a vida é o nosso bem mais importante.
Daria para passar um mês discutindo como se mede a vida. Mas para simplificar, vou considerar que o tempo é uma medida razoável.
Não sabemos quanto tempo ainda temos de vida.
O tempo que vivemos, já não nos pertence.
Logo, só temos, com segurança, o cada momento presente, o que confere a esses momentos uma particular preciosidade.
Me ocorre que temos uma natureza perdulária.
Olhando para trás, a maioria de nós vai ser dar conta de que disperdiçamos esses preciosos momentos como se a fonte deles fosse infinita. Não os tratamos como preciosidades que, de fato, são.
Imagine-se diante de um pequeno prato de sua comida favorita, após alguns meses de dieta.
Pense no prazer que irá lhe dar cada garfada.
Muito diferente da sua relação com a enorme tigela de macarrão de um domingo sem regime por perto.
Não creio que se trate de largar tudo e viver de forma edonista, só fazendo aquilo que nos dá prazer.
Creio que está mais para buscar viver intensamente tudo o que fazemos.
O assunto pode ser velho, as conclusões óbvias, mas o fato é que a gente segue como porcos diante de pérolas.
Daria para passar um mês discutindo como se mede a vida. Mas para simplificar, vou considerar que o tempo é uma medida razoável.
Não sabemos quanto tempo ainda temos de vida.
O tempo que vivemos, já não nos pertence.
Logo, só temos, com segurança, o cada momento presente, o que confere a esses momentos uma particular preciosidade.
Me ocorre que temos uma natureza perdulária.
Olhando para trás, a maioria de nós vai ser dar conta de que disperdiçamos esses preciosos momentos como se a fonte deles fosse infinita. Não os tratamos como preciosidades que, de fato, são.
Imagine-se diante de um pequeno prato de sua comida favorita, após alguns meses de dieta.
Pense no prazer que irá lhe dar cada garfada.
Muito diferente da sua relação com a enorme tigela de macarrão de um domingo sem regime por perto.
Não creio que se trate de largar tudo e viver de forma edonista, só fazendo aquilo que nos dá prazer.
Creio que está mais para buscar viver intensamente tudo o que fazemos.
O assunto pode ser velho, as conclusões óbvias, mas o fato é que a gente segue como porcos diante de pérolas.
domingo, maio 18, 2008
Propaganda da boa
Propaganda boa é aquela que funciona.
Para saber se funciona, há que se definir o que se espera dela.
Lembro de um anúncio de uma loja de autopeças na Avenida Sumaré, oferecendo amortecedores a um preço imbatível, muito provavelmente abaixo do custo. O anúncio, em sí, não era lá grandes coisas do ponto de vista criativo. Um título do tipo "promoção imperdível", foto do amortecedor e preço em letras garrafais.
Precisava trocar o amortecedor do carro e fui correndo para lá.
Desmontaram toda a suspensão e me informaram:
- O senhor precisa trocar também as coifas, os rolamentos e o pino da grampola.
Obviamente, as peças adicionais não estavam em promoção. Ao contrário, era alí que a loja recuperava sua margem, cobrando preços acima do mercado.
Prontamente afirmei:
- Não precisa. Quero trocar apenas o amortecedor.
- Se não trocarmos as peças, não podemos dar garantia nos amortecedores novos... - afirmou, ameaçando, o vendedor.
- Não me importa. Fico sem a garantia ... - afirmei, decidido, eu mesmo.
Aparentemente fui o primeiro do dia a dar aquela resposta. O vendedor abandonou meu carro desnudo por um instante, e foi falar com o gerente. Voltou em seguida com o veredito:
- Não podemos instalar sem garantia.
Pedi que remontassem a suspensão com os amortecedores originais, sai da loja e nunca mais voltei.
A maioria dos clientes deve ter agido de outra forma, porque a loja estava cheia e seguiu assim durante todo o final de semana.
Mas acredito que mesmo os menos assertivos, que concordaram com o trambique, não voltaram mais àquela loja depois.
A propaganda, em sí, cumpriu sua missão. A estratégia de marketing era desonesta, e deve ter prejudicado a loja a médio prazo.
Enquanto trabalhei em agências de propaganda, sempre me recusei a fazer esse tipo de campanha. Na verdade, poucas vezes tive o dissabor de atender clientes como esse.
Para mim a boa propaganda é aquela que comunica alguma característica diferenciadora e relevante (verdadeira) do produto de forma convincente e motivadora.
Se não for possível encontrar uma característica assim, o produto não tem futuro. Anunciar será um mau investimento.
Melhor investir no aprimoramento do produto.
Para saber se funciona, há que se definir o que se espera dela.
Lembro de um anúncio de uma loja de autopeças na Avenida Sumaré, oferecendo amortecedores a um preço imbatível, muito provavelmente abaixo do custo. O anúncio, em sí, não era lá grandes coisas do ponto de vista criativo. Um título do tipo "promoção imperdível", foto do amortecedor e preço em letras garrafais.
Precisava trocar o amortecedor do carro e fui correndo para lá.
Desmontaram toda a suspensão e me informaram:
- O senhor precisa trocar também as coifas, os rolamentos e o pino da grampola.
Obviamente, as peças adicionais não estavam em promoção. Ao contrário, era alí que a loja recuperava sua margem, cobrando preços acima do mercado.
Prontamente afirmei:
- Não precisa. Quero trocar apenas o amortecedor.
- Se não trocarmos as peças, não podemos dar garantia nos amortecedores novos... - afirmou, ameaçando, o vendedor.
- Não me importa. Fico sem a garantia ... - afirmei, decidido, eu mesmo.
Aparentemente fui o primeiro do dia a dar aquela resposta. O vendedor abandonou meu carro desnudo por um instante, e foi falar com o gerente. Voltou em seguida com o veredito:
- Não podemos instalar sem garantia.
Pedi que remontassem a suspensão com os amortecedores originais, sai da loja e nunca mais voltei.
A maioria dos clientes deve ter agido de outra forma, porque a loja estava cheia e seguiu assim durante todo o final de semana.
Mas acredito que mesmo os menos assertivos, que concordaram com o trambique, não voltaram mais àquela loja depois.
A propaganda, em sí, cumpriu sua missão. A estratégia de marketing era desonesta, e deve ter prejudicado a loja a médio prazo.
Enquanto trabalhei em agências de propaganda, sempre me recusei a fazer esse tipo de campanha. Na verdade, poucas vezes tive o dissabor de atender clientes como esse.
Para mim a boa propaganda é aquela que comunica alguma característica diferenciadora e relevante (verdadeira) do produto de forma convincente e motivadora.
Se não for possível encontrar uma característica assim, o produto não tem futuro. Anunciar será um mau investimento.
Melhor investir no aprimoramento do produto.
sexta-feira, maio 16, 2008
terça-feira, maio 13, 2008
O mito da interatividade
Bater papo com o Ernesto é sempre ilustrativo.
Ele me indicou um vídeo do Youtube chamado "Don't make me click" que chama a atenção para o mito da interatividade.
No vídeo, uma interessante analogia:
- pergunta: o que é melhor do que uma pá para cavar um buraco ?
- resposta: um buraco.
A interatividade torna a mídia interessante porque permite que encontremos o conteúdo que procuramos.
Não significa que queremos, de fato, interagir com a mídia.
Se pudermos encontrar o que queremos sem interagir, será ainda melhor.
Aliás, essa é uma das razões porque a TV segue fazendo tanto sucesso ...
Quanto menor for o trabalho, melhor !
(http://www.youtube.com/watch?v=EuELwq2ThJE)
Ele me indicou um vídeo do Youtube chamado "Don't make me click" que chama a atenção para o mito da interatividade.
No vídeo, uma interessante analogia:
- pergunta: o que é melhor do que uma pá para cavar um buraco ?
- resposta: um buraco.
A interatividade torna a mídia interessante porque permite que encontremos o conteúdo que procuramos.
Não significa que queremos, de fato, interagir com a mídia.
Se pudermos encontrar o que queremos sem interagir, será ainda melhor.
Aliás, essa é uma das razões porque a TV segue fazendo tanto sucesso ...
Quanto menor for o trabalho, melhor !
(http://www.youtube.com/watch?v=EuELwq2ThJE)
segunda-feira, maio 12, 2008
O tamanho do problema
Um cliclone em Mianmar (antiga Birmânia) matou mais de 28.000 pessoas na última semana.
Isso não diminue qualquer problema que você esteja enfrentando no momento.
Mas talvez o ajude a reavaliar sua dimensão.
Os mais velhos costumam dizer que o importante é ter saúde.
Provavemente porque tiveram saúde para superar muitos problemas ao longo de suas vidas.
E agora que estão mais velhos, se veem diante da ameça de enfrentar problemas de saúde mais sérios, para os quais nem sempre haverá solução satisfatória.
As vezes a gente tem a sensação de que um ciclone está devastando nossa vida.
Nesse momento, uma boa sugestão é verificar o que acontece com aquelas pessoas que sofreram a ação de um ciclone de verdade.
E, depois, lembrar que o importante é ter saúde.
O resto se arranja com o tempo.
quinta-feira, maio 08, 2008
Fear and Loathing in Las Vegas
Então ... segui o conselho da Érica e resolvi assistir um DVD.
Recomendação do Rodrigo. Um filme baseado na reportagem feita por Hunter Thompson para a Revista Roling Stones em 1971, inaugurando um gênero "jornalístico" que veio a ser batizado de "Gonzo" (segundo a Wikipedia, o termo é irlandês e designa o último homem a ficar em pé depois de uma maratona de coletiva bebedeira).
O estilo se caracteriza por reportar a experiência vivida pelo jornalista, sem nenhum compromisso com a objetividade ou a realidade.
Thompson, na ocasião (e creio que a vida toda) consumia todo o tipo conhecido de drogas, full time.
A matéria prometida para a revista era a cobertura de uma corrida de motocicletas no deserto.
Thompson, alucinado, gastou todo o dinheiro em drogas, destruiu vários quartos do hotel, saiu sem pagar, não cobriu a corrida e descreveu sua experiência em uma série de artigos para a revista.
O momento era adequado (anos 70) e Thompson, que já era razoavelmente famoso, lançou o estilo.
Estou escrevendo essa postagem enquanto assisto o filme.
Aflitivo, desconcertante, desconexo, disruptivo.
Um filme para poucos, nos dias de hoje.
Provavelmente os mais jovens e desconectados do mundo convencional.
Recomendação do Rodrigo. Um filme baseado na reportagem feita por Hunter Thompson para a Revista Roling Stones em 1971, inaugurando um gênero "jornalístico" que veio a ser batizado de "Gonzo" (segundo a Wikipedia, o termo é irlandês e designa o último homem a ficar em pé depois de uma maratona de coletiva bebedeira).
O estilo se caracteriza por reportar a experiência vivida pelo jornalista, sem nenhum compromisso com a objetividade ou a realidade.
Thompson, na ocasião (e creio que a vida toda) consumia todo o tipo conhecido de drogas, full time.
A matéria prometida para a revista era a cobertura de uma corrida de motocicletas no deserto.
Thompson, alucinado, gastou todo o dinheiro em drogas, destruiu vários quartos do hotel, saiu sem pagar, não cobriu a corrida e descreveu sua experiência em uma série de artigos para a revista.
O momento era adequado (anos 70) e Thompson, que já era razoavelmente famoso, lançou o estilo.
Estou escrevendo essa postagem enquanto assisto o filme.
Aflitivo, desconcertante, desconexo, disruptivo.
Um filme para poucos, nos dias de hoje.
Provavelmente os mais jovens e desconectados do mundo convencional.
terça-feira, maio 06, 2008
Zapeando
Zapeando (o Ernesto vai reclamar, mas não conheço outra palavra melhor) pelos canais de televisão um pouco antes de dormir não pude deixar de ficar incomodado.
Em menos de 10 minutos assisti cenas de estupro, assassinato, sexo esplícito e implícito, violência gratuíta e paga, monstros, gente dilacerada ...
A única suave interrupção foram alguns minutos assistindo o apresentador de um programa convocando um membro de sua equipe para participar da demonstração de um "show" na Eroticafair (uma feira Erótica que acontece na Zona Sul de São Paulo). O cara era casado e provavelmente vai enfrentar problemas em casa (coisa que, aliás, divertiu muito o apresentador em questão).
Nenhum único segundo "recomendável" por qualquer padrão conhecido.
Os frequentadores do Arguta sabem que não sou exatamente o que se poderia chamar de um sujeito dado a rasgos de puritanismo.
Mas tenho que confessar que fiquei (mal) impressionado.
Também não estou aqui para criticar a Televisão.
Num regime capitalista democrático impera a lógica de mercado.
Dentro dos limites da legalidade se oferece ao consumidor aquilo que ele deseja.
Mas nesse segundo, assistindo John Malcovitch languidamente deitado num sofa, vestindo um robe de seda e meia arrastão (na pele do Sr. Kubrick), com a mão na coxa de um jovem rapaz a quem pretende seduzir sabe-se lá em que contexto, concluo que está na hora de desligar.
Mas que foi curioso terminar a zapeada com um filme sobre a vida de Stanley Kubrick (do Laranja Mecânica), lá isso foi.
Em menos de 10 minutos assisti cenas de estupro, assassinato, sexo esplícito e implícito, violência gratuíta e paga, monstros, gente dilacerada ...
A única suave interrupção foram alguns minutos assistindo o apresentador de um programa convocando um membro de sua equipe para participar da demonstração de um "show" na Eroticafair (uma feira Erótica que acontece na Zona Sul de São Paulo). O cara era casado e provavelmente vai enfrentar problemas em casa (coisa que, aliás, divertiu muito o apresentador em questão).
Nenhum único segundo "recomendável" por qualquer padrão conhecido.
Os frequentadores do Arguta sabem que não sou exatamente o que se poderia chamar de um sujeito dado a rasgos de puritanismo.
Mas tenho que confessar que fiquei (mal) impressionado.
Também não estou aqui para criticar a Televisão.
Num regime capitalista democrático impera a lógica de mercado.
Dentro dos limites da legalidade se oferece ao consumidor aquilo que ele deseja.
Mas nesse segundo, assistindo John Malcovitch languidamente deitado num sofa, vestindo um robe de seda e meia arrastão (na pele do Sr. Kubrick), com a mão na coxa de um jovem rapaz a quem pretende seduzir sabe-se lá em que contexto, concluo que está na hora de desligar.
Mas que foi curioso terminar a zapeada com um filme sobre a vida de Stanley Kubrick (do Laranja Mecânica), lá isso foi.
sexta-feira, maio 02, 2008
Virtude
Rodrigo chamou-me a atenção para o fato de que a origem etimológica da palavra virtude é "vir", que significa varão (homem) em Latin.
Em línguas latinas, portanto, virtudes seriam as qualidades que fazem um homem, ou mais conceitualmente, a força do homem.
Estudar a origem das palavras quase sempre nos leva a considerações interessantes.
Aqui mesmo, em Buenos Aires, percebemos que é mais comum o uso da palavra "perdon" do que "disculpe" para os pequenos incidentes cotidianos (como esbarrar numa pessoa na rua).
O uso comum no Brasil é mais adequado, já que pedimos "perdão" quando nos arrependemos de algo e "desculpas" quando queremos indicar que nossa intenção não era aquela (não devemos ser considerados "culpados").
Para quem gosta de perder-se em considerações sócio-filosóficas é um prato cheio.
Eu prefiro anotar mentalmente essas curiosidades e deixá-las processando no inconsciente.
Em línguas latinas, portanto, virtudes seriam as qualidades que fazem um homem, ou mais conceitualmente, a força do homem.
Estudar a origem das palavras quase sempre nos leva a considerações interessantes.
Aqui mesmo, em Buenos Aires, percebemos que é mais comum o uso da palavra "perdon" do que "disculpe" para os pequenos incidentes cotidianos (como esbarrar numa pessoa na rua).
O uso comum no Brasil é mais adequado, já que pedimos "perdão" quando nos arrependemos de algo e "desculpas" quando queremos indicar que nossa intenção não era aquela (não devemos ser considerados "culpados").
Para quem gosta de perder-se em considerações sócio-filosóficas é um prato cheio.
Eu prefiro anotar mentalmente essas curiosidades e deixá-las processando no inconsciente.
quinta-feira, maio 01, 2008
A Diretoria
Uma das coisas divertidas do mundo empresarial é a mitificação das Diretorias.
Quase todo mundo que trabalha em uma empresa quer, um dia, fazer parte da Diretoria.
As razões são diversas. Uns almejam o "puder". Outros imaginam que ser Diretor é trabalhar pouco, ganhar muito e encantar o sexo oposto. Há quem sonhe com a liberdade de horários inerente à posição.
São raros aqueles que vêem a verdadeira natureza da posição de Diretor: servir a todos.
Lembro-me do dia em que um consultor contratado pelos acionistas da empresa onde trabalhava me perguntou:
- Quantas pessoas trabalham para você ?
- Nenhuma ! - respondi prontamente, para espanto do consultor. Aliás, talvez possa considerar que a minha secretária trabalha, de alguma forma para mim. ´Quanto aos demais, sou eu quem trabalha para eles.
Junto com a mitificação da posição, vem a das pessoas que ocupam o posto.
Diretores são percebidos, com certa inveja, como "seres superiores".
Fato é que, em sua maioria, são profissionalmente "superiores", pelo conhecimento e experiência adquiridos.
Do ponto de vista pessoal, o único traço comum aos que chegam e se mantém nessa posição, é uma capacidade superior à média de resistir à frustração.
Para ser diretor, a pessoa precisa gostar de problemas e ter uma acentuada vocação para ser parte da solução.
Como na política, contentar-se com a arte do possível, e aceitar o fato de que, por mais que se esforce, sempre estarão esperando mais do que se pode dar.
Não é tão ruim quanto parece.
Não é tão bom como se imagina.
É um trabalho, bem remunerado (na maioria das vezes) e extremamente demandante, que pode ser muito gratificante para quem tem o perfil adequado.
Quase todo mundo que trabalha em uma empresa quer, um dia, fazer parte da Diretoria.
As razões são diversas. Uns almejam o "puder". Outros imaginam que ser Diretor é trabalhar pouco, ganhar muito e encantar o sexo oposto. Há quem sonhe com a liberdade de horários inerente à posição.
São raros aqueles que vêem a verdadeira natureza da posição de Diretor: servir a todos.
Lembro-me do dia em que um consultor contratado pelos acionistas da empresa onde trabalhava me perguntou:
- Quantas pessoas trabalham para você ?
- Nenhuma ! - respondi prontamente, para espanto do consultor. Aliás, talvez possa considerar que a minha secretária trabalha, de alguma forma para mim. ´Quanto aos demais, sou eu quem trabalha para eles.
Junto com a mitificação da posição, vem a das pessoas que ocupam o posto.
Diretores são percebidos, com certa inveja, como "seres superiores".
Fato é que, em sua maioria, são profissionalmente "superiores", pelo conhecimento e experiência adquiridos.
Do ponto de vista pessoal, o único traço comum aos que chegam e se mantém nessa posição, é uma capacidade superior à média de resistir à frustração.
Para ser diretor, a pessoa precisa gostar de problemas e ter uma acentuada vocação para ser parte da solução.
Como na política, contentar-se com a arte do possível, e aceitar o fato de que, por mais que se esforce, sempre estarão esperando mais do que se pode dar.
Não é tão ruim quanto parece.
Não é tão bom como se imagina.
É um trabalho, bem remunerado (na maioria das vezes) e extremamente demandante, que pode ser muito gratificante para quem tem o perfil adequado.
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