"Cuando nací era aún más pequeño que ahora. Pero estaba completo: con mis cuatro miembros. ¡Los cinco!"
É assim que Roberto Bolaños, mais conhecido por aqui como Chaves, se apresenta em sua página do twitter.
O rapaz tem 82 anos de idade e seu apelido lá no México é "Chespirito", de Shakespeare, por seu talento como escritor de roteiros (contou-me a Luisa, uma amiga Mexicana).
Suas tuitadas tem algumas sacadas boas como "o riso é a expressão de triunfo do cérebro".
Particularmente, não sou grande fã do Twitter ... prefiro o Facebook e não dou conta de duas redes sociais e mais um blog ...
Mas o jeitinho "naive" no Bolaños vale a visita ...
segunda-feira, maio 30, 2011
domingo, maio 29, 2011
Melhores momentos
Você já trabalhou numa empresa onde imaginou ficar a vida toda ?
Foi assim que me senti nesses 16 anos de IBOPE. Na verdade, não só eu ... a rotatividade por lá é baixíssima. Fácil encontrar quem tenha mais de 10 anos de casa e os poucos que saem espontaneamente, acabam voltando. Mesmo eu, notoriamente irriquieto, acabei me distraindo e quando dei por mim já havia ultrapassado 3 lustros.
O que essa empresa tem de especial para cativar tanto quem passa por lá ? O "assunto" (pesquisa mercadológica e social) é interessante, claro. E monotonia não faz parte do dia a dia da companhia ...
Só isso já seria motivador. Mas o que o IBOPE realmente tem de diferente é a turma que trabalha por lá. Gente bacana que atrai gente bacana, construindo um ambiente de trabalho único, muito diferente do que se vê por aí. Não é por acaso que lá começam grandes amizades que duram a vida toda (vale lembrar que o IBOPE vai fazer 70 anos em 2012) e romances que terminam em casamento.
Mas a idéia desta postagem não é falar do IBOPE e nem da UNIT 34 (meu novo compromisso).
Quero compartilhar com vocês um aspecto particular do momento da minha saida, que me emocionou profundamente. Uma daquelas pequenas grandes coisas que fazem a vida valer a pena...
Boa parte das pessoas pensa que a principal responsabilidade de um CEO (ou presidente) de uma empresa é garantir bons resultados financeiros. Isso é realmente importante, até porque a empresa nasce do investimento dos acionistas, e precisa remunerar esse investimento bem melhor do que qualquer outra aplicação financeira de menor risco. Mas empresas não existem apenas para satisfazer acionistas. Clientes, fornecedores, funcionários e a sociedade em geral também precisam considerar que a empresa vale a pena, ou não contribuirão para sua permanência.
Nos últimos dias, a partir da comunicação da minha partida, venho recebendo os mais carinhosos comentários, beijos e abraços das pessoas com quem trabalhei. Dos companheiros, dos clientes, dos fornecedores, dos sócios ... que com o tempo extrapolaram essa classificação "comercial" e se transformaram em amigos, que embora tristes com a minha partida me desejaram, com sinceridade, sorte e sucesso.
Ouvi histórias deliciosas sobre momentos especiais que, por uma razão ou por outra, marcaram a vida dessas pessoas, e dos quais tive a honra de participar.
Já tive muitas emoções na vida, mas poucas tão gostosas quanto essa.
Essa generosidade, essa disposição para reconhecer e partilhar, é que faz o IBOPE ser tão especial. Uma equipe única, com clientes fantásticos, fornecedores geniais e sócios singulares, trabalhando com uma consciência social impar.
Gente ! Na acepção mais linda da palavra.
Decididamente, sou um cara de sorte. Estou aqui em casa agradecendo de joelhos enquanto leio os últimos comentários da minha postagem lá no facebook ...
Foi assim que me senti nesses 16 anos de IBOPE. Na verdade, não só eu ... a rotatividade por lá é baixíssima. Fácil encontrar quem tenha mais de 10 anos de casa e os poucos que saem espontaneamente, acabam voltando. Mesmo eu, notoriamente irriquieto, acabei me distraindo e quando dei por mim já havia ultrapassado 3 lustros.
O que essa empresa tem de especial para cativar tanto quem passa por lá ? O "assunto" (pesquisa mercadológica e social) é interessante, claro. E monotonia não faz parte do dia a dia da companhia ...
Só isso já seria motivador. Mas o que o IBOPE realmente tem de diferente é a turma que trabalha por lá. Gente bacana que atrai gente bacana, construindo um ambiente de trabalho único, muito diferente do que se vê por aí. Não é por acaso que lá começam grandes amizades que duram a vida toda (vale lembrar que o IBOPE vai fazer 70 anos em 2012) e romances que terminam em casamento.
Mas a idéia desta postagem não é falar do IBOPE e nem da UNIT 34 (meu novo compromisso).
Quero compartilhar com vocês um aspecto particular do momento da minha saida, que me emocionou profundamente. Uma daquelas pequenas grandes coisas que fazem a vida valer a pena...
Boa parte das pessoas pensa que a principal responsabilidade de um CEO (ou presidente) de uma empresa é garantir bons resultados financeiros. Isso é realmente importante, até porque a empresa nasce do investimento dos acionistas, e precisa remunerar esse investimento bem melhor do que qualquer outra aplicação financeira de menor risco. Mas empresas não existem apenas para satisfazer acionistas. Clientes, fornecedores, funcionários e a sociedade em geral também precisam considerar que a empresa vale a pena, ou não contribuirão para sua permanência.
Nos últimos dias, a partir da comunicação da minha partida, venho recebendo os mais carinhosos comentários, beijos e abraços das pessoas com quem trabalhei. Dos companheiros, dos clientes, dos fornecedores, dos sócios ... que com o tempo extrapolaram essa classificação "comercial" e se transformaram em amigos, que embora tristes com a minha partida me desejaram, com sinceridade, sorte e sucesso.
Ouvi histórias deliciosas sobre momentos especiais que, por uma razão ou por outra, marcaram a vida dessas pessoas, e dos quais tive a honra de participar.
Já tive muitas emoções na vida, mas poucas tão gostosas quanto essa.
Essa generosidade, essa disposição para reconhecer e partilhar, é que faz o IBOPE ser tão especial. Uma equipe única, com clientes fantásticos, fornecedores geniais e sócios singulares, trabalhando com uma consciência social impar.
Gente ! Na acepção mais linda da palavra.
Decididamente, sou um cara de sorte. Estou aqui em casa agradecendo de joelhos enquanto leio os últimos comentários da minha postagem lá no facebook ...
quinta-feira, maio 26, 2011
Vitrines
Não sou um comprador compulsivo, mas adoro vitrines.
Falta-me o impulso colecionador. Ter coisas dá trabalho. Prefiro admirá-las.
Mas esse é o paradoxo das vitrines.... se todos apenas admirassem, não haveria vitrines. Alguém tem que pagar a conta.
Esse raciocínio vale para a mecânica do mundo capitalista, que se viabiliza através do consumo massivo de bens. Se todos se limitassem a consumir apenas o que é estritamente necessário, teríamos à nossa disposição apenas o estritamente necessário. E, convenhamos, isso é chato.
Nada de vitrines lindas e sedutoras, cheias de opções e de idéias inspiradoras...
A foto que ilustra essa postagem é da Zona Vermelha, em Amsterdam, onde prostitutas se exibem na vitrine de seus cubículos. Quando um cliente entra, fecham a cortina. Não fui eu quem tirou a foto (copiei de um blog europeu e perdi a referência, sorry). Na única vez que tentei tirar uma foto a garota abriu a porta e atirou uma lata de coca-cola light na minha cabeça ... e você sabe quanto custa uma lata de coca em Amsterdam ??? Um absurdo !
A escolha da foto foi pura marotice ...
Falta-me o impulso colecionador. Ter coisas dá trabalho. Prefiro admirá-las.
Mas esse é o paradoxo das vitrines.... se todos apenas admirassem, não haveria vitrines. Alguém tem que pagar a conta.
Esse raciocínio vale para a mecânica do mundo capitalista, que se viabiliza através do consumo massivo de bens. Se todos se limitassem a consumir apenas o que é estritamente necessário, teríamos à nossa disposição apenas o estritamente necessário. E, convenhamos, isso é chato.
Nada de vitrines lindas e sedutoras, cheias de opções e de idéias inspiradoras...
A foto que ilustra essa postagem é da Zona Vermelha, em Amsterdam, onde prostitutas se exibem na vitrine de seus cubículos. Quando um cliente entra, fecham a cortina. Não fui eu quem tirou a foto (copiei de um blog europeu e perdi a referência, sorry). Na única vez que tentei tirar uma foto a garota abriu a porta e atirou uma lata de coca-cola light na minha cabeça ... e você sabe quanto custa uma lata de coca em Amsterdam ??? Um absurdo !
A escolha da foto foi pura marotice ...
Sapateando ...
O espetáculo Lord of the Dance está em São Paulo. Eu, que ando mais desligado que os Mutantes, só fiquei sabendo hoje. Mas tentarei assistir. Adoro a música folclórica irlandesa, sapateado e ballet moderno.
Tanto é que noutro dia "paguei um mico" enorme ...
Estava participando de uma conversa animada com um grupo de casais europeus e respondendo institivamente a duas batidas de palma fortes de um dos amigos (não me lembro porque) ensaiei uns passos de sapateado flamenco. Imediatamente, uma espanhola do grupo levantou-se e começou a sapatear (de verdade) para interagir comigo.
Não levou nem 5 segundos para descobrir que entendo tanto de dança flamenca quanto de touradas.
Mais um episódio para minha lista de vexames !
Tanto é que noutro dia "paguei um mico" enorme ...
Estava participando de uma conversa animada com um grupo de casais europeus e respondendo institivamente a duas batidas de palma fortes de um dos amigos (não me lembro porque) ensaiei uns passos de sapateado flamenco. Imediatamente, uma espanhola do grupo levantou-se e começou a sapatear (de verdade) para interagir comigo.
Não levou nem 5 segundos para descobrir que entendo tanto de dança flamenca quanto de touradas.
Mais um episódio para minha lista de vexames !
terça-feira, maio 24, 2011
Vulcano (Hefesto)
Uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas sempre que vejo um vulcão me lembro do deus romanoVulcano (correspondente a Hefesto na mitologia grega).
Desde bebê Vulcano era feio de doer, a ponto de haver sido atirado de um penhasco pelo pai, Jupiter (ou no mar pela mãe, Juno).
Acaba se casando com Vênus, a deusa da beleza, linda e absolutamente infiel, o que talvez explique suas explosões ...
(foto do UOL)
segunda-feira, maio 23, 2011
Coming Soon
A vida é uma sucessão de "teasers" ...
A gente sempre espera que o próximo ato seja mais animado, pirotécnico, apaixonante, com muitos efeitos especiais e, se possível, 3D (sem precisar de óculos).
É como nos cinemas: você nem começou a assistir o filme do dia e já te seduzem para os próximos ...
Talvez fizesse mais sentido apresentar os trailers no final do filme, mas quem garante que você iria ficar na sala para assistir ?
De qualquer forma, se o filme do dia é bom, você logo se esquece das promessas para o futuro e vive o presente.
A vida precisa ser um presente bom ...
A gente sempre espera que o próximo ato seja mais animado, pirotécnico, apaixonante, com muitos efeitos especiais e, se possível, 3D (sem precisar de óculos).
É como nos cinemas: você nem começou a assistir o filme do dia e já te seduzem para os próximos ...
Talvez fizesse mais sentido apresentar os trailers no final do filme, mas quem garante que você iria ficar na sala para assistir ?
De qualquer forma, se o filme do dia é bom, você logo se esquece das promessas para o futuro e vive o presente.
A vida precisa ser um presente bom ...
sábado, maio 21, 2011
New York, Nova Iorque
A convite das irmãs Walverde fui assistir ontem o musical New York, New York, uma produção brasileira idealizada pelo maestro Fabio Gomes de Oliveira (ver matéria no site da Êpoca).
Não sou fã de musicais em geral, e menos ainda das versões brasileiras para os musicais da Brodway, que insistem em traduzir a letra das músicas. Embora já tenha me encantado com versões como as de A Bela e a Fera e Les Miserable, não se comparam as primeiras versões das peças do Chico Buarque (Calabar, Ópera do Malandro) da década de 80, produções mais modestas porém deliciosamente brasileiras.
Na montagem NY, NY estrelada por Alessandra Maestrini e Juan Alba as músicas foram mantidas no original em inglês e com legenda (creio que Les Miserable havia usado esse recurso), o que é muito bom, e seria perfeito se todos os cantores tivessem maior intimidade com a lingua, como Maestrini tem.
Alias, quase vale a pena assistir a peça só pelo desempenho da Alessandra. Boa atriz e cantora excepcional, acompanhada de uma pequena orquestra impecável.
A montagem alterna momentos brilhantes com cenas amadoras.
Se você for assistir com o espírito de "pô, pessoal ... dá um desconto, foi a gente que fez" dá para encarar, embora duas horas e meia seja muito tempo para um espírito benevolente.
O grande problema é o roteiro fraco, que alguém tentou consertar inserindo momentos coreográficos muito criativos (que isoladamente são realmente muito bons, mas que ficam perdidos no contexto) e piadas fracas que terminam quebrando o ritmo do musical (bem... a "tirada" de chamar 3 cantoras negras de Sandra, Rosa e Madalena foi boa, mas cabia no contexto).
O primeiro ato, que deveria ter a obrigação de cativar a platéia, é ruim. A história é confusa, Juan desafina tanto quanto eu quando canto num Karaokê e a coreografia é repleta de chavões (será que se usa esse termo) como um tributo aos velhos musicais da Brodway.
Se a peça começasse no segundo ato seria outra história. Do intervalo para frente ela quase conseguiu resgatar minha boa vontade. A história fica melhor, o Juan já não desafina (embora não me pareça a altura de contracenar com a Alessandra) e a coreografia ganha originalidade, embora o fantasma da descontinuidade ainda ronde.
De um modo geral, os atores, quando não estão cantando em inglês, são muito bons. Alguns excepcionais. Dificil julgar a direção em função da pobreza do roteiro e de algumas coreografias do primeiro ato.
Fica claro que toda a equipe está motivada e se esforçando para dar o melhor de sí, e a platéia reconhece isso, embora os maiores aplausos sejam, justamente, para as performances individuais e descontextualizadas (exceto no caso da Alessandra que nos conquista a cada performance, principalmente no segundo ato).
Para quem realmente gosta de musicais, acho que vale a pena assistir, até para incentivar a produção brasileira.
Para quem, como eu, tem critérios heterodoxos para escolher onde investir seu tempo de lazer e não morre de amores por musicais, não recomendo. Ou, se for acompanhar amigos, sugiro que se atrase e entre no segundo ato.
Não sou fã de musicais em geral, e menos ainda das versões brasileiras para os musicais da Brodway, que insistem em traduzir a letra das músicas. Embora já tenha me encantado com versões como as de A Bela e a Fera e Les Miserable, não se comparam as primeiras versões das peças do Chico Buarque (Calabar, Ópera do Malandro) da década de 80, produções mais modestas porém deliciosamente brasileiras.
Na montagem NY, NY estrelada por Alessandra Maestrini e Juan Alba as músicas foram mantidas no original em inglês e com legenda (creio que Les Miserable havia usado esse recurso), o que é muito bom, e seria perfeito se todos os cantores tivessem maior intimidade com a lingua, como Maestrini tem.
Alias, quase vale a pena assistir a peça só pelo desempenho da Alessandra. Boa atriz e cantora excepcional, acompanhada de uma pequena orquestra impecável.
A montagem alterna momentos brilhantes com cenas amadoras.
Se você for assistir com o espírito de "pô, pessoal ... dá um desconto, foi a gente que fez" dá para encarar, embora duas horas e meia seja muito tempo para um espírito benevolente.
O grande problema é o roteiro fraco, que alguém tentou consertar inserindo momentos coreográficos muito criativos (que isoladamente são realmente muito bons, mas que ficam perdidos no contexto) e piadas fracas que terminam quebrando o ritmo do musical (bem... a "tirada" de chamar 3 cantoras negras de Sandra, Rosa e Madalena foi boa, mas cabia no contexto).
O primeiro ato, que deveria ter a obrigação de cativar a platéia, é ruim. A história é confusa, Juan desafina tanto quanto eu quando canto num Karaokê e a coreografia é repleta de chavões (será que se usa esse termo) como um tributo aos velhos musicais da Brodway.
Se a peça começasse no segundo ato seria outra história. Do intervalo para frente ela quase conseguiu resgatar minha boa vontade. A história fica melhor, o Juan já não desafina (embora não me pareça a altura de contracenar com a Alessandra) e a coreografia ganha originalidade, embora o fantasma da descontinuidade ainda ronde.
De um modo geral, os atores, quando não estão cantando em inglês, são muito bons. Alguns excepcionais. Dificil julgar a direção em função da pobreza do roteiro e de algumas coreografias do primeiro ato.
Fica claro que toda a equipe está motivada e se esforçando para dar o melhor de sí, e a platéia reconhece isso, embora os maiores aplausos sejam, justamente, para as performances individuais e descontextualizadas (exceto no caso da Alessandra que nos conquista a cada performance, principalmente no segundo ato).
Para quem realmente gosta de musicais, acho que vale a pena assistir, até para incentivar a produção brasileira.
Para quem, como eu, tem critérios heterodoxos para escolher onde investir seu tempo de lazer e não morre de amores por musicais, não recomendo. Ou, se for acompanhar amigos, sugiro que se atrase e entre no segundo ato.
quinta-feira, maio 19, 2011
quarta-feira, maio 18, 2011
Cruzeiro espacial de oportunidade
Os planetas Marte, Mercúrio, Júpiter e Venus estão alinhados com a Terra nesse mês de maio.
Isso deve significar alguma coisa. No mínimo, que algumas coisas estão se alinhando ...
A efeméride ocorreu, pela última vez, em 1910 e só voltará a acontecer em 2040, segundo fontes extra-espaciais.
Quando ainda era gurí imaginava que no ano 2000 seria possível dar uma voltinhas pelo espaço.
Tivesse acontecido, essa seria uma excelente oportunidade para um cruzeiro sideral "port-intensive".
Como nem a American Airlines oferece esse roteiro, só nos resta ficar observando e esperar por 2040.
Isso deve significar alguma coisa. No mínimo, que algumas coisas estão se alinhando ...
A efeméride ocorreu, pela última vez, em 1910 e só voltará a acontecer em 2040, segundo fontes extra-espaciais.
Quando ainda era gurí imaginava que no ano 2000 seria possível dar uma voltinhas pelo espaço.
Tivesse acontecido, essa seria uma excelente oportunidade para um cruzeiro sideral "port-intensive".
Como nem a American Airlines oferece esse roteiro, só nos resta ficar observando e esperar por 2040.
terça-feira, maio 17, 2011
O "ó" do "borogodó"
Fui assaltado pela subita curiosidade de saber o que era um Borogodó, cujo "ó" é tão famoso.
Para minha surpresa, não existem fotos confiáveis do Borogodó na base do Google e as definições para esse conceito são obscuras e conflitantes.
A tarefa se assemelha a procurar pelo em ovo (e para isso sim, encontrei uma ilustração).
Houaiss é sempre a fonte autorizada para esse tipo de coisa... de lá tirei a seguinte descrição:
Me supreende que nem o Hauaiss e tampouco a esmagadora maioria das definições que encontrei (mesmo no universo Wiki) captura o real sentido da expressão.
A questão não é o que significa "borogodó". Seja lá o que for o tal borogodó, o "ó" é seu aspecto essencial, destacado pela agudez do acento.
Indpendentemente da conotação positiva ou negativa, dada em cada região, o "ó do borogodó" é o detalhe gritante da estravagância.
Nâo sou uma autoridade em linguística, mas faço questão de registrar a correção desse lapso definitório.
Para quem já me achava metido, essa postagem foi o ó do borogodó ....
Para minha surpresa, não existem fotos confiáveis do Borogodó na base do Google e as definições para esse conceito são obscuras e conflitantes.
A tarefa se assemelha a procurar pelo em ovo (e para isso sim, encontrei uma ilustração).
Houaiss é sempre a fonte autorizada para esse tipo de coisa... de lá tirei a seguinte descrição:
Borogodó - Uso informal: atrativo pessoal irresistível.
Na prática, a palavra não existe senão informalmente, e tem sentidos bastantes distintos em cada região do Brasil, as vezes positivo e as vezes negativo.Me supreende que nem o Hauaiss e tampouco a esmagadora maioria das definições que encontrei (mesmo no universo Wiki) captura o real sentido da expressão.
A questão não é o que significa "borogodó". Seja lá o que for o tal borogodó, o "ó" é seu aspecto essencial, destacado pela agudez do acento.
Indpendentemente da conotação positiva ou negativa, dada em cada região, o "ó do borogodó" é o detalhe gritante da estravagância.
Nâo sou uma autoridade em linguística, mas faço questão de registrar a correção desse lapso definitório.
Para quem já me achava metido, essa postagem foi o ó do borogodó ....
segunda-feira, maio 16, 2011
"Ser rico é bom demais ..."
Nanda Assis, animada e assídua frequentadora do Arguta há tempos e dona de um senso de humor ferino, comentou minha última postagem sobre as férias no mediterrâneo":
- Que máscara, hein ? Vida de rico é bom demais ..."
Riqueza é um conceito certamente relativo.
Em Mônaco, por onde acabo de passar, o preço do metro quadrado é de aproximadamente 50 mil euros (aproximadamente 125 mil reais), 12 vezes mais caro do que nas áreas mais valorizadas de São Paulo. Barcos de 4 ou 5 milhões de euros são considerados pequenos por lá.
E por falar em barco, meus companheiros de cruzeiro, em sua maioria, também não podiam reclamar da vida. Um deles perdeu 4 mil euros na roleta do cassino da embarcação, no único dia sem sol que tivemos, com singular tranquilidade. Segundo ele, valeu pela diversão.
Vale ressaltar que a viagem em si custa menos do que isso: aproximadamente 3 mil reais por pessoa por 8 dias de viagem pelo mediterrâneo, incluindo comida, bebidas não alcoólicas (o vinho durante refeições era cortezia) e baladas todas as noites, além da mordomia de um bom quarto de "hotel flutuante" que vai junto com você da país em país, dispensando o trabalho de empacotar e desempacotar as coisas e os custos de deslocamento. Se você, como eu, aproveitar os pontos acumulados do seu cartão de crédito para converter em uma passagem aérea em classe executiva para o local do cruzeiro, o custo da viagem fica equivalente a alguns pacotes para um resort no nordeste do Brasil. O truque é planejar tudo com bastante antecedência.
Claro que segue sendo um passeio de gente rica, principalmente considerando os padrões brasileiros, mas é um sonho de consumo conquistável por boa parte da classe média trabalhadora.
O ponto em comum da divertidíssima turma que encontrei na viagem não era o fato de serem economicamente muito bem favorecidos. A "fauna" era bem diversificada, partindo de um "bartender" americano que abandonou a profissão para, aproveitando-se da facilidade de crédito e da falta de mão de obra especializada nos EUA, comprar, reformar (pessoalmente) e revender pequenas casas (conseguindo juntar dinheiro para levar sua mulher, garçonete, no cruzeiro), até alguns ricos industriais com suas amantes tailandesas, passando por um especialista em protótipos alemão (casado com uma dançarina de boate - brasileira), um encantador casal de assessores da ONU (lituanos), una divertida pareja argentina que ganha a vida administrando um motel, alguns mexicanos para lá de espirituosos (assessores financeiros para negócios na América Latina), espanhois cultos e carinhosos (esses eu não sei o que faziam, mas aparentemente tinham empregos "comuns"), etc., etc..
O elo de ligação entre todos era a relaxada intenção de se divertir, interagindo com pessoas e lugares diferentes, sem maiores preconceitos de classe ou idade. Esse era o uso que estavam fazendo do seu dinheiro e o que representava sua verdadeira riqueza.
Eu me diverti muiiiiito. E pretende repetir no ano que vem.
Esse é o tipo de riqueza que vale a pena acumular ao longo da vida ....
Tô de volta !
Beijos
- Que máscara, hein ? Vida de rico é bom demais ..."
Riqueza é um conceito certamente relativo.
Em Mônaco, por onde acabo de passar, o preço do metro quadrado é de aproximadamente 50 mil euros (aproximadamente 125 mil reais), 12 vezes mais caro do que nas áreas mais valorizadas de São Paulo. Barcos de 4 ou 5 milhões de euros são considerados pequenos por lá.
E por falar em barco, meus companheiros de cruzeiro, em sua maioria, também não podiam reclamar da vida. Um deles perdeu 4 mil euros na roleta do cassino da embarcação, no único dia sem sol que tivemos, com singular tranquilidade. Segundo ele, valeu pela diversão.
Vale ressaltar que a viagem em si custa menos do que isso: aproximadamente 3 mil reais por pessoa por 8 dias de viagem pelo mediterrâneo, incluindo comida, bebidas não alcoólicas (o vinho durante refeições era cortezia) e baladas todas as noites, além da mordomia de um bom quarto de "hotel flutuante" que vai junto com você da país em país, dispensando o trabalho de empacotar e desempacotar as coisas e os custos de deslocamento. Se você, como eu, aproveitar os pontos acumulados do seu cartão de crédito para converter em uma passagem aérea em classe executiva para o local do cruzeiro, o custo da viagem fica equivalente a alguns pacotes para um resort no nordeste do Brasil. O truque é planejar tudo com bastante antecedência.
Claro que segue sendo um passeio de gente rica, principalmente considerando os padrões brasileiros, mas é um sonho de consumo conquistável por boa parte da classe média trabalhadora.
O ponto em comum da divertidíssima turma que encontrei na viagem não era o fato de serem economicamente muito bem favorecidos. A "fauna" era bem diversificada, partindo de um "bartender" americano que abandonou a profissão para, aproveitando-se da facilidade de crédito e da falta de mão de obra especializada nos EUA, comprar, reformar (pessoalmente) e revender pequenas casas (conseguindo juntar dinheiro para levar sua mulher, garçonete, no cruzeiro), até alguns ricos industriais com suas amantes tailandesas, passando por um especialista em protótipos alemão (casado com uma dançarina de boate - brasileira), um encantador casal de assessores da ONU (lituanos), una divertida pareja argentina que ganha a vida administrando um motel, alguns mexicanos para lá de espirituosos (assessores financeiros para negócios na América Latina), espanhois cultos e carinhosos (esses eu não sei o que faziam, mas aparentemente tinham empregos "comuns"), etc., etc..
O elo de ligação entre todos era a relaxada intenção de se divertir, interagindo com pessoas e lugares diferentes, sem maiores preconceitos de classe ou idade. Esse era o uso que estavam fazendo do seu dinheiro e o que representava sua verdadeira riqueza.
Eu me diverti muiiiiito. E pretende repetir no ano que vem.
Esse é o tipo de riqueza que vale a pena acumular ao longo da vida ....
Tô de volta !
Beijos
sábado, maio 14, 2011
Quase de volta ...
Queridos amigos e frequentadores do Arguta Café,
Dividir pensamentos aqui com vocês é uma das coisas que mais gosto de fazer.
Entretanto, tive que abrir uma breve excessão, para dar uma voltinha pelo Mediterrâneo ...
Lamentavelmente, o acesso à internet no barco era muito limitado e, confesso, andei ocupado descansando ...
Na semana que vem volto mais do que inspirado.
Beijos.
Dividir pensamentos aqui com vocês é uma das coisas que mais gosto de fazer.
Entretanto, tive que abrir uma breve excessão, para dar uma voltinha pelo Mediterrâneo ...
Lamentavelmente, o acesso à internet no barco era muito limitado e, confesso, andei ocupado descansando ...
Na semana que vem volto mais do que inspirado.
Beijos.
sábado, maio 07, 2011
Quem não é visto não é lembrado
Por falta de coisa melhor para fazer fui visitar umas tumbas etruscas em Tarquinia, no Lazio (Italia).
Lembrei da história de uma senhora que fazia os caminhos mais esdruxulos para evitar passar perto de cemitérios e explicava:
- Quem não é visto, não é lembrado !
Não consegui descobrir se a tal senhora era publicitária ...
Pessoalmente, prefiro os cemitérios protestantes, normalmente muito agradáveis e silenciosos.
Mas é sempre interessante visitar as ruínas de civilizações de quase 3.000 anos e verificar que, à exceção dos eletrodomésticos, não criamos quase nada de lá para cá. Roupas, adereços, estilos de vida, praticamente tudo tem seu equivalente "moderno" e bem pouco distante do que conhecemos.
Numa vitrine do museu estrusco de Tarquinia, uma prancha com bijuterias de 500 anos antes de Cristo poderia estar na vitrine de qualquer joalheria da Oscar Freire (SP) sem fazer feio. Aliás, desenhos muito parecidos com as coleções temáticas da Vivara.
Já as tumbas em si inspiram pela decoração, sempre motivadas pela representação do falecido em suas atividades preferidas e enaltecendo sua importância social.
Mais divertido, entretanto, foi visitar a velha Pompéia (coisa que fiz há muitos anos). Como a cidade foi soterrada pelas cinzas do Vesúvio de maneira abrupta, suas ruinas estão em excelente estado de conservação, e não é necessário muita imaginação para perceber como era sofisticada a vida por lá.
Quando comparo as civilizações antigas com a nossa, tenho a impressão de que a única diferença marcante é a aceleração. Tudo hoje é mais rápido, particularmente o transporte e as comunicações.
O resto me parece muito parecido.
Lembrei da história de uma senhora que fazia os caminhos mais esdruxulos para evitar passar perto de cemitérios e explicava:
- Quem não é visto, não é lembrado !
Não consegui descobrir se a tal senhora era publicitária ...
Pessoalmente, prefiro os cemitérios protestantes, normalmente muito agradáveis e silenciosos.
Mas é sempre interessante visitar as ruínas de civilizações de quase 3.000 anos e verificar que, à exceção dos eletrodomésticos, não criamos quase nada de lá para cá. Roupas, adereços, estilos de vida, praticamente tudo tem seu equivalente "moderno" e bem pouco distante do que conhecemos.
Numa vitrine do museu estrusco de Tarquinia, uma prancha com bijuterias de 500 anos antes de Cristo poderia estar na vitrine de qualquer joalheria da Oscar Freire (SP) sem fazer feio. Aliás, desenhos muito parecidos com as coleções temáticas da Vivara.
Já as tumbas em si inspiram pela decoração, sempre motivadas pela representação do falecido em suas atividades preferidas e enaltecendo sua importância social.
Mais divertido, entretanto, foi visitar a velha Pompéia (coisa que fiz há muitos anos). Como a cidade foi soterrada pelas cinzas do Vesúvio de maneira abrupta, suas ruinas estão em excelente estado de conservação, e não é necessário muita imaginação para perceber como era sofisticada a vida por lá.
Quando comparo as civilizações antigas com a nossa, tenho a impressão de que a única diferença marcante é a aceleração. Tudo hoje é mais rápido, particularmente o transporte e as comunicações.
O resto me parece muito parecido.
quinta-feira, maio 05, 2011
Sem problemas com os vizinhos
A foto é do site do UOL ...
Monowi, em Nebraska, é uma cidade norte-americana com apenas uma moradora.
Por aqui isso seria impossível já que o número mínimo de vereadores por cidade é nove. Como são permitidos até 6 assessores por gabinete e precisaríamos, no mínimo, de um prefeito, já chegamos em 55 habitantes, sem contar o padre e a mulher do café.
Se completarmos, na mesma base mínima, os quadros do executivo e do judiciário, incluindo uma delegacia, um posto de saúde e uma pequena escola municipal, já chegamos perto de 200 pessoas.
Claro que todas essas pessoas tem famílias e apesar de todos os esforços no sentido de dar alguma ocupação pública para os aparentados, de modo a evitar o desemprego na cidade, sempre sobram alguem para cuidar da casa, o que elevaria nossa população para umas 300 pessoas.
Considerando os serviços básicos e algum comércio para atender, minimamente, aos dedicados funcionários públicos, poderíamos chegar a umas 500 pessoas como estimativa do menor tamanho possível para uma cidade brasileira.
Na prática, Borá (SP) é hoje nossa menor cidade, com 805 habitantes o que comprova, em ordem de grandeza, minha tese.
E falando em estatísticas um aviso para as meninas: Balbinos (SP) é, pelo Censo de 2010, o município com maior proporção de homens - 82% !
Monowi, em Nebraska, é uma cidade norte-americana com apenas uma moradora.
Por aqui isso seria impossível já que o número mínimo de vereadores por cidade é nove. Como são permitidos até 6 assessores por gabinete e precisaríamos, no mínimo, de um prefeito, já chegamos em 55 habitantes, sem contar o padre e a mulher do café.
Se completarmos, na mesma base mínima, os quadros do executivo e do judiciário, incluindo uma delegacia, um posto de saúde e uma pequena escola municipal, já chegamos perto de 200 pessoas.
Claro que todas essas pessoas tem famílias e apesar de todos os esforços no sentido de dar alguma ocupação pública para os aparentados, de modo a evitar o desemprego na cidade, sempre sobram alguem para cuidar da casa, o que elevaria nossa população para umas 300 pessoas.
Considerando os serviços básicos e algum comércio para atender, minimamente, aos dedicados funcionários públicos, poderíamos chegar a umas 500 pessoas como estimativa do menor tamanho possível para uma cidade brasileira.
Na prática, Borá (SP) é hoje nossa menor cidade, com 805 habitantes o que comprova, em ordem de grandeza, minha tese.
E falando em estatísticas um aviso para as meninas: Balbinos (SP) é, pelo Censo de 2010, o município com maior proporção de homens - 82% !
quarta-feira, maio 04, 2011
América Erótica
Chego à conclusão que a repressão sexual no ambiente de trabalho anda fazendo mal aos norte-americanos.
O UOL publicou algumas fotos dos diversos materiais promocionais que estão sendo vendidos por lá para "comemorar" a morte de Bin Laden (o que, aliás, me parece uma provocação desnecessária e de mal gosto).
Entre eles, destaca-se a calcinha ao lado.
Fiquei em dúvida: é um dispositivo erótico ou anti-concepcional ?
O UOL publicou algumas fotos dos diversos materiais promocionais que estão sendo vendidos por lá para "comemorar" a morte de Bin Laden (o que, aliás, me parece uma provocação desnecessária e de mal gosto).
Entre eles, destaca-se a calcinha ao lado.
Fiquei em dúvida: é um dispositivo erótico ou anti-concepcional ?
terça-feira, maio 03, 2011
segunda-feira, maio 02, 2011
Traquitana
Segundo o Budismo, o Nirvana seria é a superação do apego aos sentidos. um estado de calma, paz, pureza de pensamentos, libertação e elevação espiritual.
Olhando assim, parece o paraíso: bacana para visitar, entediante para morar.
Deve ser porque "ainda" sou apegado aos sentidos. Gosto de sentir. E também me divirto com pensamentos "impuros", tenho que confessar.
Ok ... estou longe de ser um Budha, apesar da barriguinha que insiste em crescer e dos cabelos que já foram mais abundantes.
Mas embora valorize, e muito, meus momentos de paz de espírito, sigo vendo benefícios no caos.
Da paz de espírito extraio a energia para criar a partir do caos. Preciso dos dois.
Creio que vou criar minha própria filosofia, onde o estado de espírito mais elevado seja o Traquitana, quando o sujeito encontra a paz enquanto faz suas traquinagens (meio velha essa palavra, mas dado o tardio da hora, dá para o gasto).
Olhando assim, parece o paraíso: bacana para visitar, entediante para morar.
Deve ser porque "ainda" sou apegado aos sentidos. Gosto de sentir. E também me divirto com pensamentos "impuros", tenho que confessar.
Ok ... estou longe de ser um Budha, apesar da barriguinha que insiste em crescer e dos cabelos que já foram mais abundantes.
Mas embora valorize, e muito, meus momentos de paz de espírito, sigo vendo benefícios no caos.
Da paz de espírito extraio a energia para criar a partir do caos. Preciso dos dois.
Creio que vou criar minha própria filosofia, onde o estado de espírito mais elevado seja o Traquitana, quando o sujeito encontra a paz enquanto faz suas traquinagens (meio velha essa palavra, mas dado o tardio da hora, dá para o gasto).
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