A bandeira do arco-íris é um dos símbolos do movimento GLS (ou GLBTS, a partir da inclusão dos bissexuais e transgêneros na sigla).
A versão criada por Gilbert Baker em 1978 para a parada gay de São Francisco tinha duas cores a mais (rosa e turquesa) que foram abandonadas posteriormente por razões estéticas.
Cada cor da bandeira tem um significado simbólico (sujeito a interpretações diversas):
Vermelho: vida epaixão
Laranja: poder e cura
Amarelo: sol e luz
Verde: natureza e serenidade
Azul: arte e harmonia
Roxo/Violeta: espírito
Há, entretanto, um aspecto curioso com relação às cores que raramente é mencionado: elas explicitam nossa vocação para o preconceito e a discriminação.
Existem alguns casos de excessiva associação simbólica como o rosa para meninas e o azul claro para os meninos, o branco para a paz e a pureza, o preto para a morte, o verde para natureza e coisas assim.
Mas nenhuma cor é universalmente feia ou negativamente discriminada.
Cores tem características próprias (associadas à sua frenquência) que nos levam a qualifica-las de "frias", "quentes", "excitantes", "opressivas", "calmantes", "alegres", "tristes", e também despertam sensações em função do contexto em que são utilizadas ou apresentadas.
Esse fenômeno é genericamente chamado de "psicodinâmica das cores".
Dai derivam idéias como a cromoterapia (tratamento através cores), avaliação da personalidade a partir da preferência por cores, seu uso energético na decoração (feng shui) ou subliminar na publicidade.
No ocidente, o vermelho já foi a cor da realeza, da paixão, da depravação, da raiva e, mais recentemente, da prosperidade (resgate da cultura milenar oriental).
Como não há nenhuma restrição social à discriminação das cores, exercitamo-la com singular liberdade.
Discriminar, julgar, rotular, pré-conceber são comportamentos inerentes ao ser humano.
Observar nosso comportamento com relação às cores, por sua neutralidade, nos dá a oportunidade de ter maior consciência disso.