domingo, dezembro 10, 2006
O respeito aos mais velhos
Quando minha mãe era criança minha avó lhe dizia, na hora do jantar, que o bife maior deveria ser deixado para meu avô, porque ele trabalhava para sustentar a família.
Nos dias de hoje, deixaríamos o bife maior para nossos filhos, que estão em fase de crescimento.
Mesmo sem pensar, estamos passando valores aos filhos em momentos como esse.
Traçando um paralelo, quando as empresas passam a valorizar o "sangue novo" e as "idéias arejadas" dos novos profissionais, em contraposição à "experiência" dos mais velhos, também esta´contribuindo para construção de um sistema de valores diferentes.
O resultado é que, grande parte das empresas aposenta compulsoriamente seus executivos de maneira automática, em muitos casos bem antes do que necessário, perdendo a oportunidade de conciliar de forma sinérgica a energia e a sabedoria.
Pessoalmente, conheço alguns profissionais "seniors" que poderiam dormir sobre suas escrivaninhas o dia inteiro e serem acordados para responder uma pergunta por ano, e ainda assim valeriam seu salário.
Empresas que sabem identificar e manter esses talentos maduros garantem um diferencial competitivo significativo em relação a seus concorrentes.
Respeitar os mais velhos não é apenas uma questão ética, moral ou de justiça. É um sinal de inteligência (e, no caso das empresas, inteligência competitiva).
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4 comentários:
A verdade é que a vida empresarial é sempre um ciclo... Há muito tempo que não existe criatividade, não existe inovação!!
Centralizar e descentralizar gestão, ser proprietário de todos os serviços ou terceirizar, valorizar o generalista ou valorizar o especialista, liderança sempre ou liderança situacional, valorização do jovem ou valorização da experiência...
O fato é que as empresas ainda não aprenderam a conviver com o ambiente ambíguo... A conviver com a diversidade... A buscar o melhor de cada um e em cada situação..Hoje temos que ser bons em tudo!!
Assim como criar filhos, gerir empresas também não requer receita!! Cada cultura necessita de sua própria identidade, de seus próprios valores, de seu próprio ritmo...
Não devemos valorizar os mais velhos ou os mais novos, apenas o "expertise" em ser detentor de conhecimento e o "expertise" em ser inovador....E, finalmente, ter a consciência que em uma só pessoa será impossível atender as duas competências!!
Acho que a resposta não está mesmo no ¨novo ou velho¨, ¨experiente ou inovador¨, mas sim, em uma palavra que perdeu seu sentido: respeito! Me parece que só respeitando se pode ouvir e, só ouvindo se pode aproveitar o que se nos oferece...
O velhinho agradece, hehehehehe
Respeito é bom e eu gosto, já disse um velho deitado ...
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