Conclusões "al dente"

Uma provável pedra na farinha do macarrão quebrou a ponta do molar. 
No momento, protejo a língua já arranhada e dolorida com um chiclete.
Talvez por isso, a matéria do UOL sobre especialistas que "descobriram" que a modelo da Monalisa era, na verdade, um homem, me irritou tanto.
Não sou especialista em arte e tenho uma reprodução da Monalisa numa "instalação" doméstica auto-realizada.
Para mim é óbvio ululante que o modelo para pintura foi o próprio Leonardo, o que também explica o sorriso safado.  E digo mais ... já ví por aí outras obras de Da Vinci, reproduzindo rostos femininos, com a mesma referéncia estética.
Mas, no final das contas, que diferença isso faz ?
Em casa, a eterna Mona está circundada pela efemeridade da arte publicitária.  O contraste é a mensagem direta, mas dá para passar um tempo se distraindo com outras associações de imagem menos evidentes, conscientes e inconscientes (como cabe a qualquer processo criativo).
Entre elas, um anúncio antigo de Marijuana, escondido atrás da reprodução da Leonarda, como explicação possível para seu sorriso.  Piadinha de publicitário.
Uma foto do robo de Perdidos no Espaço, acompanhado da sua namorada cibernética, um anúncio do cigarro Continental onde o pai brinca com o filho com um cigarro aceso na boca, uma anja nua sentada na mesa de um bar bebendo whisky na garrafa (contrapondo-se com a marotamente ingênua Sininho no extremo oposto da parede) ... material suficiente para divertir um psicanalista por um par de anos ...
Dá até para esquecer do dente ...