A versão digital da Wired (de onde também tirei a foto) anuncia: o pessoal da Apple perdeu mais um protótipo do iPhone num boteco em São Francisco.
Já haviam perdido uma versão do iPhone4 em abril do ano passado.
É no mínimo interessante observar que enquanto todo mundo se preocupa com espionagem industrial, a empresa tida como uma das mais inovadoras do mundo trata seus "segredos" com tamanha displicência.
Dá a impressão de que a criatividade é tanta que uma inovaçãozinha a mais ou a menos não faz diferença.
Mas, também levanta outra questão... Se tratam assim seus próprios segredos, como é que vão tratar as informações que deixamos em seu poder nas "nuvens" ou nos cadastros virtuais ?
quarta-feira, agosto 31, 2011
Amor e amizade
Uma interessante matéria no UOL sobre mulheres que ficam amigas de seus ex-namorados, ilustrada por Cameron Diaz ...
"Especialistas afirmam que é possível transformar amor em amizade, mesmo que isso pareça pouco provável." - diz a matéria.
O assunto é tão complicado que precisa de especialistas !
E para tumultuar, ainda se tem que lidar com os ciúmes dos novos pares, que não costumam aceitar bem a intimidade dos ex parceiros.
Eu tenho a impressão de que um relacionamento amoroso deveria terminar, no mínimo, em amizade. Se isso não acontece é porque não terminou, ou não havia amor. Mas é uma suposição conceitual. Não tenho experiência no assunto.
O que vejo por aí é que dificilmente uma relação acaba bem quando a decisão é do homem ou provocada por ele. A maioria dos casos que conheço de amizades póstumas aconteceram em relações terminadas pela mulher.
Pode ser coincidência.
"Especialistas afirmam que é possível transformar amor em amizade, mesmo que isso pareça pouco provável." - diz a matéria.
O assunto é tão complicado que precisa de especialistas !
E para tumultuar, ainda se tem que lidar com os ciúmes dos novos pares, que não costumam aceitar bem a intimidade dos ex parceiros.
Eu tenho a impressão de que um relacionamento amoroso deveria terminar, no mínimo, em amizade. Se isso não acontece é porque não terminou, ou não havia amor. Mas é uma suposição conceitual. Não tenho experiência no assunto.
O que vejo por aí é que dificilmente uma relação acaba bem quando a decisão é do homem ou provocada por ele. A maioria dos casos que conheço de amizades póstumas aconteceram em relações terminadas pela mulher.
Pode ser coincidência.
terça-feira, agosto 30, 2011
Todas as vidas
Ninguém sabe ao certo se temos direito a mais de uma vida. Ou talvez esteja sendo injusto. Muitas pessoas tem certeza disso.
Mas fato é que muitas vidas ocorrem agora, nesse instante, no nosso entorno.
E embora nada substitua a experiência, conhecer outras histórias também é uma forma de explorar outras possibilidades e aprender com elas.
Pode ser que exista vida depois da morte...
Mas certamente existe muita vida antes dela, e diferentes formas de aproveitá-la !
Mas fato é que muitas vidas ocorrem agora, nesse instante, no nosso entorno.
E embora nada substitua a experiência, conhecer outras histórias também é uma forma de explorar outras possibilidades e aprender com elas.
Pode ser que exista vida depois da morte...
Mas certamente existe muita vida antes dela, e diferentes formas de aproveitá-la !
quinta-feira, agosto 25, 2011
The boyfriend zone
Jeff, do divertido seriado da BBC "Coupling", explica a Steve, o protagonista, o que é a "boyfriend zone".
Em linhas gerais o conceito se refere àquele período do relacionamento onde ambos ainda estão interessados em agradar para garantir a conquista.
Jeff, na verdade, se esforça para explicar a Steve as vantagens de se manter o relacionamento nessa zona, desde que ele saiba utilizar os seus "direitos".
Steve é pouco assertivo e vítima de uma namorada extremamente manipuladora, que abusa da insegurança do moço.
Em linhas gerais, a boyfriend zone é uma fase divertida do relacionamento, principalmente como memória. Enquanto vivemos esse momento, ele também costuma ser aflitivo para ambas as partes.
As pessoas se interessam e se apaixonam por "projeções". Você se sente atraído (a) por algumas características mais evidentes e completa o que não conhece de forma idealizada. O outro (ou outra), se também estiver interessado, vive a mesma situação e, pelo seu lado, tenta adivinhar e corresponder às expectativas para não perder a chance.
É uma dinâmica que tem tudo para dar errado e, por isso mesmo, aflitiva. Em algum momento você terá que ser você mesmo e aí começam as frustrações (ou, pelo menos, esse é o pavor intrínseco).
Mas, segundo Jeff, também é a hora de aproveitar, porque a candidata estará disposta a aceitar seus pedidos com maior elasticidade, desde que considere valer a pena (o que significa que você também deverá estar fazendo algum esforço).
Minha posição filosófica para relacionamentos afetivos é o que se poderia chamar de "romantismo de resultados". Prefiro transparecer, o mais rápido possível, quem sou eu e, naqueles pontos em que não correspondo às expectativas projetivas fantasiosas, demonstrar as vantagens da diferença. Por outro lado, também procuro dar espaço para que a outra parte faça a mesma coisa (ser ela mesma e conquistar-me por isso).
A grande vantagem dessa abordagem é que a "boyfriend zone" fica mais confortável e, por isso mesmo, ainda mais divertida, podendo ser extendida por muito mais tempo.
Também pode significar o fim do relacionamento ainda no primeiro tempo. Mas isso me parece melhor do que investir em algo que certamente não dará muito certo no final.
É muito melhor quando a gente pode agradar sem fazer esforço, apenas existindo e amando.
Em linhas gerais o conceito se refere àquele período do relacionamento onde ambos ainda estão interessados em agradar para garantir a conquista.
Jeff, na verdade, se esforça para explicar a Steve as vantagens de se manter o relacionamento nessa zona, desde que ele saiba utilizar os seus "direitos".
Steve é pouco assertivo e vítima de uma namorada extremamente manipuladora, que abusa da insegurança do moço.
Em linhas gerais, a boyfriend zone é uma fase divertida do relacionamento, principalmente como memória. Enquanto vivemos esse momento, ele também costuma ser aflitivo para ambas as partes.
As pessoas se interessam e se apaixonam por "projeções". Você se sente atraído (a) por algumas características mais evidentes e completa o que não conhece de forma idealizada. O outro (ou outra), se também estiver interessado, vive a mesma situação e, pelo seu lado, tenta adivinhar e corresponder às expectativas para não perder a chance.
É uma dinâmica que tem tudo para dar errado e, por isso mesmo, aflitiva. Em algum momento você terá que ser você mesmo e aí começam as frustrações (ou, pelo menos, esse é o pavor intrínseco).
Mas, segundo Jeff, também é a hora de aproveitar, porque a candidata estará disposta a aceitar seus pedidos com maior elasticidade, desde que considere valer a pena (o que significa que você também deverá estar fazendo algum esforço).
Minha posição filosófica para relacionamentos afetivos é o que se poderia chamar de "romantismo de resultados". Prefiro transparecer, o mais rápido possível, quem sou eu e, naqueles pontos em que não correspondo às expectativas projetivas fantasiosas, demonstrar as vantagens da diferença. Por outro lado, também procuro dar espaço para que a outra parte faça a mesma coisa (ser ela mesma e conquistar-me por isso).
A grande vantagem dessa abordagem é que a "boyfriend zone" fica mais confortável e, por isso mesmo, ainda mais divertida, podendo ser extendida por muito mais tempo.
Também pode significar o fim do relacionamento ainda no primeiro tempo. Mas isso me parece melhor do que investir em algo que certamente não dará muito certo no final.
É muito melhor quando a gente pode agradar sem fazer esforço, apenas existindo e amando.
quarta-feira, agosto 24, 2011
Relações unilaterais (... ou namoro na TV)
Há alguns anos, chegando no Parigi para um almoço com clientes, vi alguém familiar almoçando com um grande grupo em uma mesa discreta no fundo da sala.
O simpático senhor, sensível ao meu olhar, virou a cabeça e sorriu em reconhecimento.
Sou ótimo fisionomista, mas conheço muita gente. Fui do diretório acadêmico da faculade e dirigi o time de Rubgy por quatro anos. Participei de várias associações de classe durante minha vida profissional (APP, Grupo de Mídia, SBPM). Dei aulas em 2 faculdades (ESPM e ESAN), participei como palestrante de pelo menos uns 50 congressos e seminários ... ou seja, tive que me acostumar ao fato de que nem sempre sou capaz de me lembrar imediatamente de onde conheço uma pessoa e muito menos seu nome.
Normalmente, bastam alguns minutos de conversa para contextualizar e recordar. Então, fui até a mesa e trocamos saudações calorosas. Tinha a sensação de que o senhor era muito simpático e familiar, e ele correspondeu no mesmo tom. Aproveitei para olhar, disfarçadamente, para seus companheiros de mesa (isso costuma ajudar a montar o contexto). À sua esquerda estava o Faustão (a quem eu não conhecia pessoalmente naquela ocasião) ... e, bingo! Estava cumprimentando efusivamente o Caçulinha ! Certamente, alguém muito familiar.
Não foi a primeira vez. Pelo que me lembro, com personagens da TV foi a terceira.
Mesmo depois de todos esses anos sigo impressionado com esse efeito que as relações unilaterais televisivas tem sobre mim.
Escolhi o tema dessa postagem quando estava assistindo uma reportagem curta sobre a familiar Natalie Portaman por quem sinto grande simpatia e admiração sem nunca ter conhecido.
Coisa de louco !
O simpático senhor, sensível ao meu olhar, virou a cabeça e sorriu em reconhecimento.
Sou ótimo fisionomista, mas conheço muita gente. Fui do diretório acadêmico da faculade e dirigi o time de Rubgy por quatro anos. Participei de várias associações de classe durante minha vida profissional (APP, Grupo de Mídia, SBPM). Dei aulas em 2 faculdades (ESPM e ESAN), participei como palestrante de pelo menos uns 50 congressos e seminários ... ou seja, tive que me acostumar ao fato de que nem sempre sou capaz de me lembrar imediatamente de onde conheço uma pessoa e muito menos seu nome.
Normalmente, bastam alguns minutos de conversa para contextualizar e recordar. Então, fui até a mesa e trocamos saudações calorosas. Tinha a sensação de que o senhor era muito simpático e familiar, e ele correspondeu no mesmo tom. Aproveitei para olhar, disfarçadamente, para seus companheiros de mesa (isso costuma ajudar a montar o contexto). À sua esquerda estava o Faustão (a quem eu não conhecia pessoalmente naquela ocasião) ... e, bingo! Estava cumprimentando efusivamente o Caçulinha ! Certamente, alguém muito familiar.
Não foi a primeira vez. Pelo que me lembro, com personagens da TV foi a terceira.
Mesmo depois de todos esses anos sigo impressionado com esse efeito que as relações unilaterais televisivas tem sobre mim.
Escolhi o tema dessa postagem quando estava assistindo uma reportagem curta sobre a familiar Natalie Portaman por quem sinto grande simpatia e admiração sem nunca ter conhecido.
Coisa de louco !
domingo, agosto 21, 2011
O cargo e a carga
Curioso como julgamos as pessoas pelas posições que ocupam.
Não deixa de fazer algum sentido, já que o fato de haver escolhido e conquistado uma posição pode dizer muito sobre uma pessoa.
Mas a imagem estereotipada do perfil correspondente a um cargo pode ser um fardo.
Espera-se que você seja, ou pelo menos se comporte, de um modo pré-determinado, que vai muito além do que é verdadeiramente requerido pela posição.
Aliás, em boa medida, as cobranças não costumam estar relacionadas às responsabilidades. A pessoa pode até não ser boa, mas tem que parecer adequada à posição.
Aceita-se com naturalidade que sejamos diferentes no trabalho e na vida privada. De certa forma, exige-se isso.
Sempre considerei que desempenhar papeis consome muita energia e resulta numa grande perda de eficiencia. Pode ser uma característica pessoal, mas sou muito mais eficiente e eficaz sendo eu mesmo do que desempenhando um papel que corresponda à expectativa dos outros, embora essa opção tenha um custo alto pelas reações que causa.
O outro lado da moeda é que ocupar uma posição "importante" (de liderança) lhe confere uma série de créditos e benefícios.
Automaticamente, você é elevado a um status de superioridade e considerado "melhor do que os outros". Tem os mais diversos privilégios e concessões aos quais é muito fácil se acostumar. Vai além do óbvio benefício material (viagens em classe executiva, automóvel da empresa, bônus mais elevado), que já não é pouco. Sua opinião vale mais, sua presença é valorizada, sua atenção é disputada, suas ideias consideradas. Seu espaço no mundo está garantido, e as pessoas disputam o privilégio de defendê-lo para você. O preço, você já sabe: precisa desempenhar o papel que corresponde ao cargo.
A metáfora da gaiola de ouro se aplica bem ao caso.
Nos último 15 ou 20 anos isso vem mudando um pouco. Os CEOs de boa parte das empresas já não são tratados como deuses (e nem remunerados como tal) e, como consequencia, aceita-se que se comportem como mortais.
Vejo isso de forma positiva por duas razões. A primeira, óbvia, é que torna o cargo mais leve.
A segunda, menos evidente mas igualmente relevante, é que equilibra a importância das demais posições e diminue aquela sensação de que a única medida de sucesso é chegar ao topo da pirâmide.
Abre a possibilidade de se considerar que fazer bem o seu trabalho, integrando-o à vida privada (eliminando esse viés esquizofrênico), é digno de admiração.
Vamos ter mais gente feliz por aí.
Não deixa de fazer algum sentido, já que o fato de haver escolhido e conquistado uma posição pode dizer muito sobre uma pessoa.
Mas a imagem estereotipada do perfil correspondente a um cargo pode ser um fardo.
Espera-se que você seja, ou pelo menos se comporte, de um modo pré-determinado, que vai muito além do que é verdadeiramente requerido pela posição.
Aliás, em boa medida, as cobranças não costumam estar relacionadas às responsabilidades. A pessoa pode até não ser boa, mas tem que parecer adequada à posição.
Aceita-se com naturalidade que sejamos diferentes no trabalho e na vida privada. De certa forma, exige-se isso.
Sempre considerei que desempenhar papeis consome muita energia e resulta numa grande perda de eficiencia. Pode ser uma característica pessoal, mas sou muito mais eficiente e eficaz sendo eu mesmo do que desempenhando um papel que corresponda à expectativa dos outros, embora essa opção tenha um custo alto pelas reações que causa.
O outro lado da moeda é que ocupar uma posição "importante" (de liderança) lhe confere uma série de créditos e benefícios.
Automaticamente, você é elevado a um status de superioridade e considerado "melhor do que os outros". Tem os mais diversos privilégios e concessões aos quais é muito fácil se acostumar. Vai além do óbvio benefício material (viagens em classe executiva, automóvel da empresa, bônus mais elevado), que já não é pouco. Sua opinião vale mais, sua presença é valorizada, sua atenção é disputada, suas ideias consideradas. Seu espaço no mundo está garantido, e as pessoas disputam o privilégio de defendê-lo para você. O preço, você já sabe: precisa desempenhar o papel que corresponde ao cargo.
A metáfora da gaiola de ouro se aplica bem ao caso.
Nos último 15 ou 20 anos isso vem mudando um pouco. Os CEOs de boa parte das empresas já não são tratados como deuses (e nem remunerados como tal) e, como consequencia, aceita-se que se comportem como mortais.
Vejo isso de forma positiva por duas razões. A primeira, óbvia, é que torna o cargo mais leve.
A segunda, menos evidente mas igualmente relevante, é que equilibra a importância das demais posições e diminue aquela sensação de que a única medida de sucesso é chegar ao topo da pirâmide.
Abre a possibilidade de se considerar que fazer bem o seu trabalho, integrando-o à vida privada (eliminando esse viés esquizofrênico), é digno de admiração.
Vamos ter mais gente feliz por aí.
sexta-feira, agosto 19, 2011
Devaneio
Tal qual pão de centeio
Que trocas pelo francês
Imaginando ser um meio
De perder peso de vez
Sigo a buscar conteúdo
Um homem mais nutritivo
Dizem a miúdo
Logra abrir o apetite
E se mantém mais ativo
Quem quiser que acredite !
Que trocas pelo francês
Imaginando ser um meio
De perder peso de vez
Sigo a buscar conteúdo
Um homem mais nutritivo
Dizem a miúdo
Logra abrir o apetite
E se mantém mais ativo
Quem quiser que acredite !
quarta-feira, agosto 17, 2011
Magnum Opus
Durante séculos os alquimistas apontaram a busca da Pedra Filosofal como a grande obra de suas vidas.
Diz-se que ela seria capaz de tranformar qualquer metal em ouro e qualquer líquido no elixir da vida eterna.
Ser rico e viver (com saúde) para sempre até que vale o trabalho de uma vida.
Pessoalmente, não acredito que os verdadeiros alquimistas estavam em busca de tal pedra.
Essa era uma forma quase poética de expressar aos leigos a importância de seu trabalho, representando o valor da ciência e a sua perenidade.
Simbolismos e metáforas são formas eficientes para transmitir conhecimento ou inspirar sua busca, principalmente quando estão muito distantes do repertório (intelectual ou emocional) do "discípulo".
Outra forma, ainda mais eficiente e eficaz, é a vivência.
As "escolas" milenares costumam lançar mão de ambos os recursos. Tenho a impressão de que as mais antigas privilegiavam a segunda (vivência) e as mais novas (principalmente as ocidentais) a primeira (simbólica/metafórica) e talvez isso se deva ao desenvolvimento das formas de registro (linguagem escrita, papel, imprensa).
Recentemente andamos resgatando o valor das vivências, em parte pela influência crescente das filosofias orientais e em parte pelo sentido de urgência que permeia as novas gerações.
Isso me parece bastante positivo e tem como efeito colateral um outro resgate, o do "sentir", que havia sido colocado em segundo plano pela sobrevalorização do "pensar".
A integração do sentir e do pensar, do corpo e da mente (ou alma), é o Magnum Opus da sociedade moderna.
Diz-se que ela seria capaz de tranformar qualquer metal em ouro e qualquer líquido no elixir da vida eterna.
Ser rico e viver (com saúde) para sempre até que vale o trabalho de uma vida.
Pessoalmente, não acredito que os verdadeiros alquimistas estavam em busca de tal pedra.
Essa era uma forma quase poética de expressar aos leigos a importância de seu trabalho, representando o valor da ciência e a sua perenidade.
Simbolismos e metáforas são formas eficientes para transmitir conhecimento ou inspirar sua busca, principalmente quando estão muito distantes do repertório (intelectual ou emocional) do "discípulo".
Outra forma, ainda mais eficiente e eficaz, é a vivência.
As "escolas" milenares costumam lançar mão de ambos os recursos. Tenho a impressão de que as mais antigas privilegiavam a segunda (vivência) e as mais novas (principalmente as ocidentais) a primeira (simbólica/metafórica) e talvez isso se deva ao desenvolvimento das formas de registro (linguagem escrita, papel, imprensa).
Recentemente andamos resgatando o valor das vivências, em parte pela influência crescente das filosofias orientais e em parte pelo sentido de urgência que permeia as novas gerações.
Isso me parece bastante positivo e tem como efeito colateral um outro resgate, o do "sentir", que havia sido colocado em segundo plano pela sobrevalorização do "pensar".
A integração do sentir e do pensar, do corpo e da mente (ou alma), é o Magnum Opus da sociedade moderna.
terça-feira, agosto 16, 2011
Diga-me com o que trabalhas ...
Pessoas que compartilham as mesmas atividades costumam ter traços em comum.
Algumas vezes essas características marcantes viram motivo de piada do tipo "engenheiros são os donos da razão, médicos são os senhores da vida e psicólogos estão acima dessa discussão".
Quando comecei a trabalhar na área de Mídia fui supreendido pela união e espírito de colaboração mútua desses profissionais. Mesmo trabalhando em empresas concorrentes, os Mídias são unidos por espírito de grupo e estão sempre prontos para ajudar e orientar um companheiro. É uma espécie de confraria, sem regras ou códigos explícitos, da qual sentimos orgulho de participar. A profissão nos leva a partilhar responsabilidades e sentimentos que geram o senso de fraternidade..
Tive o prazer de compartilhar uma intensa atividade de treinamento, nesses últimos 3 dias, com um grupo de profissionais dedicados à atividade de "coach" (para quem não conhece, um tipo de orientação profissional que é considerada a forma mais eficiente para seu desenvolvimento).
Já havia tido contato com alguns desses profissionais, individualmente, em programas de treinamento que contratamos para a empresa onde trabalhava.
Mas desta vez tive a oportunidade de participar de sua comunidade e fiquei agradavelmente impressionado pelo acolhimento e disposição em compartilhar o conhecimento, além do legítimo interesse em colaborar para o desenvolvimento de cada um de seus colegas de profissão.
É cedo, ainda, para chegar a conclusões mais consistentes, mas acredito que, assim como acontece com os mídias, parte desse comportamento pode ser explicado pela própria atividade.
O trabalho tem grande influência sobre a formação das pessoas, suas posturas e dinâmicas de relacionamento.
A missão de um coach é ajudar a desenvolver pessoas. Logo, não deveria surpreender seu interesse em apoiar seus pares, principalmente em se considerando que o mercado de "coaching" está bastante aquecido e há lugar para todos.
Mas, ainda assim, me surpreendeu.
São experiências assim que fazem de mim um eterno otimista.
Algumas vezes essas características marcantes viram motivo de piada do tipo "engenheiros são os donos da razão, médicos são os senhores da vida e psicólogos estão acima dessa discussão".
Quando comecei a trabalhar na área de Mídia fui supreendido pela união e espírito de colaboração mútua desses profissionais. Mesmo trabalhando em empresas concorrentes, os Mídias são unidos por espírito de grupo e estão sempre prontos para ajudar e orientar um companheiro. É uma espécie de confraria, sem regras ou códigos explícitos, da qual sentimos orgulho de participar. A profissão nos leva a partilhar responsabilidades e sentimentos que geram o senso de fraternidade..
Tive o prazer de compartilhar uma intensa atividade de treinamento, nesses últimos 3 dias, com um grupo de profissionais dedicados à atividade de "coach" (para quem não conhece, um tipo de orientação profissional que é considerada a forma mais eficiente para seu desenvolvimento).
Já havia tido contato com alguns desses profissionais, individualmente, em programas de treinamento que contratamos para a empresa onde trabalhava.
Mas desta vez tive a oportunidade de participar de sua comunidade e fiquei agradavelmente impressionado pelo acolhimento e disposição em compartilhar o conhecimento, além do legítimo interesse em colaborar para o desenvolvimento de cada um de seus colegas de profissão.
É cedo, ainda, para chegar a conclusões mais consistentes, mas acredito que, assim como acontece com os mídias, parte desse comportamento pode ser explicado pela própria atividade.
O trabalho tem grande influência sobre a formação das pessoas, suas posturas e dinâmicas de relacionamento.
A missão de um coach é ajudar a desenvolver pessoas. Logo, não deveria surpreender seu interesse em apoiar seus pares, principalmente em se considerando que o mercado de "coaching" está bastante aquecido e há lugar para todos.
Mas, ainda assim, me surpreendeu.
São experiências assim que fazem de mim um eterno otimista.
segunda-feira, agosto 15, 2011
Pensamento da noite ...
Depois de dois dias de treinamento intensivo para "coach executivo", indo para o terceiro e último (ufa), concluo que é mais dificil desaprender do que aprender ...
domingo, agosto 14, 2011
Aliciando ...
Com todas as notícias recentes (e de sempre) sobre irregularidades em concorrências e contratações públicas não pude deixar de fazer uma correlação entre o título da versão em espanhol do livro de Lewis Carroll e o que ando lendo nos jornais.
Tem gente que deve estar vivendo no país das maravilhas ...
Tem gente que deve estar vivendo no país das maravilhas ...
quinta-feira, agosto 11, 2011
Fina Flor
A expressão surgiu do nada e inspirou uma busca no Google: "fina flor".
Encontrei "cosméticos", incluindo um sabonete bifásico de frutas vermelhas e um esmalte mutante (marketing é divertido mesmo).
Também um "motel" no Realengo, "roupas para noivas e noivos" e uma "pousada" em Paraty para a Lua de Mel, que coloquei na sequência adequada.
Juntei "lingeries" e "forminhas para doce" no mesmo grupo por razões óbvias.
Talvez pudesse incorporar as "bandas" de samba (autor do hit Rebola, Rebola), forró (A força do amor) e pagode (Jura que me ama) no grupo anterior, por afinidade. Mas faz mas sentido deixá-los com a "gravadora" de mesmo nome.
Mas o curioso é que a busca do Google não apresentou nas primeiras páginas ou nos links relacionados nenhuma floricultura com esse nome.
Resolvi buscar por Fina Flor Floricultura (e não tente dizer isso comendo farofa).
Bingo: uma em cada cidade do Brasil (exagerando um pouco).
Há que se ter um certo cuidado com as buscas. Nem sempre dão em flor que se cheire.
Encontrei "cosméticos", incluindo um sabonete bifásico de frutas vermelhas e um esmalte mutante (marketing é divertido mesmo).
Também um "motel" no Realengo, "roupas para noivas e noivos" e uma "pousada" em Paraty para a Lua de Mel, que coloquei na sequência adequada.
Juntei "lingeries" e "forminhas para doce" no mesmo grupo por razões óbvias.
Talvez pudesse incorporar as "bandas" de samba (autor do hit Rebola, Rebola), forró (A força do amor) e pagode (Jura que me ama) no grupo anterior, por afinidade. Mas faz mas sentido deixá-los com a "gravadora" de mesmo nome.
Mas o curioso é que a busca do Google não apresentou nas primeiras páginas ou nos links relacionados nenhuma floricultura com esse nome.
Resolvi buscar por Fina Flor Floricultura (e não tente dizer isso comendo farofa).
Bingo: uma em cada cidade do Brasil (exagerando um pouco).
Há que se ter um certo cuidado com as buscas. Nem sempre dão em flor que se cheire.
Beleza brasileira
Em algumas fotos emprestadas do UOL,
dá para ver que até as modelos brasileiras
tem um charme especial.
terça-feira, agosto 09, 2011
Em casa que falta pão ...
Em Londres, jovens protestam violentamente, não sei bem porque e talvez nem eles saibam.
Mas é como dizia meu avô: "em casa que falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão".
Essa crise econômica que assola a Europa ainda vai dar o que falar.
Mas é como dizia meu avô: "em casa que falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão".
Essa crise econômica que assola a Europa ainda vai dar o que falar.
segunda-feira, agosto 08, 2011
Boas notícias
Fiquei um tempo (grande) sem ler ou assistir jornais.
Pode parecer um ato temerário para alguém que precisa, profissionalmente, manter-se bem informado.
Mas, de verdade, não é. Ao contrário, experimentar novas perspectivas e atitudes é importante para quem quer entender o mundo um pouco melhor.
A primeira constatação importante é que você não precisa perseguir as notícias. Se você frequenta alguma rede social (ou seja, se você não é um eremita) as notícias virão até você.
Claro que você perde a chance de identificar alguma nota importante de menor repercussão. Mas, por outro lado, estará menos distraído pelo "information overload".
A segunda constatação interessante é que, quando você volta a acessar os noticiários, percebe com maior intensidade a carga negativa que eles transferem para os leitores, expectadores e ouvintes.
A maior parte das notícias (as vezes todas) são relativas a agressões, atos de desonestidade, acidentes com vítimas ou catástrofes.
Um marciano que julgasse a humanidade pelo que é noticiado teria uma péssima impressão.
Nós mesmos, inconscientemente, estamos alimentando essa péssima impressão.
Isso nos entristece, desmotiva, deprime, desalenta. Não faz bem.
É voz corrente que notícia boa não dá audiência. Não acreditem nisso.
Embora seja mais fácil atrair a atenção com tragédias, a situação é similar àquela que acontece com o uso de palavrões ou o escárnio no humor. Para fazer rir de forma elegante é preciso inteligência, mas vale o esforço. Jornalismo elegante também requer um certo esforço e, certamente, mais inteligência.
Não estou defendendo que Poliana passe a apresentar os telejornais. Advogo o jornalismo proporcional.
Fica difícil de acreditar, justamente pelo efeito residual do que já andamos lendo, ouvindo e assistindo por aí, mas acontecem mais coisas boas do que ruins no mundo.
Mais beijos do que agressões, mais amor do que ódio, mais doações do que roubos, mais atos honestos do que desonestos.
E se a sua vida não é assim, está na hora de mudar de companhias ...
Pode parecer um ato temerário para alguém que precisa, profissionalmente, manter-se bem informado.
Mas, de verdade, não é. Ao contrário, experimentar novas perspectivas e atitudes é importante para quem quer entender o mundo um pouco melhor.
A primeira constatação importante é que você não precisa perseguir as notícias. Se você frequenta alguma rede social (ou seja, se você não é um eremita) as notícias virão até você.
Claro que você perde a chance de identificar alguma nota importante de menor repercussão. Mas, por outro lado, estará menos distraído pelo "information overload".
A segunda constatação interessante é que, quando você volta a acessar os noticiários, percebe com maior intensidade a carga negativa que eles transferem para os leitores, expectadores e ouvintes.
A maior parte das notícias (as vezes todas) são relativas a agressões, atos de desonestidade, acidentes com vítimas ou catástrofes.
Um marciano que julgasse a humanidade pelo que é noticiado teria uma péssima impressão.
Nós mesmos, inconscientemente, estamos alimentando essa péssima impressão.
Isso nos entristece, desmotiva, deprime, desalenta. Não faz bem.
É voz corrente que notícia boa não dá audiência. Não acreditem nisso.
Embora seja mais fácil atrair a atenção com tragédias, a situação é similar àquela que acontece com o uso de palavrões ou o escárnio no humor. Para fazer rir de forma elegante é preciso inteligência, mas vale o esforço. Jornalismo elegante também requer um certo esforço e, certamente, mais inteligência.
Não estou defendendo que Poliana passe a apresentar os telejornais. Advogo o jornalismo proporcional.
Fica difícil de acreditar, justamente pelo efeito residual do que já andamos lendo, ouvindo e assistindo por aí, mas acontecem mais coisas boas do que ruins no mundo.
Mais beijos do que agressões, mais amor do que ódio, mais doações do que roubos, mais atos honestos do que desonestos.
E se a sua vida não é assim, está na hora de mudar de companhias ...
sexta-feira, agosto 05, 2011
Dando lugar para o novo
Faça uma experiência ...
Expire, extensamente, soltando todo o ar dos pulmões.
Depois inspire profundamente, prestando atenção ao ar novo.
Dá uma sensação leve de renovação, não é ?
A gente deveria exercitar isso com a mente.
Esvazia-la dos pensamentos velhos e deixar entrar os novos.
Isso é inspiração ...
Expire, extensamente, soltando todo o ar dos pulmões.
Depois inspire profundamente, prestando atenção ao ar novo.
Dá uma sensação leve de renovação, não é ?
A gente deveria exercitar isso com a mente.
Esvazia-la dos pensamentos velhos e deixar entrar os novos.
Isso é inspiração ...
quarta-feira, agosto 03, 2011
segunda-feira, agosto 01, 2011
O quinto dos infernos
No tempo do Brasil Colônia (dizem que já passou) eramos obrigados a pagar 20% (um quinto) de tudo que era produzido para a Corôa Portuguesa.
Obviamente os que por aqui viviam não gostavam muito disso, e logo apelidaram o tributo de "o quinto dos infernos", daí a origem da expressão.
A Corôa se foi e a carga de impostos sobre o cidadão brasileiro supera os 35%. Está longe de ser a maior do mundo. Em alguns países da Europa como Suécia e Dinamarca chega quase a 50%.
Entende-se que deve haver uma correspondência entre impostos e serviços públicos. Um amigo que viveu na Suécia até pouco tempo me disse que utilizar a rede pública de ensino e saúde é comum para todas as classes sociais.
Um dia chegaremos lá. Pelo menos os impostos já estamos pagando.
Obviamente os que por aqui viviam não gostavam muito disso, e logo apelidaram o tributo de "o quinto dos infernos", daí a origem da expressão.
A Corôa se foi e a carga de impostos sobre o cidadão brasileiro supera os 35%. Está longe de ser a maior do mundo. Em alguns países da Europa como Suécia e Dinamarca chega quase a 50%.
Entende-se que deve haver uma correspondência entre impostos e serviços públicos. Um amigo que viveu na Suécia até pouco tempo me disse que utilizar a rede pública de ensino e saúde é comum para todas as classes sociais.
Um dia chegaremos lá. Pelo menos os impostos já estamos pagando.
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