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sábado, junho 30, 2007

What is real ?


A Érica assistiu o vídeo do post anterior e inspirou-se para postar sua visão pessoal da Internet lá no She-hulk. Eu comentei e resolvi trazer o comentário como post para cá. Coisas da aldeia...
Usei esse vídeo (The Media Revolution) em uma palestra que fiz quinta-feira pela manhã lá em Santiago. Gerou interesse e desconforto.
Para mim, a questão reside no "animus catalogandi" da humanidade. Essa coisa de separar tudo em caixinhas que fazem sentido.
Tem a caixinha das coisas "reais" e a caixinha das coisas "virtuais". E as reais, obviamente, devem ser mais importantes.
A cena que mais me marcou no filme Matrix é aquela em que Morpheus diz para Neo:
- What is real ? How do you define real ?
Como é que a gente pode "catalogar" as coisas se não temos contato com a realidade absoluta ?
Se tudo que temos é a interpretação de nossas percepções (sempre parciais) da tal "realidade absoluta" ?
Aquilo que eu vejo, ouço, sinto ... é real ? Onde está a diferença entre o "real" e o "virtual" ?
O outro ponto interessante é que parte do desconforto causado pela minha apresentação deve-se ao fato de que ela foi, comparativamente à de meus companheiros de palco e considerando hábitos e costumes locais, desestruturada.
Um amigo, que havia visto os "slides" antes, comentou:
- Quando ví os slides não gostei. Aí, quando você apresentou, fez sentido ...
Estamos acostumados a trabalhar com informações estruturadas, desde o advento da teoria da probabilidade (ou seja, de forma crescente nos últimos 200 anos).
Isso funcionou razoavelmente bem enquanto tínhamos poucas coisas para colocar em poucas caixinhas.
Agora temos muita informação, as caixinhas velhas não servem e antes de encontrarmos novas, somos convocados a compreender, a criar sentido.
Meu conselho: controlem a ansiedade, relaxem e deixem a mente trabalhar sozinha. Ela vai encontrar o sentido.
Aliás, se você permitir, encontrará mais de um sentido possível.
Não se assuste. O mundo sempre foi assim.
A diferença é que antes a gente podia fazer de conta que não era ...

quarta-feira, junho 27, 2007

Perspectiva histórica até 2020


Uma dica do Ariel da Argentina ...

Vejam o filme " The Media Revolution - parte 1" no YouTube e, se gostarem, aproveitem para ver a parte 2 também.

domingo, junho 24, 2007

Teletransporte

Cansei de ver cenas "trágicas" em filmes de ficção científica onde um sujeito era teletransportado para um local "mortal", sem estar adequadamente preparado.
Mantidas as devidas proporções, acabo de chegar em Buenos Aires, deixando 20 confortáveis graus celsius e aterrisando, de camiseta, nos 7 ou 8 graus da capital Argentina.
Ainda bem que fui teletransportado para dentro do freeshop.

Pensamento da noite

Desejar é mais estimulante do que encontrar.
Desejar é a vida. Encontrar é a paz.
E o que é a morte senão o fim de todas as buscas ?

sábado, junho 23, 2007

Amor e ódio


Meu psicanalista costumava dizer que só somos capazes de odiar aquilo que amamos.
Eu discordo.
Mas a camiseta é fantástica...

(foto enviada pela Lú)

sexta-feira, junho 22, 2007

Pensamento da Madrugada ...

Inspirado no comentário do Ernesto no post anterior, durmo pensando que...

"Desaprender é muito mais difícil do que aprender."

quinta-feira, junho 21, 2007

Ecumenismo convergente


É sempre um prazer ler Ruben Alves. Recomendo sua entrevista de hoje para o UOL - A educação como descoberta.
Do começo dessa entrevista extraio uma declaração do moço: "Quando o papa fala em ecumenismo, ele se refere à adesão das outras igrejas à Igreja Católica; cada religião acha que detém a primazia indiscutível da verdade."
Trata-se de um caso particular de uma atitude generalizada. Homens de "mente aberta" defendem a pluralidade de opiniões, desde que convergentes para sua "verdade".
Outro comentário do Ruben na mesma matéria: "É fundamental saber ler e ouvir."
É espantoso que um sujeito consiga fazer duas afirmações tão densamente povoadas de conteúdo durante uma entrevista, antes mesmo de seu começo.
De minha parte, converto a admiração em motivação para, como ele, aprender com o passar dos anos.

domingo, junho 17, 2007

Incivilidade


Recomendo a leitura do texto do Rodrigo "O fim da civilização", no blog Dysfemismo.

Para ler e pensar.

Aos que buscam...

Passamos muito tempo perseguindo respostas.
E se dedicássemos mais tempo às perguntas ?
Queremos sempre saber as razões.
E se tentássemos entender o sentido ?
Buscamos a vida lá fora.
Que tal dar uma olhada para dentro ?

quinta-feira, junho 14, 2007

Os Ovos do Dragão

Parte 1 - O início do fim
Parte 2 - Separação
Parte 4 - Vigília
Parte 5 - O Anel
Parte 6 - Sublimação






Parte 9 – Intenções Imperfeitas

Barceló, Maurice, Marie, Isabela, Adric, Fernando ..., inevitavelmente unidos por um projeto comum ... eu disse comum ?
Bem, seria um projeto incomum, no sentido laico da palavra, já que cerimônias místicas não fazem parte do repertório protocolar de uma família cristã, optante por outras liturgias menos desafiadoras dos “bons costumes”, embora, talvez, mais desafiadoras da razão.
Mas poderia ser considerado um projeto comum a eles, estrito senso, já que todos estão empenhados em realizar a cerimônia evocada por Barceló, segundo um compromisso assumido ainda nos tempos da Fraternidade.
Ah ... mas o Diabo, mal humorado com o par de chifres que lhe puseram, mora nas intenções.
Badaró diz que quer realizar um ritual de rejuvenescimento e, para isso, precisa de Isabela, que não tinha qualquer propósito senão o de ganhar o pão de cada dia trabalhando para ele. Maurice pretende cumprir o combinado com Badaró, e para isso conta com a ajuda de Marie e Adric (que estão aí só para ajudar) e com o inesperado testemunho de Fernando que, pobrezinho, pretendia apenas publicar suas descobertas sobre um certo desenho.
E acima de tudo isso, paira uma aura mística, evocada pelos “fratelli” e seus nepotes, que confere um significado melodramático a cada pequeno gesto ou olhar, o que é fundamental para que se chegue ao “mind setting” adequado para mobilizar as energias do mundo invisível.
Tudo perfeito ... menos as intenções.
Porque é tão importante para Barceló rejuvenescer ?
Maurice, que aparentemente tem uma relação mais intensa e profunda com temas esotéricos, quer apenas ajudar o amigo ou planeja algo mais ?
Isabela é uma inocente útil, a serviço dos interesses de Barceló, ou seria o contrário ?
E Marie, que acompanha Maurice com incansável admiração à mais de uma década, não teria, ela mesma, um projeto pessoal ?
Adric, o aprendiz recrutado por Maurice, de fisionomia taciturna e passado hermético, que mistérios esconderia ?
O que pretendia Fernando quando deixou “vazar” a informação sobre seu trabalho com a imagem sagrada, atraindo a atenção de Maurice ?
Meus caros, nada é o que parece, não que isso importe.

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Nada mais hipnótico do que o ondular dos quadris de uma mulher nua subindo vagarosamente as escadas, ou pelo menos esse era o pensamento de Fernando, que já não sabia identificar quem estava vestida ou não.
Ele sabia que Maurice estava preparando algum tipo de armadilha, mas não podia negar que, pelo menos, a coisa estava interessante.
Fernando tinha uma particular queda pelo nu feminino, particularmente quando praticado de forma natural, quase animal, como no caso de Marie.
E parecia o único ali nessas condições. Os demais encaravam tudo com uma traquilidade inquietante.
- Uma mulher pode estar mais nua quando vestida, Fernando ... – Adric comentou de forma jocosa, trocando um olhar maroto com Isabela.
- Vamos todos almoçar, meus caros. Precisamos de energia para a noite. – Maurice, com suave autoridade, convocou todos para a mesa.

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Embora o ritual só fosse acontecer na noite seguinte, alguns preparativos precisavam ser feitos.
O principal deles, como explicara Maurice durante a tarde, era a Werá, ou cerimônia do desbatismo.
O renascimento de Barceló precisava ser precedido de sua total desvinculação com qualquer tipo de fé.
Ao por do Sol, Maurice, Marie e Barceló deixaram a casa em direção a uma pequena clareira no alto da colina.
Era véspera de lua cheia no último dia de inverno. Num céu sem nuvens, as pequenas gotas de sereno resplandeciam como o pó da prata.
- O pó da prata cobre os meus cabelos, a alma segue intacta, e o corpo nu em pelo ... – Maurice murmurou o cântico enquanto organizava os objetos que havia trazido sobre a relva úmida.
- Dispa-se, Barceló. Vamos começar.
Barceló tirou lentamente suas roupas, dobrando-as metodicamente e depositando-as sobre uma pedra próxima.
Seu corpo firme e de um bronzeado sem marcas, músculos bem definidos sob uma pele firme e quase sem pelos, lembrava o de um índio possuído pela força do leopardo.
O contato do corpo nu com frio da noite e a visão da silhueta de Marie sob o vestido branco, provocaram uma leve excitação.
Sete tochas foram acesas simetricamente ao redor da clareira.
Maurice vestiu sua capa ritual, ladeado por Marie que segurava duas pequenas ânforas, com água e óleo.
Ambos começaram a recitar as fórmulas secretas, numa ladainha contínua e inebriante.
O rufar de tambores ancestrais se fez ouvir, primeiro ao longe, suave e lentamente.
Na medida em que Maurice e Marie aceleravam e intensificavam o recitar das fórmulas, o som das batidas crescia, num ritmo cada vez mais frenético.
Ambos começaram a se movimentar em círculos, dançando em torno de Barceló, que permanecia no centro da clareira.
Barceló sentiu que era ele quem estava girando, suspenso do solo, capturado pela luz da lua e entorpecido pelo som das vozes e tambores.
Marie se aproximou e derramou a água sobre a cabeça de Barceló.
O líquido frio escorreu pelos cabelos, contornou os ombros e seguiu pela espinha até os dividir-se entre os glúteos contraídos.
De olhos arregalados e rosto tenso, Barceló resfolegou.
As palavras de Maurice falavam diretamente ao seu inconsciente, desorganizando seus pensamentos.
Marie tomou a segunda ânfora, ajoelhou-se diante de Barceló, derramou o óleo sobre as mãos e começou a espalhá-lo sobre o dorso nu.
O corpo reagiu ao toque suave e ao hálito morno, com espasmos ritmados na cadência dos tambores.
Marie prosseguiu, untando o abdome, a pélvis, as coxas, sempre com firmeza e suavidade.
Os tambores aceleraram. A voz de Maurice soava mais forte e impositiva. O toque de Marie acompanhou a nova cadência e Barceló sentiu que perdia o controle sobre seu corpo.
A última coisa que percebeu antes da explosão foi a maciez dos cabelos de Marie.


quarta-feira, junho 13, 2007

Sobre o próprio amor


Nesta semana li dois textos sobre o amor.
Um que recebi do meu filho Guilherme, eterno apaixonado pela vida.
Guilherme desenvolveu seu texto a partir de uma afirmação de um personagem de teatro (Sr. Keuner) que afirmava: “o amor é a arte de produzir com as capacidades do outro”
Das interessantes e afetivas digressões do Gui sobre o tema, destaquei uma frase síntese:
“Amor, então, só acontece quando ambos os lados amam, ou seja, quando ambos se preocupam em se manter próximos da outra pessoa para que façam arte através das capacidades do outro”. O outro texto que li foi de Eugênio Mussak, na revista Vida Simples, sobre o amor próprio.
No texto ele afirma que “não fazemos projetos comuns com alguém de quem não gostamos” e, daí a importância da auto-estima.
Segundo o Eugênio, a auto-estima é, principalmente, decorrente da percepção lúcida do direito de ser feliz.
Por razões não tão óbvias é, portanto, quase antagônica à dependência da opinião do outro.
Entretanto, é bastante comum transferirmos o “poder” de construção de nossa auto-estima para as pessoas que nos rodeiam, principalmente aquelas que queremos bem ou admiramos. Essas pessoas funcionam como nossos “espelhos” psicológicos, um fenômeno que começa na infância na relação com os pais (baita responsabilidade) e segue, depois, na vida adulta, principalmente nas relações profissionais.
Numa analogia usada por Mussak em seu gostoso texto, o mundo, nesse sentido, se assemelha a uma “sala dos espelhos” de parques de diversões, onde nos vemos refletidos de forma distorcida (exageradamente gordos, magros, altos, baixos, etc). Mas nesse caso, como temos um espelho de referência em casa, no qual acreditamos cegamente, podemos rir das distorções, com a segurança de que nada daquilo que os espelhos refletem é verdade.
Já no universo psicológico, esse “espelho absoluto” de referência não existe. Precisa ser construído. Assim é muito comum aceitarmos, ou pelo menos ficarmos inseguros diante da imagem refletida pelo outro.
O amor próprio depende da construção desse espelho próprio, e do reconhecimento do direito próprio de ser feliz.
O amor pelo outro depende, antes de tudo, do amor próprio, e do reconhecimento do direito do outro de ser feliz.
Se não acontece o que comenta o Guilherme no seu texto, a respeito de uma amiga:
“Quando ela disse que o amava, ela queria dizer, na verdade, que desejava ser amada por ele...”.

segunda-feira, junho 11, 2007

Na presença dos ausentes...


Caríssimos ...
Assim, meio de improviso, aconteceu o primeiro encontro bloguenígena.
Como não poderia deixar de ser, ao redor de uma fogueira (churrasqueira não deixa de ser), partilhando comida, conversa e carinho. De virtual a virtuoso.
Cabe, antes de tudo, agradecer a anfitriã, Zuleica-Poesias e Ferrari-Pai (a lenda viva).
Também cabe mencionar que os ausentes estiveram presentes, e que os presentes não se fizeram ausentes.
À foto (de número 14, por exigência do cabalístico Walmir), deve ser dado o devido crédito: Mr. Chip Temporizador, utilizando uma digital com vários botões e muitas funções, entre elas a de fotografar.
Cabe ainda dizer que caberia mais gente.
Numa próxima vez, marcaremos com antecedência e buscaremos uma forma de convidar todos os frequentadores da aldeia (ou, pelo menos, os que podemos idenficar pelos comentários).

sábado, junho 09, 2007

Surfando na Pororoca

É a melhor descrição que encontrei para a sensação de assistir um show dos Mutantes... (apesar da incontornável ausência da Rita Lee).
ps - agora, que aquela back vocal iria ficar uma graça vestida a la Rita Lee dos velhos tempos, isso lá iria ...

segunda-feira, junho 04, 2007

Colapso Tautológico


Assisti finalmente, ontem, o filme "Quem somos nós ?" e achei que valeria a pena compartilhar um insight madrugalenho...
Dois conceitos excitam a imaginação dos físicos quânticos, creio que por sua consistência ilógica.
O primeiro é a consideração de que no nível quântico as "coisas" são meras probabilidades de existir que, inusitadamente, colapsam (escolhem um estado final) sempre da mesma forma. Coisa, alías, absolutamente improvável, por maior que seja a probabilidade individual de cada partícula.
O segundo é a "constatação" de que a observação (ou a atitude do observador) afeta o fenômeno observado (ou o resultado da experiência, ou a própria existência do objeto em estudo).
Aqui não há que se falar de probabilidade, já que a questão é dicotômica. Mas eu não apostaria todas as minhas fichas nessa idéia.
Considero-me suficientemente alheio para oferecer um outro olhar sobre o tema.
Vamos começar pelo segundo ponto...
Como bem descreveu Thomas Hobbes em Leviatã, explicando o funcionamento dos orgãos dos sentidos, não temos contato direto com a realidade. Portanto, não temos condições de julgar se nossa observação afeta um fenômeno, simplesmente porque nosso contato com a realidade é "interpretado", ou melhor, convivemos com nossa interpretação de uma "realidade" que nunca iremos conhecer.
Isto significa que a variabilidade de um fenômeno como função de nossa atitude observadora pode ser, simplesmente, falta de parâmetros interpretativos (um paradigma confortável) para que nossa razão acomode o fenômeno.
A primeira questão (do colapso das probabilidades) também pode ser avaliada sob ótica similar.
Estamos presos à uma concepção provavelmente limitada de mundo, escravos intelectuais e emocionais de umas poucas dimensões e sentidos e vítimas de nossa capacidade de interpretação.
Uma afirmação algo melodramática, mas que resulta no fato de que nossa percepção da realidade pode ser limitada e que estejamos interagindo com "projeções" e não com os objetos em sua totalidade.
Um professor de cálculo (o bom e velho Hamilton "mandrake" Guidorizzi) apresentou uma analogia simples e, por isso mesmo, acachapante desse fenômeno.
Imagine-se com um ser unidimensional. Seu mundo seria uma reta infinita.
Agora tente vizualizar a passagem de uma esfera tridimensional por seu mundo unidimensional.
Tudo o que você seria capaz de observar seria um ponto (quando a esfera tangencia seu "mundo") seguido de um seguimento de reta de comprimento variável que cresce até o tamanho do diâmetro da esfera e volta a diminuir até se transformar novamente em um ponto e desaparecer.
A esfera, que é algo diferente e bem mais complexo do que o fenômeno que você foi capaz de observar, segue existindo, mas já está fora do alcance de sua percepção e compreensão.
Resumindo, creio que as questões quânticas fundamentais do momento são fomentadas por raciocínios falacio-tautológicos.
Támbém é possível que muita gente já tenha dito isso antes de mim mas, considerando que muitos dos bloguenígenas da aldeia se iteressam sobre o assunto, achei que valia a pena partilhar esse pensamento e abrir o espaço para discussão.




domingo, junho 03, 2007

Viruja

Ok, sou um pai coruja...
E acredito em marketing viral.
Eis que, portanto, sugiro que conheçam e recomendo que compartilhem as músicas "demo" do CD em gravação da banda Kiwi Dilemma, que só não serão um grande sucesso se ninguém gostar ...
O Gui Ferrari (meu filho mais novo) é baixista e vocalista da banda.
Endereço para visitas:
My space (onde estão as musicas)
www.myspace.com/kiwidilema
fotolog (fotos da banda)
www.fotolog.com/kiwi_dilemma

Os garotos tem futuro ...