Intenção é uma palavra que tem um sentido coloquial bem mais suave do que seu sentido esotérico.
O melhor sinônimo coloquial para intenção é "propósito".
No campo esotérico, intenção não tem um sinônimo, mas pode ser descrita como um propósito absoluto, que une a mente, o corpo e a emoção para um objetivo determinado.
Esse alinhamento total não decorre de uma decisão ou desejo consciente, embora possa ser motivada por isso.
O fator determinante do alinhamento é o que poderíamos chamar de uma energia invisível que anima o universo. Corpo, mente e emoções se sincronizam com essa energia (já ouviram falar do conceito de sincronicidade, do Jung ?).
Um exemplo facilmente compreensível do ânimo da intenção é uma mãe partindo para socorrer o filho numa situação de perigo. Pensamento, corpo e emoção alinhados para um propósito absoluto: salvar o filho.
Pessoas "comuns" só experimentam a intenção, no sentido esotérico, em momentos como esse. No resto do tempo vivenciam apenas a intenção coloquial, ou seja, uma vontade, desejo ou propósito consciente, com base racional, emocional ou fisiológica. Uma das três. As vezes, duas das três. Raramente as três juntas. E, quase nunca, alinhadas com a energia universal.
Embora seja um mecanismo geralmente inconsciente, pode-se treinar a intenção a partir da prática de duas atitudes: o desapego e a impecabilidade.
O desapego é necessário para permitir a conexão com a energia universal. A impecabilidade (fazer sempre o melhor possível) desenvolve a energia interna necessária para estabelecer uma conexão estável e duradoura.
Isso tudo parece conversa de maluco, misticismo de fundo de quintal ou qualquer coisa assim.
Essa é uma característica própria dos conhecimentos esotéricos. As palavras não dão conta de expressá-los. É necessário experimentâ-los.
Observe as coisas mais simples. Um "bom dia" de um amigo, um beijo do namorado, o olhar de um desconhecido ou uma massagem (meu hobby atual). Se estiver atento e aberto para isso, você irá perceber a diferença entre o bom dia, o beijo, o olhar ou a massagem animados pela intenção e aqueles meramente protocolares. O bom dia educado, o beijo displicente, o olhar desatento ou a massagem técnica são inóquos, insignificantes. Que diferença enorme quando são praticados com intenção.
Crianças são naturalmente animadas pela intenção. Na medida em que crescem, incorporam atitudes que prejudicam essa capacidade de alinhar-se por inteiro com o universo. Fragmentam-se.
Sem nos darmos conta, terminamos assim, fragmentados.
Apesar da pobreza das palavras, essa postagem foi feita com intenção. Logo, de alguma maneira, deve sensibilizar o leitor.
O poder realizador da intenção é sutil e avassalador.
Vale a pena dedicar algum tempo para pensar no assunto.
terça-feira, novembro 30, 2010
domingo, novembro 28, 2010
Maria da Luz
Se você passar por São Sebastião, não deixe de visitar o Restaurante Maria da Luz, na ponta da praia do centro da cidade.
A casa é de nossos amigos, Udi (blogueira) e Tuca, um casal delicioso que merece a recomendação só por isso.
Mas o Tuca é um excelente mestre cuca ...
A comida é muito bem preparada (comemos uns "porquinhos" fritos deliciosos) e o preço poderia ser bem mais alto, pela qualidade e pelo charme do local.
Dizendo que são amigos do Flavio ainda vão ganhar uns caramelos na saida ...
A casa é de nossos amigos, Udi (blogueira) e Tuca, um casal delicioso que merece a recomendação só por isso.
Mas o Tuca é um excelente mestre cuca ...
A comida é muito bem preparada (comemos uns "porquinhos" fritos deliciosos) e o preço poderia ser bem mais alto, pela qualidade e pelo charme do local.
Dizendo que são amigos do Flavio ainda vão ganhar uns caramelos na saida ...
sexta-feira, novembro 26, 2010
Aprendendo com o vovô e a vovó ...
Vovó:
1. Se não pode falar bem, não fale nada
2. Em briga de marido e mulher, não se mete a colher
3. Em casa que falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão
Vovô:
1. Melhor ser rico e com saúde do que pobre e doente
2. Água de morro abaixo, fogo de morro acima e mulher quando quer dar, ninguém segura
3. Tudo tem explicação, mas a mais difícil é a do batom na cueca
quinta-feira, novembro 25, 2010
Voo diurno
Voo diurno é sempre mais longo. Ou pelo menos a sensação é essa.
O tempo demora mais para passar, a comida parece pior, o filme mais chato e as pessoas em volta não param de falar.
Nas poltronas atrás de mim, dois homens conversando.
Um deles com forte sotaque do interior de São Paulo, com “erres” vibrantes. Aparentemente, gerente de vendas de uma empresa de produtos técnicos. Ideias e opiniões definitivas sobre tudo, que expressa em voz alta, convicto de que todos os passageiros estão mais do que interessados em conhecer detalhes de sua vida, particularmente seu vizinho de poltrona.
O vizinho (melhor seria dizer, a vítima), de menor porte físico e mais contido. Provavelmente da zona norte da capital, imaginei, pelo jeito de falar e pela maneira educada de concordar.
Tenho que confessar que os moços eram entusiasmados. Conversaram ininterruptamente durante as quase 7 horas de voo.
- Dá para acreditar num negócio desses ? – disse o cara do interior, quase gritando.
- Como assim ? – perguntou o outro, buscando um pouco mais de informação para poder concordar.
- Essa crise ... todo mundo quebrou. E os caras não viram isso. Não tinham previsão ? Como é que pode ?
- Que caras ?
- Os caras que tinham que ver isso, pô ... como é que não viram ?
O outro parecia não estar convencido de que existiam pessoas com esse tipo de tarefa no mundo e concordou, timidamente.
- Hum, hum ...
- E o Obama, então ?
- Ô ...
- Muito tímido ... não dá para ser presidente assim.
- Tímido ?
- É ... está perdendo o apoio do congresso por causa disso ... é, desculpe a palavra, foda.
- Isso é ...
- E o impacto disso então ? Os Estados Unidos sustentam o mundo ... são 300 milhões de pessoas ... sabe lá o que é isso, véio ? Porque a China não briga com os Estados Unidos ? Porque são 300 milhões de pessoas que consomem ...
- Pois é ... 300 milhões.
-Já o Brasil tem outra dinâmica.
- Ah ... isso tem ...
- E não dá para mudar isso assim fácil .
- É, não dá mesmo...
- Tem que aprender a mudar as coisas ... piedade é você tirar a comida da boca do teu filho ... do teu filho, entende ? ... para dar para o outro...
- Pô ... difícil um cara na tua posição pensar assim ... vamos falar ...bacana. Numa posição importante, casado, com filhos ...
- Não tenho filhos ... tenho um cachorro ... mas para quem não tem filho, o cachorro acaba ficando um filho, véio ...
- Hu-hum ...
- Você entende mesmo ? Sabe como é ? ... Num tem amor como o amor de cachorro ...
- É bacana mesmo ...
- Você pode perder tudo ... dinheiro, casa .... tudo ...e ele continua junto com você do mesmo jeito !
- É .... ali, com você ... Gato não é igual.... - o rapaz da zona norte tentou emitir uma opinião própria.
- É sim ... quem não tem gato é que pensa que não é igual ... Mas é igual sim ... até mais ... você tem gato ?
- Não, mas já tive ... é igual mas é diferente ...
- É igual, véio, a mesma coisa ...
- Você tem gato ?
- Não, mas gosto muito ... tenho um amigo que tem ... leva para passear que nem cachorro.
- Não diga ?
- Até na praia ... fica dividindo o milho com o gato ...
- Gato come milho ?
- O dele come ... milho é uma coisa fantástica ... ninguém sabe de onde veio ...
- O milho ?
- É ... vê a história ... uma hora apareceu o milho e ninguém sabe como ...
- Não sabia ...
- Ninguém sabe direito ... mas também tem coisa que ninguém conta ...
- Isso é ...
- Sabe o chopp escuro ?
- Sei .. aquele escuro ...
- Então, as vezes você vai no bar e não tem chopp escuro, né ?
- Ia falar nisso mesmo ...
- Pois é, véio ... mas aí você toma chopp escuro mesmo assim ?
- Tomo ?
- Toma ... os caras dão um pó para o dono do bar misturar no chopp claro se acabar o chopp escuro ... aí você pensa que está tomando chopp escuro ... mas é o claro com o tal do pó ...
- Safadeza ...
- Pior é o que fazem com o whisky ... mas nem te conto.
- ô ... eu fui uma vez ... lá onde fabricam a Ypioca ... tem um lugar lá cheio de teia de aranha com umas garrafas que estão lá há mais de 60 anos ... e você perde mais de 2% do conteúdo por ano ...
......
(se alguém quiser que eu continue, é só avisar ... tenho 6 horas de registro)
quarta-feira, novembro 24, 2010
Para todos os gostos ...
Parece que a última postagem não foi muito popular ...
Mas a internet é assim, a gente pode postar qualquer coisa mesmo.
No extremo oposto sugiro a leitura da postagem da Paty Michele sobre a Cibercultura.
Minha postagem anterior, o comentário da Paty na postagem e a sua postagem sobre Cibercultura formam um quadro interessante sob muitos aspectos.
Como estou trabalhando e fora do Brasil no momento não vou ter tempo de fazer uma postagem ciber-metafórico-filosófica sobre o tema, mas pelo que conheço dos leitores do Arguta acho que não vou precisar ...
Beijos portoriquenhos ...
Mas a internet é assim, a gente pode postar qualquer coisa mesmo.
No extremo oposto sugiro a leitura da postagem da Paty Michele sobre a Cibercultura.
Minha postagem anterior, o comentário da Paty na postagem e a sua postagem sobre Cibercultura formam um quadro interessante sob muitos aspectos.
Como estou trabalhando e fora do Brasil no momento não vou ter tempo de fazer uma postagem ciber-metafórico-filosófica sobre o tema, mas pelo que conheço dos leitores do Arguta acho que não vou precisar ...
Beijos portoriquenhos ...
terça-feira, novembro 23, 2010
Na casa do Pedrinho
Essa é da Juliana, postada no facebook: "Vou na casa do Pedrinho é mais bonitinho do que "fazer o número 2".
É por isso que sou fã de propaganda bem feita ...
E falando nisso, vale a pena dar uma lida na postagem do Carlos lá no Vestiário Masculino, justamente sobre propaganda para mulheres (para quem ainda não leu).
É por isso que sou fã de propaganda bem feita ...
E falando nisso, vale a pena dar uma lida na postagem do Carlos lá no Vestiário Masculino, justamente sobre propaganda para mulheres (para quem ainda não leu).
domingo, novembro 21, 2010
Ser Humano
Sempre achei que o que verdadeiramente nos distancia dos outros animais é a capacidade de ir ao dentista.
Imagine-se convencendo um tigre a deitar numa cadeira de dentista para uma limpeza de dentes, pensando no seu prórpio bem futuro.
Ser humano é ter a capacidade de pensar no futuro e agir de forma planejada.
Aparentemente, essa é uma característica que desenvolvemos com o passar do tempo.
Bebes humanos se comportam de maneira semelhante aos demais animais, buscando a satisfação de suas necessidades imediatas e aproveitando o momento quando nada o incomoda.
Na medida em que vamos crescendo passamos a pensar no momento seguinte.
No começo, preocupamo-nos com coisas simples como "do que vamos brincar depois do almoço" ou "o que teremos para o jantar". Só muito mais tarde é que somos capazes de perceber as vantagens de um plano de previdência privada.
É essa caractarística que nos permite suportar coisas desagradáveis no presente com vistas para um bem maior no futuro. Trabalhar o ano todo para ganhar uma bonificação no início do ano seguinte é um bom exemplo.
Pensar em construir uma casa, plantar e fazer conservas (geléias e pickles) é o que garante nossa sobrevivência e resulta no progresso da civilização.
O risco é desenvolvermos tanto essa característica a ponto de deixarmos de viver o presente, de fazer como os outros animais ou nós mesmos na infância: cuidar das necessidades imediatas e aproveitar o momento.
Cuidar do futuro é bom, desde que isso não signifique adiar permanentemente a felicidade.
Imagine-se convencendo um tigre a deitar numa cadeira de dentista para uma limpeza de dentes, pensando no seu prórpio bem futuro.
Ser humano é ter a capacidade de pensar no futuro e agir de forma planejada.
Aparentemente, essa é uma característica que desenvolvemos com o passar do tempo.
Bebes humanos se comportam de maneira semelhante aos demais animais, buscando a satisfação de suas necessidades imediatas e aproveitando o momento quando nada o incomoda.
Na medida em que vamos crescendo passamos a pensar no momento seguinte.
No começo, preocupamo-nos com coisas simples como "do que vamos brincar depois do almoço" ou "o que teremos para o jantar". Só muito mais tarde é que somos capazes de perceber as vantagens de um plano de previdência privada.
É essa caractarística que nos permite suportar coisas desagradáveis no presente com vistas para um bem maior no futuro. Trabalhar o ano todo para ganhar uma bonificação no início do ano seguinte é um bom exemplo.
Pensar em construir uma casa, plantar e fazer conservas (geléias e pickles) é o que garante nossa sobrevivência e resulta no progresso da civilização.
O risco é desenvolvermos tanto essa característica a ponto de deixarmos de viver o presente, de fazer como os outros animais ou nós mesmos na infância: cuidar das necessidades imediatas e aproveitar o momento.
Cuidar do futuro é bom, desde que isso não signifique adiar permanentemente a felicidade.
sábado, novembro 20, 2010
Sobre o amor
Deu vontade de falar sobre o amor antes de dormir...
A quantidade de definições para o amor só é superada pela quantidade de reclamações.
Passeando pelos blogs, conversando com amigos, lendo, vendo TV, tenho a impressão de que o amor nunca é como as pessoas esperam que seja.
É impressionante como uma das melhores coisas da vida pode ser tão geradora de frustrações.
Eu acho que antes de aprender a ler e escrever, a fazer contas e classificar plantas e animais, a gente deveria ter a oportunidade de aprender a amar.
Não estou certo de que é possível ensinar a amar. Mas observo que é bastante comum atrapalhar o aprendizado.
Os pais, desde cedo, deixam claro para seus filhos que existem condições básicas para que eles sejam amados. Em 3 palavras: "corresponder às expectativas". Para ser amado pelos pais o filho precisa "ser" de uma determinada maneira. E o pior é que essa condição é imposta antes de que a criança tenha consciência de si mesma.
Me parece que seria melhor ajudar a criança a se conhecer e se aceitar. Aproveitar para conhecer a criança durante o processo. Pais não querem conhecer seus filhos. Querem que eles atendam suas expectativas.
Sou pai. E tenho que admitir que errei. Só descobri que isso era importante quando já era tarde demais.
Creio que é por isso que os avós são tão mais flexíveis com os netos. Querem conhecer e, portanto, permitem que eles sejam o que são.
Conhecer-se e aceitar-se são condições essenciais para desenvolver o amor por sí mesmo.
E amar-se é a primeira condição para poder amar outra pessoa.
Amar alguém começa por conhecer e aceitar essa pessoa.
Se o seu amor próprio é condicional, o amor pelo outro também será.
Se você se obriga a ser diferente do que é, vai exigir isso do outro também.
E é aí que começa a frustração.
O encontro de duas pessoas que não se amam, tentando amar um ao outro. Não tem como dar certo.
É por isso que costumo dizer que o amor moderno é o encontro de neuroses complementares. Funciona razoavelmente bem quando as disfunções não colidem.
A orientação religiosa também não ajuda. Na maioria das vezes os ensinamentos são conflitivos.
Ame Deus acima de todas as coisas. Seja temente a Deus. Dê a outra face. Ame o próximo como a ti mesmo. Seja caridoso (pense primeiro no outro). Seu corpo é a morada do senhor; cuide bem dele. Evite os desejos carnais. Faça jejum. Flagele-se. Bem aventurados os pobres, os aflitos, os que choram, porque deles será o reino dos céus. Você espera que Deus te ame, então siga os mandamentos.
Eu tenho comigo que se existe um Deus pai ele deve ser capaz de ser um pai melhor do que eu fui.
Se antes dos 50 anos descobri que amar começa por conhecer e aceitar, um Deus Pai jâ deve saber disso e vai me amar com todos os meus pecados.
Mas, lamentavelmente, nossos pais nos ensinam que o amor é condicional. A igreja ensina que o amor de Deus é condicional. Como podemos aprender a amar de outra forma ?
Por um momento, vamos esquecer de nossos pais e de Deus. Ou, se a segunda tarefa for difícil para você, pelo menos ignore as palavras dos intermediârios.
Dedique um tempo de sua vida para se conhecer e aceitar o que descobrir de coração aberto. Aprenda a gostar de você, com tudo aquilo que considere defeito ou qualidade. Mais para frente, esforçando-se um pouco mais, vai deixar de rotular suas carecterísticas como boas ou más. Você não é nem bom nem mau. É apenas você, a pessoa mais importante da sua vida.
Aproveite para se perguntar o que tem feito pela pessoa mais importante de sua vida (não esqueça, estamos falando de você mesmo). Tem se respeitado ? Se tratado bem ?
Comece devagar, cuidando de você mesmo. Colocando-se em primeiro lugar. Aos poucos, você vai aprender a gostar de você. E quando se der conta, vai estar se amando, do jeito que é, sem precisar se exigir ser diferente.
Aí você vai estar em condições de tentar isso com outra pessoa.
A quantidade de definições para o amor só é superada pela quantidade de reclamações.
Passeando pelos blogs, conversando com amigos, lendo, vendo TV, tenho a impressão de que o amor nunca é como as pessoas esperam que seja.
É impressionante como uma das melhores coisas da vida pode ser tão geradora de frustrações.
Eu acho que antes de aprender a ler e escrever, a fazer contas e classificar plantas e animais, a gente deveria ter a oportunidade de aprender a amar.
Não estou certo de que é possível ensinar a amar. Mas observo que é bastante comum atrapalhar o aprendizado.
Os pais, desde cedo, deixam claro para seus filhos que existem condições básicas para que eles sejam amados. Em 3 palavras: "corresponder às expectativas". Para ser amado pelos pais o filho precisa "ser" de uma determinada maneira. E o pior é que essa condição é imposta antes de que a criança tenha consciência de si mesma.
Me parece que seria melhor ajudar a criança a se conhecer e se aceitar. Aproveitar para conhecer a criança durante o processo. Pais não querem conhecer seus filhos. Querem que eles atendam suas expectativas.
Sou pai. E tenho que admitir que errei. Só descobri que isso era importante quando já era tarde demais.
Creio que é por isso que os avós são tão mais flexíveis com os netos. Querem conhecer e, portanto, permitem que eles sejam o que são.
Conhecer-se e aceitar-se são condições essenciais para desenvolver o amor por sí mesmo.
E amar-se é a primeira condição para poder amar outra pessoa.
Amar alguém começa por conhecer e aceitar essa pessoa.
Se o seu amor próprio é condicional, o amor pelo outro também será.
Se você se obriga a ser diferente do que é, vai exigir isso do outro também.
E é aí que começa a frustração.
O encontro de duas pessoas que não se amam, tentando amar um ao outro. Não tem como dar certo.
É por isso que costumo dizer que o amor moderno é o encontro de neuroses complementares. Funciona razoavelmente bem quando as disfunções não colidem.
A orientação religiosa também não ajuda. Na maioria das vezes os ensinamentos são conflitivos.
Ame Deus acima de todas as coisas. Seja temente a Deus. Dê a outra face. Ame o próximo como a ti mesmo. Seja caridoso (pense primeiro no outro). Seu corpo é a morada do senhor; cuide bem dele. Evite os desejos carnais. Faça jejum. Flagele-se. Bem aventurados os pobres, os aflitos, os que choram, porque deles será o reino dos céus. Você espera que Deus te ame, então siga os mandamentos.
Eu tenho comigo que se existe um Deus pai ele deve ser capaz de ser um pai melhor do que eu fui.
Se antes dos 50 anos descobri que amar começa por conhecer e aceitar, um Deus Pai jâ deve saber disso e vai me amar com todos os meus pecados.
Mas, lamentavelmente, nossos pais nos ensinam que o amor é condicional. A igreja ensina que o amor de Deus é condicional. Como podemos aprender a amar de outra forma ?
Por um momento, vamos esquecer de nossos pais e de Deus. Ou, se a segunda tarefa for difícil para você, pelo menos ignore as palavras dos intermediârios.
Dedique um tempo de sua vida para se conhecer e aceitar o que descobrir de coração aberto. Aprenda a gostar de você, com tudo aquilo que considere defeito ou qualidade. Mais para frente, esforçando-se um pouco mais, vai deixar de rotular suas carecterísticas como boas ou más. Você não é nem bom nem mau. É apenas você, a pessoa mais importante da sua vida.
Aproveite para se perguntar o que tem feito pela pessoa mais importante de sua vida (não esqueça, estamos falando de você mesmo). Tem se respeitado ? Se tratado bem ?
Comece devagar, cuidando de você mesmo. Colocando-se em primeiro lugar. Aos poucos, você vai aprender a gostar de você. E quando se der conta, vai estar se amando, do jeito que é, sem precisar se exigir ser diferente.
Aí você vai estar em condições de tentar isso com outra pessoa.
sexta-feira, novembro 19, 2010
Para te conhecer melhor ....
Não é uma história de lôbo mau.... ou talvez seja, quem sabe ?
Acho que foi Pearls que definiu caráter como um conjunto de respostas conhecidas para situações determinadas (ou algo assim). Para ele, segundo entendi quando lí há uns 30 anos, isso era um indicador de rigidez.
De qualquer forma, conhecer-me parece uma coisa importante. O reverso do enigma da esfínge grega: "decifra-te ou devora-me".
De uns tempos para cá percebi a utilidade de fazer coisas diferentes.
Situações novas não podem ser enfrentadas "no piloto automático". Fazem pensar, provocam emoções e pensamentos incomuns.
Excelente oportunidade para o auto-conhecimento.
Fiz um curso de teatro, aprendi mergulho autônomo, pulei de para-quedas, estou aprendendo massagem tântrica ...
Mas também estou me propondo desafios mais simples como conviver com um mouse "touchpad" surtado que inverte a leitura do movimento do dedo (quando passo o dedo para esquerda o mouse vai para direita), responder de forma diferente a situações convencionais, questionar algumas de minhas pequenas verdades ...
O resultado é surpreendente. Aprendi mais sobre mim nos últimos 5 anos do que nos 46 anteriores, porque tive a chance de reavaliar a auto-imagem que havia construído ao longo da vida.
Está certo que no meio do caminho teve um psicanalista, teve um psicanalista no meio do caminho.
Tropeçar também é um convite para prestar atenção no caminho.
Acho que foi Pearls que definiu caráter como um conjunto de respostas conhecidas para situações determinadas (ou algo assim). Para ele, segundo entendi quando lí há uns 30 anos, isso era um indicador de rigidez.
De qualquer forma, conhecer-me parece uma coisa importante. O reverso do enigma da esfínge grega: "decifra-te ou devora-me".
De uns tempos para cá percebi a utilidade de fazer coisas diferentes.
Situações novas não podem ser enfrentadas "no piloto automático". Fazem pensar, provocam emoções e pensamentos incomuns.
Excelente oportunidade para o auto-conhecimento.
Fiz um curso de teatro, aprendi mergulho autônomo, pulei de para-quedas, estou aprendendo massagem tântrica ...
Mas também estou me propondo desafios mais simples como conviver com um mouse "touchpad" surtado que inverte a leitura do movimento do dedo (quando passo o dedo para esquerda o mouse vai para direita), responder de forma diferente a situações convencionais, questionar algumas de minhas pequenas verdades ...
O resultado é surpreendente. Aprendi mais sobre mim nos últimos 5 anos do que nos 46 anteriores, porque tive a chance de reavaliar a auto-imagem que havia construído ao longo da vida.
Está certo que no meio do caminho teve um psicanalista, teve um psicanalista no meio do caminho.
Tropeçar também é um convite para prestar atenção no caminho.
quarta-feira, novembro 17, 2010
Fim do ano
Pois é ... o fim do ano já está aí ... Natal, Reveillon, Ano Novo ... festas familiares, férias ...
Nos próximos 45 dias o IEC (Índice de Estresse Coletivo) vai atingir seu pico.
O curioso é que estarão presentes todas as condições para acontecer o contrário.
O rítmo de trabalho tende a diminuir, vamos encontrar as pessoas queridas para celebrar, estaremos em férias por alguns dias, será início de verão. Tudo de bom ...
O problema é a neurose,
No trabalho, ninguém quer deixar nada pendente para o ano seguinte. A perspectiva de encontrar toda a família é prontamente associada aos assuntos não resolvidos e com forte carga emocional. A obrigação de se divertir ou fazer alguma coisa diferente e interessante acaba trazendo tensão e frustração para as férias e o calor vai ser infernal.
Acho que, começando agora, dá para se propor uma mudança de atitude para esse final de ano.
Essa é a proposta da minha nova O.N.E. "Novo Ano Novo" pelo edonismo de resultados abaixo da linha do equador.
Participe !
Nos próximos 45 dias o IEC (Índice de Estresse Coletivo) vai atingir seu pico.
O curioso é que estarão presentes todas as condições para acontecer o contrário.
O rítmo de trabalho tende a diminuir, vamos encontrar as pessoas queridas para celebrar, estaremos em férias por alguns dias, será início de verão. Tudo de bom ...
O problema é a neurose,
No trabalho, ninguém quer deixar nada pendente para o ano seguinte. A perspectiva de encontrar toda a família é prontamente associada aos assuntos não resolvidos e com forte carga emocional. A obrigação de se divertir ou fazer alguma coisa diferente e interessante acaba trazendo tensão e frustração para as férias e o calor vai ser infernal.
Acho que, começando agora, dá para se propor uma mudança de atitude para esse final de ano.
Essa é a proposta da minha nova O.N.E. "Novo Ano Novo" pelo edonismo de resultados abaixo da linha do equador.
Participe !
terça-feira, novembro 16, 2010
Poemeu pseudo-cibernétco
Solilóquios convergentes
na blogsfera:
Quimera ?
Relações diferentes ...
Alguns à espera,
outros ausentes.
(imagem Stockphotos)
domingo, novembro 14, 2010
Condição determinante
Nada de ouro ou diamente
A felicidade, meus caros
É a condição determinante
O peito do amante
feito de anteparo
(vejo em teus olhos claros)
é o que te deixa radiante
A felicidade, meus caros
É a condição determinante
O peito do amante
feito de anteparo
(vejo em teus olhos claros)
é o que te deixa radiante
quinta-feira, novembro 11, 2010
Diante do novo
Terminei a noite observando a reação de um amigo diante de duas experiências novas.
Observar o outro sempre nos dá a chance de aprender sobre si mesmo.
Incredulidade (negação), tentativa de voltar ao velho/conhecido (negociação), medo do desconhecido (inconformismo) e, com um pouco de sorte, vivência (aceitação) parece ser o padrão típico de reação de todos a coisas novas e impactantes.
São raras as vezes em que estamos abertos e desapegados o suficiente para "ver no que vai dar", queimando as etapas iniciais.
Mas se estamos conscientes do processo, fica mais fácil identificar nossos mecanismos de defesa e superar mais rapidamente as barreiras para a aceitação e, consequentemente, a vivência plena do novo.
Registro feito ... vou dormir.
Observar o outro sempre nos dá a chance de aprender sobre si mesmo.
Incredulidade (negação), tentativa de voltar ao velho/conhecido (negociação), medo do desconhecido (inconformismo) e, com um pouco de sorte, vivência (aceitação) parece ser o padrão típico de reação de todos a coisas novas e impactantes.
São raras as vezes em que estamos abertos e desapegados o suficiente para "ver no que vai dar", queimando as etapas iniciais.
Mas se estamos conscientes do processo, fica mais fácil identificar nossos mecanismos de defesa e superar mais rapidamente as barreiras para a aceitação e, consequentemente, a vivência plena do novo.
Registro feito ... vou dormir.
quarta-feira, novembro 10, 2010
Dormir faz falta
E o gafanhoto perguntou ao mestre:
- Mestre, porque quando a gente não dorme o suficiente, fica de mal humor ?
O mestre deu um profundo e relaxado suspiro, olhou para o céu onde uma pomba branca passava e pensou:
- Depois da noite de merda que eu tive, só falta essa pomba me cagar na cabeça ...
Mas, enfim, respondeu:
- Porque a mente precisa de descanso, gafanhoto ... Porque você não vai até a beira daquele precipício meditar um pouco enquanto comungo com o universo ?
- Mestre, porque quando a gente não dorme o suficiente, fica de mal humor ?
O mestre deu um profundo e relaxado suspiro, olhou para o céu onde uma pomba branca passava e pensou:
- Depois da noite de merda que eu tive, só falta essa pomba me cagar na cabeça ...
Mas, enfim, respondeu:
- Porque a mente precisa de descanso, gafanhoto ... Porque você não vai até a beira daquele precipício meditar um pouco enquanto comungo com o universo ?
terça-feira, novembro 09, 2010
No terceiro encontro
O Luiz, lá no Vestiário Masculino, decidiu que não vai mais para cama com uma mulher no primeiro encontro.
Vale a pena conferir ...
Vale a pena conferir ...
segunda-feira, novembro 08, 2010
PsyKick no Manifesto tocando Beatles
O show da PsyKick no Manifesto hoje foi perfeito. A banda ficou em terceiro lugar (entre as 50 participantes) e foi a que ganhou mais prêmios individuais.
O filhão arrasou no palco.
Trouxe uma palhinha para vocês. A gravação não está lá essas coisas, porque a câmera e o operador são amadores, mas dá para ter uma idéia da qualidade da banda.
O papai aqui vai dormir orgulhoso ...
domingo, novembro 07, 2010
Reclamando do domingo ?
Final de domingo chato ? Nada para fazer? Síndrome do Faustão ?
Bem ... você decide ! Se não quiser ficar em casa, sugiro um programa exótico: assistir à final do "Manifesto Rock Fest" com a banda do Rodrigo (meu filho), Psy Kick, que passou nas duas eliminatórias e disputará essa final.
Chamei de programa exótico porque acredito que a maioria dos frequentadores do Arguta não costuma participar de festivais de Rock ou ouvir bandas de rock "industrial" (rock pesado, voz, grutural, batida forte e metálica).
Mas como bem disse a Nina lá no Deveras Paixão, há que se perder as virginidades ...
O Festival começa as 18h00, razoavelmente no horário e a banda do Rodrigo é a primeira (logo, é bom chegar uns 15 minutos antes). Ingressos podem ser adquiridos na porta (acho que custam uns R$ 15).
Estarei lá ....
Manifesto Bar
Rua Iguatemi, 36 - Itaim Bibi
São Paulo, 01451-010
Fone: 3168-9595
sábado, novembro 06, 2010
Tropa de Elite 2 - Missão Cuprida
Estou longe de ser um especialista, mas fiquei orgulhoso do cinema brasileiro.
Tropa de Elite 2 fugiu da tradição das sequências e não repetiu a fórmula do primeiro filme. Também não se aproveitou do nome para rotular um filme diferente.
É, verdadeiramente, uma continuação, mas mostrando outros aspectos de uma mesma problemática, avisando desde o início: desta vez, o inimigo é outro.
O roteiro não é melhor nem pior do que o primeiro, é diferente e tão bom quanto. A produção dá a impressão de ser mais simples, mas de qualidade equivalente. A direção de atores, impecável. Acho que até melhor do que no primeiro.
O filme entusiasma menos a platéia porque é mais denso e tem menos ação. É mais "inteligente".
Os dois filmes são sedutores o que me parece essencial para quem quer ser assistido.
Acho que foi por isso que ninguém pediu para sair.
Tropa de Elite 2 fugiu da tradição das sequências e não repetiu a fórmula do primeiro filme. Também não se aproveitou do nome para rotular um filme diferente.
É, verdadeiramente, uma continuação, mas mostrando outros aspectos de uma mesma problemática, avisando desde o início: desta vez, o inimigo é outro.
O roteiro não é melhor nem pior do que o primeiro, é diferente e tão bom quanto. A produção dá a impressão de ser mais simples, mas de qualidade equivalente. A direção de atores, impecável. Acho que até melhor do que no primeiro.
O filme entusiasma menos a platéia porque é mais denso e tem menos ação. É mais "inteligente".
Os dois filmes são sedutores o que me parece essencial para quem quer ser assistido.
Acho que foi por isso que ninguém pediu para sair.
sexta-feira, novembro 05, 2010
Ficção ou Realidade
Dos tempos em que era sócio de uma agência de propaganda, guardo na memória algumas longas discussões que tive com jornalistas sobre sua visão crítica e negativa da publicidade.
Comum a acusação de que anuncios e comerciais visam enganar o consumidor, criar necessidades e forçar a compra de produtos.
Passou o tempo e, mesmo havendo me distanciado da atividade de forma direta, sigo seu defensor.
A boa propaganda não engana o consumidor porque, como diria minha avó, a mentira tem pernas curtas.
Criar necessidades é, convenhamos, muito mais difícil (e, portanto, mais caro) do que conhecer e atender as necessidades já existentes.
E, obviamente, ninguém pode ser "forçado" a comprar um produto, a não ser pelo governo.
Além disso, no final das contas, a esmagadora maioria das "propagandas" é explicita, ou seja, o consumidor sabe que está sendo impactado por uma mensagem de alguém que quer lhe vender um produto e pode se defender do discurso.
Já quando um jornalista decide vender uma idéia, não costuma avisar antes.
A imprensa brasileira evoluiu bastante nos últimos anos. O caso da "Escola Base", em 1994, foi um divisor de águas importante e levou toda a mídia a repensar sua atividade jornalistica e suas responsabilidades.
Entretanto, em anos de eleição a parcialidade velada de alguns veículos é escancarada, deixando claro que ainda temos muito para conquistar.
É fato que a "verdade" não pode ser retratada, por maior que seja o esforço do jornalista. Os fatos serão sempre parciais e passíveis de interpretações distintas. A bagagem educacional e cultural do jornalista sempre o levará, inexoravelmente, a ser tendencioso. Ai não há mal nem pecado.
O pecado, quando acontece, está na falta de transparência das intenções.
Comum a acusação de que anuncios e comerciais visam enganar o consumidor, criar necessidades e forçar a compra de produtos.
Passou o tempo e, mesmo havendo me distanciado da atividade de forma direta, sigo seu defensor.
A boa propaganda não engana o consumidor porque, como diria minha avó, a mentira tem pernas curtas.
Criar necessidades é, convenhamos, muito mais difícil (e, portanto, mais caro) do que conhecer e atender as necessidades já existentes.
E, obviamente, ninguém pode ser "forçado" a comprar um produto, a não ser pelo governo.
Além disso, no final das contas, a esmagadora maioria das "propagandas" é explicita, ou seja, o consumidor sabe que está sendo impactado por uma mensagem de alguém que quer lhe vender um produto e pode se defender do discurso.
Já quando um jornalista decide vender uma idéia, não costuma avisar antes.
A imprensa brasileira evoluiu bastante nos últimos anos. O caso da "Escola Base", em 1994, foi um divisor de águas importante e levou toda a mídia a repensar sua atividade jornalistica e suas responsabilidades.
Entretanto, em anos de eleição a parcialidade velada de alguns veículos é escancarada, deixando claro que ainda temos muito para conquistar.
É fato que a "verdade" não pode ser retratada, por maior que seja o esforço do jornalista. Os fatos serão sempre parciais e passíveis de interpretações distintas. A bagagem educacional e cultural do jornalista sempre o levará, inexoravelmente, a ser tendencioso. Ai não há mal nem pecado.
O pecado, quando acontece, está na falta de transparência das intenções.
quarta-feira, novembro 03, 2010
Asas e pés
"Não adianta dar asas a imaginação se não estamos dispostos a caminhar com os próprios pés."
(FFQ - Filosofia de fundo de quintal)
terça-feira, novembro 02, 2010
O.N.E.
Depois das ONGs, a moda agora sãos as ONEs, Organização Não Existente.
As ONEs tem grande vantagem sobre as demais organizações. Não precisam cumprir qualquer missão ou prestar contas do dinheiro recebido. Não podem ser acusadas de nada, não comprometem ninguém e não podem ser rastreadas.
Ainda assim, desde que se escolha um nome pomposo, podem conferir prestígio ao idealizador.
Uma ONE é o equivalente moderno de um Comitê. Podemos transferir responsabilidades para ela da mesma maneira como faziamos com os antigos comitês, mas com a vantagem de que ela não precisa ser dissolvida depois.
As melhores ONEs são aquelas dedicadas a temas relevantes e sobre os quais não se pode fazer nada.
Uma ONE pelo fim da Inversão Térmica é um bom exemplo. Como todos sabem, a inverão térmica é um fenômeno climático que atrapalha a dispersão dos poluentes nas grandes cidades, causando diversos males para a população. Digna de preocupação, portanto, e vale uma ONE.
Outra possibilidade interessante é criar uma ONE para temas insoluveis. Uma ONE para acabar com a Fome é o caso clássico. Você acaba com a fome pela manhã e à tarde ela já estará de volta. Como não dá para distinguir a fome matinal da vespertina, não há necessidade de fazer nada também.
Use sua imaginação e fique a vontade para criar sua própria ONE.
As ONEs tem grande vantagem sobre as demais organizações. Não precisam cumprir qualquer missão ou prestar contas do dinheiro recebido. Não podem ser acusadas de nada, não comprometem ninguém e não podem ser rastreadas.
Ainda assim, desde que se escolha um nome pomposo, podem conferir prestígio ao idealizador.
Uma ONE é o equivalente moderno de um Comitê. Podemos transferir responsabilidades para ela da mesma maneira como faziamos com os antigos comitês, mas com a vantagem de que ela não precisa ser dissolvida depois.
As melhores ONEs são aquelas dedicadas a temas relevantes e sobre os quais não se pode fazer nada.
Uma ONE pelo fim da Inversão Térmica é um bom exemplo. Como todos sabem, a inverão térmica é um fenômeno climático que atrapalha a dispersão dos poluentes nas grandes cidades, causando diversos males para a população. Digna de preocupação, portanto, e vale uma ONE.
Outra possibilidade interessante é criar uma ONE para temas insoluveis. Uma ONE para acabar com a Fome é o caso clássico. Você acaba com a fome pela manhã e à tarde ela já estará de volta. Como não dá para distinguir a fome matinal da vespertina, não há necessidade de fazer nada também.
Use sua imaginação e fique a vontade para criar sua própria ONE.
segunda-feira, novembro 01, 2010
Furia de Titãs
Acabo de assistir Fura de Titãs, que conta a história de Perseu, o mitológico herói grego, filho bastardo de Zeus, o maior deus grego e criador do homem.
Quem acompanha o Arguta sabe de minha predileção pelo politeísmo à grega, ou seja, com um deus para cada um dos desejos, capacidades e necessidades humanas.
Na história, Perseu, um semi-deus, resolve enfrentar Hades (o deus da terra dos mortos) para salvar a cidade de Argos (hoje Athenas) da destruição e sua princesa Andrômeda da morte.
Tudo gira em torno da tentativa dos homens de libertação dos caprichos dos deuses.
Duas coisas muito interessantes neste mito ... o fato de que o poder dos deuses depende da fé (adoração ou temor) dos mortais e a decisão de Perseu de enfrentar seus desafios como mortal e sem utilizar suas "regalias" de semi-deus.
O primeiro ponto explica porque é que os deuses gregos não existem mais. Até os próprios gregos decidiram transferir sua fé para um outro deus, único.
Vale comentar que a vocação politeística de parte da humanindade fez com que algumas de suas igrejas adotassem outras referências para adoração (como os santos, na igreja católica) para atender essa demanda.
O segundo ponto, a insistência de Perseu em lutar como mortal, instiga interessantes pensamentos sobre assumir a responsabilidade sobre seu próprio destino, ao invés de deixá-la na mão dos deuses.
Gostei muito do filme e recomendo.
Quem acompanha o Arguta sabe de minha predileção pelo politeísmo à grega, ou seja, com um deus para cada um dos desejos, capacidades e necessidades humanas.
Na história, Perseu, um semi-deus, resolve enfrentar Hades (o deus da terra dos mortos) para salvar a cidade de Argos (hoje Athenas) da destruição e sua princesa Andrômeda da morte.
Tudo gira em torno da tentativa dos homens de libertação dos caprichos dos deuses.
Duas coisas muito interessantes neste mito ... o fato de que o poder dos deuses depende da fé (adoração ou temor) dos mortais e a decisão de Perseu de enfrentar seus desafios como mortal e sem utilizar suas "regalias" de semi-deus.
O primeiro ponto explica porque é que os deuses gregos não existem mais. Até os próprios gregos decidiram transferir sua fé para um outro deus, único.
Vale comentar que a vocação politeística de parte da humanindade fez com que algumas de suas igrejas adotassem outras referências para adoração (como os santos, na igreja católica) para atender essa demanda.
O segundo ponto, a insistência de Perseu em lutar como mortal, instiga interessantes pensamentos sobre assumir a responsabilidade sobre seu próprio destino, ao invés de deixá-la na mão dos deuses.
Gostei muito do filme e recomendo.
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