quarta-feira, agosto 23, 2006
Reformas, mudanças e paciência
Esta semana vou dar uns pitecos no trabalho de uma equipe que vai estar dedicada a re-pensar seu modo de trabalhar. Farei parte do “sound board” (grupo de ressonância, que escuta e critica as idéias durante o desenvolver dos trabalhos, sem, entretanto, participar deles).
A idéia é re-criar a área, a partir do zero, “descolando” da situação atual.
Uma vez encontrada a estrutura ideal, gestor e equipe buscarão a melhor forma de promover as mudanças que levem a ela, num espaço de tempo razoável.
Mudanças .... palavrinha complicada essa.
Todo mundo que já reformou uma casa, apartamento ou escritório sabe muito bem o que acontece. A teoria é sempre muito mais simples do que a prática.
Orçamentos dobram e prazos triplicam. Isto para não falar das inúmeras dores de cabeça imprevistas, principalmente em relação aos empregados contratados para o serviço.
Pois é ... mudanças na empresa são ainda mais complexas. Porque significam que pessoas vão ter que mudar atitudes, hábitos, conceitos e, as vezes, até de posição.
Todas as vezes em que promovi ou fui catalisador de algum processo de mudança, ganhei vários inimigos momentâneos (alguns poucos perenes).
Absolutamente ninguém que tenha conhecido até o momento gosta de sair de sua área de conforto. Ainda que a área de conforto (aquilo com o que estamos acostumados) nem sempre seja realmente confortável, pouca coisa causa mais desconforto do que o desconhecido.
E é pior ainda quando o indivíduo está satisfeito. Não importa que seus companheiros não estejam ou que a empresa não vá tão bem como deveria. Sua reação será sempre “mudar para que ?” ou, “mudar agora ?” ou, “mas essa mudança ?” ou, mais sutilmente, “precisamos avaliar melhor ...”.
Dá muito mais trabalho convencer cada pessoa a aceitar e se engajar no processo de mudança do que realizar a própria mudança em si.
Por isso, se você está planejando implementar alguma mudança, calcule tudo como deveria ser, depois dobre o tempo necessário e triplique a paciência.
Vai precisar ...
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4 comentários:
Como a (ás vezes) desconfortável área de conforto é boa, quando o medo do desconhecido é grande demais...
E, repetindo o que já escreví sobre um comentário seu:Ah, a genética!
Como bem diz a Rosana Hermann, a genética é mesmo hereditária ...
Ela trabalhou com a equipe que descobriu sobre a ingestão de água?!
não ... mas escreve os inteligentíssimos texto do Pânico na TV ...
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