Capítulo 1 - A visita
Capítulo 2 - Sonhos e Safiras
Capítulo 3 - Um nome de mulher
Capítulo 4 - Perturbações Próximas
Capitulo 5 - A ponta do véu
Capítulo 6 - Segredos e Surpresas
Capítulo 7 - Lantejoulas
Libido e lascívia
A noite havia sido agradabilíssima.
Denise, a morena de seios fartos e olhar malicioso, estimulada por seu papel de cupido provocava Bruno a cada momento.
Gusmão era um voyeur. Não daquele tipo babão, com uma mão no binóculo e outra sabe-se lá onde.
Era um observador do comportamento humano, particularmente interessado nos três “esses”: sadismo, sedução e sexo. Libido e lascívia.
Por isso, lamentou perder a chance de bisbilhotar quando os pombinhos lançaram mão da desculpa do quarto chopp e fugiram para o banheiro.
- Masculino ou feminino ? – pensou, excitado.
Mas não seria educado deixar Cristine sozinha no balcão do bar.
Se bem que Gusmão nunca fora muito preocupado com filigranas sociais.
A verdade é que ele não queria se afastar de Cristine.
Uma das grandes vantagens de sua memória fotográfica associada ao aguçado raciocínio verbal era a surpreendente capacidade de falar horas sobre assuntos complexos sem comprometer uma parte significativa do cérebro.
Essa habilidade permitiu-lhe observar as reações de Cristine enquanto falava.
Estava encantado pelo sorriso franco e o olhar vivo, ambos refletindo marota ingenuidade.
A garota era brilhante.
Entendia, argumentava, deliciava-se com suas idéias mais ousadas.
- E com seios pequenos .... – esse pensamento era recorrente.
O tempo transcorreu de forma estranha aquela noite. Uma sucessão alucinante de momentos eternos.
Gusmão não se lembrava de haver sentido isso antes.
Como também estava certo de que Cristine tocara-o de uma forma muito especial.
Mulheres, para ele, costumavam ser um mal necessário.
Gostava do cheiro, da pele macia, dos lábios, daquele pedacinho do pescoço logo abaixo da orelha, da proximidade dos corpos e dos seios pequenos.
Adorava massageá-las lentamente, começando pelos dedos dos pés.
E seu maior prazer era vê-las gozar, olhando nos olhos, respirando suspiros, roçando os lábios.
O problema era depois. Os intervalos.
A única relação longa em sua vida havia sido com uma ninfomaníaca. Poucos intervalos.
Mas terminou, logo depois que começou o projeto de teleporte. Ele tinha pouco tempo. Ela, muita disposição.
Arranjou outro. Seu mecânico, que conheceu quando, ocupadíssimo, ele pediu que fosse buscar seu carro.
Gusmão sentiu que tinha que escolher entre ela e o mecânico. E todo mundo sabe como é difícil encontrar um bom mecânico.
Mas Cristine era diferente.
Ele estava adorando aquele intervalo. E nem haviam transado.
Cristine pareceu captar aquele pensamento e seus olhos brilharam com sutil brejeirice.
- Então ela também era uma leitora de almas .... – Gusmão pensou, embevecido.
Não se lembrava exatamente como haviam se despedido de Denise e Bruno. Mas pela pouco que havia escutado de um cochico de Denise sobre o que pretendiam fazer no carro, estava certo de que isso não era relevante.
Não conversaram sobre ir à casa dela. Foi natural. Ambos sabiam o que deveria acontecer.
Não falaram mais nada, a partir do momento em que entraram.
Olhares e toques suaves de arqueólogos.
Síncronos na mútua descoberta.
O ritmo crescente com a tensão candente.
Foram para o quarto.
Gusmão despiu-a, sem pressa.
Ela se deitou de costas, sem perder o contato com seu olhar.
Gusmão livrou-se das roupas com gestos firmes, ajoelhou-se a seu lado e começou percorrer seu corpo com o dorso da mão, com um sorriso sacana.
Seu corpo arrepiava-se ao toque da ponta dos dedos e os pelos loiros refletiam a suave luz do abajur.
Cristine entrecerrou os olhos, respirando profundamente.
Entre os cílios, percebeu os reflexos coloridos de um círculo de safiras pairando sobre ambos.
A lembrança dos sonhos ameaçou retornar.
Mas Gusmão já estava deitando-se sobre ela e procurando seus lábios entreabertos.
Ao lado da cama, o viajante do tempo assistia a tudo estupefato, com os olhos brilhando de ódio.
- Não a minha Cristine !!!!!
A noite havia sido agradabilíssima.
Denise, a morena de seios fartos e olhar malicioso, estimulada por seu papel de cupido provocava Bruno a cada momento.
Gusmão era um voyeur. Não daquele tipo babão, com uma mão no binóculo e outra sabe-se lá onde.
Era um observador do comportamento humano, particularmente interessado nos três “esses”: sadismo, sedução e sexo. Libido e lascívia.
Por isso, lamentou perder a chance de bisbilhotar quando os pombinhos lançaram mão da desculpa do quarto chopp e fugiram para o banheiro.
- Masculino ou feminino ? – pensou, excitado.
Mas não seria educado deixar Cristine sozinha no balcão do bar.
Se bem que Gusmão nunca fora muito preocupado com filigranas sociais.
A verdade é que ele não queria se afastar de Cristine.
Uma das grandes vantagens de sua memória fotográfica associada ao aguçado raciocínio verbal era a surpreendente capacidade de falar horas sobre assuntos complexos sem comprometer uma parte significativa do cérebro.
Essa habilidade permitiu-lhe observar as reações de Cristine enquanto falava.
Estava encantado pelo sorriso franco e o olhar vivo, ambos refletindo marota ingenuidade.
A garota era brilhante.
Entendia, argumentava, deliciava-se com suas idéias mais ousadas.
- E com seios pequenos .... – esse pensamento era recorrente.
O tempo transcorreu de forma estranha aquela noite. Uma sucessão alucinante de momentos eternos.
Gusmão não se lembrava de haver sentido isso antes.
Como também estava certo de que Cristine tocara-o de uma forma muito especial.
Mulheres, para ele, costumavam ser um mal necessário.
Gostava do cheiro, da pele macia, dos lábios, daquele pedacinho do pescoço logo abaixo da orelha, da proximidade dos corpos e dos seios pequenos.
Adorava massageá-las lentamente, começando pelos dedos dos pés.
E seu maior prazer era vê-las gozar, olhando nos olhos, respirando suspiros, roçando os lábios.
O problema era depois. Os intervalos.
A única relação longa em sua vida havia sido com uma ninfomaníaca. Poucos intervalos.
Mas terminou, logo depois que começou o projeto de teleporte. Ele tinha pouco tempo. Ela, muita disposição.
Arranjou outro. Seu mecânico, que conheceu quando, ocupadíssimo, ele pediu que fosse buscar seu carro.
Gusmão sentiu que tinha que escolher entre ela e o mecânico. E todo mundo sabe como é difícil encontrar um bom mecânico.
Mas Cristine era diferente.
Ele estava adorando aquele intervalo. E nem haviam transado.
Cristine pareceu captar aquele pensamento e seus olhos brilharam com sutil brejeirice.
- Então ela também era uma leitora de almas .... – Gusmão pensou, embevecido.
Não se lembrava exatamente como haviam se despedido de Denise e Bruno. Mas pela pouco que havia escutado de um cochico de Denise sobre o que pretendiam fazer no carro, estava certo de que isso não era relevante.
Não conversaram sobre ir à casa dela. Foi natural. Ambos sabiam o que deveria acontecer.
Não falaram mais nada, a partir do momento em que entraram.
Olhares e toques suaves de arqueólogos.
Síncronos na mútua descoberta.
O ritmo crescente com a tensão candente.
Foram para o quarto.
Gusmão despiu-a, sem pressa.
Ela se deitou de costas, sem perder o contato com seu olhar.
Gusmão livrou-se das roupas com gestos firmes, ajoelhou-se a seu lado e começou percorrer seu corpo com o dorso da mão, com um sorriso sacana.
Seu corpo arrepiava-se ao toque da ponta dos dedos e os pelos loiros refletiam a suave luz do abajur.
Cristine entrecerrou os olhos, respirando profundamente.
Entre os cílios, percebeu os reflexos coloridos de um círculo de safiras pairando sobre ambos.
A lembrança dos sonhos ameaçou retornar.
Mas Gusmão já estava deitando-se sobre ela e procurando seus lábios entreabertos.
Ao lado da cama, o viajante do tempo assistia a tudo estupefato, com os olhos brilhando de ódio.
- Não a minha Cristine !!!!!
9 comentários:
ui!
Como se diz poraí: sujô...
Gusmão tem cérebro de macaco: uma parte está comprometida com assuntos complexos e a outra com sexo... mas... que é isso? Sexo não é complexo, mesmo sem amplexo?
Viajante! Cristine foi dar uma volta... regressará? Aguarde novos e emocionantes capítulos!
Abraços.
António
Olá escritor,
Estou no capítulo dois, vou ler todos, para acompanhar o texto num todo.Tua escrita além de bela, é inteligente, palavras bem articuladas, rendadas. É sempre um prazer ler-te.
Voltarei.
Lindo fim de semana
Cris
Olá Flávio,
Obrigada pela visita e palavras
Sim, fique a vontade pra colocar o blog aqui na Arguta, é uma honra
Abraços,
Cris
Feito, Cristiana ...
E, meus amigos, recomendo a visita ao blog da moça.
A expressividade do traço é impressionante.
Tal qual o Tapadinhas,
desenha com entrelinhas.
Um círculo de safiras... Uaaaau!
Começa a aumentar a ansiedade pelos próximos capítulos.
Flávio,
A sua escrita é sempre um presente!!
É bom sentir a fantasia e imaginá-la na realidade...
Beijos
Flávio,
Realmente é um prazer ler seu texto:intenso, porém sutil...estou adorando!
Bjs
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