Correndo o risco de aborrecer o pessoal do Café, quero fazer uma última postagem (para o momento) sobre o tema.
Somos determinados pela nosssa carga genética, pela educação que recebemos e pelo meio que nos cerca (moral, costumes, ambiente).
Acreditamos ter uma "vontade" soberana, ou seja, sentimos que somos donos de nosso próprio nariz e que podemos decidir nossos passos com independência, ainda que influenciados pelos três fatores que mencionei acima.
A pergunta (instigante) que faço é se somos o "objeto" de nossa vontade (ela é a causa) ou se a vontade é consequência de quem somos.
A primeira opção pressupõe que a vontade é algo independente do corpo físico e de suas influências (uma alma ?) e que tem total autoridade para decidir, independentemente dos demais fatores.
Na segunda hipótese, nossas decisões são consequência de quem somos naquele momento e, embora nos pareça que decidimos com liberdade, não teríamos outra opção. Nossa vontade é determinada e, não, determinante.
É nesse caso que a idéia de "caráter", nossa forma habitual e constante de agir como reflexo de quem "somos", faz algum sentido.
Se assumimos a existência de uma "vontade independente" o caráter representa o mero cerceamento dessa vontade, que se dobra aos fatores externos a ela. Uma camisa de força.
E você ? Acredita em qual destas duas alternativas ?
Somos determinados pela nosssa carga genética, pela educação que recebemos e pelo meio que nos cerca (moral, costumes, ambiente).
Acreditamos ter uma "vontade" soberana, ou seja, sentimos que somos donos de nosso próprio nariz e que podemos decidir nossos passos com independência, ainda que influenciados pelos três fatores que mencionei acima.
A pergunta (instigante) que faço é se somos o "objeto" de nossa vontade (ela é a causa) ou se a vontade é consequência de quem somos.
A primeira opção pressupõe que a vontade é algo independente do corpo físico e de suas influências (uma alma ?) e que tem total autoridade para decidir, independentemente dos demais fatores.
Na segunda hipótese, nossas decisões são consequência de quem somos naquele momento e, embora nos pareça que decidimos com liberdade, não teríamos outra opção. Nossa vontade é determinada e, não, determinante.
É nesse caso que a idéia de "caráter", nossa forma habitual e constante de agir como reflexo de quem "somos", faz algum sentido.
Se assumimos a existência de uma "vontade independente" o caráter representa o mero cerceamento dessa vontade, que se dobra aos fatores externos a ela. Uma camisa de força.
E você ? Acredita em qual destas duas alternativas ?
18 comentários:
ID = pulsão. Os instintos do inconsciente do homem primata, não os controlamos. Pulsão de comer, transar, dormir, etc.
Superego = O "Caráter" . "Meninas más não fazem isso, ou aquilo". Algo que desenvolvemos através da família (meio) para agradar, e conhecer as regras sociais (meio).
Ego = queda de braço entre id e superego. Resulta em nossa personalidade, o que desejamos..
Homem que decodificou o código genético = ex-ateu. A "linguagem de Deus", a inteligência ainda descortinada.
A vontade = nosso ego. Desejo não mandamos, mas o resultado final, nossa responsabilidade.
A realidade = vamos tropeças diversas vezes. E, ainda mais, todos teremos caminhos diferentes, porém iguais tendo em vista da evolução.
Um chocolate pra começar a semana, ainda que engorde um pouco. =)
Se somos considerados minimamente normais para os padrões da sociedade, acredito que nossas vontades são meras consequências...
Se formos considerados loucos...existe alguma chance de termos a vontade como causa, mas mesmo assim, nem sempre!!!
Beijos
Acredito que nossas vontades são consequência/determinadas de/por quem somos. Se fôssemos outro, se tivêssemos tido outras experiÊncias pra chegar onde estamos nossas vontades seriam outras...
Adorei teu texto, aliás os dois...
Beijos determinados :-)
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Obrigada!)
Ótimo texto, até nos deixa divididos por alguns momentos... Mas a conclusão é uma só: vontade é consequência! Sempre única por vir de pessoas distintas e determinada por cada um de nós, com seu caráter e personalidade. Já pensou como seria ainda mais louco o mundo se a vontade fosse independente do seu próprio dono e tivesse vida própria, levando todo mundo a fazer o que quisesse, na hora que quisesse? Bom demais, mas nem tanto... E o bom senso?
Quem decide aqui sou eu, e não minha vontade. E ponto final.
adorei o texto! ja comecei minha semana com mais um devaneio!
Acredito que a vontade é consequencia, depende de quem somos, que como voce escreveu é a soma de alguns fatores: genetica + ambiente; e por isso as vontades vao mudando, amadurecendo, ou assim prefiro acreditar!
pra responder assim, de bate-e-pronto, fico com a segunda opção; mas ainda assim, acho válido ressaltar a importância do MOMENTO (ambiente?), que define se o que vai imperar é a consciência ou a "pulsão"... Será que ficou contraditório?
Ai... assunto longo...
Óh! Mais uma dúvida cruel lançada pelo Prícipe: o que é vontade e o que é impulso? Pressão do meio? Visão moral? Ética? Desejo?
Existe um trabalho primoroso de Oscar G. sobre a "face oculta da mente" que não está ligada aos fatores biólógicos.
Todo fato é parte de uma verdade, não a verdade inteira que envolve a necessidade da leitura sensorial da mente e do pensamento. A vontade
seria uma "conseqüencia" se ocorresse, no caso da presença de vicios e deformações morais, a cura pelo desejo. Se fosse a "causa" entrariamos nos fenomenos
da parapsicologia que definiria
a chamada "herança" do espirito.
Fico com o Ernesto, já que não consegui detectar, cientificamente, quem nasceu primeiro se a galinha ou o ovo, apesar de todo esforço de Darwin
em tentar comprovar o processo evolutivo.
Coisas intrigantes estão ocorrendo neste Café.
Louvo o Príncipe.
Lemos
Aaah! a boa e velha discussão sobre o livre arbítrio do Rodrigo...
Creio que terei que consultar o Dysfemismo antes de expressar minha opinião, caso contrário, corro risco de entrar num outro looping... risos!
É! Parar pra pensar se nossos atos são NOSSOS por querer ou consequências de uma circunstância (QUE NAO É NOSSO) é complicado...
;D
Você é sempre gentil nos comentários e eu sempre leio teus textos... vou começar a comentar mais e vou adicioná-lo na minha lista de blogs.
Só pra deixar o compromisso mais sério haha
beijos
Excelentes reflexões sobre a personalidade humana e suas idiossincrasias.
Oie,
Também acho que somos influênciados pelo meio de convívio, pela educação e costumes da famíla principalmente, a agregação de valores e tals...
Mas isso não impede de reavaliar alguns desses conceios e valores. Sempre vai haver dois caminhos a se tomar, um certo e um errado,o yin e o yang, mas, o que decide para que lado vamos, que rumos tomamos, qual a atitude a ser tomada, é a nossa conciência de certo e errado,de bom e ruim.Do que é realmente relevante para nós.
Valores.
bjinhos
Pois é ... sempre tenho mais perguntas do que respostas....
Mas do ponto de vista do indivíduo, não faz diferença. Mesmo sendo consequência (minha opçao preferida), percebemos a vontade como nossa e independente.
Simone: bem vinda. Você é, provavelmente, a leitora mais jovem do Arguta. Se achar que estamos pegando pesado por aqui, feche os olhos... bj.
:)
kiss
tá lá! achei! ...na verdade, tá aqui é do dia 7 de agosto de 2007 - Teoria da Irresponsabilidade. Nos comentários é que está toda a essência:
http://arguta.blogspot.com/2007/08/teoria-da-irresponsabilidade.html
...eu diria que é relativo.
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