segunda-feira, março 29, 2010
A era da atenção
Pode ser apenas mais um dos muitos paradoxos desta época paradoxal, mas não deixa de ser interessante ...
A TV já é de led, o cinema é 3d, som stereo é coisa de radinho de pilha (se é que você ainda sabe o que é isso) e as mensagens chegam até você através de multiplas plataformas.
Tudo salta sobre os seus sentidos para chamar sua atenção.
E, justamente por causa disso, você já não presta atenção em nada.
Lí em algum lugar que uma pesquisa realizada na Inglaterra há alguns anos apontava para uma redução no QI médio da população e culpava o excesso de informação e a consequente superficialidade do seu consumo. Too bad.
E eis-me aqui concentrado em escrever essa postagem enquanto assisto CSI, pensando no que preciso fazer amanhã cedo...
E porque é que fazemos várias coisas ao mesmo tempo, sem dedicar muita atenção a cada uma delas ?
Minha teoria é a de que o excesso de estímulos interessantes está causando um surto de DDA coletivo (disturbio de defict de atenção) de consequencias imprevisíveis.
E só tende a piorar, na medida em que a batalha por nossa atenção vai aumentando.
Pode ser uma boa idéia tomarmos algumas medidas preventivas, como praticar coisas que focalizem ou desconectem a atenção, como montar aeromodelos ou fazer meditação.
Eu sugiro um exercício divertido: fazer uma massagem no namorado ou namorada. prestando a máxima atenção na reação dele (ou dela) a cada ponto tocado.
Fácil de fazer e, provavelmente, recompensador.
(imagem www.griskipper.com)
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8 comentários:
nossa e hj eu fiz isso no meu marido mas o pior q q qrem logo transar kk.
bjossss...
Baaaaaah...
Aí tu tocou num ponto interessante, mesmo!
Boa sugestão, FF!!!! Claro, a última, eu que não quero montar e desmontar aeromodelos!
Beijos, Jana
Flávio, a idéia é excelente, mas atente para que TV seja desligada.
Nada mais broxante que fazer aquela massagem sem graça, com um olho grudada na TV...rs
As reações não devem passar desaparcebidas...rs
Beijos!
Assunto instigante... Outro exercício bom, se bem que não tão gostoso quanto o teu, aprendi com minha avó que viveu até os 100 anos:
Todas as noites, antes de dormir, memorizar uma estrofe de um poema...
Beijos
Anne
De fato, hoje, temos opção de acesso a tantas informações. O tempo de duração das coisas é infinitamente menor, logo tornam-se obsoletas.
Vivemos numa época do descartável!
Gostaria de mais calma para abosrver notícias/conhecimento e também para curtir mais aquilo que adquirimos sem nos preocuparmos se uma semana depois já lançaram uma versão com mais recursos.
Um beijo,
Isadora
massagem é tudo de bom...
E pensar só o presente é eterno... :/ ficamos dedicando tempo ao que foi [sólido como rocha] e ao que será [névoa que só se concretiza com as sementes que deixamos de plantar no agora]... :/
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