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quinta-feira, junho 16, 2011

Jogar conversa fora

Eu sinceramente invejo a capacidade que algumas pessoas tem de jogar conversa fora, como se a vida fosse infinita e não houvesse nada mais importante para fazer.
O único momento da minha vida de que me lembro haver sido capaz disso foi na adolescência, conversando com namoradas.  Era capaz de passar uma hora no telefone num dialogo do tipo "...desliga você ... ah, desliga você ... eu, não .. deliga você...".  Era a compulsão da conexão e, admito, não tinha repertório para coisa melhor.
Hoje sou impaciente com telefones e outras formas de conectividade não presencial. 
E, no corpo a corpo, prefiro o silêncio do que o papo-furado.  O silêncio aproxima e revela.  Falar à toa é uma defesa contra isso.
Para não ser mal entendido: não estou defendendo que todas as conversas precisam ser sérias e com "conteúdo".  Aliás, adoro falar bobagem.  Isso tem um sentido.  Diverte.  Apenas me aborrece o uso da palavra para preencher um espaço vazio que, pelo menos no meu caso, não existe.
Eu vivo com a sensação de que a vida é muito preciosa para ser jogada fora.
Mas não sei se isso é bom ou ruim.. É como sou.  Talvez intenso demais.

11 comentários:

Nanda Assis disse...

rs chega um momento que não temos mais tempo pra coisas bobas. queremos ir logo direto ao ponto!

bjos...

Batom e poesias disse...

Acho isso bom.
Já me atualizei e quse matei a saudades.

bjs

Rossana

Carla P.S. disse...

É ótimo ser intenso. Há um abismo onde eu vejo meus erros e perdas de tempo, que são o que mais me completa hoje em dia. Quem é intenso gosta de aproveitar tudo.

Ane Sik disse...

Flávio...
Tenho certo medo do silêncio...as vezes eu acho que até "qualquer coisa" é melhor que Ele... bjo bjo

Noeli da Fonseka disse...

Entre a prata e o ouro.

Bom Fim de Semana.

Cristiane disse...

O silencio aproxima e revela, especialmente quando se esta presente, porque o olhar fala mais do que as palavras. Bjs

Flavio Ferrari disse...

Nanda: isso é que é objetividade ...

Flavio Ferrari disse...

Rossana: sempre bem vinda.

Flavio Ferrari disse...

Carla: e você não é ???

Flavio Ferrari disse...

Cristiane: como diz a sabedoria popular, que as vezes é sábia mesmo, os olhos são o espelho da alma.

Anne M. Moor disse...

Os momentos de silêncios significativos acompanhados são preciosos.