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sábado, novembro 24, 2007

Desequilíbrio galopante

Anne falou do sódio lá no Life..Living.
Inspirou-me a comentar o óbvio: nossa espécie sofre de desequilíbrio galopante altamente contagioso.
O Rodrigo diria "fodemos o mundo como a nós mesmos".
Eu, que sou mais light, prefiro afirmar que "inconformados com as limitações de nossas condições naturais buscamos alternativas para superá-las, afetando o equilíbrio sistêmico".
Fato é que o que chamamos de equilíbrio é um processo dinâmico.
Os movimentos reativos às nossas ações sobre nós memos e o mundo são uma resposta a nossas interferências em busca de um novo ponto de equilíbrio.
Como as interferências são muitas e constates, o dinamismo do processo assusta.
E vai ficando pior, porque tentamos consertar, interferindo mais.
Há que assumir: o futuro não é mais como antigamente, e não será.
Somos mais de 6 bilhões de humanos em todo o planeta, quando 600 mil seria um número bem mais razoável.
Qualquer solução sistêmica séria em busca do equilíbrio planetário implicaria em uma drástica redução da população (se não como ato, como consequencia).
Basta ver que, se não fizermos nada, isso acontecerá "naturalmente".
Claro que, como fica difícil aceitar isso, buscamos sustentar o desequilíbrio.
E, sem fazer juízo de valor, acho que vamos conseguir por muitos anos, talvez séculos.
Enquanto isso, podemos nos distrair trazendo o conceito para nosso mundo particular, e matar o tempo analisando nossos desequilíbrios sustentáveis.


20 comentários:

Anônimo disse...

EBA!!! Ainda bem que durou pouco...

Adorei como sempre!!

Beijos

Anne M. Moor disse...

E tentando equilibrá-los... :-) Eu sei que não dá pra ficar neurótica com essas coisas e eu sou 'far from' neurótica, embora de vez em qdo me encontro caindo numa vala que não me agrada... Acho que estou ficando velha!!!!!!!!!

Anne M. Moor disse...

Tiiiiiiiiiiiii... Saudades... Sumiste???????????
Bjos

R. disse...

hm...o mundo com 600 mil pessoas....
ia melhorar o trânsito..hahahah...

disse...

Sua clareza de raciocínio nunca deixa de me surpreender. Muito bom.
Bj.

Suzana disse...

Bem melhor que o equilibrio insustentavel, não acha?

bjs

Walmir Lima disse...

O duro é achar o equilíbrio.
Sempre que fui equilibrado (e isso foi a maior parte da minha vida), disseram que eu deveria ser mais solto e gozar a vida.
Sempre que fui mais relax e procurei gozar a vida, me chamaram de irresponsável.
Assim está ficando insustentável!

Jorge Lemos disse...

Alguém, lá no passado, um tal de
Haeckel (1866) teve a idéia de dar nome ao conjunto organizado de conhecimentos relativos aos laços que unem organismos e organizações vivas. Gostamos de dar nome a tudo como se quizessemos explicar
as coisas. Sempre a individualidade
é extremamente mais perigosa que o coletivos pois esquecem-se que a maior parte dos seres vivos empreende sua caminhada pela vida utilizando percursos altamente complexos e perigósos em busca de adaptações progressivas a condição de vida que variam constantemente e, frutos também de uma educação que se modifica semepre com o tempo. Denomina-se para estes momento de ecofases.
Este nosso instante, talvez, ainda não tenho certeza plena, está sendo o mais dificil de atravessar dentro do processo histórico.
Seu texto Principe, inspira reflexões profundas sobre este estágio. O perigo é a ação politica
do poder que pode e phode.

Anônimo disse...

Anne,

Acho que ainda estou buscando o equilibrio em cima da linha do tempo....

Anne M. Moor disse...

Walmir e Ti: E qdo a gente encontra o equilíbrio, acontece alguma coisa que desequilibra tudo de novo!!!!!!!!!!!!! A vida é isso... Há que se escutar o coração...

Érica Martinez disse...

"Equilíbrio insustentável"...
è isso mesmo, Suzana, complementando com o que a Anne disse, quando tudo fica calmo (e calmaria parece ser sinônimo de equilíbrio) lá vamos nós, bagunçar o quebra-cabeças e começar tudo de novo...
Por isso sempre caio naquele texto do Veríssimo: "se a virtude estivesse no meio termo, o mar não teria ondas..."

Érica Martinez disse...

Flávio: Legião, hein?!! Gostei!
Essa é uma das minha músicas preferidas deles: "Índios" e na versão acústica, incrível...

Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha

zuleica-poesia disse...

Sem bancar a China, como vamos aconselhar os jovens a não terem mais filhos? Pois se o próprio sistema de alguns países querem estimular o nascimento dentro de suas fronteiras!. Somos um poço de contradição. Ainda bem que vejo meus amados lidando razoavelmente com esses problemas.-Saudades! Beijos!

Udi disse...

"Índios"!(thanks por indicar o contexto da frase, Erikinha! fiquei um tempão tentando lembrar...)
FF, jeito divinamente simples de falar de um assunto difícil - ao menos prá mim - de expressar.
E ainda tem 2 outros versos dessa mesma canção da Legião que gosto:
"E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi."

Flavio Ferrari disse...

Agora me embananei ... onde é que o Legião entrou nesse assunto ?

Anônimo disse...

Oi Flavio, tudo bem?
Vc como sempre mandando muito bem nos textos né?
Fazia um tempinho que não deixava um comentário...
Estou com saudades de conversar com vc.
BJossss

Érica Martinez disse...

"o futuro não é mais como era antigamente"
subconscientemente armazenada, então, Flávio... Ouve Legião, vai... Só um pouquinho! ;-)

Udi disse...

FF: eu tinha quase certeza que você faria essa pergunta!
Bom exemplo da diferença entre conhecimento e sabedoria: o teu caso é de sabedoria (tietagem descarada, nénão?!)

Flavio Ferrari disse...

Meninas .. eu ouvi muito o Legião ...
Mas sou péssimo para lembrar da "fonte"..
Meus pensamentos não são meus...
Me foram dados, absorvidos, para depois serem regurgitados...
A cada poemeu ..

san disse...

e porque buscar sempre o equilibrio?

bjs sandra