A idéia surgiu durante a festa de aniversário de 50 anos de uma amiga.
Todos preocupados com a bebida, em função da lei seca. Os poucos fumantes presentes recebendo aquele olhar de desdém da maioria politicamente correta. Qualquer menção mais picante sobre sexo gerava olhares indignados. Açucar na caipirinha de saquê era o sinônimo de droga ilícita. Enfim, uma noite típica da elite paulistana adulta, onde não se pode mais nada.
Um pequeno grupo próximo ao balcão das bebidas, do qual fazia parte, formou o núcleo da incipiente resistência.
Provavelmente devido ao efeito alucinógeno do açucar, considerávamos a hipótese de arrendar uma ilha e fundar mais uma republiqueta latina: a Ilha de Pode-Pode.
O conceito básico seria a liberdade individual como valor inegociável. O único fator limitante aceitável seria a liberdade do outro. Mas mesmo essa, embora sempre respeitada, poderia ser testada sem que isso fosse considerado algum tipo de assédio passível de punição.
Passamos rapidamente pelas questões filosóficas inerentes ao propósito da causa e à execução do projeto, aprovando a moção de que cada um poderia filosofar o quanto quizesse quando lá estivéssemos.
E rapidamente a conversa descambou para o faríamos de diferente do que estavávamos fazendo hoje, caso Pode-Pode se transformasse em realidade.
Papo interessante e inspirador.
Mas como prefiro mais ação e menos conversa, instituí a casa da namorada como embaixada provisória de Pode-Pode e pedi refúgio imediato.
Todos preocupados com a bebida, em função da lei seca. Os poucos fumantes presentes recebendo aquele olhar de desdém da maioria politicamente correta. Qualquer menção mais picante sobre sexo gerava olhares indignados. Açucar na caipirinha de saquê era o sinônimo de droga ilícita. Enfim, uma noite típica da elite paulistana adulta, onde não se pode mais nada.
Um pequeno grupo próximo ao balcão das bebidas, do qual fazia parte, formou o núcleo da incipiente resistência.
Provavelmente devido ao efeito alucinógeno do açucar, considerávamos a hipótese de arrendar uma ilha e fundar mais uma republiqueta latina: a Ilha de Pode-Pode.
O conceito básico seria a liberdade individual como valor inegociável. O único fator limitante aceitável seria a liberdade do outro. Mas mesmo essa, embora sempre respeitada, poderia ser testada sem que isso fosse considerado algum tipo de assédio passível de punição.
Passamos rapidamente pelas questões filosóficas inerentes ao propósito da causa e à execução do projeto, aprovando a moção de que cada um poderia filosofar o quanto quizesse quando lá estivéssemos.
E rapidamente a conversa descambou para o faríamos de diferente do que estavávamos fazendo hoje, caso Pode-Pode se transformasse em realidade.
Papo interessante e inspirador.
Mas como prefiro mais ação e menos conversa, instituí a casa da namorada como embaixada provisória de Pode-Pode e pedi refúgio imediato.
28 comentários:
nada como uma saída pela tangente...
bom domingo!
Desculpa a ignorância! Isso que relata, é lei actual?
:-C
Abraço.
António
Pode, não pode... Isso existe desde sempre e sempre continuará a existir, mas, pra mim, o que importa é o respeito a si e o respeito ao outro. O resto é o resto...
Beijos e bom domingo
António:
É não. A polícia resolveu apertar o cerco sobre quem dirige bêbado(a) e isso ficou conhecido como "lei seca". Podes beber o quanto queiras. Só não podes sair por aí atropelando postes depois.
Flávio:
De tão antigas as idéias dessa tua ilha, de tão arcaicos os princípios de liberdade individual que periga passar de Ilha de Pode-Pode para Terra de Phode-Phode. Sem camisinha.
Já há algum tempo tenho minha ilha de Pode-Pode em você!
Um beijão
Nessas horas me pergunto... Será que somos tão inteligentes assim como humanos?
A vida poderia ser bem mais simples...
Flávio,
Refúgio sempre a disposição!!!
Beijos
Poderia eu abrir uma cafeteria lá? Funcionaria 24 horas, que nem posto de gasolina...Eu teria o talento do Pablo Neruda, chocolates que não engordam e a presença do Cazuza, tomando cafés com whiskys..
Brindaria,então, o hedonismo, sem me sentir mal, visto que seria o certo, o politicamente aceitável, o moralmente tolerável.
Um brinde!
Hehehe
Saída de mestre a sua hein!
como diria o Leão da montanha:" Saída pela direita!" KKKKK
Adoro!!!!
bjinhos
...e eu bem disse que a Ti resolvia a tua questão.
(e eu odeio usar esse termo: "eu não disse?")
bj
Ou Pod-Pod, para colocar numa linguagem "muderrrna"... rs
É a humanidade andando na contra-mão dos anos 60/70... O que está acontecendo? Tanto barulho por nada?
Eu também quero-quero ir pra Ilha de Pode-Pode! Posso?
Principe
Maldita maçã. Ali se instalou a Olha do Pode não Pode.
Sua utópica mensagem nos liga a um pensamento clássico: só sou dono de três coisas; minha escova de dente, minha protese dentária e a minha mulher.
A mulher veio por gravitação e passei a fazer parte, tambem, da propriedade dela.
Vemos aí o pensamento bechoriano
da liberdade plena, com o limite
pelo que a Anna determina: o respeito a si e o respeito ao outro.
Ernesto escreve com a cartilha que aprendeu, lá,aquela. antes da reforma da lingua pela LeibCapanema.
Pharmácia e Phosphoro.
Quando for pra Pode-pode me chama!
Estou precisando de umas férias...
E, falando em férias, lembrei de quando adolescente fui à Disney e lá, em qualquer fila, antes da diversão tinha um sermão: no drink, no food, no flash fotograph...
Um bando de não-pode na terra da diversão.
Ups! Photoghaphy...
Teresa e Tata: o leão da montanha sempre foi um dos meus personagens preferido ...
Tapadinhas: o phode-phode (aceitando a sugestão do Ernesto) é a mais antiga das leis da natureza...
ps - a outra o Ernesto já explicou
Anne: todo mundo lá diz que respeita todo mundo ...
Ernesto: sem camisinha ? Tá querendo comprar briga com a Teresa ?
Glaura: esssa afirmação soou meio insestuosa ...
Ti: ainda bem que estamos podendo ...
Carla: já reservei o ponto para você.
Udi: pode dizer eu não disse lá em Pode-Pode.
Érica: vou levar um animal de cada tipo no barco. Tá convidada.
Jorge: adorei a história da gravitação ...
Amanda: o que você esperava dos americanos ?
Foi apenas afetuosa...
putz... agora estou pensando em qual tipo de animal me encaixo...
talvez seja melhor nem perguntar.
Aaaaahhhhh, tem lugar para mim em Pode-pode????
Não aguento mais os "política-ecológica-socialmente corretos"!!!!! Um pouquinho de açúcar na caipirinha não faz mal a ninguém!!
Texto perfeito - como sempre -, Flávio!
Beijinhos!
Parece que na nossa imaginação o paraíso poderia existir.
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