Lí no blog CPI Brasil (que figura na lista da turma que acompanha o Arguta, tks) uma nota indicativa de que os tempos são outros.
Uma recente alteração do nosso código penal, feita em Agosto/09, cria a figura dos "Crimes contra a dignidade sexual" e altera a tradição secular de que apenas os homens podiam ser figuras ativas e as mulheres figuras passivas do crime de estupro.
Na formato anterior, o crime de estupro era caracterizado como "Constranger a mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça", ficando implícito que só a mulher poderia ser vítima daquele crime.
A nova definição para o crime, mais abrangente, passa a ser "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso".
segunda-feira, agosto 31, 2009
domingo, agosto 30, 2009
Quando não é a sua praia ...
Dica do Rodrigo ... um dos comerciais do Buenos Aires Independent Film Festival, premiado em Cannes ... Vale a pena assistir. É genial !
sábado, agosto 29, 2009
O sentido da vida
A pergunta fundamental da humanidade: qual o sentido da vida ?
De tudo que li e que conversei à respeito, ainda não encontrei alguém que ofereça uma resposta inquestionável.
Bem ... se filosofos melhores do que eu dedicaram boa parte de suas vidas em busca do sentido dela, pouco provável que eu, que gasto meu tempo vivendo, encontrasse ...
A solução universal para essa questão (não a resposta, mas um atenuador da ansiedade) é a criação dos deuses.
Não importa qual o seu credo, deuses explicam a existência.
Azar dos agnósticos, ateus e seres de pouca fé.
A esses, resta buscar um sentido para a própria vida. Tarefa árdua.
O interessante desta questão é que, para os mais pragmáticos ou os menos "encanados", a vida é um fato. Vive-se, logo, melhor aproveitar.
Aí, nos momentos difíceis, a vida parece perder o sentido que, na verdade, nunca teve.
Nos outros momentos, o sentido da vida é intrínseco.
Dedicar a vida a alguma coisa também dá uma sensação de sentido. A busca da felicidade, ajudar os outros, defender uma causa, "evoluir", constituir uma família, amar, farrear, ganhar dinheiro, conquistar o poder ...
E quando você fica doente, ou perde uma pessoa querida, a morte se faz presente e desafia o sentido da vida.
A morte dá sentido à vida por oposição.
E naquele momento em que você acha a vida sem sentido, as pessoas que "tocam" suas vidas sem se preocupar com isso parecem estranhas.
E quando é você quem toca sua vida com singular alegria e encontra alguém que perdeu o sentido da vida, fica ansioso por ajudar ... Para explicar que a vida vale a pena.
Mas é difícil explicar o porquê, dar um motivo concreto e plausível.
A minha vida faz sentido, a maior parte do tempo.
Já tive explicações teóricas para isso. Já tive objetivos mais ou menos nobres, pessoais ou coletivos.
Hoje, nesse exato momento, não preciso da resposta para mim. A vida me parece boa o suficiente, sem qualquer razão metafísica maior.
Mas queria poder dar essa resposta de presente para uma pessoa que amo.
Como não a tenho, só posso dar atenção, carinho e amor, torcendo para que isso faça algum sentido.
De tudo que li e que conversei à respeito, ainda não encontrei alguém que ofereça uma resposta inquestionável.
Bem ... se filosofos melhores do que eu dedicaram boa parte de suas vidas em busca do sentido dela, pouco provável que eu, que gasto meu tempo vivendo, encontrasse ...
A solução universal para essa questão (não a resposta, mas um atenuador da ansiedade) é a criação dos deuses.
Não importa qual o seu credo, deuses explicam a existência.
Azar dos agnósticos, ateus e seres de pouca fé.
A esses, resta buscar um sentido para a própria vida. Tarefa árdua.
O interessante desta questão é que, para os mais pragmáticos ou os menos "encanados", a vida é um fato. Vive-se, logo, melhor aproveitar.
Aí, nos momentos difíceis, a vida parece perder o sentido que, na verdade, nunca teve.
Nos outros momentos, o sentido da vida é intrínseco.
Dedicar a vida a alguma coisa também dá uma sensação de sentido. A busca da felicidade, ajudar os outros, defender uma causa, "evoluir", constituir uma família, amar, farrear, ganhar dinheiro, conquistar o poder ...
E quando você fica doente, ou perde uma pessoa querida, a morte se faz presente e desafia o sentido da vida.
A morte dá sentido à vida por oposição.
E naquele momento em que você acha a vida sem sentido, as pessoas que "tocam" suas vidas sem se preocupar com isso parecem estranhas.
E quando é você quem toca sua vida com singular alegria e encontra alguém que perdeu o sentido da vida, fica ansioso por ajudar ... Para explicar que a vida vale a pena.
Mas é difícil explicar o porquê, dar um motivo concreto e plausível.
A minha vida faz sentido, a maior parte do tempo.
Já tive explicações teóricas para isso. Já tive objetivos mais ou menos nobres, pessoais ou coletivos.
Hoje, nesse exato momento, não preciso da resposta para mim. A vida me parece boa o suficiente, sem qualquer razão metafísica maior.
Mas queria poder dar essa resposta de presente para uma pessoa que amo.
Como não a tenho, só posso dar atenção, carinho e amor, torcendo para que isso faça algum sentido.
sexta-feira, agosto 28, 2009
E por falar em ONGs...
quinta-feira, agosto 27, 2009
Daspu
Criada em 2005 por prostitutas ligadas à ONG Davida, no Rio de Janeiro, Daspu é uma grife udigrude (underground, para o pessoal que frequenta a equivalente paulistana).
Não sou um especialista para julgar a qualidade das criações.
Tampouco conheço o pessoal da "Davida", cuja proposta é, em poucas palavras, lutar pela "regularização" da prostituição como profissão reconhecida (i.e. com direitos sociais e trabalhistas).
Que me perdoem os mais puritanos, mas tenho a impressão de que a legalização da prostituição é algo pelo que vale a pena lutar.
Não pretendo fazer disso uma causa pessoal, mas sempre é bom lembrar que, segundo a imprensa, boa parte de nossos legisladores são usuários desse tipo de serviço.
Mas num país de maioria católica (e vou me esquivar de discorrer sobre os bastidores da igreja) e moral judaico-cristã, defender essa causa não dá voto para eleger ninguém. No máximo, talvez, um vereador em uma região de menor hipocrisia.
E assim, a prosituição segue sendo o único dos antigos ofícios que ainda não virou profissão, relegando talentos à marginalidade.
Se eu fosse elas, teria promovido uma greve simbólica: ningúem iria na comemoração da absolvição do Sarney.
Não sou um especialista para julgar a qualidade das criações.
Tampouco conheço o pessoal da "Davida", cuja proposta é, em poucas palavras, lutar pela "regularização" da prostituição como profissão reconhecida (i.e. com direitos sociais e trabalhistas).
Que me perdoem os mais puritanos, mas tenho a impressão de que a legalização da prostituição é algo pelo que vale a pena lutar.
Não pretendo fazer disso uma causa pessoal, mas sempre é bom lembrar que, segundo a imprensa, boa parte de nossos legisladores são usuários desse tipo de serviço.
Mas num país de maioria católica (e vou me esquivar de discorrer sobre os bastidores da igreja) e moral judaico-cristã, defender essa causa não dá voto para eleger ninguém. No máximo, talvez, um vereador em uma região de menor hipocrisia.
E assim, a prosituição segue sendo o único dos antigos ofícios que ainda não virou profissão, relegando talentos à marginalidade.
Se eu fosse elas, teria promovido uma greve simbólica: ningúem iria na comemoração da absolvição do Sarney.
terça-feira, agosto 25, 2009
Refinando o desempenho
Depois que você aprende a executar uma tarefa com alguma tranquilidade, chega a hora do aperfeiçoamento.
É quando o nadador começa a se preocupar com a posição de entrada da mão na água em cada braçada, ou o jogador de sinuca com o ângulo do cotovelo a cada tacada...
Como executivo, venho tentando levantar uma única sombrancelha, sem muito sucesso.
É um daqueles detalhes que faz toda a diferença durante uma reunião ou na mesa de negociação. Uma delicada, porém firme, manifestação de dúvida que coloca automaticamente o interlocutor na defensiva.
Coordenação motora nunca foi o meu forte ...
segunda-feira, agosto 24, 2009
Visões em Porto Rico
Mojito é um drinque comum nas ilhas caribenhas, à base de Rum, Hortelã e sabe-se lá o que mais.
Jantando no simpático restaurante Água Viva com a equipe de trabalho, não pude deixar de experimentar o renomado elixir.
Realmente delicioso ... mas só pude sentir seu alcance quando, distraido e relaxado, olhei para o teto do restaurante ...
Decidi que seria melhor suspender os mojitos durante a semana ...
domingo, agosto 23, 2009
sábado, agosto 22, 2009
Um dia especial
Hoje foi um dia especial.
Mas só me dei conta agora pouco, quando fiquei sabendo que um velho amigo, que não via faz tempo, faleceu.
Cara bacana, de bem com a vida, 58 anos, casado com uma mulher bacana, pai de dois filhos legais e dono de um posto de gasolina em Taubaté. Foi assaltado quando descia do carro para depositar o dinheiro no banco. Não reagiu. Mas o ladrão era um mal negociante e resolveu eliminar o freguês com um tiro no coração.
Comparado com isso, qualquer coisa ruim que tenha me acontecido durante o dia me parece bobagem.
E todas as coisas boas ganham um sabor especial.
É para isso que nos serve a lembrança da morte; a consciência da finitude.
Para nos dar a exata proporção da importância das coisas e para valorizar o prazer de estar vivo.
Que hoje seja um dia especial para vocês também ...
Mas só me dei conta agora pouco, quando fiquei sabendo que um velho amigo, que não via faz tempo, faleceu.
Cara bacana, de bem com a vida, 58 anos, casado com uma mulher bacana, pai de dois filhos legais e dono de um posto de gasolina em Taubaté. Foi assaltado quando descia do carro para depositar o dinheiro no banco. Não reagiu. Mas o ladrão era um mal negociante e resolveu eliminar o freguês com um tiro no coração.
Comparado com isso, qualquer coisa ruim que tenha me acontecido durante o dia me parece bobagem.
E todas as coisas boas ganham um sabor especial.
É para isso que nos serve a lembrança da morte; a consciência da finitude.
Para nos dar a exata proporção da importância das coisas e para valorizar o prazer de estar vivo.
Que hoje seja um dia especial para vocês também ...
quarta-feira, agosto 19, 2009
Naked Blonde - extinction risk
Em 1907 um jornal da Pensilvânia anunciou que as loiras naturais estariam extintas em 600 anos.
Em 2002, uma pesquisa falsamente atribuída à WHO (World Health Organisation) reduziu esse horizonte para 200 anos, indicando que a última loira nasceria na Finlândia.
Duas são as principais causas apontadas para o desastre:
- a melhor qualidade das tinturas para cabelo, que oferece ao público masculino o talento das morenas com a estética das loiras, em detrimento da reprodução destas últimas;
- a atração dos opostos, que resulta na miscigenação das espécies e no gradual desaparecimento dos genes recessivos
Fato é que realizei uma rápida pesquisa e não encontrei as loiras na lista de nenhuma organização séria, nacional ou internacional, dedicada à proteção dos animais em extinção.
Será que seremos privados de mais essa beleza natural ?
(foto: Atlas Shostui)
ps - o "naked" no título foi apenas para aumentar a audiência
terça-feira, agosto 18, 2009
Fissurados por dinheiro
Agora eu entendi porque é que todo mundo é tão vidrado em dinheiro ...
Uma matéria da revista Época comenta os resultados da pesquisa realizada nos EUA sobre a contaminação das notas em vários países.
O trabalho conclui que 90% das cédulas de dolar americano tem resíduos de cocaina !
No caso do dinheiro brasileiro a contaminação foi de 80% (examinaram apenas 10 notas - amostra pequena).
Na China, onde os salários são bem menores, a contaminação foi menor do que 20%.
Coisas difíceis de fazer
- Ajudar quem não quer ser ajudado
- Tratar bem quem você não confia
- Fazer um trabalho sem motivação
- Não misturar as coisas
- Dormir cedo
- Tratar bem quem você não confia
- Fazer um trabalho sem motivação
- Não misturar as coisas
- Dormir cedo
segunda-feira, agosto 17, 2009
Sabor do dia
domingo, agosto 16, 2009
Marketing Viral
E não é que os laboratórios descobriram que o marketing viral realmente funciona ?!?
A Roche não dá conta de produzir tanto Tamiflu para a gripe suina (A) ...
A Roche não dá conta de produzir tanto Tamiflu para a gripe suina (A) ...
Curiosidade
É impressionante o número de blogueiras que coloca alguma frase de Clarice Lispector no seu perfil ...
A Clarice realmente compreende os anseios femininos.
A Clarice realmente compreende os anseios femininos.
sábado, agosto 15, 2009
Sobre a morte e o morrer
A morte se aproximando não é o toque frio de uma foice, mas o epítome glorioso de uma longa e escravizada espera.
(conclusão da postagem do Rodrigo, lá no Dysfemismo - vale a pena ler)
(conclusão da postagem do Rodrigo, lá no Dysfemismo - vale a pena ler)
Liberdade de expressão
Pela quarta vez nesta semana uns 30 "manifestantes" do MST, munidos do kit "sanduba e cartazes rústicos para ocasião" fecharam uma pista da Paulista (a grana tá curta e não dá para contratar gente suficiente para fechar as duas pistas).
Imagino que quem organiza esse tipo de manifestação seja inimigo do MST, já que o único resultado prático é infernizar a vida de quem tem que passar por alí e, obviamente, fica chateado com o abuso do direito de expressão.
Embora, de um modo geral, respeito opiniões que são contrárias às minhas, não consigo deixar de sentir um certo desprezo por quem pretende apenas destruir o que está aí, sem proposta para reconstrução. Pior ainda quando a forma escolhida para expressar a opinião é coercitiva (greves) ou baderneira (interrupções de vias públicas).
Ainda mais enervante quando se tem em mente que os propósitos de quem articula o movimento não são mais "nobres" do que os daqueles atacados pelo discurso.
Tô ficando ranzinza ...
Imagino que quem organiza esse tipo de manifestação seja inimigo do MST, já que o único resultado prático é infernizar a vida de quem tem que passar por alí e, obviamente, fica chateado com o abuso do direito de expressão.
Embora, de um modo geral, respeito opiniões que são contrárias às minhas, não consigo deixar de sentir um certo desprezo por quem pretende apenas destruir o que está aí, sem proposta para reconstrução. Pior ainda quando a forma escolhida para expressar a opinião é coercitiva (greves) ou baderneira (interrupções de vias públicas).
Ainda mais enervante quando se tem em mente que os propósitos de quem articula o movimento não são mais "nobres" do que os daqueles atacados pelo discurso.
Tô ficando ranzinza ...
sexta-feira, agosto 14, 2009
Tenho, logo, existo
Primeiro a gente aprende que ter coisas é bacana, e aprende a acumular bens.
Depois chega a moda da cultura oriental que nos orienta ao "desapego" material.
O resultado não poderia ser melhor para o mundo capitalista ocidental ...
Compramos, nos desapegamos rapidamente e vamos atrás do modelo novo.
Depois chega a moda da cultura oriental que nos orienta ao "desapego" material.
O resultado não poderia ser melhor para o mundo capitalista ocidental ...
Compramos, nos desapegamos rapidamente e vamos atrás do modelo novo.
quinta-feira, agosto 13, 2009
Tegucigalpa
Tegucigalpa fica aos pés do Picacho, no vale do Choluteca.
Nunca estive lá, mas adoro a palavra, desde pequeno.
O monte Picacho e o Rio Choluteca, convenhamos, são um belo adorno.
Não sou o único a gostar de palavras curiosas. A Érica, por exemplo, é fã da palavra Butadieno (que inspirou o título de nossa minissérie "O Rastro do Butadieno" (link à esquerda do blog). Um amigo inglês, o Andy, costumava usar a expressão "however" com contagiante prazer.
Algumas palavras são adoradas coletivamente, como os mantras. "Om" é um dos mais famosos: duas letras que concentram todo o conhecimento dos vedas e representam o som do infinito.
Tegucigalpa é menos pretenciosa, admito.
Ninguém sabe ao certo a origem da palavra. Uns dizem que se refere ao Togogalpa, um periquito verde.
Outros afirmam que significa morros de prata, ou casa das pedras pontiagudas.
Por razões óbvias, fico com o periquito verde.
quarta-feira, agosto 12, 2009
Estranho
A Rossana comentou na postagem anterior que eu ando estranho ...
Constatação curiosa. Eu vivo me estranhando.
Logo, não é estranho que alguém me ache estranho.
A palavra vem do latim, extranèus, que é "de fora".
Faz sentido. Me estranho quando encontro em mim algo que não estava lá antes.
"Lá" é a consciência. Se não estava lá, veio de fora, do inconsciente ou do mundo.
Constato, então, que fui invadido.
Tenho duas opções: banir o invasor ou incorporá-lo.
Enquanto isso, estranho-me.
Fato é que isso acontece todos os dias.
É algo tão comum que sinto como parte de mim.
Já não estranho estranhar-me.
Constatação curiosa. Eu vivo me estranhando.
Logo, não é estranho que alguém me ache estranho.
A palavra vem do latim, extranèus, que é "de fora".
Faz sentido. Me estranho quando encontro em mim algo que não estava lá antes.
"Lá" é a consciência. Se não estava lá, veio de fora, do inconsciente ou do mundo.
Constato, então, que fui invadido.
Tenho duas opções: banir o invasor ou incorporá-lo.
Enquanto isso, estranho-me.
Fato é que isso acontece todos os dias.
É algo tão comum que sinto como parte de mim.
Já não estranho estranhar-me.
Ser "Cool"
Ser "cool" nunca esteve tão na moda.
Pena que as pessoas confundam leveza com displicência.
Tenho observado jovens e talentosos profissionais que não se abalam quando são confrontados com erros tolos, que cometeram por absoluta falta de cuidado.
Essa atitude se transforma em hábito com o tempo, e uma pessoa com potencial para grandes realizações vai se acostumando com a mediocridade de seus atos.
Mas ser autor de grandes realizações não parece "cool".
Concentração e atenção não são "cool".
Bons tempos aqueles em que, no auge da era hippie, Castañeda pregava a impecabilidade do guerreiro ...
Pena que as pessoas confundam leveza com displicência.
Tenho observado jovens e talentosos profissionais que não se abalam quando são confrontados com erros tolos, que cometeram por absoluta falta de cuidado.
Essa atitude se transforma em hábito com o tempo, e uma pessoa com potencial para grandes realizações vai se acostumando com a mediocridade de seus atos.
Mas ser autor de grandes realizações não parece "cool".
Concentração e atenção não são "cool".
Bons tempos aqueles em que, no auge da era hippie, Castañeda pregava a impecabilidade do guerreiro ...
segunda-feira, agosto 10, 2009
Outras pessoas
Então ele cria coragem e pergunta para ela...
Mas depois de perguntar, ele já não é o mesmo.
E depois de responder, ela já não é a mesma.
Mudaram ao elaborar ele a pergunta e ela a resposta.
Já não são as mesmas pessoas.
Mas depois de perguntar, ele já não é o mesmo.
E depois de responder, ela já não é a mesma.
Mudaram ao elaborar ele a pergunta e ela a resposta.
Já não são as mesmas pessoas.
sábado, agosto 08, 2009
Amor e desejo
No amor, queremos dar. No desejo, possuir.
Ambos os sentimentos pedem a fusão com o outro para serem satisfeitos, apaziguados.
Embora no primeiro a fusão queira proteger e no segundo absorver (destruir), em ambos, apenas a posse diminue a ansiedade e o medo da perda.
Mas a posse é aniquiladora dos sentimentos.
Terrível paradoxo.
Ambos os sentimentos pedem a fusão com o outro para serem satisfeitos, apaziguados.
Embora no primeiro a fusão queira proteger e no segundo absorver (destruir), em ambos, apenas a posse diminue a ansiedade e o medo da perda.
Mas a posse é aniquiladora dos sentimentos.
Terrível paradoxo.
Descobrindo a roda
Matéria da revista M de Mulher da Ed. Abril afirma que o beijo é essencial na relação para manter o apetite sexual em alta.
Então tá ...
Ainda bem que tenho uma namorada beijoqueira !
(imagem: Photo Net)
quinta-feira, agosto 06, 2009
Momento especial
Nuvem de palavras
Como curiosidade, a imagem acima é uma nuvem de palavras elaborada pelo site Wordle a partir do texto da postagem Bônus sem ônus.
Uma indicação do Alexandre Crivellaro ...
Sonhos do poeta
Um poeta disse certa vez que o que realmente interessa a uma mulher é a alma do homem.
Segundo a pesquisa da revista inglesa Glamour, o tal poeta pode continuar sonhando ...
Segundo a pesquisa da revista inglesa Glamour, o tal poeta pode continuar sonhando ...
quarta-feira, agosto 05, 2009
Bônus sem ônus
(artigo a ser publicado na Revista Marketing de agosto - Caçador de Tendências)
Desde o advento dos BBS, precursores da Internet como conhecemos hoje, as sociedades vem discutindo o valor das relações virtuais.
No sentido comum, entende-se como uma relação virtual o contato entre pessoas fisicamente distantes exclusivamente através de interfaces tecnológicas, particularmente computadores e assemelhados.
Mais objetivamente, uma relação virtual deveria ter como contraponto a relação real, que requereria a presença física. Nesse contexto, uma relação por carta ou telefone seria, também, uma relação virtual.
Mas o termo só foi cunhado recentemente e, por isso, acabou vinculado ao mundo da Internet, também chamado de mundo virtual.
O uso inadequado das palavras “real” e “virtual” gera a confusão de conceitos.
O contato através da internet é, obviamente, tão real quanto qualquer outro.
Embora tenha características diferentes do contato presencial, pode gerar um encontro mais íntimo e verdadeiro do que este último.
O que um contato não presencial oferece de fundamentalmente diferente do contato presencial é a sensação de liberdade resultante da facilidade de sua interrupção. Em suma, sua potencial impermanência.
Interromper um relacionamento presencial nem sempre é simples. No caso de relacionamentos exclusivamente não presenciais a impunidade é maior.
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman publicou diversos livros tratando dos relacionamentos ‘líquidos”.
As digressões de Bauman sobre a visão pós-moderna que temos da permanência dos relacionamentos é interessantíssima e recomendo a leitura de “Amor Líquido” (indicação de minha amiga Luisa Hinojosa).
As novas tecnologias simplesmente facilitam a realização do desejo, apontado por Bauman, de vivermos “relacionamentos de bolso”, dos quais podemos dispor quando necessário e tornar a guardar.
De certa forma, é parte da tendência utilitarista, uma vertente social crescente da última década.
A crítica aos relacionamentos virtuais (no senso comum) está, portanto, mal endereçada.
Caminhamos para uma era de novas expectativas no que se refere a relações pessoais, esperando trocar o “peso” dos compromissos pela “liberdade” da impermanência, embora, principalmente nesse momento de trasição, isso não nos satisfaça plenamente.
O que nos consola e motiva é perceber, em cada nova relação, uma oportunidade de bônus sem ônus.
Desde o advento dos BBS, precursores da Internet como conhecemos hoje, as sociedades vem discutindo o valor das relações virtuais.
No sentido comum, entende-se como uma relação virtual o contato entre pessoas fisicamente distantes exclusivamente através de interfaces tecnológicas, particularmente computadores e assemelhados.
Mais objetivamente, uma relação virtual deveria ter como contraponto a relação real, que requereria a presença física. Nesse contexto, uma relação por carta ou telefone seria, também, uma relação virtual.
Mas o termo só foi cunhado recentemente e, por isso, acabou vinculado ao mundo da Internet, também chamado de mundo virtual.
O uso inadequado das palavras “real” e “virtual” gera a confusão de conceitos.
O contato através da internet é, obviamente, tão real quanto qualquer outro.
Embora tenha características diferentes do contato presencial, pode gerar um encontro mais íntimo e verdadeiro do que este último.
O que um contato não presencial oferece de fundamentalmente diferente do contato presencial é a sensação de liberdade resultante da facilidade de sua interrupção. Em suma, sua potencial impermanência.
Interromper um relacionamento presencial nem sempre é simples. No caso de relacionamentos exclusivamente não presenciais a impunidade é maior.
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman publicou diversos livros tratando dos relacionamentos ‘líquidos”.
As digressões de Bauman sobre a visão pós-moderna que temos da permanência dos relacionamentos é interessantíssima e recomendo a leitura de “Amor Líquido” (indicação de minha amiga Luisa Hinojosa).
As novas tecnologias simplesmente facilitam a realização do desejo, apontado por Bauman, de vivermos “relacionamentos de bolso”, dos quais podemos dispor quando necessário e tornar a guardar.
De certa forma, é parte da tendência utilitarista, uma vertente social crescente da última década.
A crítica aos relacionamentos virtuais (no senso comum) está, portanto, mal endereçada.
Caminhamos para uma era de novas expectativas no que se refere a relações pessoais, esperando trocar o “peso” dos compromissos pela “liberdade” da impermanência, embora, principalmente nesse momento de trasição, isso não nos satisfaça plenamente.
O que nos consola e motiva é perceber, em cada nova relação, uma oportunidade de bônus sem ônus.
terça-feira, agosto 04, 2009
Paradoxo da moderna ética empresarial
A ausência de assédio sexual poderia ser considerada assédio moral ?
Essa relevante questão levantada por um amigo executivo de recursos humanos, inspirada por um bom vinho francês, animou a discussão do jantar de ontem.
Num país como os Estados Unidos, já não se pode elogiar o novo corte de cabelos da subordinada ou a gravata de um colega de trabalho sem o risco de acusação de assédio sexual.
No Brasil, entretanto, a ausência total de manifestações de agrado ao sexo oposto pode ser considerada como ofensiva.
Tecnicamente, a agressão ou ofensa continuada caracteriza o assédio moral.
Como ficamos ?
Essa relevante questão levantada por um amigo executivo de recursos humanos, inspirada por um bom vinho francês, animou a discussão do jantar de ontem.
Num país como os Estados Unidos, já não se pode elogiar o novo corte de cabelos da subordinada ou a gravata de um colega de trabalho sem o risco de acusação de assédio sexual.
No Brasil, entretanto, a ausência total de manifestações de agrado ao sexo oposto pode ser considerada como ofensiva.
Tecnicamente, a agressão ou ofensa continuada caracteriza o assédio moral.
Como ficamos ?
segunda-feira, agosto 03, 2009
Procurando
Já que tive que usar o tempo de que dispunha para postar fazendo uma letra para a música tema de um curta, a pedido do Gui, posto a letra ...
(quando ele gravar a música - posto a dita cuja)
O curta conta a história de adolescente em busca de si mesmo ...
PROCURA
Somos meninos e meninas
Na estrada desta vida
Sem rumo nem destino
Sozinhos na multidão
Querendo se encontrar
Quer saber
procurar
Quer saber
Com quem vamos estar
Quer saber
vascullhar
Quer saber
Onde isso vai dar
Corpos imperfeitos e amores liquefeitos
Quem se esquece do teu jeito rarefeito
Sem direito
De questionar
Somos meninos e meninas
Na estrada desta vida
Sem rumo e sem destino
Passando de mão em mão
Querendo se encontrar
Somos meninos e meninas
Na estrada desta vida
Sem rumo e sem destino
Inebriados de tesão
Querendo se encontrar
Passa a bala
Não da pala
Esquece desse mala
Nem me fala
Sem escala
Eu vou pra Guatemala
Me encurrala
E me empala
Nada mais me abala
Na senzala
A vassala
Desenha a minha mandala
Corpos imperfeitos e amores liquefeitos
Quem se esquece do teu jeito rarefeito
e insatisfeito
Assim de me amar
Somos meninos e meninas
Na estrada desta vida
Sem rumo e sem destino
Vivendo de ilusão
Querendo se encontrar
Somos meninos e meninas
Na estrada desta vida
Sem rumo e sem destino
Sempre na contramão
Querendo se encontrar
(quando ele gravar a música - posto a dita cuja)
O curta conta a história de adolescente em busca de si mesmo ...
PROCURA
Somos meninos e meninas
Na estrada desta vida
Sem rumo nem destino
Sozinhos na multidão
Querendo se encontrar
Quer saber
procurar
Quer saber
Com quem vamos estar
Quer saber
vascullhar
Quer saber
Onde isso vai dar
Corpos imperfeitos e amores liquefeitos
Quem se esquece do teu jeito rarefeito
Sem direito
De questionar
Somos meninos e meninas
Na estrada desta vida
Sem rumo e sem destino
Passando de mão em mão
Querendo se encontrar
Somos meninos e meninas
Na estrada desta vida
Sem rumo e sem destino
Inebriados de tesão
Querendo se encontrar
Passa a bala
Não da pala
Esquece desse mala
Nem me fala
Sem escala
Eu vou pra Guatemala
Me encurrala
E me empala
Nada mais me abala
Na senzala
A vassala
Desenha a minha mandala
Corpos imperfeitos e amores liquefeitos
Quem se esquece do teu jeito rarefeito
e insatisfeito
Assim de me amar
Somos meninos e meninas
Na estrada desta vida
Sem rumo e sem destino
Vivendo de ilusão
Querendo se encontrar
Somos meninos e meninas
Na estrada desta vida
Sem rumo e sem destino
Sempre na contramão
Querendo se encontrar
sábado, agosto 01, 2009
Pão e circo (elocubração sintética)
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