Onde tudo começou

A partir do comentário da Érica na postagem sobre a simplicidade masculina, inspirei-me a explicar onde tudo começou.
Originalmente, Deus criou um ser único e completo: o Homem.
Acontece que a completude é aborrecida e a solidão entediante.
Deus, então, concentrou as características mais interessantes e complexas do Homem em uma costela, retirou-a e gerou a Mulher a partir dela.
Com isso, resolveu os dois problemas e criou um ecosistema auto-sustentável, na medida em que as duas partes desenvolveram uma certa compulsão ao reencontro, o que foi anatomicamente providenciado.
Entretanto, a solução simplista gerou alguns efeitos colaterais.
O primeiro deles, quase óbvio, é a dificuldade de entendimento entre as partes.
O segundo é que, em função do vício de origem, a Mulher desenvolveu um complexo de inferioridade por ser derivada do Homem, que busca incessantemente compensar através do exercício do controle.
A questão do entendimento havia sido prevista pelo criador que a considerava como funcional para eliminação do tédio.
Já a segunda, Deus entendeu posteriormente que poderia haver sido minimizada pela inversão das características anatômicas do mecanismo de encaixe entre as partes.
Mas isso causaria um desequilíbrio estético e ambos os projetos precisariam ser revistos.
E fato é que Deus sentia que havia alcançado a perfeição estética no caso da Mulher.
Preferiu deixar tudo como estava.
There will be no free lunch !

(Imagem do site LastFeeling, acompanhada de uma piadinha sobre a nacionalidade do casal Adão e Eva)