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terça-feira, junho 29, 2010

Coisas que aprendi na vida 2

Os comentários gostosos da postagem anterior me incentivaram a continuar a lista.  Então ai vai:

Aos 22 anos: Descobri que o segredo para trabalhar em uma empresa é ser parte da solução e não do problema.
Aos 23 anos: Aprendi a importância de planejar o futuro.
Aos 25 anos: Descobri que meus traços esquizofrênicos não eram suficientes para permitir que eu fosse uma pessoa diferente na vida pessoal e profissional.
Aos 26 anos: Descobri o que era chorar de felicidade quando assisti ao parto do meu primeiro filho.
Aos 27 anos: Aprendi que os verdadeiros problemas são aqueles que não tem solução. 
Aos 28 anos: Tive meu segundo filho e descobri que minha mãe tinha razão: as crianças já nascem com personalidades diferentes. Claro que chorei de novo.
Dos 26 aos 30: anos  Descobri que o amor que o amor entre pais e filhos é uma das emoções mais gostosas dessa vida.
Aos 30 anos: Aprendi que falta de sono faz um mal danado para o relacionamento de um casal.
Aos 33 anos: Compreendi o valor do respeito e a importância da liberdade.
Aos 35 anos: Aprendi que ter sócios só se justifica quando totalmente inevitável e descobri que sou melhor empregado do que empreendedor.
Aos 37 anos: Aprendi que algumas amizades são para sempre e que as outras não merecem ser chamadas de amizades.
Aos 40 anos: Descobri que não podia ser responsável pela felicidade dos outros, nem mesmo daqueles a quem eu amo.
Aos 44 anos: Percebi que a vida é muito curta.
Aos 45 anos: Descobri que eu era o único responsável pela minha felicidade e que ser feliz era o objetivo mais importante da minha vida.
Aos 46 anos: Descobri que o segredo da vida é fazer parte da solução e não do problema.
Aos 47 anos: Descobri que terminar um relacionamento de uma vida é uma tragédia de proporções avassaladoras à qual não se pode sobreviver.
Aos 48 anos: Descobri que se pode sobreviver
Aos 48 anos: Descobri a razão pela qual alguém inventou o uso da expressão "encantado" ao ser apresentado para uma mulher e compreendi a diferença entre fadas e musas.
Aos 49 anos: Aprendi, finalmente, a me amar
Aos 49 anos: Comprovei que uma mulher pragmática, carinhosa, que gosta de sexo e respeita a liberdade não é um mito
Aos 50: Aprendi que viver o momento é mais importante do que planejar o futuro.

E hoje, olhando para trás, tenho a sensação de que venho aproveitando muito bem essa vida ...

segunda-feira, junho 28, 2010

Coisas que aprendi pela vida

Inspirado pela postagem da Ana lá no "Pelos Caminhos da Vida", resolvi fazer uma lista das coisas mais importantes que andei aprendendo por aí ...

Quando nasci: aprendi a chorar, o que tem sido muito útil até hoje nos momentos mais difíceis.
Ao completar 1 ano: aprendi a andar assim, de repente, surpreendendo todo mundo, e descobri que é divertido surpreender todo mundo.
Lá pelos 2 anos: aprendi a falar e descobri que a palavra é capaz de mudar o mundo a minha volta.
Aos 4 anos: aprendi a ler e me divertia com as frases da cartilha "Caminho Suave" que repetiam as consoantes em cada palavra (vovô viu a uva)
Aos 5 anos:  entendi a primeira piada (aquela do homem com a banana no ouvido) e fiquei encantado pelo "truque" literário
Aos 7 anos: me contaram que o meu melhor amigo na escola era negro, e eu não tinha percebido. Descobri que isso fazia diferença para algumas pessoas.
Aos 9 anos: dei o primeiro beijo de língua, atrás de uma pilha de caixotes de feira.  Era o terceiro da fila de garotos para beijar a Cidinha, uma menina mais velha que resolveu ser generosa com a garotada.  Não gostei.
Aos 10 anos: descobri que não adiantava mais chorar e que tinha que conseguir as coisas pelo meu próprio esforço.
Aos 11 anos: descobri que o mundo trata melhor quem é bonitinho e levava meu irmão menor (lindinho e de olhos verdes) para pedir caixas de papelão nas lojas de sapato, que a gente vendia depois num depósito para juntar grana e poder tomar "água de bolinha" com groselha no bar
Aos 12 anos: ví a primeira foto de uma mulher nua e fiquei com febre
Aos 13 anos: aprendi que no mundo infantil masculino, quem não bate, apanha.  E como era pequeno, apanhei muito.
Aos 15 anos: mudei de escola e pude comprovar uma teoria interessante - você não precisa bater para ser respeitado, basta não demonstrar medo.
Ainda aos 15 anos: dei meu segundo beijo de língua e gostei muito.  Não tinha fila.
Ainda aos 15 anos: descobri a inevitabilidade do amor e, também, que ser atencioso e determinado era mais importante do que ser bonito e forte (sorte minha)
Aos 16 anos: aprendi que trabalhar para ganhar o próprio dinheiro me dava uma certa independência e descobri que gostava muito disso.
Aos 18 anos: aprendi que o mundo não mudou porque eu fiz 18 anos, e nem eu.
Aos 20 anos: aprendi que a gente precisa abrir mão de muita coisa para não perder a pessoa que ama, e levei muito tempo para descobrir que isso era mentira.

Por hoje chega ... posto a continuação outro dia....

Robinho e os excluídos ...

Robinho afirma que quer trazer alegria para 180 milhões de Brasileiros no jogo contra a Holanda ....
Será que ele excluiu os descendentes de holandeses, alemães e argentinos ?

Na vida, como no futebol ...

A vida é como um jogo de futebol .... se você desconta o tempo de bola parada e aqueles momentos em que o pessoal fica alí trocando bola na defesa para ganhar tempo, de jogo mesmo acaba sobrando pouco.
Mas gente sempre pode optar entre um jogo como Alemanha x Inglaterra ou Brasil x Portugal...

domingo, junho 27, 2010

O melhor bolo de chocolate do mundo

Experimentei hoje, pela primeira vez, o auto-entitulado "melhor bolo de chocolate do mundo" em loja homônima.
A receita original é portuguesa e como a maioria dos doces feitos por lá, é baseado em ovos.  Não tem farinha nem fermento.
Aliás, de bolo não tem nada.
É uma torta merengue, com creme de chocolate entre as camadas de suspiro de chocolate, tudo com cobertura de chocolate.
Na versão meio amarga é muito gostosa.  Mas mesmo que fosse bolo, não concordo que seja o melhor do mundo.
Eu tenho na memória que o melhor bolo de chocolate do mundo é o bolo "peteleco" da Dona Catarina, seguido pelo bolo simples de chocolate da mesma Catarina (feito com bolo Sol de Pacote, chocolate Nestlé - aquele em pó, dos frades e essência de baunilha).
Deve ser porque sempre gostei muito da Dona Catarina, mãe de um grande amigo, o Maurício, na casa de quem passei muitos de meus melhores momentos da adolescência.
Catarina era (aliás, é, porque segue vivivnha da Silva) uma dona de casa pré-moderna, caso raro, senão único.   Inteligente, bonita (costumava chamá-la, pelas costas é claro, de "Cata", só para irritar meu amigo), carinhosa e firme na condução do lar.  Cuidava do marido, dos dois filhos e de si mesma com uma suave determinação, como fazem aquelas pessoas que estão tranquilas e bem resolvidas com sua missão na vida.
Para mim, na época, parecia a melhor mãe do mundo.  Sempre fui seu admirador.
Ela sabia que eu adorava seus bolos de chocolate e, sempre que podia, preparava um "peteleco".  Ficava alí, de longe, me assistindo enquanto devorava pelo menos a metade do bolo.
Por isso, nem a famosa torta Sacher (do Hotel Sacher em Viena) é mais gostosa do que a Cata...

sábado, junho 26, 2010

Cuspido e escarrado

A expressão pode ser feia, mas seu uso é engraçadinho.
Quando duas pessoas são muito parecidas nossos avós diziam ... um é a cara do outro, cuspido e escarrado.
Segundo consta, a origem dessa expressão é um jogo de palavras. 
Deriva de "esculpido em carrara".  Michelangelo, artista italiano, fazia suas esculturas em mármore de carrara, e replicava à perfeição cada detalhe humano.
"Esculpido em carrára", portanto, significava "igualzinho".
Algum engraçadinho, talvez o Ernesto (do Assertiva), deve ter deturpado a expressão depois de alguns chopps lá no Genial da Vila Madalena.
(mas que falta do que postar ...)

quinta-feira, junho 24, 2010

Tô precisando ...


Caminhar pelado na praia
Tomando mojitos
Enquanto a turma vaia

(eita mês que não acaba...)

Poker Face

Para quem não está familiarizado, "poker face" é uma expressão de moda para descrever aquela cara que a gente tem que fazer algumas vezes para esconder nossas emoções.
Quando tentei explicar isso para o meu avô ele prontamente traduziu:
- Ah.... cara de cú !
Provavelmente esse era o termo pré-globalização e antes da pressão social para o uso de expressões politicamente corretas ...
Lembram da campanha publicitária do Estadão, aquela na qual o sujeito fazia "cara de conteúdo" ?  "Poker face" é quase o oposto.  É cara de quem não está pensando em nada.
Muito útil quando, por exemplo, você percebe que seu chefe está mentindo em uma reunião ou quando seu amigo lhe apresenta a nova namorada na balada e ela é a garota que você acaba de beijar com singular alegria na saida do banheiro.
Mas algumas vezes, usar uma "poker face" pode ter resultados adversos.
O caso clássico, e peço aos leitores que me desculpem pela escatologia, é o do elevador lotado.  Você sente aquele cheiro desagradável e olha em volta buscando o culpado.  Fácil: ele (ou ela) estará exercitando sua "poker face", a não ser no caso em que o ato foi de caso pensado e a pessoa é contumaz praticante.  Aí, lançará mão de sua "disgusting face", que poderá ser objeto de outra postagem.

(foto: Examiner)

terça-feira, junho 22, 2010

Um pouco menos sério ...


Em terra de cego 
quem tem um olho 
pode se divertir muito ...

Em busca da normalidade

Ser normal, se existe essa possibilidade, é achar que tem muita gente louca no mundo.
Se você acha que todo mundo é louco ou que ninguém é, desconfie da sua sanidade.

segunda-feira, junho 21, 2010

Provérbio noturno

A vida é como um jogo de xadrez.  
Terminada a partida, todas as peças voltam para a mesma caixa.


(foto: http://www.adrenalhighevents.com/)

domingo, junho 20, 2010

Relacionamentos

Você dá uma passeada pelos blogs e chega à conclusão que, apesar de sua diversidade de conteúdos, os relacionamentos são, de longe, o tema mais recorrente.
Relacionamentos que começam ou terminam, relacionamentos que apaixonam ou decepcionam, saudades de um relacionamento, tristeza pela falta de um relacionamento, expectativas, dúvidas, incertezas, realizações ...
Somos seres sociais e os relacionamentos são uma parte importante da nossa vida.  Talvez a mais importante, depois da saúde (embora também sejam fundamentais quando essa nos falta).
Considerando que isso vem sendo assim há milênios, é curioso que ainda não tenhamos descoberto a receita para que os relacionamentos dêem certo.
A bem da verdade, a maioria das religiões dedica uma parte importante de seus ensinamentos a orientações que visam garantir bons relacionamentos sociais.
No mundo ocidental os 10 mandamentos são um bom exemplo.
Honrar o pai e a mãe, não matar, não roubar, não trair nem cobiçar a mulher (ou o marido) do próximo, não mentir e não invejar (cobiçar os bens) constituem 70% da lista e, sem dúvida, são bons conselhos para se viver em sociedade.
Mas e a vida a dois ?  E os relacionamentos amorosos ? Onde estão os "mandamentos" que devemos seguir para garantir que a coisa funcione ?
Na qualidade de potencial descendente de Moisés, resolvi arriscar uma listinha:
1. Ame a sí mesmo, antes de amar ao próximo
2. Não faça ao próximo aquilo que ele não quer que seja feito com (ou para) ele
3. Não se sacrifique pelo outro e nem permita que ele faça o mesmo por você
4. Contribua para a felicidade do próximo ou, pelo menos, não atrapalhe
5. Aceite que é impossível possuir mas sempre se pode compartilhar
6. Viva a união e não a intersecção
7. Aproveite e agradeça a cada instante pela presença generosa e demonstre
8. Aceite as ausências como demonstração do direito à liberdade de escolha
9. Seja você mesmo e permita que o outro também o seja
10. Haja com honestidade, de palavras e de propósitos
Alguém gostaria de sugerir mais alguma coisa ?

sábado, junho 19, 2010

Uma idéia revolucionista

Boa parte da evolução das espécies pode ser justificada pelo mecanismo de seleção natural.
Numa explicação simplista, indivíduos que tem características que favorecem a sobrevivência e a reprodução em um dado ambiente tenderão a perpetuar essas características através da trasmissão delas a seus descendentes, de forma que, passados alguns milênios, se mantidas as condições do ambiente que as favorecem, todos os indivíduos da população terão aquelas características.
Isso explicaria, por exemplo, porque a maioria da população da África tem a pele mais escura e porte atlético, já que o sol forte e os animais predadores são aspectos marcantes do ambiente, e as características mencionadas favorecem a sobreviência nessas condições.
No mundo moderno ocidental, vivemos uma situação curiosa, particularmente nos países mais desenvolvidos.
Os humanos mais capacitados a sobreviver num ambiente que é caracterizado por seus aspectos socio-econômicos, mais do que naturais, estão optando por não se reproduzir.  Ou seja, as pessoas com bom nível de educação e situação financeira confortável não querem ter mais do que um ou dois filhos.
Do outro lado, os indivíduos menos capacitados à sobrevivência, discriminados por aspectos físicos, intelectuais ou emocionais, vivendo em condições de higiêne, saúde e educação precárias, tem sua sobrevivência (ou subesistência) auxiliada pelos governos através de ações assistencialistas.
Pelas mais diversas razões, desde a falta de informação/orientação até algumas vantagens oferecidas pelos tais programas assistencialistas, costumam ter muito mais filhos do que os indivíduos "mais capacitados".
Considerando que a consolidação de uma visão humanitária tende a pressionar a sociedade a garantir suas condições mínimas de sobrevivência, com especial atenção à mortalidade infantil, o mecanismo de seleção natural fica anulado, e os indivíduos que hoje são menos capacitados para a sobrevivência tenderão a constituir a esmagadora maioria da população no futuro.
Ocorre que, como os aspectos que definem o ambiente para essa avaliação são sócio-econômicos e, portanto, sujeitos a mudança por decisão ou interferência da população, em algum momento da história os indivíduos hoje considerados mais capacitados, que tem todo interesse na manutenção das condições deste ambiente sócio-econômico que lhes favorecem, sucumbirão à avalanche populacional dos menos capacitados e o ambiente será redefinido de forma a melhor atender às necessidades da maioria.
O novo ambiente favorecerá pessoas menos "sofisticadas" em todos os aspectos da sociedade moderna.
Para a atual "classe dominante", o resultado será semelhante ao de uma invasão bárbara às cidades do Império Romano, só que provavelmente mais lento e gradativo.
- Vandalismo !!! - gritará, impotente, algum dos últimos sobreviventes representantes da atual classe dominante.
Mas só ele saberá que os Vândalos eram "bárbaros" germânicos de origem escandinávia....

sexta-feira, junho 18, 2010

Cara de gol ...


Pela cara de determinação do sujeito enquanto escuta o hino nacional da Argélia, esse cara vai marcar um gol ...

quinta-feira, junho 17, 2010

A copa do mundo e o egoísmo coletivo

Escrevo inspirado por uma postagem do Felipe Foroni, cujo blog visitei em retribuição a sua passagem aqui pelo Arguta.
A Copa começou e ninguém mais se lembra dos problemas do mundo (só quem tem problemas pessoais sérios, é claro, ou quem trabalha diretamente com isso).
Enquanto comemos pipoca na sala, torcendo para o resto do time imitar o Maicon, crianças morrem de fome no nordeste do Brasil, mulheres são violentadas na Somália, cristãos são torturados na China e bem alí, na Africa do Sul, seguem os crimes raciais que ninguém vê, porque todas as câmeras estão sendo utilizadas para filmar o evento mais importante da história do país (aliás, esperem até a Africa do Sul ser desclassificada para ver como é que a coisa vai ficar por lá para os turistas !!!).
A questão é: como é que você consegue ficar comendo pipoca e torcendo para um bando de sujeitos que ganham alguns milhões de dolares por ano para empurrar uma bola com o pé (ou evitar que um outro empurre antes dele) enquanto o mundo está do jeito em que está ?
Espere ... antes que você olhe com culpa para sua nova TV de Led de 42 polegadas com sintonizador digital integrado, comprada especialmente para a Copa do Mundo (já pensou quantas crianças você poderia ter alimentado com essa grana ?) eu vou ajudar você a responder ...
Você tem o direito de ser feliz, ainda que exista alguém sofrendo no mundo. Aliás, ainda que milhões estejam sofrendo, você tem o direito de ser feliz.  Mais alíás ainda, você tem uma obrigação para com você mesmo de fazer o possível para ser feliz.
E se o que te faz feliz hoje é comer pipoca e descer o cacete no Dunga, que assim seja.
Numa perspectiva histórica, a humanidade nunca viveu tão bem.  Ainda assim, convenhamos, não é assim uma Brastemp.  Bem ... a Brastemp também já não é assim uma Brastemp, mas é bem melhor do que quando só os reis podiam tomar sorvete no verão, feito com pedaços de iceberg trazidos de navio desde os polos (ou lá perto).
Eu acredito que, como decorrência da natureza humana, sempre haverá sofrimento sobre a face da Terra.  E sou otimista ... acho que as coisas podem melhorar ainda mais com o passar das décadas, mas ainda assim, sempre teremos sofredores.
Logo, só nos resta aceitar que a vida é assim, e que temos uma oportunidade única de aproveitá-la.
Quem acredita em reencarnação pode até se dar ao luxo de disperdiçar essa, mas eu não apostaria todas as minhas fichas nisso.
Então, o negócio é fazer o possível para melhorar o que estiver ao nosso alcance e aproveitar a vida enquanto isso.
Cadê minha fita amarela, gravada com o nome dela ?

quarta-feira, junho 16, 2010

O susto

O site do UOL trás uma série de fotos sobre as "beldades" que alegram as arquibancadas da copa.
Dentre elas, escolhi uma que representa um grupo típico de brasileiras, torcedoras do Athlético Mineiro (mais brasileiro do que isso, só se for Flamenguista).
Tomando isso como referência, já pensaram no susto que os gringos vão tomar quando chegarem em nossos estádios em 2014 ?
Pensando bem, se o preço dos ingressos for o mesmo (em média US$ 140), talvez o susto seja menor.

terça-feira, junho 15, 2010

Mesa Redonda - Brasil e Korea

Deixei de assistir as "mesas redondas" (como são genericamente chamadas as discussões de comentaristas especializados após os jogos de futebol) quando concluí que:
1. Aparentemente não entendo nada desse esporte e,
2. Talvez por causa disso, observo coisas menos importantes do que os especialistas.
Então, hoje decidi fazer uma mesa redonda comigo mesmo e comentar a partida.
Para mim, ficou claro desde o início do jogo que o time estava se preservando, provavelmente para a copa de 2014.
Dunga deve ter ordenado a marcação homem a homem, o que é um grande risco quando se joga contra orientais, difíceis de diferenciar.
O camisa 9 da Korea foi o único que chorou durante a execução do hino nacional, provavelmente porque sabia que teria que levar o time nas costas.  Era o único sujeito que sabia jogar bola naquele time.  Também era o único careca e, por isso mesmo, não recebeu qualquer marcação.  Para nossa sorte ele não chutava muito bem.  Mas ele percebeu isso e, no final do jogo, passou a bola para outro coreano chutar.  Ainda bem que só percebeu no final do jogo.
Fiquei observando as expressões faciais do Dunga no primeiro tempo.  Foram duas.  Cara de preocupação olhando para a direita e cara de preocupação olhando para a esquerda.
Curioso é que ele também não fala nada.  Deve ser por isso que seu apelido é Dunga, somado, é claro, às orelhas.
Que saudades do Filipão.  Imagino-o gritando, irritado pela apatia do time no primeiro tempo:
- Marca a porra do japonês ... o gol é depois do meio de campo, cacete ... ninguém sabe chutar nessa merda de time !!!!
Dunga é diferente.  Não fala nada e ainda aplaude o sujeito que ganha alguns milhões de dolares e não consegue acertar um gol que tem 7 metros de largura pela honestidade da tentativa.
O Brasil tinha dois jogadores de futebol: o Robinho e o Maicon.  Robinho defendendo bem, e o Maicon nosso melhor atacante.
Mereceu fazer o gol no segundo tempo.  Gol de beque.  O cara confessou na entrevista que estava muito cansado para cruzar (que seria a jogada correta já que estava sem ângulo) e resolveu chutar em cima do goleiro que tinha saido para cobrir o cruzamento.
Gentileza, alías, retribuida por nosso goleiro, que saiu da frente da bola na hora do chute do coreano (pode ver no replay).
Imagino a dificuldade do Dunga para fazer as substituições no segundo tempo.  Ele, que não é bom nisso, tinha que escolher entre oito jogadores que estavam cumprindo sua orientação (se guardar para 2014).  Também poderia trocar de goleiro para ver se animava a partida, já que o Julio estava atrapalhando os cruzamentos dos coreanos na nossa área.  Ou tirar os dois brasileiros que chutavam em gol (o Robinho e o Maicon), mas aí acabaria revelando sua estratégia.
Para o técnico coreano foi mais fácil.  Trocou o time inteiro, menos o careca.  E ninguém percebeu.
O gol do Elano foi culpa minha.  Sempre que eu critico duramente um jogador durante o jogo ele faz um gol.  Preciso me lembrar disso quando formos enfrentar as outras duas potências da chave.
Dou a mão a palmatória.  Quando os comentaristas diziam que Portugal e Costa do Marfim seriam um pareo duro para o Brasil eu dava risada.
Agora estou agradecendo aos céus pelo fato de não termos algum time de verdade na chave.
Concluo que para enfrentar a Alemanha, caso nos classifiquemos acidentalmente para tanto, vamos precisar da máquina de clonagem dos coreanos e fazer mais nove Maicons (ou 10, se ele for um bom goleiro).

segunda-feira, junho 14, 2010

Torcida brasileira

Sabe o que eu mais gosto desta época de Copa do Mundo ?
É o sentimento quase religioso de fraternidade que nos une.
Ficamos alí, juntinhos, corações saltando dos peitos, mostrando o que temos de melhor em matéria de nacionalismo.
É realmente tocante ...

Um pouco mais sobre as mulheres ...

Carlos, o advogado, dá a dica de como é possível conhecer um pouco mais sobre as mulheres a partir da propaganda, lá no Vestiário Masculino.

sábado, junho 12, 2010

Uma imagem vale mais ...

Só para não deixar passar ....
Fiz uma postagem sobre futebol, ilustrda por uma foto com 3 louras semi-despidas.  Resultado: pouco interesse e 3 heróicos comentários, sendo que o terceiro, da Anita, foi motivado pela postagem seguinte.
Na postagem seguinte, mesmo assunto, texto menos elaborado, mas com a foto do Kaká:  9 comentários entusiasmados.
Na verdade, decidi fazer a segunda para comprovar minha impressão de que a foto da primeira tinha espantado meus leitores que são, em sua maioia, mulheres heterosexuais.
Os meninos são em menor número e visitantes menos frequentes.
Concluo com um Hai-kai:

Não importa o que escreva cá
desde que tenha
uma foto do Kaká

sexta-feira, junho 11, 2010

Votando na seleção

O pessoal vem reclamando da escalação da seleção do Dunga.
Vamos assumir: se o povo pudesse votar para escolher os jogadores da seleção, não faria melhor ...
A cada dois anos demonstramos isso.

quinta-feira, junho 10, 2010

Plano motivacional

Sempre que viajo a outros países procuro aprender o que posso sobre a cultura local.  É uma das coisas que mais me encanta do ponto de vista pessoal.
E, profissionalmente, aproveito para conhecer novos negócios e técnicas de gestão.
Nesta rápida visita ao Paraguay chamou minha atenção um aspecto em particular relativo ao plano motivacional para os jogadores da seleção Albiroja (vermelha e branca, como é carinhosamente chamada a equipe daquele país).
O Diário Popular, na sua edição internautica, publicou uma nota na seção "A puro chisme" (chisme é fofoca em espanhol) com o título "Asi se alienta la Sele" (assim se motiva a seleção), ilustrada com a foto produzida pelas "rubiazas" (louras) Janet Gamarra, Luz Cena y Priscila Samaniego, produzida com a intenção abnegada de animar o esquadrão paraguaio.
Aqui, na terra do samba e do carnaval, Dunga não acredita na eficiência do futebol pós-coito e exige o celibato na concentração.
Perguntei a um consultor especializado no assunto se não valeria a pena, pelo menos, oferecer uma premiação equivalente pelas vitórias o que seria feito, obviamente, após cada jogo.
Ele me respondeu que após profundos estudos conclui-se pelo modelo de equivalência financeira, já que as preferências dos jogadores da seleção, mesmo sem o Ronaldo, podem variar.
Eu rebati dizendo que considero que o dinheiro é um prêmio muito sem graça, ao que ele me respondeu:
- Meu caro, na quantidade que eu e você ganhamos, até pode ser ....
Assunto complexo ... acho que vou ter que entrevistar las rubiazas na próxima visita ao Paraguai.

Bate-volta

Nao se trata de acao e reacao ou da vendetta del capo.
Estou aqui postando do aeroporto en Assuncion de Paraguay, fazendo uma viagem que minha avò chamaria de bate-volta.
Sai de Sampa ontem no vöo das 9h00 e estou voltado agora no vöo das 5h10 (argh).
Entre um vöo e outro, o coquetel de lancamento do servico de medicao de audiencia de televisao em Real Time do IBOPE Paraguay.
Um grande acontecimento, com a presenca do vice-presidente (muito simpatico, alias), e de outras autoridades politicas relevantes, alèm de, è claro, donos e diretores de emissoras de televisao, anunciantes e agencias de propaganda.
Dà atè para se sentir importante.
Se bem que eu acho que gente importante deve ter seu pròprio jatinho e nao precisa levantar as 3h00 da manha para pegar um aviao ....

Em tempo - meus companheiros do IBOPE fizeram um trabalho fantàstico e tudo funcionou perfeitamente bem, apesar de ser a estrèia do servico ... e os anfitrioes (sòcios do IBOPE no Paraguay) prepararam uma festa impecàvel.   Eu sò tive que levantar cedo e fazer o discurso ...

terça-feira, junho 08, 2010

segunda-feira, junho 07, 2010

Agruras da comunicação

Acabei de ver a nova versão do comercial da pick-up Peugeot  Hoggar.
Na versão que havia visto anteriormente, um cara diz que nunca pulou de para-quedas, escalou cachoeiras ou mergulhou com tubarões, mas que você precisava experimentar o risoto que ele era capaz de fazer, ou alguma coisa assim (se quiser assistir, clique aqui).
Ou seja, o público-alvo para o carro seria um homem que tem medo de aventura mas cozinha bem.
Alguém deve ter dito para o pessoal da agência que o perfil dos potenciais compradores do carro não combinava com o tal risoto e, na nova versão (aqui), o comentário sobre o risoto dá lugar à afirmação de que o sujeito não tinha feito nada daquilo, mas não abria mão da emoção de dirigir o novo carro.
Ficou melhor ... mas sempre haverá alguém para dizer que, então, dirigir o carro seria tão perigoso quanto pular de para-quedas ou nadar com tubarões  e que, portanto, o carro não seria seguro.
Bem, eu já pulei de para-quedas e gosto de mergulho autônomo, mas realmente não quero que dirigir meu carro seja uma aventura.  No momento, tenho uma Pajero TR4, para me levar e trazer com segurança e conforto ao lugar da aventura, onde quer que seja.
Na versão atual do comercial a mensagem é exatamente o oposto disso.  O carro seria para um consumidor cuja maior aventura na vida é pilotar o seu carro novo.
Comunicação, meus caros, é uma coisa complicada ...

domingo, junho 06, 2010

Sob controle

Outro dia fiz uma postagem sobre as diversas crises pelas quais um homem passa.  Uma delas era a constatação de que não temos controle sobre as coisas.
Pilotar Kart é um bom exercício de desapego ao controle.  Você só consegue ser um piloto de Kart competitivo quando desiste do controle e deixa que ele derrape pela pista em todas as curvas.
No início é estranho e assustador.  Tão assustador que muitas pessoas não conseguem se acostumar a isso e desistem.  Depois fica só estranho.  E, aí, quando você realmente consegue deixar que as coisas aconteçam como devem acontecer, de acordo com a natureza do kart e da pista, e se restringe a ficar atento, a testar os limites, a aprender sobre o kart, a pista e os competidores, começa a diversão.

A maioria dos esportes tem essa característica.  Exigem disciplina, treino e desapego ao controle.   De todos que já pratiquei, o esqui na neve é o meu preferido, embora o frio e a dificuldade de não ter neve por aqui não me entusiasmem a praticá-lo com frequencia (na verdade, só esquiei na neve duas vezes).
Não sou um grande esportista.  Falta talento para a coisa.  Mas gosto de competir comigo mesmo e aprender no caminho.

sábado, junho 05, 2010

Quem pariu Mateus que o embale ...

A origem da expressão é indefinida.  A melhor "explicação" que encontrei foi a de que quando Jesus decidiu acolher Mateus entre seus dicípulos, sendo ele um cobrador de impostos, algum inconformado teria sugerido a Jesus que ele não merecia esse privilégio.  Só quem é capaz de gostar de um cobrador de impostos é sua própria mãe.  Logo, ela, havendo parido Mateus, que o embale.
Se você não gostar desta, pode inventar a sua, já que não existe registro histórico conhecido da origem.
O uso popular da expressão se dá nos casos em que alguém cria algum problema e, portanto, deve ser responsável por ele.
Mais elegante, convenhamos, do que o tradicional "ema, ema, ema, cada um com seu problema", que demonstra a falta de solidariedade do autor de forma mais agressiva.
Todo bom cristão deveria reagir de maneira "inclusiva" ao ouvir alguém expressar-se dessa forma, afirmando ao autor que, como Cristo, ele deveria acolher seus irmãos mesmo quando eles agem de forma a gerar algum incomodo.
Não vejo isso acontecendo com frequencia, o que me leva a crer que o Brasil é um país de católicos pouco cristãos.
Ou, resta a possibilidade de que sejamos apenas educados e, uma vez que não conhecemos nenhum Mateus, não trabalhamos no setor de embalagens e tampouco entendemos porque é que o sujeito mudou de assunto, preferimos evitar qualquer comentário.
Vai saber ...

sexta-feira, junho 04, 2010

Amizade entre homens e mulheres

A amizade entre um homem e uma mulher é possível ?
Ricardo, o romântico, dá sua opinião lá no Vestiário Masculino.

Mundo moderno e científico

Coisas engraçadas deste mundode modernidade científicas ...
- conhecer os dinossauros por nome
- acreditar que um orgão deixa de existir com o tempo porque perde usa função
- gastar milhões de dolares para provar que Deus existe ou que não existe
- que estejamos preocupados em preservar o gracioso Mutum Pinima enquanto a lista de atrocidades contra nossa própria espécie segue aumentando
- que prostituição adulta ainda seja considerada um crime na maioria dos países e alguém ainda se preocupe em descobrir as causas científicas do homosexualidade.
- que a saúde seja um dos negócios mais lucrativos do planeta, de hospitais a laboratórios

... fiquei com preguiça de continuar ...

quinta-feira, junho 03, 2010

terça-feira, junho 01, 2010

Promessa de campanha

O primeiro-ministro do Japão acaba de renunciar.
Quebrou sua promessa feita durante a campanha de não renovar um acordo com os EUA para manutenção de uma base militar na ilha.
O povo não perdoou, fez pressão, e o partido entregou a cabeça do ministro.
Aqui entre nós, fica mais fácil quando apenas um político quebra apenas uma promessa ...