(inspirado pelo último post da mamãe)
Como não nos deixam
as palavras que já partiram...
Nos perseguem, na memória
ou na boca de outros,
desvirtuadas pelo descontexto.
Saudades, arrependimentos, torpores, indignações...
Palavras de outrora provocando falsas emoções.
É preciso cuidar das palavras que virão
Isolá-las, se possível
Das que não mais estão
E não deixar que escapem
Sem antes preenchê-las
Das verdades de então
sexta-feira, maio 25, 2007
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10 comentários:
As palavras são meros fantoches representando o borbulhar dos sentimentos... Sentimentos estes nem sempre parecidos entre o interlocutor e o ouvinte...
Mas, nem por isso, deixar de expressar. Se fores incomprrendido, outras palavras terá para se fazer entender. Felizmente, elas tem este poder. O de se multiplicar e se forjar em muitas versões.
Não as deixar contaminar,
e as buscar sempre!
Os contextos e as vozes misturam-se em um significar único e singular.
Cara, essa foi fundo. E me serviu como sábio conselho:
Na falta de tempo -- ou disposição do ouvinte -- para contextualizar as frases do passado, melhor ficar quietinho.
Ou então dizer que estava só citando Nelson Rodrigues...
Gostei dessa...
Abraço, Paolo
Sempre traduzem o momento da procura.
Lú.
Palavras de um sábio poeta...
Já experimentou se dispor a passar algumas horas em silêncio? Faço isso às vezes e é incrível como me dou conta de quantas palavras dispensáveis eu pronuncio sem perceber. Parece difícil passar 24 horas em silêncio mas não é. Difícil é isso aí que você propõe: preencher as palavras de verdade.
Udi.
Esse exercício eu também faço as vezes , e chego à mesmíssima conclusão que vc.Mas, confesso que não consigo ficar 24 horas sem falar nada.
Adorei achar algúém que faz isso tb. Achei que fosse só eu....
Udi.
Esse exercício eu também faço as vezes , e chego à mesmíssima conclusão que vc.Mas, confesso que não consigo ficar 24 horas sem falar nada.
Adorei achar algúém que faz isso tb. Achei que fosse só eu....
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