Gosto de pensar que fui ou sou importante para alguém.
De algum modo, isso me faz sentir bem.
Por outro lado, essa "responsabilidade" as vezes me assusta.
Melhorou muito, como comentei no blog da Raffaella, quando compreendi que ser importante não me faz, necessariamente, responsável.
Não acho que alguém irá, algum dia, descobrir o sentido da vida, de forma absoluta.
Mas acho que cada um pode dar um sentido para sua vida.
O grande risco é fazer disso uma "missão", e deixar que tome conta da sua vida.
Aí, a vida perde o sentido. Irônico, não ?
Fazer diferença não é, para mim, uma missão.
Faço quando posso, porque gosto.
Ou seja, faço por mim.
É bom quando se encontra alguma coisa para fazer por sí mesmo que, de algum modo, pode trazer benefício aos outros.
Acredito que o mundo fica melhor assim.
Não precisa ser nada muito excepcional.
Contar uma piada, mandar flores, pagar um café, um gesto carinhoso inesperado, uma pergunta que ninguém fez, não falar nada, não exigir que se fale, um abraço, um sorriso, a mão no ombro, o ombro amigo... Qualquer um pode fazer isso.
E se isso não puder dar algum sentido para sua vida, bem ... mal também não vai fazer.
domingo, setembro 30, 2007
sábado, setembro 29, 2007
Complexidade
Depois de uma sequência infinita de reuniões de "board" para finalizar os "budgets" para 2008, um pensamento me ocorre (um último, num átimo)...
Como o ser humano complica a vida !!!!
E o pior é que não consigo ter inveja das formiguinhas.
Só acho que erramos a mão... exageramos.
Alguém tem a idéia de fazer 10 mandamentos. Simples e brilhante, embora tenda a discordar de alguns.
Mais bem comportados, evoluimos. E já não bastam os 10. Criamos a Constituição.
Como ainda é pouco, legislamos e concebemos os Códigos.
Que, obviamente, se desdobram novamente em "Políticas" nas empresas.
Mas alguém precisa controlar isso tudo, atualizar, fazer cumprir, punir, etc, etc ...
E criamos estruturas cada vez mais complexas.
Um enorme estímulo à criatividade, já que a natureza humana nos compele a desobedecer.
Bem, desobedecer um dos 10 mandamentos, que todo mundo conhece, dá na vista.
Já desobedecer a Lei 14.680 do código civil pode passar desapercebido ... e ninguém irá para o inferno por isso.
É ... a complexidade tem suas vantagens.
Mas namorar na praia é melhor ...
quinta-feira, setembro 27, 2007
Homens Modernos
Estava preparando o texto para a introdução de uma apresentação que a equipe do IBOPEmídia vai fazer na próxima semana, no congresso MaxiMídia sobre o tema Novo Homem.
Deparei-me com o fato de que o "mercado" não está devidamente preparado para ele.
Um exemplo: se você quiser lavar suas meias e cuecas no banho, vai ter que comprar o HigiCalcinha ...
segunda-feira, setembro 24, 2007
Suplício...
Não costumo postar sobre política, mas essa eu não resisti.
Está no estadão de hoje:
- O Senador Eduardo Suplicy entregou a carta de desculpas do Maroni (dono do Bahamas) para o prefeito Kassab (a quem havia chamado de "madre superiora").
É a melhor notícia desde que elegeram a Roseana Sarney como musa do impeachment do Collor...
domingo, setembro 23, 2007
Isso tudo que está aí ...
Cresce a revolta contra isso tudo que está aí.
Vozes se levantam, principalmente da classe educada, clamando para que não calemos.
Mas da conversa com o Walmir e a Ti, concluí que as coisas não vão mudar tão cedo.
Isso porque essas mesmas vozes clamantes da classe educada, estacionam seus carros em fila dupla, aproveitam relacionamentos para filar filas ou obter pequenos favores, etc, etc, ou seja, buscam pequenos benefícios em detrimento dos outros quando está ao seu alcance. Se estiverem no poder, buscarão grandes benefícios.
De qualquer forma, é pouco provável que conseguissem chegar lá, porque também não estão dipostos a trabalhar para o bem da comunidade.
A maioria não frequenta as reuniões de condomínio de seu próprio prédio e são poucos os que se canditatam a síndico (uma chatice, convenhamos, já que não se ganha nada para isso).
Ou seja, são parte de tudo isso que está aí ...
Vozes se levantam, principalmente da classe educada, clamando para que não calemos.
Mas da conversa com o Walmir e a Ti, concluí que as coisas não vão mudar tão cedo.
Isso porque essas mesmas vozes clamantes da classe educada, estacionam seus carros em fila dupla, aproveitam relacionamentos para filar filas ou obter pequenos favores, etc, etc, ou seja, buscam pequenos benefícios em detrimento dos outros quando está ao seu alcance. Se estiverem no poder, buscarão grandes benefícios.
De qualquer forma, é pouco provável que conseguissem chegar lá, porque também não estão dipostos a trabalhar para o bem da comunidade.
A maioria não frequenta as reuniões de condomínio de seu próprio prédio e são poucos os que se canditatam a síndico (uma chatice, convenhamos, já que não se ganha nada para isso).
Ou seja, são parte de tudo isso que está aí ...
quinta-feira, setembro 20, 2007
O nome já diz tudo ...
Encontrar bons profissio- nais hoje em dia é muito difícil.
Quando topo com um, faço questão de informar os amigos.
Em retribuição, uma amiga que prefere não ser identificada, enviou-me a lista de profissionais de sua confiança.
Aproveito o poder da new media para praticar o bom e velho marketing viral. Segue a lista...
Marcos Dias - Fabricante de agendas e calendários
H. Lopes - Professor de Hipismo
Oscar Romeu - Vendedor de carros usados
Hélvio Lino- Professor de música
K. Godói - Médico especialista em hemorróidas
Eudes Penteado - Cabeleireiro
Sara Vaz - Mãe de Santo
Passos Dias Aguiar - Instrutor de Auto-escola
Iná Lemos - Pneumologista
Ester Elisa- Enfermeira
Ema Thomas - Traumatologista
Malta Aquino Pinto - Urologista (especializada em DST)
Inácio Filho- Obstetra
Oscar A. Melo - Confeiteiro
H. Lopes - Professor de Hipismo
Oscar Romeu - Vendedor de carros usados
Hélvio Lino- Professor de música
K. Godói - Médico especialista em hemorróidas
Eudes Penteado - Cabeleireiro
Sara Vaz - Mãe de Santo
Passos Dias Aguiar - Instrutor de Auto-escola
Iná Lemos - Pneumologista
Ester Elisa- Enfermeira
Ema Thomas - Traumatologista
Malta Aquino Pinto - Urologista (especializada em DST)
Inácio Filho- Obstetra
Oscar A. Melo - Confeiteiro
Conhecer e conhecer-se
Duas experiências recentes e interessantes na minha vida.
O Arguta Café e o curso de teatro.
Com o primeiro, 3 grandes prazeres: escrever, compartilhar, conhecer gente bacana.
Com o segundo, experiência novinha em folha, outros 3 prazeres: relaxar, conhecer-me e conhecer gente bacana.
Disse para uma amiga ontem: se você não beijar os sapos, não vai encontrar seu príncipe.
Nem tudo que tentei na vida deu certo. Embora, como já tenha dito, sou um cara de sorte e a vida me tem sido generosa.
O Arguta, como porta de entrada para nossa blogaldeia, foi um grande presente. Tem sido uma deliciosa viagem.
As aulas de teatro, um grande aprendizado. Um exercício de deixar-me levar.
Já falei sobre o viver e deixar viver. Tão difícil mas tão importante.
O deixar viver foi tema de nossa blogaldeia por muitos posts e comments ...
Hoje, quer apenas sugerir: beijem muitos sapos !
quarta-feira, setembro 19, 2007
Disposto a postar
Embora meu horário de trabalho tenha, aparentemente, se extendido até as duas da manhã de forma semi-permanente, eis-me aqui disposto a postar.
A questão que se coloca, caros leitores, é como extrair de um cérebro esgotado uma última gota de pensamento a altura do respeito que lhes é devido.
Dos 5 neurônios habitualmente disponíveis, 3 foram dormir esgotados, e um esta embevecido pela cor rubra do licor de cassis e perdido em suas memórias elétricas.
O último que sobrou, felizmente, é o Ludovico.
Ludovico é meu neurônio lúdico.
Durante o dia, perturba as reuniões de trabalho acionando o mecanismo inconsciente de lançamento de bolinhas de papel e pedaços de clips.
Ao atravessar a rua, sistematicamente desloca a atenção da frente dos carros para a traseira das transeuntes.
Durante os discursos sérios, provoca as conexões mais esdruxulas e se diverte acompanhando o esforço dos outros 4 tentando conter as amebas risonhas.
Por ocasião dos velórios, destaco sempre dois neurônios para vigiar Ludovico, por segurança.
Um dia, deixando o velório do pai de um amigo, distrai-me por um segundo e la estava Ludovico e ação. Quando percebi, já estava dizendo que do morto não precisaria me despedir ...
Os outros quatro acionaram rapidamente a adutora enviando algumas lágrimas oportunas para os olhos que, marejados, conferiram um sentido mais adequado à afirmação. Salvei-me.
Eis que, me parece impossível, contando apenas com Ludovico, fazer uma postagem decente.
Se enveredo pela política, Ludovico sugere um fã clube para o Renan Calheiros com o mote:
- Vá buscar outro culpado, deixa o cara no Senado
Se penso em negócios sustentáveis, Ludovico menciona o subsídio à produção de sutiãs e recomenda a Érica como ministra.
Quando imagino que falar sobre meu prato preferido, macarrão, seria uma alternativa, Ludovico afirma categórico:
- Já não chegam as minhocas na cabeça ?
Decidi ficar, então, com a poesia, contando com o romantismo lúdico do Vico.
O amor, ah o amor
Que o coração espezinha
Quando me obriga a por
novamente a camisinha
Quer saber ... melhor deixar para amanhã.
segunda-feira, setembro 17, 2007
Pensamento da noite ...
Anotar na agenda: preciso parar de trabalhar aos domingos ....
Tem coisa melhor para fazer ...
Tem coisa melhor para fazer ...
sábado, setembro 15, 2007
... y el rojo de la pasión ...
A los otros uno es lo que aparenta ser ...
Lúcia comentou que eu tenho um grande coração. Assim é, se lhe parece (segundo Luigi Pirandello).
Também há quem tenha dito que eu sou anti-latino, que teria um certo preconceito contra nuestros hermanos de América Latina.
Costumo preocupar-me mais com o que considero uma crítica do que com os elogios.
Gosto da idéia de ter um grande coração, assim como gosto de muitas outras imagens construidas pela Lúcia, sempre generosa, a meu respeito.
Não gostei da ideia de ser anti-latino e resolvi desafiá-la. Questionei-me sobre o porque de levar alguém a construí-la.
A razão primeira poderia ser a verdade. Seria eu anti-latino ?
Se isso fosse verdade, estaria em maus lençois, já que profissionalmente sou responsável por cuidar dos negócios da empresa em todo o território. E negócios são construídos por pessoas.
Nunca me imaginei anti-latino. Mas talvez esse fosse um meu "monstro" desconhecido (vide poesia da Zuleica (http://www.zuleica-poesias.blogspot.com/).
Vamos aos fatos:
- Já me peguei contando piadas de argentinos, mas esse é um esporte continental. Os argentinos são os cariocas da América Espânica. Igualitos aos brasileiros, pero muito melhores.
- Também respondi a um colega chileno que me peguntou, segurando um cabo de força na mão e fazendo um movimento ascendente, "donde lo enchufo", que por aqui a gente não costumava enchufar nada ...
- Demorei muito para entender o senso de humor cínico dos amigos Uruguaios. Devo ter chutado abaixo da medalinha antes disso.
- Cheguei a comparar a sociedade coronelista peruana ao nordeste do ACM, numa clara demonstração de duplo preconceito.
- Antes de visitar a Colômbia, confesso que tinha uma péssima imagem do país. Hoje, me pergunto se o que aconteceu por lá foi por influência do Brizola, já que a Colômbia é um pais maravilhoso com um povo inteligente e educadíssimo, vítima do "laissez-faire" de sucessivos governantes.
- Nunca visitei a América Central. Uma ofensa grave.
- E levei anos para entender a lógica do povo mexicano, tão parecido com o brasileiro em seu calor humano e tão diferente nos codigos de relacionamento. Pisei na bola diversas vezes, com a melhor das intenções, mas estou aprendendo.
Em suma, para um observdor atento, poderia passar muito bem por um anti-latino em pele de cordeiro.
Mas e no fundo desse meu grande coração que a Lúcia viu ?
Mergulhei alí em busca da verdade e encontrei a palavra "Hermanos", assim mesmo, com H mayúsculo.
Encontrei o amor consanguíneo, crítico e competitivo. O prazer das "peleas fraternas". Um enorme sentido de "ser y pertenecer" que é automaticamente acionado sempre que algum norte-americano ou europeu quer nos colocar no balaio de cidadãos de segunda categoria.
É quando eu penso: somos, sim, cucarachos porque vamos sobreviver a toda destruição provocada pelos povos que se auto-proclamam "desenvolvidos".
"Las cucarachas no se ven feas ni cucarachas".
Me dou conta de que meu coração, além de verde, amarelo, branco e azul anil, também é vermelho, como o de todos nós.
E com essas 5 cores, desenha todas as bandeitas da América Latina.
Besitos ...
sexta-feira, setembro 14, 2007
Meu coração é verde, amarelo, branco e azul anil
Eis-me de volta ao Brasil - il - il - il !!!
Juro que não entendo porque tanta gente quer se mudar para Miami.
Vamos desconsiderar, por um momento, a turma que rouba aqui para gastar lá ...
Esses eu até entendo. Lá ninguém pergunta de onde vem a grana. Basta ter grana.
Outro dia escutei um garotão conversando com seu "mano" no metrô:
- Tô juntando uma grana ... ano que vem saio dessa merda !! (leia-se nosso país)
- Firmeza ... (expressão de concordância do mano)
- Tô arrumando uma parada em Miami...
- Tem esquema ?
- Fala sério ....
- Da hora ...
Fiquei me perguntando se o sujeito já havia estado em Miami.
Cidade grande, moderna, rica ...
Ostentação é a palavra de ordem. Neguinho não repete nem marca de carro.
Ecologia, em Miami, é um conceito que se aplica em outro lugar.
Só para dar um exemplo simples, toda vez que deixava o quarto do hotel eu desligava o ar condicionado (nas raras vezes em que ligava, até porque detesto ar condicionado). Sempre que voltava para o quarto, geralmente tarde da noite, o ar estava ligado novamente. Extremo oposto dos países da Europa ocidental, onde a turma reclama se você toma banho todo dia...
Bem .. eles se preocupam muito com o verde ... com um tal de "green card".
E quando os latinos conseguem o seu cartão verde, automaticamente adotam um ar de arrogante superioridade (para compensar o complexo de inferioridade).
Se conseguem a cidadania americana, então, sai de baixo ...
Claro que há exceções. Conheço várias. Nosso escritório da empresa em Miami, por exemplo, tem um time composto por brasileiros, colombianos e mexicanos (entre outros), que amam seu país de origem e escolheram viver em Miami por motivos profissionais ou pessoais. Gente bacana, consciente e que não se deixa deslumbrar.
Mas o objetivo do post não é falar mal de Miami. É dizer que cada vez que passo um tempo fora daqui, reforço meu sentimento de bem querer pelo Brasil.
Meus queridos, eu adoro nosso país e os brasileiros que aqui estão.
Bem, por aqui também tem exceções .... Mas deixo isso para o Ernesto comentar.
Juro que não entendo porque tanta gente quer se mudar para Miami.
Vamos desconsiderar, por um momento, a turma que rouba aqui para gastar lá ...
Esses eu até entendo. Lá ninguém pergunta de onde vem a grana. Basta ter grana.
Outro dia escutei um garotão conversando com seu "mano" no metrô:
- Tô juntando uma grana ... ano que vem saio dessa merda !! (leia-se nosso país)
- Firmeza ... (expressão de concordância do mano)
- Tô arrumando uma parada em Miami...
- Tem esquema ?
- Fala sério ....
- Da hora ...
Fiquei me perguntando se o sujeito já havia estado em Miami.
Cidade grande, moderna, rica ...
Ostentação é a palavra de ordem. Neguinho não repete nem marca de carro.
Ecologia, em Miami, é um conceito que se aplica em outro lugar.
Só para dar um exemplo simples, toda vez que deixava o quarto do hotel eu desligava o ar condicionado (nas raras vezes em que ligava, até porque detesto ar condicionado). Sempre que voltava para o quarto, geralmente tarde da noite, o ar estava ligado novamente. Extremo oposto dos países da Europa ocidental, onde a turma reclama se você toma banho todo dia...
Bem .. eles se preocupam muito com o verde ... com um tal de "green card".
E quando os latinos conseguem o seu cartão verde, automaticamente adotam um ar de arrogante superioridade (para compensar o complexo de inferioridade).
Se conseguem a cidadania americana, então, sai de baixo ...
Claro que há exceções. Conheço várias. Nosso escritório da empresa em Miami, por exemplo, tem um time composto por brasileiros, colombianos e mexicanos (entre outros), que amam seu país de origem e escolheram viver em Miami por motivos profissionais ou pessoais. Gente bacana, consciente e que não se deixa deslumbrar.
Mas o objetivo do post não é falar mal de Miami. É dizer que cada vez que passo um tempo fora daqui, reforço meu sentimento de bem querer pelo Brasil.
Meus queridos, eu adoro nosso país e os brasileiros que aqui estão.
Bem, por aqui também tem exceções .... Mas deixo isso para o Ernesto comentar.
quarta-feira, setembro 12, 2007
Para não dizer que não postei ..
segunda-feira, setembro 10, 2007
Pensamento da noite ...
Sabe o que eu mais gosto nessa turma que se reuniu em torno da blogaldeia ?
O sentido comum de que a vida vale a pena quando a alma não é pequena.
Nossos encontros, virtuais ou happybloguerísticos, são sempre positivos.
Com nossos erros e acertos, maior ou menor competência (dependendo do dia), estamos sempre compartilhando pensamentos construtivos, confortantes, confiantes.
E é tão natural que parece normal ...
Só me dou conta de que não é assim tão comum, quando tropeço com gente que insiste em desperdiçar a vida (ou parte dela) dedicando suas energias ao mal-querer.
Tenho sorte. Conheço poucas e, quando posso, evito relacionar-me com elas.
E quando não posso (normalmente por questões profissionais), simplesmente não entro no jogo.
Curioso é que, de um modo geral, não se trata de falta de inteligência, talento ou capacidade.
Quase sempre é o oposto.
Excesso de competência e sensibilidade, baixa resistência à frustração e uma irresistível vocação para achar que o mundo é responsável por seus problemas, já que ele (o mundo) não se comporta como deveria.
Sempre me lembro de uma citação recorrente do Max Smart (Agente 86):
- Se ele tivesse usado sua inteligência para o bem ...
No presente caso, bastaria usar para seu próprio bem.
A morte dos peixes ...
Inspirado pela última postagem da Luisa (http://www.estetikos.blogspot.com/) antes da pescaria, para a qual , merecidamente, dispensei-a, escrevo estas mal traçadas linhas ...
O peixe morre pela boca, disse Luisa.
Nem todos.
Alguns seguem o cardume em direção à rede, e também morrem. Outros, de causa natural ou acidental (afinal, para morrer, basta estar vivo).
Mas os que morrem pela boca merecem atenção especial, porque normalmente se julgam especiais.
Longe do cardume, porque são únicos, abrem a boca quando não deveriam e acabam se dando mal.
Ironicamente, tão mal quanto se dariam se tivessem seguido o cardume.
Chego a 3 conclusões:
1. Seguir o cardume nem sempre é uma boa idéia;
2. Só porque o peixe decide deixar o cardume, não deixa de ser peixe;
3. Culpar o pescador não vai resolver o problema.
domingo, setembro 09, 2007
What day is today ?
Mais uma semana desta invejável vida de CEO ...
Sete da noite saio de casa rumo ao Neblinão (aeroporto internacional de Guarulhos). Check in pessoal (rápido, já que embarquei de executiva), check in de equipamentos (um aprimoramento burocrático, que acrescenta exóticos 20 minutos ao processo de embarque), fila para o raio-X (menos de 40 minutos), passagem rápida pela polícia federal, um par de horas de espera para o embarque final e, voilà ... após 15 minutos taxiando pela pista, o avião ganha impulso, as turbinas rugem (mais timidamente do que gostaria), o avião acelera, aproxima-se do final da pista, os passageiros nervosos gritam e o avião, finalmente decola.
Na cabine de comando, piloto e co-piloto, ambos cegos, contratados como parte do programa de inclusão de pessoas com necessidades especiais, suspiram aliviados. O co-piloto comenta:
- Se um dia eles não gritarem, sei não ...
Vôo tranquilo, comida razoável, comissários e aeromoças muito simpáticos.
Observei com atenção ... não praticaram sexo. Esse é um dos principais indicadores de confiança da equipe de bordo na segurança do vôo. Se houvesse a possibilidade de queda, certamente não deixariam de aproveitar essa última oportunidade.
Aterrisagem perfeita. Com reverso e tudo.
Demos sorte (eu e meus colegas de meetings). Nosso vôo pousou primeiro e comos estávamos na executiva, chegamos antes à fila da polícia para o processo de re-digitalização das digitais.
Em pouco mais de 50 minutos estávamos liberados para brincar de "onde está sua mala".
Pasmem... o policial falava português !!! Ou quase, o que já é muito fora do Brasil. E o cara da aduana também ... Gente de visão, preparados para quando os EUA incorporarem definitivamente a Amazônia.
E ... aqui estou eu, no hotel, após mobilizar a equipe em Sampa para fazer o novo celular funcionar. Foi quando dei-me conta de que é domingo em São Paulo.
Aqui em Miami, é apenas mais um dia na vida de um executivo de multi-nacional. Almoço de negócios, reunião de board à tarde ... e-mails e preparação de apresentação à noite ... seguidos de mais 4 dias idênticos até o momento da volta.
Não dá para reclamar. Ganho bem, faço muita coisa que gosto e tenho autoridade e responsabilidade para ajudar bastante gente. E, de um modo geral, sobra algum tempo para diversão (embora a namorada esteja comemorando seu aniversário aí em Sampa sem a minha ilustre presença - coisas da vida).
Mas não vai sobrar muito tempo nesses próximos dias para postagens ou comments nos blogs amigos ...
Sorry.
terça-feira, setembro 04, 2007
A idade da pedra não acabou por falta de pedras
Escutei essa afirmação instigante hoje, durante o II Forum IBOPE - Relacionamentos sustentáveis, do qual participei.
A intérprete (já que ela disse não ser a autora original) foi Ana Paula, representante da Petrobras no evento.
O contexto específico foi sua resposta a uma pergunta sobre uma potencial crise energética em função da extinção das reservas de petróleo.
Mas não quero entrar no mérito da discussão ou da adequação analógica.
A idéia em si é interessante.
A idade da pedra não acabou por falta de pedras. O homem evoluiu (no sentido videogamistico da palavra). Desenvolveu novos recursos e abandonou o conforto do conhecido por alternativas mais interessantes. Provavelmente nem todos. Mas os que evoluiram, prevaleceram sobre os acomodados.
Seguimos tendo pedras à disposição, mas forjamos o metal para ferramentas. Muito mais trabalhoso e possivelmete anti-ecológico (nas atuais proporções). Mas muito mais eficiente para imediata qualidade de vida.
Nossa .... a cabeça fervilha ... as possibilidades de desdobramento deste post são inúmeras ...
Pena que estou com preguiça.
segunda-feira, setembro 03, 2007
As 7 maravilhas ...
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