Hoje viajo novamente.
Entre uma viajem e outra, a Ti fez questão de demonstrar porque é que eu deveria viajar menos. Adoro isso.
Não vou fazer um diário da próxima viagem. Seria como contar a mesma piada duas vezes para a mesma pessoa.
Bem, eu até tenho duas amigas para quem posso contar a mesma piada pela segunda vez.
Para uma delas, bastam cinco minutos de intervalo; sério. Ela esquece mesmo, e ri com a mesma disposição a cada vez.
É bom para quem tem repertório pequeno.
Será que ela é assim com outras coisas gozadas também ?
Mas quando viajo sozinho, fico introspectivo. Quando fico introspectivo, fico reflexivo. Quando fico reflexivo, levanto questões. E quando levanto questões, gosto de partilhá-las.
E é o que farei nas próximas postagens.
Bjs.
domingo, maio 31, 2009
sábado, maio 30, 2009
Voltando para casa, outra vez ...
O problema com os vôos diurnos é a absoluta falta do que fazer.
Dez horas em um avião, mesmo na classe executiva, é muito tempo para uma pessoa levemente agitada como eu.
Na primeira meia hora de qualquer vôo costumo dormir. Quando a porta principal fecha, a cabine é pressurizada. Aliás, quando o avião ainda está no solo, melhor seria dizer despressurizada, já que a pressão do ar na cabine é menor do que uma atmosfera.
Sou sensível à redução do nível de oxigênio e apago. Basta relaxar.
Obviamente, nos aviões, como nos hospitais, as aeromoças estão alí para garantir que você obtenha o máximo por seu dinheiro. Não podem ver um sujeito dormindo e logo o acordam para perguntar se ele prefere dormir ou jantar. Eu já experimentei responder que preferia dormir, mas as aeromoças tem uma técnica toda especial para caminhar pelos corredores dos aviões, batendo a ponta do salto do sapato de forma desritmada, como alguém que tropeça na escada ou que chega correndo e para subitamente. E se isso não for suficiente para acordá-lo, dão um jeito de esbarrar em você, derrubar alguma coisa, entregar alguma coisa (uma garrafa de água, um formulário) ou, simplesmente, perguntar se você está bem e se quer mais alguma coisa. Tudo para que você não deixe de aproveitar o vôo.
Sendo assim, hoje em dia, aceito o jantar. E correspondo à melhores expectativas da aeromoça. Aceito e durmo. Ela me acorda para receber a toalha de mão, que eu uso e durmo. Ela me acorda para abrir a mesa, eu abro e durmo. E assim, seguimos nesse joguinho até o final do jantar, quando ela lança mão do truque master da segunda hora de vôo .... a bandeja esquecida. Como você gostaria de ir ao banheiro, lavar suas mãos e escovar seus dentes antes de voltar a dormir, a aeromoça não retira a bandeja da sua frente, garantindo um estado de leve tensão e expectativa, suficiente para mantê-lo acordado por mais uns 20 minutos.
E desenvolvi uma contra-técnica para isso. Assim que a aeromoça passa, levanto a bandeja, estico-a na direção do corredor e peço que segure um pouco, fazendo uma cara de quem derrubou alguma coisa importante. Olho para ela somente o tempo suficiente para fazer o pedido e, em seguida, desvio minha atenção para a cadeira meio afobado, já com jeito de quem vai largar a bandeja. É automático. elas sempre seguram a bandeja.
Fato é que 10 horas de vôo dariam muita história para contar e, embora eu esteja aqui, já na 6a hora e bastante entediado, não vou escrever um texto de 4 horas para vocês, certo?
O bom é que estou chegando em casa e que terei 24 horas inteirinhas em terra firme antes da próxima viagem.
Dez horas em um avião, mesmo na classe executiva, é muito tempo para uma pessoa levemente agitada como eu.
Na primeira meia hora de qualquer vôo costumo dormir. Quando a porta principal fecha, a cabine é pressurizada. Aliás, quando o avião ainda está no solo, melhor seria dizer despressurizada, já que a pressão do ar na cabine é menor do que uma atmosfera.
Sou sensível à redução do nível de oxigênio e apago. Basta relaxar.
Obviamente, nos aviões, como nos hospitais, as aeromoças estão alí para garantir que você obtenha o máximo por seu dinheiro. Não podem ver um sujeito dormindo e logo o acordam para perguntar se ele prefere dormir ou jantar. Eu já experimentei responder que preferia dormir, mas as aeromoças tem uma técnica toda especial para caminhar pelos corredores dos aviões, batendo a ponta do salto do sapato de forma desritmada, como alguém que tropeça na escada ou que chega correndo e para subitamente. E se isso não for suficiente para acordá-lo, dão um jeito de esbarrar em você, derrubar alguma coisa, entregar alguma coisa (uma garrafa de água, um formulário) ou, simplesmente, perguntar se você está bem e se quer mais alguma coisa. Tudo para que você não deixe de aproveitar o vôo.
Sendo assim, hoje em dia, aceito o jantar. E correspondo à melhores expectativas da aeromoça. Aceito e durmo. Ela me acorda para receber a toalha de mão, que eu uso e durmo. Ela me acorda para abrir a mesa, eu abro e durmo. E assim, seguimos nesse joguinho até o final do jantar, quando ela lança mão do truque master da segunda hora de vôo .... a bandeja esquecida. Como você gostaria de ir ao banheiro, lavar suas mãos e escovar seus dentes antes de voltar a dormir, a aeromoça não retira a bandeja da sua frente, garantindo um estado de leve tensão e expectativa, suficiente para mantê-lo acordado por mais uns 20 minutos.
E desenvolvi uma contra-técnica para isso. Assim que a aeromoça passa, levanto a bandeja, estico-a na direção do corredor e peço que segure um pouco, fazendo uma cara de quem derrubou alguma coisa importante. Olho para ela somente o tempo suficiente para fazer o pedido e, em seguida, desvio minha atenção para a cadeira meio afobado, já com jeito de quem vai largar a bandeja. É automático. elas sempre seguram a bandeja.
Fato é que 10 horas de vôo dariam muita história para contar e, embora eu esteja aqui, já na 6a hora e bastante entediado, não vou escrever um texto de 4 horas para vocês, certo?
O bom é que estou chegando em casa e que terei 24 horas inteirinhas em terra firme antes da próxima viagem.
sexta-feira, maio 29, 2009
Missão Cumprida 3
Como prometido, aqui estou eu em Lisboa, em frente ao famoso Café "A Brasileirinha" no Largo do Chiado, para o encontro com nosso amigo blogueiro de além-mar. Tapadinhas, ao meu lado, de olhos fechados saboreando o momento e enviando (em pensamento) um beijo para todos seus amigos aqui do Brasil.
Entreguei-lhe um exemplar do "Pecado e Capital", autografado pelo Ernesto e por mim. Expliquei ao Tapadinhas que o Ernesto fugiu da escola muito cedo, antes de aprender a escrever e, por isso, tive que assinar por ele. Mas que outra pessoa é capaz de transformar um liquidificador caseiro num varal elétrico para sua lavanderia ?
Transmiti-lhe beijos e abraços de todos. Ele não chegou a chorar de emoção, mas ficou feliz.
Ganhei de presente o estudo que fez para um de seus quadros que mais gostei. Adorei e levo para fazer companhia à MonaLisa no museu doméstico.
A prosa foi ótima e passamos uma tarde agradabilíssima, sob um sol de 36 graus.
Na sequência, aproveitei para jantar com o José Manoel, nosso sócio aqui em Portugal.
(para não ficarem dizendo por aí que só sei paquerar romenas ...)
Entreguei-lhe um exemplar do "Pecado e Capital", autografado pelo Ernesto e por mim. Expliquei ao Tapadinhas que o Ernesto fugiu da escola muito cedo, antes de aprender a escrever e, por isso, tive que assinar por ele. Mas que outra pessoa é capaz de transformar um liquidificador caseiro num varal elétrico para sua lavanderia ?
Transmiti-lhe beijos e abraços de todos. Ele não chegou a chorar de emoção, mas ficou feliz.
Ganhei de presente o estudo que fez para um de seus quadros que mais gostei. Adorei e levo para fazer companhia à MonaLisa no museu doméstico.
A prosa foi ótima e passamos uma tarde agradabilíssima, sob um sol de 36 graus.
Na sequência, aproveitei para jantar com o José Manoel, nosso sócio aqui em Portugal.
(para não ficarem dizendo por aí que só sei paquerar romenas ...)
quinta-feira, maio 28, 2009
Missão cumprida 2
O congresso foi ótimo, organização explendida, equipamentos de audio e vídeo eficientíssimos e palestras razoavelmente interessantes.
Apesar da pouca luz, permaneci acordado antes e depois da minha palestra, vejam só.
Seguiu-se um coquetel e um jantar à beira da piscina no jardim do hotel (o tempo aqui está maravilhoso) com direito a violões espanhóis e companhia internacional.
Jantei numa mesa com suiços, holandeses e romenos.
Todos muito simpáticos, particularmente as garotas romenas. Aprendi que o romeno é uma língua predominantemente latina e que tem razoável semelhança com português, pelo que já dei o endereço do Arguta Café para Ramona e Alina. Prometeram nos visitar e deixar comentários em sua língua de origem. Se cumprirem a promessa, vamos nos divertir para entender.
Alias, vale observar que a Romania (como eles mesmos se intitulam) recebeu esse nome em função da colonização Romana, logo, nada surpreendente que sejam meio latinos.
Români fete sunt bună companie, şi în limba nu este la fel de complicat.
quarta-feira, maio 27, 2009
O japonês, a canadense e o brasileiro dorminhoco
Hoje faço a apresentação.
A Mulher Objeto sugeriu que eu contasse essa passagem aqui no blog, para ilustrar as picardias dessa situação.
Num congresso internacional importantíssimo, com a presença de grandes acadêmicos de pesquisa dos principais países e empresas do setor, encontram-se na mesa plenária para apresentações um chinês, uma canadense, um japonês e um brasileiro (não é piada, ok ?).
É o primeiro painel do dia, 8h30 da manhã. Na noite anterior havia acontecido o Gala Dinner, um jantar elegantemente regado a vinho, que obviamente terminou bastante tarde.
O brasileiro foi o primeiro a apresentar. Sem problemas. A adrenalina cumpriu seu papel e a proverbial informalidade brasileira foi suficiente para manter a platéia acordada.
Termina educadamente aplaudido e entrega o posto para a canadense. Bonita, séria e com uma apresentação interessante.
O brasileiro, de volta à mesa, dá uma olhada na sequencia das demais apresentações do painel.
O chinês, um técnico fantástico, fará duas. Temas também interessantes mas complexos e, se o chinês fizer como de hábito, com muitas fórmulas e tabelas.
Depois dele, um japonês, que não fala inglês e, portanto, será secundado por sua tradutora pessoal (uma novidade no congresso).
O brasileiro logo imagina que vai ser difícil permanecer acordado, dado seu histórico desde os tempos de faculdade. Apropria-se imediatamente de dois potes de balas de goma que estavam sobre a mesa dos palestrantes, preparado para comer compulsivamente.
A canadense volta à mesa, devidamente aplaudida, e senta-se do lado do brasileiro.
O brasileiro lhe pede, como favor, que a canadense lhe dê um "cutucão" caso o flagre dormindo.
A canadense sorri e faz algum comentário sobre o senso de humor dos brasileiros.
O painel segue. O brasileiro resiste galhardamente à primeira apresentação do chinês, mas começa a fraquejar visivelmente na segunda. O primeiro pote de balas de goma já havia terminado e o segundo ia pela metade.
O chinês termina sua segunda apresentação.
O brasileiro relaxa um pouco o nó da gravata e bebe meia garrafa de água. Discretamente, molha o dedo no copo e leva aos olhos, como se estivesse com um sisco.
Começa a apresentação do japonês. Voz baixa, fala lerda. A cada parágrafo se interrompe para que a tradutora, com forte sotaque japonês, faça a tradução igualmente lenta e monocórdica.
A canadense, distraidamente, olha para o lado para comentar algo e percebe que o brasileiro apagou.
Cutucão master. O brasileiro levanta a cabeça assustado e dá de cara com os olhos arregalados da canadense. Agradece e pede que ela alcance um terceiro pote de balas de goma que está na ponta da mesa.
Permanece acordado, heroicamente, até o final.
Terminado o painel, desce do palco e encontra um amigo com quem comenta a sorte da canadense haver percebido sua cochilada.
O amigo, algo constrangido, informa que ela levou muiiiito tempo para perceber.
Acontece !!!
(ps - mesmo assim fui convidado para o congresso seguinte)
A Mulher Objeto sugeriu que eu contasse essa passagem aqui no blog, para ilustrar as picardias dessa situação.
Num congresso internacional importantíssimo, com a presença de grandes acadêmicos de pesquisa dos principais países e empresas do setor, encontram-se na mesa plenária para apresentações um chinês, uma canadense, um japonês e um brasileiro (não é piada, ok ?).
É o primeiro painel do dia, 8h30 da manhã. Na noite anterior havia acontecido o Gala Dinner, um jantar elegantemente regado a vinho, que obviamente terminou bastante tarde.
O brasileiro foi o primeiro a apresentar. Sem problemas. A adrenalina cumpriu seu papel e a proverbial informalidade brasileira foi suficiente para manter a platéia acordada.
Termina educadamente aplaudido e entrega o posto para a canadense. Bonita, séria e com uma apresentação interessante.
O brasileiro, de volta à mesa, dá uma olhada na sequencia das demais apresentações do painel.
O chinês, um técnico fantástico, fará duas. Temas também interessantes mas complexos e, se o chinês fizer como de hábito, com muitas fórmulas e tabelas.
Depois dele, um japonês, que não fala inglês e, portanto, será secundado por sua tradutora pessoal (uma novidade no congresso).
O brasileiro logo imagina que vai ser difícil permanecer acordado, dado seu histórico desde os tempos de faculdade. Apropria-se imediatamente de dois potes de balas de goma que estavam sobre a mesa dos palestrantes, preparado para comer compulsivamente.
A canadense volta à mesa, devidamente aplaudida, e senta-se do lado do brasileiro.
O brasileiro lhe pede, como favor, que a canadense lhe dê um "cutucão" caso o flagre dormindo.
A canadense sorri e faz algum comentário sobre o senso de humor dos brasileiros.
O painel segue. O brasileiro resiste galhardamente à primeira apresentação do chinês, mas começa a fraquejar visivelmente na segunda. O primeiro pote de balas de goma já havia terminado e o segundo ia pela metade.
O chinês termina sua segunda apresentação.
O brasileiro relaxa um pouco o nó da gravata e bebe meia garrafa de água. Discretamente, molha o dedo no copo e leva aos olhos, como se estivesse com um sisco.
Começa a apresentação do japonês. Voz baixa, fala lerda. A cada parágrafo se interrompe para que a tradutora, com forte sotaque japonês, faça a tradução igualmente lenta e monocórdica.
A canadense, distraidamente, olha para o lado para comentar algo e percebe que o brasileiro apagou.
Cutucão master. O brasileiro levanta a cabeça assustado e dá de cara com os olhos arregalados da canadense. Agradece e pede que ela alcance um terceiro pote de balas de goma que está na ponta da mesa.
Permanece acordado, heroicamente, até o final.
Terminado o painel, desce do palco e encontra um amigo com quem comenta a sorte da canadense haver percebido sua cochilada.
O amigo, algo constrangido, informa que ela levou muiiiito tempo para perceber.
Acontece !!!
(ps - mesmo assim fui convidado para o congresso seguinte)
Missão Cumprida 1
Dois minutos
Veja que coincidência ... encontrei o Luiz (do Vestiário Masculino) passeando por Las Ramblas aqui em Barcelona. A namorada de turno havia lhe pedido dois minutos para dar uma olhadinha numa loja de cosméticos e ele encontrou um jeito de matar o tempo. Vale conferir lá no Vestiário.
Paranóia
Mesmo cansado, não pude deixar de observar os cogumelos voadores na recepção do hotel. Seriam radioativos ? Esse seria o virus da tal gripe suína ?
A paranóia consume parte de meus recursos intelectuais e a conversa com a recepcionista holandesa, em espanhol, faria Dali sorrir cofiando os bigodes.
Desvio cautelosamente dos cogumelos virais e dirijo-me aos elevadores.
Preciso do código. A recepcionista holandesa não me deu o código. Prefiro não tentar a sorte com os cogumelos novamente e tento adivinhar a combinação., começando pelo número do apartamento.
Não funciona.
Uma jovem espanhola pergunta o que estou fazendo ali ?
Respondo com um olhar de desconfiança ... ela sorri e aponta um outro grupo de elevadores que eu havia ignorado pela influência dos cogumelos.
Entro rápido e chego ao meu andar sem maiores problemas.
Mentalmente, anoto o nome da espanhola ... Madalena. Ela, certamente, não é um deles ...
Letargia
Dezessete horas após deixar minha confortável residência, já no vôo Lisboa-Barcelona, os neurônios não são mais os mesmos.
Divagações viram sonhos que voltam a ser divagações. A aeromoça surge em meio à neve me oferecendo um suco. Eu respondo assustado: "goiaba, aqui ?" Ela me olha com piedade e se afasta ...
Em trânsito
Outras leituras
Uma das diversões de viagens internacionais é a leitura de jornais de outras paragens.
No Le Monde, uma nota explicando as consequências da eliminação de sua página mortuária.
Os mortos franceses estão, agora, distribuidos em suas páginas específicas. Escritores falecidos no caderno de Cultura, jogadores no de esportes, políticos no de Política e assim por diante.
terça-feira, maio 26, 2009
Diário de Bordo
Por absoluta falta do que fazer enquanto espero a hora de embarque, ocorreu-me que um diário de bordo seria um bom assunto para as postagens dos próximos dias (supondo que tenha acesso a internet e tempo para isso).
Alguns dirão: mas que tipo presunçoso, que elemento pretencioso, só porque viaja acha que é o gostoso ...
Na verdade, a inspiração é desmistificadora. A maioria dos seres humanos normais não tem a oportunidade de viajar com a frequencia que viajo em função do trabalho. Viagens de trabalho são substancialmente diferentes de viagens turísticas, a começar pelo seu objetivo: trabalhar.
Mas vamos ao diário ...
Sai de casa 3h30 horas antes do previsto para embarque, o recomendável para vôos internacionais. Obviamente, sempre que você sai com tempo o trânsito está fantástico, não tem fila para o check-in, ninguém implica com a sua mala, o detetor de metais não não repara em você e, magicamente, 50 minutos depois de deixar sua casa, você já está pronto para embarcar, o que só acontecerá duas horas depois.
Mas experimente sair em cima da hora para ver como o universo conspira contra você ...
Como viajo de classe executiva (sou um executivo, ora bolas), tenho direito a esperar na sala VIP.
Isso faz muita diferença. No aeroporto de Miami, por exemplo, dá até para tomar um banho (divertidíssimo quando se está acompanhado). Aqui, não é o caso.
Mas ao invés de ficar mofando no saguão do aeroporto, estou aqui sentado em uma confortável poltrona, tomando suco de goiaba e postando, mordomicamente no blog.
E a pergunta que não quer calar: porque, filho de Deus, suco de goiaba ?
Porque como parte do programa de redução de custos, a Gol/Varig só serve suco de pêssego e goiaba, mesmo para os vips.
Não tem de maracujá.
segunda-feira, maio 25, 2009
Imprescindíveis
É quando a gente está fazendo a mala para viagem que recebe o real valor das coisas.
De imediato, as saudades antecipadas das pessoas amadas que vai deixar, dos confortáveis e reconchegantes hábitos diários, do travesseiro, da cama, da máquina de café, da casa ...
E, em seguida, quando pragmáticos selecionamos o que iremos levar.
Gosto de viajar com mala pequena, preferivelmente que possa levar comigo dentro do avião.
Aos poucos vou ficando minimalista.
Um "costume" (para quem não sabe, "terno" é paletó, calça e colete - 3 peças - sem colete é "costume"), já que vou palestrar.
Calça jeans e camiseta preta para todos os outros momentos - isso é que é roupa.
Um punhado de meias e cuecas, um par de camisas (é Europa).
Lenço - pois é, descobri que usar lenço está fora de moda, não sei como. O que é que você faz quando encontra uma dama chorando ? Nem sempre dá para enxugar lágrimas com beijos ...
Pasta de dente ... sou super chato com isso. E escova, é claro, porque o dedo não dá a mesma sensação de dentes lisos e brilhantes.
Colírio para o avião.
Comprimidos diversos para todos os males triviais.
Desodorante e perfume.
Ah... um cinto ... calça social precisa de cinto ... e gravata, putz ... odeio gravata.
Acho que isso.
Levo também o carinho dos que ficam desejando que eu volte logo.
Mas isso não ocupa espaço na mala.
Beijos.
De imediato, as saudades antecipadas das pessoas amadas que vai deixar, dos confortáveis e reconchegantes hábitos diários, do travesseiro, da cama, da máquina de café, da casa ...
E, em seguida, quando pragmáticos selecionamos o que iremos levar.
Gosto de viajar com mala pequena, preferivelmente que possa levar comigo dentro do avião.
Aos poucos vou ficando minimalista.
Um "costume" (para quem não sabe, "terno" é paletó, calça e colete - 3 peças - sem colete é "costume"), já que vou palestrar.
Calça jeans e camiseta preta para todos os outros momentos - isso é que é roupa.
Um punhado de meias e cuecas, um par de camisas (é Europa).
Lenço - pois é, descobri que usar lenço está fora de moda, não sei como. O que é que você faz quando encontra uma dama chorando ? Nem sempre dá para enxugar lágrimas com beijos ...
Pasta de dente ... sou super chato com isso. E escova, é claro, porque o dedo não dá a mesma sensação de dentes lisos e brilhantes.
Colírio para o avião.
Comprimidos diversos para todos os males triviais.
Desodorante e perfume.
Ah... um cinto ... calça social precisa de cinto ... e gravata, putz ... odeio gravata.
Acho que isso.
Levo também o carinho dos que ficam desejando que eu volte logo.
Mas isso não ocupa espaço na mala.
Beijos.
domingo, maio 24, 2009
A Sombra do Vento
Com toda a chuva de Salvador, aproveitando os breves intervalos entre outros afazeres, adiantei a leitura do livro A Sombra do Vento.
Encontrei a recomendação desse livro em um dos blogs que visitei uns meses atrás (não me lembro qual) e decidí lê-lo porque a história se passa em Barcelona, cidade para onde vou na próxima terça, palestrar em um congresso da WAN (Associação Mundial de Jornais).
O livro é bastatante simpático. Uma mistura de Harry Potter com Código da Vinci. Até onde lí, indicaria para adolescentes que gostam do gênero romance-mistério.
Um dos personagens, Fermín Romero de Torres, uma espécie de espião perseguido pelo governo pós-revolucionário, costuma dar conselhos "de homem para homem" para o jovem protagonista Daniel.
É um homem de grande experiência nas artes da sedução e dono de "tiradas" divertidas como a que reproduzo abaixo:
"O coração da mulher é um labirinto de sutilezas que desafia a mente grosseira do homem trapaceiro. Para realmente possuir uma mulher, é preciso pensar como ela, e a primeira coisa a fazer é ganhar sua alma. O resto, o doce e fofo embrulho que nos faz perder os sentidos e a virtude, vem por acréscimo."
Se o jovem Daniel (16 anos) vai fazer bom uso do "ensinamento", só saberei no final do livro.
sexta-feira, maio 22, 2009
quinta-feira, maio 21, 2009
Nucupativu
É latim. Em português virou nuncupativo, pequenos ajustes para melhorar a sonoridade.
Aprendi a palavra la no Cafofo da C.
No original em latim significa uma solenidade oral.
A versão em português é um termo legal para representar um casamento feito emergencialmente sem a presença das autoridades competentes (juiz de paz) e das formalidades adequadas.
É engraçado como associamos momentos importantes à necessidade de rituais e alegorias formais (ou liturgias, no caso da religião).
A sociedade chegou a um ponto em que essas formaliades são mais importantes do que o ato em sí.
O hábito (veste monástica) não faz o monge.
Mas ninguém bota fé num monge sem seu hábito ...
Visão didática sobre sustentabilidade
Caros,
O vídeo que a Zóia recomendou nos comentários da postagem anterior é muuiiito bom para quem se interessa sobre o assunto.
Vale a pena assistir.
http://video.google.com/videoplay?docid=1761245239234340590&hl=pt-BR
O vídeo que a Zóia recomendou nos comentários da postagem anterior é muuiiito bom para quem se interessa sobre o assunto.
Vale a pena assistir.
http://video.google.com/videoplay?docid=1761245239234340590&hl=pt-BR
quarta-feira, maio 20, 2009
A pegada ecológica
O conceito de "pegada ecológica", siginificando o impacto que produzimos no mundo em função de nosso estilo de vida, está em alta.
Ontem assisti a uma palestra do economista Sergio Besserman, um carioca divertido (redundância, eu sei) e muito bem informado.
Durante a palestra, Besserman defendeu a tese de que não resolveremos o problema do consumo anti-ecológico sem a colaboração firme e decidida das mulheres, e exemplificou ...
"De um lado da rua passa um sujeito dirigindo uma convincente Pajero e do outro um rapaz caminhando a pé com um livro de Eça de Queiroz debaixo do braço."
Obviamente, a pegada do cara da Pajero é maior ...
Logo, enquanto as mulheres preferirem os homens com mais pegada, o problema irá persistir.
(meio machista, mas faz sentido do ponto de vista da macro-economia)
Ontem assisti a uma palestra do economista Sergio Besserman, um carioca divertido (redundância, eu sei) e muito bem informado.
Durante a palestra, Besserman defendeu a tese de que não resolveremos o problema do consumo anti-ecológico sem a colaboração firme e decidida das mulheres, e exemplificou ...
"De um lado da rua passa um sujeito dirigindo uma convincente Pajero e do outro um rapaz caminhando a pé com um livro de Eça de Queiroz debaixo do braço."
Obviamente, a pegada do cara da Pajero é maior ...
Logo, enquanto as mulheres preferirem os homens com mais pegada, o problema irá persistir.
(meio machista, mas faz sentido do ponto de vista da macro-economia)
A moça e o mosquito
O rm postou a referência e fui conferir ...
Essa passagem ge-ni-al é parte de uma postagem no blog "Once Upon a Time" (desconheço o autor). Não resisti e estou reproduzindo para os frequentadores deste Café. Deleitem-se...
" ... Também não tenho escrito aqui nada porque quando ia comprar tabaco uma moça estava a coçar o olho esquerdo com os nós dos dedos da mão direita. E eu perguntei-lhe: “Foi um mosquito?” e ela respondeu “Foi?” e eu retorqui “Pode ter sido” e ela avançou ”Você acha?” e eu disse “É uma hipótese”e ela se espantou “Uma hipótese?” e eu asseverei “Em teoria é um mosquito, na prática preciso ver seu olho” e ela consentiu “Então, veja se meu olho tem mosquito” e eu olhei para dentro do olho e confirmei “É um mosquito muito grande no seu olho”. Fiz intenção de fugir, mas ela me segurou o braço e pediu “É capaz de tirar?” e eu disse “Sou capaz de tudo” e ela suplicou “Me tira o mosquito muito grande do meu olho?” e eu que não tinha como não socorrer uma moça com um mosquito grande no olho disse “Tiro” e ela abriu o olho e eu tirei o mosquito e disse-lhe que “os mosquitos grandes causam grandes infecções, tipo dengue” e ela questionou “É mesmo?” e eu não disse nada mas fiz um gesto afirmativo com a cabeça e ela perguntou “Tem como evitar a infecção grande?” e eu aproximei o meu rosto do dela e disse-lhe “Só lambendo de imediato” e ela me começou a lamber de imediato e que podia eu fazer contra uma língua contra os meus lábios?… "
Essa passagem ge-ni-al é parte de uma postagem no blog "Once Upon a Time" (desconheço o autor). Não resisti e estou reproduzindo para os frequentadores deste Café. Deleitem-se...
" ... Também não tenho escrito aqui nada porque quando ia comprar tabaco uma moça estava a coçar o olho esquerdo com os nós dos dedos da mão direita. E eu perguntei-lhe: “Foi um mosquito?” e ela respondeu “Foi?” e eu retorqui “Pode ter sido” e ela avançou ”Você acha?” e eu disse “É uma hipótese”e ela se espantou “Uma hipótese?” e eu asseverei “Em teoria é um mosquito, na prática preciso ver seu olho” e ela consentiu “Então, veja se meu olho tem mosquito” e eu olhei para dentro do olho e confirmei “É um mosquito muito grande no seu olho”. Fiz intenção de fugir, mas ela me segurou o braço e pediu “É capaz de tirar?” e eu disse “Sou capaz de tudo” e ela suplicou “Me tira o mosquito muito grande do meu olho?” e eu que não tinha como não socorrer uma moça com um mosquito grande no olho disse “Tiro” e ela abriu o olho e eu tirei o mosquito e disse-lhe que “os mosquitos grandes causam grandes infecções, tipo dengue” e ela questionou “É mesmo?” e eu não disse nada mas fiz um gesto afirmativo com a cabeça e ela perguntou “Tem como evitar a infecção grande?” e eu aproximei o meu rosto do dela e disse-lhe “Só lambendo de imediato” e ela me começou a lamber de imediato e que podia eu fazer contra uma língua contra os meus lábios?… "
terça-feira, maio 19, 2009
A Lua
Nós, os cancerianos, somos vítimas indefesas da lua.
E como não ser ?
Sua beleza pálida e azulada, as nuances de sombra e luz, o brilho solitário e distante que se insinua por entre as frestas das janelas do castelo ...
A lua reina à noite. Quando surge de dia, apenas observa ... uma presença quase imperceptível que só os cancerianos são capazes de notar, porque a sentem.
A lua é feminina. Não o astro em sí, mas o conceito... a sua magia.
Se esconde atrás da aparência fria, indiferente, defendida. Puro disfarce.
A lua escolhe para quem irá se entregar, se derramar.
E se o eleito souber merecer, ela o acompanhará para sempre.
Conta a lenda que algumas mulheres são filhas da lua.
Um observador atento poderá identificá-las pelo olhar. Ele tem o brilho da lua. Ou pelo formato do rosto, pelos cabelos quase sempre negros, densos, lisos mas revoltos. Rosto de fada. Não aquela fada de livros infantis. Fada de verdade, elemental, de personalidade forte e alma marota.
Bem aventurado aquele que encontra uma filha da lua.
(ps - estamos caminhando para lua nova ... inspira a introspecção)
segunda-feira, maio 18, 2009
Efeitos colaterais
domingo, maio 17, 2009
Homem objeto
Inspirado pela última postagen da Luna resolvi, num gesto de solidariedade, assumir meu papel social de homem-objeto e adotar um codinome adequado ao papel.
Podem me chamar de homem-maracujá ...
Podem me chamar de homem-maracujá ...
Na fila da auto-estima
Então, fomos convidados para o aniversário de uma amiga, lá no Lanterna, da Vila Madalena.
Chegamos perto da meia-noite e encontramos uma fila na porta com umas 50 pessoas.
Xuxamos (beijinho, beijinho, tchau-tchau) ! Nunca me dei bem com filas.
De volta para casa, com um bom copo de vinho portugues e fantásticas amendoas "Lime and Chili" da Blue Diamond, fiquei pensando sobre o que leva alguém a ficar um par de horas na fila de uma balada moderninha.
Obviamente, a motivação é estar onde "todo mundo que importa" vai estar. Todo mundo aqui fora querendo estar com todo mundo lá dentro, que já esteve aqui fora querendo estar com quem já estava lá dentro.
E quando você entra .... bingo ! Você é um deles, um "in". Muito melhor do que estar "out".
Ainda que lá dentro seja barulhento e abarrotado de gente. Mas não de qualquer gente ...
É a ressonância da insegurança gerando auto-estima.
sábado, maio 16, 2009
Blogueiro experimental
Um subproduto profissional do Arguta Café é a experiência com redes sociais e a blogsfera.
Como trabalho com informações para decisões de marketing e comunicação, o convívio com esse universo é, também, um aprendizado profissional. Por essas e outras, experimento o que surge por aqui.
E com esse espírito, aproveitando que o Arguta foi "indicado" para a premiação "Top Blog", cadastrei-me.
Tenho a sensação de que o objetivo "oculto" dessa premiação é construir uma base de dados de endereços de internautas ativos em redes sociais. Mais tarde, descobriremos.
Enquanto isso, se quiserem votar no Arguta, não fico chateado ...
É só clicar no "selo" ao lado, votar, confirmar e, depois responder o e-mail que receberão (esse esquema de confirmação elimina a maioria dos "robôs").
Como trabalho com informações para decisões de marketing e comunicação, o convívio com esse universo é, também, um aprendizado profissional. Por essas e outras, experimento o que surge por aqui.
E com esse espírito, aproveitando que o Arguta foi "indicado" para a premiação "Top Blog", cadastrei-me.
Tenho a sensação de que o objetivo "oculto" dessa premiação é construir uma base de dados de endereços de internautas ativos em redes sociais. Mais tarde, descobriremos.
Enquanto isso, se quiserem votar no Arguta, não fico chateado ...
É só clicar no "selo" ao lado, votar, confirmar e, depois responder o e-mail que receberão (esse esquema de confirmação elimina a maioria dos "robôs").
Enormes prazeres
Quando fui sócio de uma agência de propaganda (a FHI - Ferrari, Higgins e Isnenghi) tive a oportunidade de implementar um projeto de estágio único na época: a Publistage.
Tratava-se de uma agência composta por 4 estagiários (redação, direção de arte, atendimento e mídia) que operava dentro da FHI, atendendo seus próprios clientes, sob orientação dos profissionais da agência-mãe. Algo como as empresas junior que existem em algumas universidades nos dias de hoje.
A Publistage foi criada há um pouco mais de 20 anos e por ela passaram aproximadamente 20 estagiários até ser desativada, quando sai da sociedade.
Hoje tive o enorme prazer de reencontrar alguns dos nossos pupilos: Rainer, Andrea, Mauro e Adriana.
Adriana é Gerente de Marketing da Brascola, Mauro está na criação da McCann Erickson, Andrea e Rainer são sócios da HBmkt, sua própria (e lindamente montada) agência, onde me ofereceram um churrasco com direito a brownie com sorvete de creme de sobremesa (uma delicadeza da Andrea, sabendo que essa é minha sobremesa predileta).
Uma única ausência entre os convidados do dia, o Lusa (ex-redator da McCann). Agora que ficou famoso assinando o roteiro de "Estômago", tem uma agenda social intensa e compromissos mais importantes (devia estar chavecando alguma tiete).
Não preciso dizer (mas digo) o quanto fiquei orgulhoso por, de alguma forma, haver contribuído para que esses (já não tão) jovens talentosos encontrassem seu espaço no mundo da propaganda e do Marketing.
Fiquei muito feliz por encontrá-los tão bem encaminhados. E ainda mais grato pela carinhosa recepção e pelas divertidas e afetivas lembranças daquele tempo.
Que bom que a Andrea teve a iniciativa de procurar-me e a generosidade de promover esse encontro, permitindo que resgatássemos gostosos momentos do passado, renovados no presente.
Vou dormir hoje muito feliz.
Ps - A foto é de uma matéria de jornal da época, com a primeira turma da Publistage. Da esquerda para direita: Klaus (meu sócio), Augusto (foi trabalhar como diretor de arte na Europa), Mariella (foi trabalhar na Meta Real, negócio da família), Claudio (abriu uma firma de decoração para casamentos, uma das duas maiores de SP), Andrea (casou, mudou para o interior e abriu uma agência de propaganda), e eu, nos bons tempos. Tive algum contato com o Gustavo e o Claudio nos durante a década de 90. Quem sabe aparecem para o próximo churrasco.
sexta-feira, maio 15, 2009
Un poquito más ...
Luisa, minha amiga mexicana, entusiasmou-se e mandou mais algumas. Mantive o texto no original em espanhol, para não estragar as explicações ...
"Ese es su perro y el que lo bañe"- Se utiliza para mandar una persona al carajo, cuando tiene un problema que se buscó y quiere que otros o que le avisaron que tendría problemas o que no interfirieron en el proceso, lleven la carga.
" No le pongas tanta crema a tus tacos"- Se utiliza cuando una persona está exagerando sobre algún aspecto
" Cada quien sabe la gorda con la que se llena"- tomando en consideración que una "gorda" es un platillo típico, esto se refiere a que uno no puede estar opinando, especuialmente en cosas de matrimonio o relaciones emocionales, sobre otros, porque cada quien sabe cuales son sus satisfactores emocionales.
" En gustos se rompen géneros y en petates culos"-cada quien tiene la posibilidad de tener su gusto propio y trepar en donde quiera (el petate es una pequeño carpete feito de palha onde os indigenas dormian, e cuando uno está duro, pues es la cama del pobre)
"La neta del planeta"- Es cuando una cosa es verdad, simplificando el pleonasmo de una verdad verdadera
"Pa´que tanto brinco si el llano está parejo"-se usa cuando una persona está haciendo mas escándalo de lo que se amerita, porque no hay problemas.
"Ese guey sólo le busca tetas a las ranas"- es refieriendose a un babaca que busca cosas imposibles de que existan
" Para cabrón, cabrón y medio"- se refiere cuando una persona se quiere pasar de lista, mas es tan explícito que incita a que los otros sean mas cabrones que él y se lo jodan
"Ese es su perro y el que lo bañe"- Se utiliza para mandar una persona al carajo, cuando tiene un problema que se buscó y quiere que otros o que le avisaron que tendría problemas o que no interfirieron en el proceso, lleven la carga.
" No le pongas tanta crema a tus tacos"- Se utiliza cuando una persona está exagerando sobre algún aspecto
" Cada quien sabe la gorda con la que se llena"- tomando en consideración que una "gorda" es un platillo típico, esto se refiere a que uno no puede estar opinando, especuialmente en cosas de matrimonio o relaciones emocionales, sobre otros, porque cada quien sabe cuales son sus satisfactores emocionales.
" En gustos se rompen géneros y en petates culos"-cada quien tiene la posibilidad de tener su gusto propio y trepar en donde quiera (el petate es una pequeño carpete feito de palha onde os indigenas dormian, e cuando uno está duro, pues es la cama del pobre)
"La neta del planeta"- Es cuando una cosa es verdad, simplificando el pleonasmo de una verdad verdadera
"Pa´que tanto brinco si el llano está parejo"-se usa cuando una persona está haciendo mas escándalo de lo que se amerita, porque no hay problemas.
"Ese guey sólo le busca tetas a las ranas"- es refieriendose a un babaca que busca cosas imposibles de que existan
" Para cabrón, cabrón y medio"- se refiere cuando una persona se quiere pasar de lista, mas es tan explícito que incita a que los otros sean mas cabrones que él y se lo jodan
quinta-feira, maio 14, 2009
De lunfardos a argots
Dificil falar outras línguas com naturalidade.
Um dos grandes desafios são as gírias. Quanto mais desencanado um povo, pior (tente traduzir "desencanado" para outro idioma).
Para quem trabalha em empresas multinacionais, uma grande diversão é traduzir expressões ao pé-da-letra para os visitantes de outros países. "The cow went to de swamp" (a vaca foi para o brejo) faz parte da aula introdutória.
Descobrir qual é a palavra utilizada para designar uma gíria também não é uma tarefa fácil. Na Argentina, gíria é "lunfardo"; na frança "argot".
É também curioso notar que algumas gírias são bastante similares entre países.
"Mamado" é um sujeito que bebeu muito, tanto no Brasil quanto na maioria dos países hermanos de lingua espanhola. Mas seu equivalente "borracho" faz com que nossas Borracharias sejam motivo de gozação.
Os Argentinos tem mania de usar palavras relativas a comida com outro sentido. Um "nhoque" é similar ao nosso "marajá" (alguém que enriquece com a política).
Uma das expressões mais divertidas é "la verdad de la milanesa", significando a verdade mais recondida (que tipo de carne está por baixo da farinha e do ovo).
Entretanto, na minha opinião, os campeões em expressões idiomáticas, gírias e quetais são os Mexicanos.
Alguns exemplos:
" De que lado masca la iguana" - de onde vem a sacanagem, o que é que estão aprontando.
" Bebiendo la sangre de mi madre" - dando duro, sofrendo.
" Puta la madre, puta la hija y puta la abuela que las cobija" - aqui ninguém se salva.
" El que no ha visto altar enfrente de qualquier horno viejo se persina" - quem não tem referências fica feliz com qualquer coisa.
" Osana a Dios en las alturas que estamos de mierda hasta las cinturas" - que Deus nos ajude.
(Arguta Café também é cultura - inútil, mas não deixa de ser)
quarta-feira, maio 13, 2009
A caverna e suas alegorias
Gostei da ideia da Anne de publicar uma foto do seu cantinho lá no Life-Living.
Copiei.
Essa é sala do meu ap..
Fiz questão que aparececem a máquina de costura (herança da vovó), o violão (que ainda não sei tocar), a parede da Mona, a cafeteira Nespresso e o chocolate. e a pequena cozinha. Coisas das quais eu gosto.
Quando posto do sofa, essa é a visão que tenho do lar ...
terça-feira, maio 12, 2009
James
A inglesa chega em casa mais cedo e chama o mordomo...
- James ?
- Yes, madam ...
- Tire o meu casaco, please.
- Yes, madam ... - James tira o casaco da madame e pendura no mancebo.
- James ... agora tire a minha blusa ...
- Madam .... - James pareceu levemente embaraçado.
- Sem conversas, James. Tire a minha blusa, now !
James tira a blusa.
- James, agora a minha saia ...
Visivelmente constrangido, mas constatando que a madame não estava para conversas, James tira a saia.
- James ... agora tire o sutien e a calcinha ... e com cuidado para não danificá-los, please !
Com dificuldades para manter-se impávido como cabe a um mordomo inglês, James seguiu as instruções.
- E as sandálias, James ... tire as sandálias ...
James desenrolou vagarosamente as tiras de couro da sandália de salto agulha, temendo pelo que viria depois.
- Agora, James, me prometa uma coisa .... Nunca mais use as minhas roupas quando eu não estiver em casa, ok ?
- Yes madam ...
domingo, maio 10, 2009
Das responsabilidades atávicas
Homens e mulheres de qualquer cultura tem responsabilidades atávicas.
As mais esseênciais são, justamente, as mais difíceis de serem contrariadas.
Mulheres ocidentais precisam casar e ter filhos.
A lógica da evolução da espécie permite supor que a maioria delas, bastante provavelmente, tem o instinto maternal impresso em seu código genético, já que são justamente os filhos desse tipo de mulher que tiveram maior probabilidade de sobreviver em tempos mais difíceis.
Logo, não são "livres" para escolher, embora a vida moderna lhes ofereça outras opções e desafios.
Já os homens precisam "comer" e dar de comer. Ser viril e provedor. E se por acaso não se derem tão bem numa dessas tarefas, precisam compensar na outra.
Também ai vale o comentário sobre a evolução e a carga genética.
Na medida em que a sociedade passa a aceitar melhor a dissolução do casamento, as responsabilidades femininas independem da manutenção desse arranjo e embora a maternidade seja uma responsabilidade contínua, o sentido de missão cumprida se estabelece e é libertador.
Já o homem precisa colecionar conquistas que comprovam suas capacidades, e manter-se permanentemente capaz de prover. Mais difícil liberar-se das responsabilidades atávicas.
A sociedade exige bastante de ambos. As vezes tenho a impressão de que exige mais da mulher, mas não sou capaz de avaliar a questão com isenção.
Para ambos, creio que vale o investimento pessoal no sentido de reconhecer e trabalhar em busca da liberdade de pensamento, ainda que isso me pareça impossível de conquistar.
Ampliar os horizontes já será suficiente.
As mais esseênciais são, justamente, as mais difíceis de serem contrariadas.
Mulheres ocidentais precisam casar e ter filhos.
A lógica da evolução da espécie permite supor que a maioria delas, bastante provavelmente, tem o instinto maternal impresso em seu código genético, já que são justamente os filhos desse tipo de mulher que tiveram maior probabilidade de sobreviver em tempos mais difíceis.
Logo, não são "livres" para escolher, embora a vida moderna lhes ofereça outras opções e desafios.
Já os homens precisam "comer" e dar de comer. Ser viril e provedor. E se por acaso não se derem tão bem numa dessas tarefas, precisam compensar na outra.
Também ai vale o comentário sobre a evolução e a carga genética.
Na medida em que a sociedade passa a aceitar melhor a dissolução do casamento, as responsabilidades femininas independem da manutenção desse arranjo e embora a maternidade seja uma responsabilidade contínua, o sentido de missão cumprida se estabelece e é libertador.
Já o homem precisa colecionar conquistas que comprovam suas capacidades, e manter-se permanentemente capaz de prover. Mais difícil liberar-se das responsabilidades atávicas.
A sociedade exige bastante de ambos. As vezes tenho a impressão de que exige mais da mulher, mas não sou capaz de avaliar a questão com isenção.
Para ambos, creio que vale o investimento pessoal no sentido de reconhecer e trabalhar em busca da liberdade de pensamento, ainda que isso me pareça impossível de conquistar.
Ampliar os horizontes já será suficiente.
Instigando (pensamento para o dia)
"Uma mulher separada e com filho(s)
é um espírito livre."
(Após 3 tentativas infrutíferas de escrever essa postagem, consegui sintetizar o que queria expressar nessa frase. Talvez tenha ficado por demais concisa. Mas cumprirá sua missão se instigar o pensamento.)
é um espírito livre."
(Após 3 tentativas infrutíferas de escrever essa postagem, consegui sintetizar o que queria expressar nessa frase. Talvez tenha ficado por demais concisa. Mas cumprirá sua missão se instigar o pensamento.)
sexta-feira, maio 08, 2009
No barzinho, sexta a noite ...
- Deveria haver uma lei contra gente chata ....
- Né ?
- Sabe aquele tipo de gente que só reclama ?
- Ô ...
- Reclama do garçon, do som do cinema, do barulho do vizinho, da situação do país ...
- Iiiiii...
- Reclama, reclama mas não faz nada ....
- Ah ...
- E o pessoal que não colabora, então ?
- Nem ...
- Você tenta fazer a sua parte e na hora do outro fazer a dele ... cadê ?
- Putz !
- Para não falar dos ecochatos, dos enochatos, dos moderninhos, dos pregadores, dos conservadores ...
- É ...
- Mas ainda bem que tem gente como a gente !
- ?????
- Assim, que se diverte sexta a noite, batendo papo e tomando cerveja, relaxando ... numa boa ...
- ......
- Me chamo Armando, e você ?
- Tão me chamando no bar do lado. Tchau. Fui ...
- Como assim, pera aí !....
tak, tak, tak ......
- Humpft ... mas que garota mais chata !
- Né ?
- Sabe aquele tipo de gente que só reclama ?
- Ô ...
- Reclama do garçon, do som do cinema, do barulho do vizinho, da situação do país ...
- Iiiiii...
- Reclama, reclama mas não faz nada ....
- Ah ...
- E o pessoal que não colabora, então ?
- Nem ...
- Você tenta fazer a sua parte e na hora do outro fazer a dele ... cadê ?
- Putz !
- Para não falar dos ecochatos, dos enochatos, dos moderninhos, dos pregadores, dos conservadores ...
- É ...
- Mas ainda bem que tem gente como a gente !
- ?????
- Assim, que se diverte sexta a noite, batendo papo e tomando cerveja, relaxando ... numa boa ...
- ......
- Me chamo Armando, e você ?
- Tão me chamando no bar do lado. Tchau. Fui ...
- Como assim, pera aí !....
tak, tak, tak ......
- Humpft ... mas que garota mais chata !
Stand Alone
Sai da casa de meus pais quando me casei.
Logo, nunca havia morado sozinho, até recentemente, quando me separei.
Estava certo de que gostaria, até porque sou meio "bicho do mato" - preciso ficar só de vez em quando. E, de fato, estou gostando muito da experiência.
Mas há momentos estranhos.
Estou vivendo um deles nesse exato momento.
Ontem trabalhei em casa pela manhã, almocei rapidamente, sai para o escritório de onde fui, no final da tarde, para a ESPM dar uma aula noturna na pós. De lá, passei pela casa da namorada e, depois, fui jogar sinuca com o amigo Galdi. Acabei dormindo as 3 da manhã, levantei as 7, trabalhei um pouco em casa, a namorada retribuiu a visita, fui para o escritório, voltei para um almoço rápido em casa com o filhão, voltei correndo para o escritório, trabalhei até o final da tarde, voltei para casa e segui trabalhando (uma semana de viagem deixa algumas centenas de mails para ler e responder), a namorada passou para dar um alô, jantamos, segui trabalhando até agora.
Resultado: a cama está desarrumada, a mesa da sala ainda com a louça do jantar de um lado e um monte de papeis do outro, a cozinha uma zona, o chão precisando de uma varrida e xícaras de café espalhadas pelos 4 pontos cardeais do apartamento. A faxineira só vem na terça e eu, que acabei finalmente de responder os e-mails, estou morrendo de sono.
A dúvida do solitário: arrumo tudo agora ou deixo para o Flavio arrumar amanhã ?
Logo, nunca havia morado sozinho, até recentemente, quando me separei.
Estava certo de que gostaria, até porque sou meio "bicho do mato" - preciso ficar só de vez em quando. E, de fato, estou gostando muito da experiência.
Mas há momentos estranhos.
Estou vivendo um deles nesse exato momento.
Ontem trabalhei em casa pela manhã, almocei rapidamente, sai para o escritório de onde fui, no final da tarde, para a ESPM dar uma aula noturna na pós. De lá, passei pela casa da namorada e, depois, fui jogar sinuca com o amigo Galdi. Acabei dormindo as 3 da manhã, levantei as 7, trabalhei um pouco em casa, a namorada retribuiu a visita, fui para o escritório, voltei para um almoço rápido em casa com o filhão, voltei correndo para o escritório, trabalhei até o final da tarde, voltei para casa e segui trabalhando (uma semana de viagem deixa algumas centenas de mails para ler e responder), a namorada passou para dar um alô, jantamos, segui trabalhando até agora.
Resultado: a cama está desarrumada, a mesa da sala ainda com a louça do jantar de um lado e um monte de papeis do outro, a cozinha uma zona, o chão precisando de uma varrida e xícaras de café espalhadas pelos 4 pontos cardeais do apartamento. A faxineira só vem na terça e eu, que acabei finalmente de responder os e-mails, estou morrendo de sono.
A dúvida do solitário: arrumo tudo agora ou deixo para o Flavio arrumar amanhã ?
quinta-feira, maio 07, 2009
E por falar no Oscar ...
Raffaela e Van identificarão a frase da postagem anterior como sendo do Oscar Wilde.
Vai ver que a Luisa (de quem ouvi) era amiga dele...
Eu não sabia. A única frase que conheço atribuida ao rapaz, e na qual acredito que vale investir algumas sinapses, é:
"A vida é muito importante para ser levada a sério".
à qual poderia acrescentar a famosa afirmação de Gedeão sobre gente muito séria:
"Ele é muito sério para ser importante"
Vai ver que a Luisa (de quem ouvi) era amiga dele...
Eu não sabia. A única frase que conheço atribuida ao rapaz, e na qual acredito que vale investir algumas sinapses, é:
"A vida é muito importante para ser levada a sério".
à qual poderia acrescentar a famosa afirmação de Gedeão sobre gente muito séria:
"Ele é muito sério para ser importante"
quarta-feira, maio 06, 2009
Rapidinha
Entre a reunião da tarde e a aula da noite, aproveito para dar uma (postada) rapidinha...
Essa eu ouvi da Luisa Hinojosa e assino embaixo:
Eu resisto a tudo,
menos às tentações !
Essa eu ouvi da Luisa Hinojosa e assino embaixo:
Eu resisto a tudo,
menos às tentações !
Pensamento Paradoxal
Dificil perdoar quando não entendemos
Mas quando se entende
Não há mais o que perdoar
Mas quando se entende
Não há mais o que perdoar
segunda-feira, maio 04, 2009
A sombra indefinida da Lua
Estamos entre as luas crescente e cheia. O que se chama, em astronomia, de crescente giboso.
Diferentemente do que indica a sabedoria popular, as 4 Luas (crescente, minguange, cheia e nova) só acontecem num efêmero instante, correspondente a uma posição específica.
Fora desses 4 pontos que caracterizam a visão plena da metade iluminada, da metade escura ou dos quartos, a lua estará "crescendo" ou "minguando", recebendo a alcunha de gibosa (com curvatura convexa).
Talvez seja influência crescente gibosa e indefinida que paira sobre a nossa blogsfera nesse momento.
Fato é que, voltando de viagem e visitando vários blogs, deparei-me com um "astral" depressivo generalizado.
Espero que melhore com a chegada da Lua Cheia no dia 9.
Um beijo e um café para vocês.
domingo, maio 03, 2009
Last moments ...
Quem ficou curioso pode dar um pulinho lá no Vestiário e bisbilhotar a última conversa entre Brad e Angelina ...
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