Criada em 2005 por prostitutas ligadas à ONG Davida, no Rio de Janeiro, Daspu é uma grife udigrude (underground, para o pessoal que frequenta a equivalente paulistana).
Não sou um especialista para julgar a qualidade das criações.
Tampouco conheço o pessoal da "Davida", cuja proposta é, em poucas palavras, lutar pela "regularização" da prostituição como profissão reconhecida (i.e. com direitos sociais e trabalhistas).
Que me perdoem os mais puritanos, mas tenho a impressão de que a legalização da prostituição é algo pelo que vale a pena lutar.
Não pretendo fazer disso uma causa pessoal, mas sempre é bom lembrar que, segundo a imprensa, boa parte de nossos legisladores são usuários desse tipo de serviço.
Mas num país de maioria católica (e vou me esquivar de discorrer sobre os bastidores da igreja) e moral judaico-cristã, defender essa causa não dá voto para eleger ninguém. No máximo, talvez, um vereador em uma região de menor hipocrisia.
E assim, a prosituição segue sendo o único dos antigos ofícios que ainda não virou profissão, relegando talentos à marginalidade.
Se eu fosse elas, teria promovido uma greve simbólica: ningúem iria na comemoração da absolvição do Sarney.
quinta-feira, agosto 27, 2009
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10 comentários:
poxa que legal. acho que so de ser um ser humano tem que ter o valor. e n tenho nada contra, so a favor. afinal, trabalho tem que ser aquilo que a gente mais gosta de fazer. tem que ter o dom.
bjosss...
"região de menor hipocrisia"?????? onde seria, no caso?
A greve devia ser geral. Nenhuma garota antenderia a políticos enquanto não legalizassem tal profissão.
Ah, rapidinho eles dariam um jeito.
Beijossssss
é a Daspu tem conquistado espaço e adeptos pra causa, desfiles, midia, a criadora lançou um livro, tudo isso ajuda a dismistificar a profissão e, qm sabe, ajude a diminuir a hipocrisia...
Conheci a Gabi há alguns anos atrás, quando ela estava preparando o primeiro livro dela (ganhei uma dedicatória belíssima no meu!)
Os primeiros passos da ONG foram dados na ONG ISER (Instituto de Estudos Religiosos!), cuja casa era na vila onde eu morava.
Não demorou para eu provar o feijãozinho ES-PE-CIAL da Eunice, uma das primeiras chefes do Sindicato iniciante; insquescível! Se feijão ela fazia assim, imagine o resto! rsrsrsrs (Eu olhava para ela e pensava numa Tia Anastácia jovem...; ela era casadíssima; a Gabi era e é, com o jornalista Flavio Lenz).
Acabei participando de um dos primeiros eventos, que foi um mega-show no Teatro Rival, para angariar fundos para uma escola para os filhos das moças de Vila Mimosa.
Não vejo essas moças há alguns anos, mas me correspondo com a Gabi e o Flavio até hoje.
Sou da torcida; são adultas, é a profissão que escolheram.
Toda profissão deve ser documentada, uái!...
Obrigado pela visita
Todos nós temos nossas máquinas de tempo.
Algumas nos levam de volta,
elas são chamadas recordações.
Algumas nos levam adiante,
elas são chamadas sonhos."
Bom fim de semana
beijinhos
O cérebro prega peças em nós mesmos, e às vezes o que parece ser, não é.
Tá aí a sapiência de não julgar; essa tarefa ingrata..
E as "meninas" poderiam fornecer recibo para os clientes descontarem do Imposto de Renda... hehehe.
bjs
Rossana
A concorrencia iria aumentar e o preco despencar...
Os homens sairiam ganhando, quanto as profissionais...
Beijos!!
Eu sou a fovor da legalização da prostituição, afinal ela existe a mais tempo que os nobres deputados e são bem mais honestas, elas cobram um preço justo por seus serviços prestados, enquanto os nobres colegas da bancada nos "cobram"preços exorbitantes por serviços que beneficiam só aos seus familiares,rsrsrsrs
Acho que elas tem direitos como todos nós, e não cabe a ninguém julgá-las, cada um tem o direito de viver sua vida como lhe for melhor. Temos pervertidos sexuais, sadomazoquistas com cada mania que nem sei dizer, sem contar que existem seres que se prostituem por puro e mero prazer e não exercem o ofício, se é que me entende.
Por estes motivos e respeito as escolhas e ao ser humano sou totalmente a favor.
Beijinhos querido ótimo post...
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