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terça-feira, setembro 04, 2007

A idade da pedra não acabou por falta de pedras

Escutei essa afirmação instigante hoje, durante o II Forum IBOPE - Relacionamentos sustentáveis, do qual participei.
A intérprete (já que ela disse não ser a autora original) foi Ana Paula, representante da Petrobras no evento.
O contexto específico foi sua resposta a uma pergunta sobre uma potencial crise energética em função da extinção das reservas de petróleo.
Mas não quero entrar no mérito da discussão ou da adequação analógica.
A idéia em si é interessante.
A idade da pedra não acabou por falta de pedras. O homem evoluiu (no sentido videogamistico da palavra). Desenvolveu novos recursos e abandonou o conforto do conhecido por alternativas mais interessantes. Provavelmente nem todos. Mas os que evoluiram, prevaleceram sobre os acomodados.
Seguimos tendo pedras à disposição, mas forjamos o metal para ferramentas. Muito mais trabalhoso e possivelmete anti-ecológico (nas atuais proporções). Mas muito mais eficiente para imediata qualidade de vida.
Nossa .... a cabeça fervilha ... as possibilidades de desdobramento deste post são inúmeras ...
Pena que estou com preguiça.

14 comentários:

Ernesto Dias Jr. disse...

Criei uma variante à essa idéia, que ouvi no rádio de um especialista em energia, algum tempo atrás.
A idade da predra acabou, mas não sua presença na cultura. As necessidades da época foram supridas por ferramentas de outros tipos.
E o que fizemos então? Demos às pedras missões cada vez mais nobres, refinadas e com maior carga de inteligência.
As edificações dos antigos é um bom exemplo.
Hoje, algumas delas aninham-se no interior de nossa tecnologia mais avançada, purificadas e prosaicamente chamadas de lascas.
Hahahaha! (essa é de agorinha) Me ocorre que estamos novamente na era das pedras lascadas: os chips...

Walmir Lima disse...

Como diria o nordestino: Eita pedra lascada!

Walmir Lima disse...

Flávio: boa levantada de pedra, digo, de bola. O tema é estimulante. Não entendo como podes ficar com preguiça depois de uma palestra dessas.

Walmir Lima disse...

A cabeça vai a mil!

Flavio Ferrari disse...

Walmir: estou com preguiça de desenvolver o tema porque estou trabalhando em 2 papers que tenho que entregar até 6a feira. Um sobre o futuro da indústria da pesquisa e outro sobre o futuro dos jornais (ninguém mandou posar de coolhunter ...)
Ernesto: curiosamente (ou não) foi o memso argumento usado pela garota da Petrobrás. Ela disse que o petróleo, a médio prazo, será substituido por fontes renováveis de energia e que o que tiver sobrado será utilizado para finalidades mais nobres do que encher o tanque do nosso fusca.

Ernesto Dias Jr. disse...

O futuro dos jornais, ao menos os meus, eu já sei: terminam cobertos de cocô de cachorro.
Quanto ao futuro da indústria de pesquisa, também é facil: os institutos de pesquisa acabarão. Mas não por falta de pesquisas, rararararararararararararara.
(Pensando bem, dá o que pensar. Poxa...)

Udi disse...

A preguiça sobrevive desde a idade da pedra, né? E parece que não comprometeu a evolução da espécie.
(ando muito preguiçosa!)

Anne M. Moor disse...

Pedras... a primeira coisa que me veio à mente foram às pirâmides e as as mulheres sendo arrastadas pelos cabelos pelos homens... A primeira continua um mistério e a segunda também, uma vez que ainda tempos a mesma situação...

Jorge Lemos disse...

O homem acredita que evolui! Os recursos naturais vão se extinguindo. Para tudo há um limite, até a santa paciência paciência. Esta busca continua de novos produtos, consumismo exagerado e selvagem, vai esgotando
a capacidade da mãe natureza. Maltus tinha razão: aumenta a população, diminuem os espaços cultiváveis reduzindo as riquezas do sub-solo. O Homem, infelizmente, não aprendeu a viver,
ainda. Que pena. Inveredamos para um caminho sem volta! Alea jacta est!

Érica Martinez disse...

penso que evoluímos porque nos sentimos vivos diante dos desafios e pq temos a capacidade de olhar muitas vezes para a mesma coisa através de diferentes ângulos, sempre querendo achar um novo sentido pr'aquela mesma coisa...
de onde será que vem esse impulso curioso, hein? Será cultural? Será genético?
Pensei também nos cristais que tenho em casa... Guardados com tanto cuidado e proteção...
Será que houve um tempo em que os homens viam aqueles Quartzos, Ametistas e outras, tão lindas, brilhantes e coloridas e não davam o menor valor à elas por serem abundantes? Que pecado...
(ave, fui loooonge....)

PS: estava conversando sobre jornais outro dia... Apesar de termos toda a informação na internet, existem aqueles momentinhos (que não é o ir ao banheiro, como sei que alguns pensariam...rs) que é essencial ter algo NAS MÃOS pra ler... No almoço, no metrô, na fila do banco... (é eu ainda não tenho esses negocinhos mega-modernos que posso carregar no bolso e acessar a internet...)

disse...

A primeira coisa que me veio à cabeça foi:
"Atire a primeira pedra pedra Iaiá,
aquele que naão sofreu por amor..."
A segunda foi:
Como o Ernesto é inteligente!
A terceira:
O Flávio preparado e culto.
Depois, já babando:
E o Jorge sábio e sensivel.
E depois pensei:
Puxa, em vez de pensar no assunto, fico pensando nas pessoas.Isso é pq é mais fácil, tb tô com preguiça...
Bj

Ju disse...

Acho uma evolução quando os comments são tão interessantes quanto o post!
Vocês são todos uns cabeçudos!!!!
:-)

Gui Ferrari disse...

Vocês deviam mesmo ver um vídeo que eu achei na net. aliás, eu vou botar no prozac!

bem...

no final somos um bando de macacos!

Luisa Fernanda disse...

Querido Flavio,

Presciosa su manifestación en el Forum, yo solo fui oyente.

Con todos los respetos, esto de la sustentabilidad, la ecología y la evolución me da risa.

Quede uno perdido en el campo, y nos descubrmos como maricones que no podemos ni hacer fuego decentemente sin un fosforo o un encendedor, no sabemos siquiera que piedras o que maderas son mas friccionantes o combustibles

La edad de piedra, ciertamente no acabó....aunque haya computadores, no cabó...porque existen piedras, en el sentido holístico de la palabra...y de los puntos y suspiros