Não sei porque e idéia de um deus único ganhou o mundo.
A praticidade do politeísmo é evidente.
Poder contar com um deus especializado para cada necessidade é útil em muitos aspectos. O principal deles é, provavelmente, a flexibilidade.
Se tomamos e exemplo da Grécia Antiga, quando acometidos de um arroubo de paixão poderíamos pedir a proteção e orientação de Afrodite. Consumidos de raiva por alguém pedimos o auxílio de Ares. E aí, consumamos nossos desejos e paixões com a graça dos deuses.
E se, por acaso, desejamos resistir aos impulsos mais primitivos e agir com "sabedoria", Atena está aí para isso.
Um deus único não nos dá essa possibilidade.
Obrigado, por nossa concepção, a cumprir todos os papeis, ele não permite nada.
Não importa o que façamos .... vamos estar sempre devendo alguma coisa.
Daí essa eterna sensação de culpa.
E, meus amigos, não se enganem.
O inferno, meus caros, é a culpa.
31 comentários:
bom texto, mas prefiro n comentar.
bjosss...
hahauhauhhauhua
Axei engraçado... nao concordo, mas gostei!
;D
uau mesmo, Flavio!!!! e estou justamente "estudando" essa história de deuses, catolicismo, patriarcado, adão, eva e culpas nesse livro que estou lendo - a cama na varanda - muito legal!
Concordo, o inferno é a culpa, rsrsrs.
Como já disse certa feita, vir aqui sempre me enriquece.
Abraços moço ;)
rsrs
Flávio, só se sente culpa, quando se faz algo de errado...
Nem todos os deuses do Olimpo podem mudar isso...rs
Beijos
é um tendência, já que a vida é cíclica, porém dentro do seu raciocínio, são mais deuses pr se irritr, desagradar, desobecer, sendo assim, muito mais regras a cumprir, rsrsrsrs...
Quanto ao inferno, é como o céu, como aqui, dentro de cada um...
" o trabalhador, é digno de seu salário..."
bjusss
Quem sabe porque um único Deus pode ser "poli"... aliás do ponto de vista mercadológico é melhor para o cliente centralizar o seu pedido, sugestão, reclamação que será canalizado à instância competente para ser resolvido. Talvez funcione assim.
E, no entanto, o monoteísmo (cujas origens remontam, segundo os especialistas, ao Egito antigo) é um grande sucesso de "marketing": as duas maiores religiões mundiais são monoteístas e, ao lado do judaísmo, nasceram, todas, no mesmo pedacinho de chão da Oriente Próximo...
Ademais, a ideia monoteísta carrega a concepção de um Deus pessoal, disponível e estabelece forte conteúdo moral e ético, já que indica um caminho único...
Vale lembrar que hoje no catolicismo tudo é mais facil...
Somos pecadores já no nascimento, podemos juntar todos e de forma coletiva e apenas em pensamento (as atuais confissoes comunitarias) somos perdoados e prontos para pecar novamente!!
Melhor do que pedir para varios!!!
Beijos
Eu acho que depende da tua relação com Deus.. Essa coisa de um Deus punitivo e irracional é tão idade média -"Sooo last week"- que eu tenho que concordar que um politeísmo é melhor justificado do que o fanatismo de um Deus paternalista e punitivo.
Eu fico com Deus "cool" uma energia de inteligência suprema..E prefiro dar créditos a minha consciência, que seria Ele me guiando..
Quanto ao complexo de culpa, com certeza, o grande inferno. Meu auto-conhecimento consiste em combater isso!
Um café por hora.
um único Deus e muitas guerras em nome dele... também admiro muito a cultura Grega!
beijos
:)
interessante. obg. por comentar. bj
Tu falas de religião como ninguém! Não deixa o assunto pesado, apesar de dar polêmica.
E com certeza, não há nada pior do que culpa e arrependimento. Beijos!
Flávio,
sem culpa,
Deus existe ou não?
Abç-Te
Tás voltando ao embate de Pecado e Capital, ora pois não?
Nanda, Mariana, Carla e C.: eu achei que nem todo mundo iria concordar. Discutir esse assunto sob esta ótica demanda ver Deus como uma criação dos homens ...
Érica: a cama na varanda, só no verão.
Bela: é uma discussão interessante se não tivermos preconceitos.
Alice: e quem é que define o certo e o errado ?
Vanessa: mais deuses mas com menos regras para cada um.
Sandra: é como diz o rm ... deve ser por isso que deu certo.
rm: tem razão ... e é daí que vem uma moral que pouca gente questiona. Com deuses variados, a gente questiona mais o certo e o errado.
Ti: ficou tão fácil que as pessoas estão pulando fora.
Ju: os gregos também levavam os deuses para a guerra mas, que eu me lembre, nunca guerreavam em nome deles.
Simone: tenho vocação para pastor.
Simone: tenho vocação para pastor.
Teca: que pergunta ... claro que existe ... e para todos os gostos.
Ernesto: tá ha hora de começar outra mini-série.
Por essas e outras os gregos sequer se deram ao trabalho de inventar um "inferno"; iam todos para o Hades (simplesmente a morada das "almas" dos mortos); apenas os heróis (espertinhos!) tinham uma colher -de-chá, indo para um cantinho melhorzinho do Hades, os Campos Elíseos...
Na Divina Comédia o "Inferno" dá de mil no "Purgatório" e no chatérrimo "Paraiso"; é no melhor setor do "Inferno" de Dante, aliás, que moram as "almas" dos filósofos, dos pensadores, dos poetas...sensacional!... Até a Aspásia do Péricles está lá!...
Tive o prazer de assistir uma magnífica encenação do "Mal entendido" do Camus sexta feira, com atores brilhantes; aí, falar em Deus já fica esquisisto...levar a sério monoteismos então dá vontade de rolar no chão de rir...
Alguns pagãos politeistas contemporâneos são MUUUUUITO simpáticos; não têm templos, não têm "chefe" (são autônomos), logo não precisam recolher (usurpar) a grana de ninguém.
E como já lembrava Millor, nunca se ouviu falar sobre "ateus da região tal" que tenham atacado os "ateus da região qual"...
Que bom você ter lembrado tudo isso!...
SALVE ÁRTEMIS!
IÓ DYONÍSIO!
Bjs risonhos
Pode ser só eu, mas pra mim essa penca de santos que o povo venera é uma saída pela tangente, da parte da Igreja, de atender a essa necessidade das pessoas de acreditar em mais de uma entidade divina. Por que assim, venerar uma entidade divina só é um acúmulo de funções insustentável. =p
Postar um comentário