Nos últimos anos, a mídia e alguns estudiosos vem falando sobre o surgimento da vaidade masculina, como se fosse algo realmente novo.
Basta dar uma passeadinha pelo velho mundo para identificar que a vaidade masculina é um fato histórico.
Das pirâmides do Egito e das muralhas da China, passando por algumas dezenas de Arcos do Trinufoe palácios, até, mais recentemente, os hotéis do mundo árabe, o homem vem encontrando imponentes maneiras de exercer sua vaidade, muito mais extravagates do que um armário cheio de sapatos ....
quinta-feira, outubro 28, 2010
quarta-feira, outubro 27, 2010
Paisagens de sonho
Embora esteja na França no momento, não pude deixar de me encantar por essa foto publicada pelo UOL. A foto de Lee Rudland mostra o Castelo de Bamburgh, em Northumberland, surgindo por entre as nuvens, e participou de um concurso de fotos criativas de paisagens daquele país.
Imagens como essa dão lindas fotografias. Mas são muito mais marcantes quando observadas ao vivo.
Lembro-me de quando estive no Vale de los Caidos na Espanha pela primeira vez. A visão do vale, do topo do monumento (túmulo de Franco), é de um impacto colossal. Sentei-me para observar e fiquei mudo por vários minutos. Sabe aquele espressão "calar a alma" ? Pois foi isso que aconteceu.
Imagino como me sentiria no lugar do Lee Rudland, observando essa imagem da foto. Provavelmente não me lembraria sequer de tirar uma foto ...
Imagens como essa dão lindas fotografias. Mas são muito mais marcantes quando observadas ao vivo.
Lembro-me de quando estive no Vale de los Caidos na Espanha pela primeira vez. A visão do vale, do topo do monumento (túmulo de Franco), é de um impacto colossal. Sentei-me para observar e fiquei mudo por vários minutos. Sabe aquele espressão "calar a alma" ? Pois foi isso que aconteceu.
Imagino como me sentiria no lugar do Lee Rudland, observando essa imagem da foto. Provavelmente não me lembraria sequer de tirar uma foto ...
terça-feira, outubro 26, 2010
segunda-feira, outubro 25, 2010
Aceitação
Uma das coisas mais difíceis do nosso cotidiano é aceitar as coisas que não gostamos ou com as quais não concordamos.
Há pessoas que ficam anos remoendo "injustiças" e que acabam justificando todos os seus problemas a partir delas.
A oração de São Francisco é uma sítese da melhor atitude diante das adversidades da vida:
Há pessoas que ficam anos remoendo "injustiças" e que acabam justificando todos os seus problemas a partir delas.
A oração de São Francisco é uma sítese da melhor atitude diante das adversidades da vida:
"Concedei-nos Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, a coragem para modificar aquelas que podemos e a sabedoria para distinguirmos umas das outras".
Simples de dizer, mas tão dificil de fazer que até São Francisco teve que pedir ajuda para seu Deus...
Mas esse tipo de coisa não costuma cair do céu.
domingo, outubro 24, 2010
O Guardião e o Sacerdote
Vou me apropriando aqui e alí das coisas que leio e escuto, confrontando-as com minhas experiências, sentimentos e sensações. Daí vem as idéias para escrever. Por isso não me incomodo quando alguém copia algum texto do Arguta ... Nada aqui é verdadeiramente só meu, ou mesmo real.
Minhas últimas leituras foram textos de Osho e de psicanálise, tratando de estruturas do corpo e da mente.
Gostei da idéia de que nosso corpo busca maneiras de se comunicar com a mente, para informar o que está acontecendo de bom e de ruim. E, particularmente, para se preservar. É como se o corpo tivesse uma espécie de Guardião, permanentemente atento e cuidador.
Já a mente, entre suas diversas estruturas tem uma muito crítica, sempre pronta para nos dizer o que estamos fazendo de errado e exigir que nos portemos de maneira espartana. É uma espécie de Sacerdote interno, que procura nos orientar e disciplinar nossa conduta.
O Guardião e o Sacerdote nos são muito úteis e evitam que nos metamos em muitas encrencas, sociais, físicas ou psicológicas.
Mas também fazem muita confusão, principalmente quando atuam juntos de forma pouco coordenada.
Um exemplo: uma mulher casada tem fortes desejos sexuais por outros homens. O Sacerdote, obviamente, a condena mortalmente. O dilema psíquico afeta o corpo, gerando tensão, ansiedade e outros quetais. O Guardião percebe o que está ocorrendo e promove mudanças no corpo para tentar resolver o problema. A mulher começa a engordar muito, ou fica com problemas na pele, ou desenvolve algum problema vaginal recorrente ... qualquer coisa que a torne menos atraente ou menos inclinada a dar atenção aos seus desejos.
Ou, no caminho contrário, um homem começa a se tornar adicto por exercícios físicos, viciado nas descargas de serotonina liberadas durante suas longas corridas, a tal ponto de começar a desgastar seu organismo, sobrecarregando-o. O Guardião dá o alarme e o Sacerdote tenta apontar seu dedo acusador, mas como a sociedade valoriza o culto ao corpo e correr é apontado como uma excelente atividade física, sua ação tem pouco efeito. Mas o sacerdote insiste e, com o tempo, o homem começa a ter sensações estranhas durante a corrida, até desenvolver uma "agorafobia" (medo de lugares abertos, de multidões, de ambientes externos) que o obriga a parar de correr.
São dois exemplos de falta de equilíbrio nas relações entre o corpo e a mente, decorrentes da nossa pouca disposição ou dedicação a escutar-nos e conhecermo-nos.
Há que se escutar ao Guardião e ao Sacerdote, dando-lhes atenção e ajudando-os a corrigir seus desvios bem intencionados mas destrutivos.
E, com um pouco mais de esforço (aliás, muito esforço para os dias de hoje), conciliar essas estruturas até alcançar uma integração tal que o corpo e a mente já não sejam percebidos de maneira dissociada, mas como parte de você mesmo.
Para isso são necessárias muitas horas de meditação ...
Minhas últimas leituras foram textos de Osho e de psicanálise, tratando de estruturas do corpo e da mente.
Gostei da idéia de que nosso corpo busca maneiras de se comunicar com a mente, para informar o que está acontecendo de bom e de ruim. E, particularmente, para se preservar. É como se o corpo tivesse uma espécie de Guardião, permanentemente atento e cuidador.
Já a mente, entre suas diversas estruturas tem uma muito crítica, sempre pronta para nos dizer o que estamos fazendo de errado e exigir que nos portemos de maneira espartana. É uma espécie de Sacerdote interno, que procura nos orientar e disciplinar nossa conduta.
O Guardião e o Sacerdote nos são muito úteis e evitam que nos metamos em muitas encrencas, sociais, físicas ou psicológicas.
Mas também fazem muita confusão, principalmente quando atuam juntos de forma pouco coordenada.
Um exemplo: uma mulher casada tem fortes desejos sexuais por outros homens. O Sacerdote, obviamente, a condena mortalmente. O dilema psíquico afeta o corpo, gerando tensão, ansiedade e outros quetais. O Guardião percebe o que está ocorrendo e promove mudanças no corpo para tentar resolver o problema. A mulher começa a engordar muito, ou fica com problemas na pele, ou desenvolve algum problema vaginal recorrente ... qualquer coisa que a torne menos atraente ou menos inclinada a dar atenção aos seus desejos.
Ou, no caminho contrário, um homem começa a se tornar adicto por exercícios físicos, viciado nas descargas de serotonina liberadas durante suas longas corridas, a tal ponto de começar a desgastar seu organismo, sobrecarregando-o. O Guardião dá o alarme e o Sacerdote tenta apontar seu dedo acusador, mas como a sociedade valoriza o culto ao corpo e correr é apontado como uma excelente atividade física, sua ação tem pouco efeito. Mas o sacerdote insiste e, com o tempo, o homem começa a ter sensações estranhas durante a corrida, até desenvolver uma "agorafobia" (medo de lugares abertos, de multidões, de ambientes externos) que o obriga a parar de correr.
São dois exemplos de falta de equilíbrio nas relações entre o corpo e a mente, decorrentes da nossa pouca disposição ou dedicação a escutar-nos e conhecermo-nos.
Há que se escutar ao Guardião e ao Sacerdote, dando-lhes atenção e ajudando-os a corrigir seus desvios bem intencionados mas destrutivos.
E, com um pouco mais de esforço (aliás, muito esforço para os dias de hoje), conciliar essas estruturas até alcançar uma integração tal que o corpo e a mente já não sejam percebidos de maneira dissociada, mas como parte de você mesmo.
Para isso são necessárias muitas horas de meditação ...
sexta-feira, outubro 22, 2010
Pensione Gabriella
Assim, meio do nada (embora Freud possivelmente possa explicar), me lembrei da Pensione Gabriella, uma pensão ao lado da estação ferroviária de Roma onde passei alguns dias durante minha primeira viagem para a Europa em 1983. Era uma espécie de lua-de-mel atrasada, já que havia casado um ano antes sem dinheiro nem para pagar uma viagem a Pindamonhangaba.
Adorei a Itália em minha primeira visita. A única decepção havia sido descobrir que macarrão não era o prato principal nos restaurantes. Era o primo piatto (primeiro prato), servido em porções pequenas. Muito diferente do que vemos nas familias italianas que imigraram para o Brasil, porque eram familias pobres, sem dinheiro para um prato principal (carne), e precisavam "se contentar" com a pasta.
Mas a Pensione Gabriella era diferente. Muito simples e administrada (se é que se pode dizer isso daquela baderna) por uma familia italiana, servia uma deliciosa macarronada no almoço. Resgatou minha paixão.
Gabriella era também o nome da netinha da dona de pensão. Uma graciosa garotinha de uns 5 ou 6 anos, cabelos loiros encaracolados, parecia um pequeno anjo de Boticelli. Comia o dia inteiro, menos na hora do almoço, quando a familia se revesava tentanto fazê-la comer ...
- Manja, manja banbina ...
- No, no, no ...
Nada é mais fofo do que uma garotinha falando italiano.
O filho mais novo, tio da menina, servia as mesas. Tinha o curioso hábito de responder "prego" sempre que agradeciamos, no mesmo tom em que o agradecimento era feito.
Experimentei diversos tons, desde os mais alegres até os mais compungidos. Sua resposta sempre acompanhava o espírito do agradecimento.
Resolvi procurar a pensão pela internet, para saber se ainda existia.
Existe. Virou um hotel 3 estrelas. Subiu na vida, mas perdeu o charme.
Prefiro a pensione da minha memória.
Adorei a Itália em minha primeira visita. A única decepção havia sido descobrir que macarrão não era o prato principal nos restaurantes. Era o primo piatto (primeiro prato), servido em porções pequenas. Muito diferente do que vemos nas familias italianas que imigraram para o Brasil, porque eram familias pobres, sem dinheiro para um prato principal (carne), e precisavam "se contentar" com a pasta.
Mas a Pensione Gabriella era diferente. Muito simples e administrada (se é que se pode dizer isso daquela baderna) por uma familia italiana, servia uma deliciosa macarronada no almoço. Resgatou minha paixão.
Gabriella era também o nome da netinha da dona de pensão. Uma graciosa garotinha de uns 5 ou 6 anos, cabelos loiros encaracolados, parecia um pequeno anjo de Boticelli. Comia o dia inteiro, menos na hora do almoço, quando a familia se revesava tentanto fazê-la comer ...
- Manja, manja banbina ...
- No, no, no ...
Nada é mais fofo do que uma garotinha falando italiano.
O filho mais novo, tio da menina, servia as mesas. Tinha o curioso hábito de responder "prego" sempre que agradeciamos, no mesmo tom em que o agradecimento era feito.
Experimentei diversos tons, desde os mais alegres até os mais compungidos. Sua resposta sempre acompanhava o espírito do agradecimento.
Resolvi procurar a pensão pela internet, para saber se ainda existia.
Existe. Virou um hotel 3 estrelas. Subiu na vida, mas perdeu o charme.
Prefiro a pensione da minha memória.
quinta-feira, outubro 21, 2010
Histórias para contar
Hoje faleceu meu sogro, vitimado por um ataque cardíaco fulminante aos 81 anos.
Até ontem, tinha muitas histórias para contar. E contou todas, a quem quis escutar.
Estou certo de que partiu sentindo, até o último momento, que não devia nada a ninguém e que ninguém lhe devia nada. Soube tirar da vida tudo aquilo que a vida pode dar.
Quando pequeno, entregava os sapatos consertados pelo pai (que era sapateiro) para as damas da sociedade paulistana, e aproveitava para vender verduras que comprava no Ceasa em grande quantidade e dividia em pequenos maços. Muitas vezes ganhava mais do que o próprio pai. Não por acaso, virou comerciante, construiu um patrimônio confortável, sustentou sua família e divertiu-se muito ao longo da vida.
Adorava jogar. Cartas, cavalos, loteria. Sua sorte e talento desafiavam as probabilidades. Ganhava com frequencia. Dois bons casamentos com mulheres diferentes. A primeira lhe deu uma familia. A segunda, foi sua grande companheira até seus últimos dias.
Foi muito feliz, a maior parte do tempo.
Nunca quis ser exemplo de nada, embora tivesse convicções inabaláveis sobre o certo e o errado.
Para mim, foi um exemplo de vida.
Um homem que soube viver de acordo com seus princípios, ajudar, amar e respeitar, a sua maneira, os que considerava dígnos de sua atenção.
Nâo é pouco.
Guardarei na memória, com carinho, cada uma das histórias que me contou. E, de alguma forma, lembrarei dele através de meus filhos, seus netos, nos traços de personalidade que lhes são comuns.
Para ele vai meu último pensamento de hoje, de gratidão por haver tido a oportunidade de compartilhar parte de sua existência, e pelo carinho mútuo.
Até ontem, tinha muitas histórias para contar. E contou todas, a quem quis escutar.
Estou certo de que partiu sentindo, até o último momento, que não devia nada a ninguém e que ninguém lhe devia nada. Soube tirar da vida tudo aquilo que a vida pode dar.
Quando pequeno, entregava os sapatos consertados pelo pai (que era sapateiro) para as damas da sociedade paulistana, e aproveitava para vender verduras que comprava no Ceasa em grande quantidade e dividia em pequenos maços. Muitas vezes ganhava mais do que o próprio pai. Não por acaso, virou comerciante, construiu um patrimônio confortável, sustentou sua família e divertiu-se muito ao longo da vida.
Adorava jogar. Cartas, cavalos, loteria. Sua sorte e talento desafiavam as probabilidades. Ganhava com frequencia. Dois bons casamentos com mulheres diferentes. A primeira lhe deu uma familia. A segunda, foi sua grande companheira até seus últimos dias.
Foi muito feliz, a maior parte do tempo.
Nunca quis ser exemplo de nada, embora tivesse convicções inabaláveis sobre o certo e o errado.
Para mim, foi um exemplo de vida.
Um homem que soube viver de acordo com seus princípios, ajudar, amar e respeitar, a sua maneira, os que considerava dígnos de sua atenção.
Nâo é pouco.
Guardarei na memória, com carinho, cada uma das histórias que me contou. E, de alguma forma, lembrarei dele através de meus filhos, seus netos, nos traços de personalidade que lhes são comuns.
Para ele vai meu último pensamento de hoje, de gratidão por haver tido a oportunidade de compartilhar parte de sua existência, e pelo carinho mútuo.
terça-feira, outubro 19, 2010
Chico apoia o PT e lota minha caixa postal
O Chico Buarque declara seu apoio à Dilma.
Ana Serra, que não tem nenhum parentesco com o Serra mas deve sentir alguma afinidade pela semelhança de nomes (como eu com os carros da Ferrari) publica uma foto com um comentário crítico-decepcionado no facebook e, provavelmente por acidente, marca a foto como se eu estivesse nela.
O tema é polêmico e em duas horas gera quase 40 comentários, todos direto para minha caixa postal ...
O mundo virtual tem dessas coisas.
Por sorte, descobri como dissociar-me da postagem e resolvi o meu problema.
Já o Chico, ele que vote em quem bem entender. Admiro o compositor, não o eleitor ...
Ana Serra, que não tem nenhum parentesco com o Serra mas deve sentir alguma afinidade pela semelhança de nomes (como eu com os carros da Ferrari) publica uma foto com um comentário crítico-decepcionado no facebook e, provavelmente por acidente, marca a foto como se eu estivesse nela.
O tema é polêmico e em duas horas gera quase 40 comentários, todos direto para minha caixa postal ...
O mundo virtual tem dessas coisas.
Por sorte, descobri como dissociar-me da postagem e resolvi o meu problema.
Já o Chico, ele que vote em quem bem entender. Admiro o compositor, não o eleitor ...
segunda-feira, outubro 18, 2010
Dupla jornada
Estava dobrando a roupa da secadora abrindo espaço para a da lavadora enquanto esquentava o feijão, cozinhava o arroz e fritava os x-burguers para o jantar do meu filho, colocando a louça suja na "Consuelo" (minha lava-louças) nos intervalos, quando me ocorreu que isso tinha um certo ar de modernidade.
Sou um pai descasado, vivendo uma relação estável e deliciosa com uma mãe descasada, cada um na sua casa.
Moro num apartamento relativamente pequeno se comparado aos outros executivos com quem convivo (75m2), tenho uma faxineira que vem em casa uma vez por semana para dar um tapa no apartamento e passar roupas (ou eu teria que usar camisas de "ana ruga"). O resto faço eu mesmo com a ajuda do filhão quando está inspirado. Cozinho, limpo, lavo, passo (mal) e conserto o que estiver quebrado. Claro que quando o volume de trabalho no escritório aumenta, a casa fica uma zona ... Mas sempre tem um domingo a noite para arrumar tudo. E, tenho que confessar, a namorada também ajuda quando a coisa fica preta, embora eu prefira contar com ela para coisas que não posso fazer sozinho.
O curioso é que tenho um grande prazer no cuidar de mim mesmo (e dos filhos).
Lembrei das mulheres que reclamam de sua dupla jornada. Será porque se sentem socialmente obrigadas a cuidar da casa e o peso da obrigação lhes tira o prazer da tarefa ?
Sou um pai descasado, vivendo uma relação estável e deliciosa com uma mãe descasada, cada um na sua casa.
Moro num apartamento relativamente pequeno se comparado aos outros executivos com quem convivo (75m2), tenho uma faxineira que vem em casa uma vez por semana para dar um tapa no apartamento e passar roupas (ou eu teria que usar camisas de "ana ruga"). O resto faço eu mesmo com a ajuda do filhão quando está inspirado. Cozinho, limpo, lavo, passo (mal) e conserto o que estiver quebrado. Claro que quando o volume de trabalho no escritório aumenta, a casa fica uma zona ... Mas sempre tem um domingo a noite para arrumar tudo. E, tenho que confessar, a namorada também ajuda quando a coisa fica preta, embora eu prefira contar com ela para coisas que não posso fazer sozinho.
O curioso é que tenho um grande prazer no cuidar de mim mesmo (e dos filhos).
Lembrei das mulheres que reclamam de sua dupla jornada. Será porque se sentem socialmente obrigadas a cuidar da casa e o peso da obrigação lhes tira o prazer da tarefa ?
Medo da liberdade
Tenho pensado bastante na falsa dicotomia corpo-mente que permeia a sociedade moderna, particularmente a ocidental. Creio que ainda vou escrever alguns textos mais longos sobre isso. Mas aqui é um blog e ninguém tem paciência para textos longos. Logo, vou direto ao assunto do momento ...
Ainda não localizei o momento histórico onde essa separação esquizofrênica entre o corpo e a mente começou, mas de uma rápida discussão com meu filho Rodrigo sobre o assunto aceitei a idéia de que sua origem remonta ao início da civilização, que exige que você abra mão de alguns desejos e impõe obrigações. E o fenômeno se acentua quando a sociedade adota religiões monoteístas que, por alguma razão que desconheço, exige sacrifícios (particularmente os físicos) para elevação do espírito.
Fato é que hoje nascemos e crescemos sob o príncipio básico de que o corpo precisa ser controlado e os desejos aprisionados. Aprendemos que a felicidade é espiritual e que nosso corpo e seus desejos são um impecilho para alcançá-la.
Fácil, numa conversa de bar, encontrar amigos que concordem racionalmente que corpo e mente são apenas definições para alguns aspectos do ser humano e que o prazer físico também é um caminho para felicidade.
Mas basta um olhar rápido para a maneira pela qual eles mesmos levam sua vida para perceber que também são, como todos, vítimas desse engodo.
Transformamos nosso corpo numa prisão comandada por nós mesmos e temos medo da liberdade.
A liberdade de sentir, de satisfazer os desejos que classificamos indevidamente como carnais (como se fosse possível separa rum desejo carnal de um mental/espiritual) é prontamente classificada como pecaminosa.
De alguma maneira aceitamos que a felicidade só será possível quando nos livrarmos do corpo.
Só aí poderemos nos encontrar com Deus (seja ele qual for).
Creio que esse pensamento foi desenvolvido para que nos fosse possível suportar a tortura a qual nós mesmos nos submetemos. Eu me sacrifico aqui "na Terra" numa curta existência mas depois vou merecer "o Céu" onde serei completamente feliz para sempre.
Meus amigos e minhas amigas ... tem alguma coisa muito errada nisso tudo !
Ainda não localizei o momento histórico onde essa separação esquizofrênica entre o corpo e a mente começou, mas de uma rápida discussão com meu filho Rodrigo sobre o assunto aceitei a idéia de que sua origem remonta ao início da civilização, que exige que você abra mão de alguns desejos e impõe obrigações. E o fenômeno se acentua quando a sociedade adota religiões monoteístas que, por alguma razão que desconheço, exige sacrifícios (particularmente os físicos) para elevação do espírito.
Fato é que hoje nascemos e crescemos sob o príncipio básico de que o corpo precisa ser controlado e os desejos aprisionados. Aprendemos que a felicidade é espiritual e que nosso corpo e seus desejos são um impecilho para alcançá-la.
Fácil, numa conversa de bar, encontrar amigos que concordem racionalmente que corpo e mente são apenas definições para alguns aspectos do ser humano e que o prazer físico também é um caminho para felicidade.
Mas basta um olhar rápido para a maneira pela qual eles mesmos levam sua vida para perceber que também são, como todos, vítimas desse engodo.
Transformamos nosso corpo numa prisão comandada por nós mesmos e temos medo da liberdade.
A liberdade de sentir, de satisfazer os desejos que classificamos indevidamente como carnais (como se fosse possível separa rum desejo carnal de um mental/espiritual) é prontamente classificada como pecaminosa.
De alguma maneira aceitamos que a felicidade só será possível quando nos livrarmos do corpo.
Só aí poderemos nos encontrar com Deus (seja ele qual for).
Creio que esse pensamento foi desenvolvido para que nos fosse possível suportar a tortura a qual nós mesmos nos submetemos. Eu me sacrifico aqui "na Terra" numa curta existência mas depois vou merecer "o Céu" onde serei completamente feliz para sempre.
Meus amigos e minhas amigas ... tem alguma coisa muito errada nisso tudo !
sexta-feira, outubro 15, 2010
Versos Vespertinos
Dos loucos
Quero a inspiração dos pensamentos imperfeitos
Que aos poucos
Sugere que questione meus defeitos
Dos loucos
Quero a distância que me assegura
O ouvido mouco
A proteção contra a amargura
Quero a inspiração dos pensamentos imperfeitos
Que aos poucos
Sugere que questione meus defeitos
Dos loucos
Quero a distância que me assegura
O ouvido mouco
A proteção contra a amargura
quinta-feira, outubro 14, 2010
Meus neurônios...
Para informar aos neófitos e refrescar a memória dos frequentadores antigos, registro aqui a existência dos meus 5 neurônios identificados até o momento:
- Ludovico (Ludo): o neurônio lúdico, responsável pelos meus melhores momentos intelectuais
- Nicodemo: o neurônio rabugento, responsável por meus piores momentos emocionais
- Sandy: a neurônia mãe, responsável pelo meu lado maternal
- N2 e N4: os neurônios pares, responsáveis pelos aspectos operacionais da minha existência
Se tenho mais algum além desses, desconheço ...
- Ludovico (Ludo): o neurônio lúdico, responsável pelos meus melhores momentos intelectuais
- Nicodemo: o neurônio rabugento, responsável por meus piores momentos emocionais
- Sandy: a neurônia mãe, responsável pelo meu lado maternal
- N2 e N4: os neurônios pares, responsáveis pelos aspectos operacionais da minha existência
Se tenho mais algum além desses, desconheço ...
quarta-feira, outubro 13, 2010
The dark side ...
A quem interessar possa, essa é a banda onde toca o meu filho mais velho (o filósofo) - Psy Kick.
O Rodrigo é o baixista, à esquerda do palco ...
O Rodrigo é o baixista, à esquerda do palco ...
Entre o pecado e o impecável
Estava assistindo a terceira temporada do Californication que tem David Duchovny no papel de Hank, um escritor cadastrável como socialmente imaturo e com particular afeição pelo sexo oposto.
Adoro o personagem, provavelmente porque me identifico com alguns aspectos de sua personalidade.
Mas o que me estimulou a postar foi um detalhe comum à maioria dos filmes de anti-herói.
Hank passa a vida bebendo, transando e se metendo em encrencas. Não faz qualquer exercício físico além desses. E tem um corpo impecável, com direito a um discreto "tanquinho" apesar dos 40 e tantos anos.
Fora das telas, isso é frustrantemente impossível. Sei, porque venho tentando. Por mais que me esforce, não consigo ter um corpinho de bailarino espanhol sem esforço. E olha que visito a academia pelo menos duas vezes por semestre...
Para minha sorte, mulheres interessantes não fazem quesão de um corpo impecável, desde que o pecado valha a pena. Trocam, de bom grado, um tanquinho por uma conversa inteligente e bem humorada, o que, convenhamos, dá muito menos trabalho.
Mas cuidar do corpo não deixa de ser uma boa forma de retribuir essa gentileza ...
Adoro o personagem, provavelmente porque me identifico com alguns aspectos de sua personalidade.
Mas o que me estimulou a postar foi um detalhe comum à maioria dos filmes de anti-herói.
Hank passa a vida bebendo, transando e se metendo em encrencas. Não faz qualquer exercício físico além desses. E tem um corpo impecável, com direito a um discreto "tanquinho" apesar dos 40 e tantos anos.
Fora das telas, isso é frustrantemente impossível. Sei, porque venho tentando. Por mais que me esforce, não consigo ter um corpinho de bailarino espanhol sem esforço. E olha que visito a academia pelo menos duas vezes por semestre...
Para minha sorte, mulheres interessantes não fazem quesão de um corpo impecável, desde que o pecado valha a pena. Trocam, de bom grado, um tanquinho por uma conversa inteligente e bem humorada, o que, convenhamos, dá muito menos trabalho.
Mas cuidar do corpo não deixa de ser uma boa forma de retribuir essa gentileza ...
terça-feira, outubro 12, 2010
Voto útil
Nem Dilma nem Serra ....
Se você quer votar em alguma coisa mais poética, sem efeitos colaterais ou contra-indicações, vote no meu curta-metragem que está concorrendo no AX Film Festival, na categoria Film Minuto.
O endereço do site é http://br.axn.com/axn-film-festival-2010.
Comece clicando AQUI para acessar. Na página, escolha VOTAR (no header, entre "o festival" e "videos", selecione a categoria FILM MINUTO - VER GALERIA e encontre o vídeo "ULTIMO MINUTO" - quando entrei estava na terceira página.
Aparentemente você pode votar quantas vezes quiser (não sei se farão algum filtro por IP depois). Logo, se você tiver vocação obsessiva-cumpulsiva, pode passar o dia votando ....
O número de filmes inscritos é bastante grande e certamente o meu não deve ser o melhor deles.
Mas eu vou ficar feliz com seu voto, e considerá-lo pelo que é ... uma manifestação de carinho....
Se você quer votar em alguma coisa mais poética, sem efeitos colaterais ou contra-indicações, vote no meu curta-metragem que está concorrendo no AX Film Festival, na categoria Film Minuto.
O endereço do site é http://br.axn.com/axn-film-festival-2010.
Comece clicando AQUI para acessar. Na página, escolha VOTAR (no header, entre "o festival" e "videos", selecione a categoria FILM MINUTO - VER GALERIA e encontre o vídeo "ULTIMO MINUTO" - quando entrei estava na terceira página.
Aparentemente você pode votar quantas vezes quiser (não sei se farão algum filtro por IP depois). Logo, se você tiver vocação obsessiva-cumpulsiva, pode passar o dia votando ....
O número de filmes inscritos é bastante grande e certamente o meu não deve ser o melhor deles.
Mas eu vou ficar feliz com seu voto, e considerá-lo pelo que é ... uma manifestação de carinho....
segunda-feira, outubro 11, 2010
Desconectado e impossibilitado de espirrar
Há lugares aparentemente civilizados onde a internet ainda não chegou ... o módulo 8 da Riviera de São Lourenço, por exemplo ... Passando o final de semana por aqui, faço essa postagem rapidinha conectando uma rede pública. Telefônica e Net ainda não se interssaram pelo local.
Mas uns dois ou três dias sem internet não chegam a incomodar, principalmente quando comparados às duas semanas sem espirrar (nem tossir) que completo hoje ...
Sabe lá o que é segurar um espirro ? Eu não sabia ... sempre espirrei a lá italiana, com o todo o bairro desejando saúde ...
O espirro é uma espécie de orgásmo do sistema respiratório ... estimula o ponto S que é a região sinusital, massageada pela pressão do ar que sai abruptamente pelas vias superiores.
Me pedir para segurar um espirro é mais ou menos como recomendar a prática de coito interrompido para um sujeito com ejaculação precoce ... quase impossível.
Mas fazer o quê ... até a costela colar, não dá para espirrar ...
Mas uns dois ou três dias sem internet não chegam a incomodar, principalmente quando comparados às duas semanas sem espirrar (nem tossir) que completo hoje ...
Sabe lá o que é segurar um espirro ? Eu não sabia ... sempre espirrei a lá italiana, com o todo o bairro desejando saúde ...
O espirro é uma espécie de orgásmo do sistema respiratório ... estimula o ponto S que é a região sinusital, massageada pela pressão do ar que sai abruptamente pelas vias superiores.
Me pedir para segurar um espirro é mais ou menos como recomendar a prática de coito interrompido para um sujeito com ejaculação precoce ... quase impossível.
Mas fazer o quê ... até a costela colar, não dá para espirrar ...
sexta-feira, outubro 08, 2010
Um tesão de definição
"Azimute é uma medida de abertura angular cujo valor em graus perfaz horizontalmente um semi-circulo que vai do norte geográfico até a intersecção do brilho de uma estrela."
(quem disse que astronomia não é sexy ?)
* imagem
(quem disse que astronomia não é sexy ?)
* imagem
quinta-feira, outubro 07, 2010
Garota de primeira mão
Virginidade pode ser coisa do passado, mas ninguém quer uma garota de segunda mão...
A garota aí ao lado está cheia de oportunidades da cintura para baixo e boas ofertas na cabeça.
E é de primeira mão .... ops ... do Primeira Mão.
Ok, ok ... brincadeira infame ...
No Maximídia, o mais popular evento do mercado publicitário, acontece um pouco de tudo, incluindo garotas simpáticas com adereços divertidos.
Também é o melhor lugar para encontrar velhos amigos e até comer um cuzcuz preparado pessoalmente pela Maria Luiza, Diretora de Publicidade da Revista Seleções, no estande da editora. na agradável companhia da Ana Lucia, Gerente do Grupo M&M.
Bater um papo gostoso com o Waldemar Lichtenfels (o maior acadêmico de mîdia que o Brasil já teve), hoje na direção do IVC de São Paulo, não tem preço.
E, é claro, receber os amigos no espaço do IBOPE, onde apresentamos um interessante estudo sobre a Classe C, servindo uma seleção de cafés especiais.
Fim de tarde divertido ...
A garota aí ao lado está cheia de oportunidades da cintura para baixo e boas ofertas na cabeça.
E é de primeira mão .... ops ... do Primeira Mão.
Ok, ok ... brincadeira infame ...
No Maximídia, o mais popular evento do mercado publicitário, acontece um pouco de tudo, incluindo garotas simpáticas com adereços divertidos.
Também é o melhor lugar para encontrar velhos amigos e até comer um cuzcuz preparado pessoalmente pela Maria Luiza, Diretora de Publicidade da Revista Seleções, no estande da editora. na agradável companhia da Ana Lucia, Gerente do Grupo M&M.
Bater um papo gostoso com o Waldemar Lichtenfels (o maior acadêmico de mîdia que o Brasil já teve), hoje na direção do IVC de São Paulo, não tem preço.
E, é claro, receber os amigos no espaço do IBOPE, onde apresentamos um interessante estudo sobre a Classe C, servindo uma seleção de cafés especiais.
Fim de tarde divertido ...
quarta-feira, outubro 06, 2010
As regras
- Tá com fome ?
- Não ...
- Venha comer ...
- Não, obrigado ... estou fazendo outra coisa ...
- Então pare o que você está fazendo e venha comer.
- Já comi algumas coisinhas agora pouco ... deixa para lá.
- Se não vai comer agora, também não vai comer depois !!
- Ué ?? Porque ? Não posso comer quando estiver com fome ? Ou pelo menos com vontade ?
- Não ! Você tem que comer na hora em que eu quero que você coma.
- ??????
- Eu tenho meus horários, você sabe !
- Sei e respeito isso. Quero dizer ... na verdade, não me incomodo com isso, desde que eu não precise seguir os SEUS horários.
- Mas sou eu quem faz a comida, e faço no horário que é melhor para mim. Você tem que aceitar isso, vir comer e agradecer.
- Agradecer por você me obrigar a comer quando não quero ?
- É um ingrato mesmo ... Então vai ficar sem comida para aprender a valorizar o que tem ...
- Quer saber ... deixa para lá ... depois eu pego alguma coisa no armário ou na geladeira, quando estiver com fome ... Não vamos brigar por causa disso.
- Ah ... nada disso ... Não vou deixar mais nada no armário ou na geladeira para você. Você tem que comer a comida que eu faço, na hora em que eu decido, e pronto !!! E ai de vocé se comer alguma coisa fora de casa depois !!!!
(Silêncio)
Mais tarde, Pedrinho procura o Pai e conta o que aconteceu. O pai escuta, paciente, e esclarece:
- Pedrinho ... sua mãe é uma mulher, e as mulheres são assim mesmo. Você tem que comer só quando elas tiverem vontade e se te pegarem comendo fora de casa é um inferno !
- Não ...
- Venha comer ...
- Não, obrigado ... estou fazendo outra coisa ...
- Então pare o que você está fazendo e venha comer.
- Já comi algumas coisinhas agora pouco ... deixa para lá.
- Se não vai comer agora, também não vai comer depois !!
- Ué ?? Porque ? Não posso comer quando estiver com fome ? Ou pelo menos com vontade ?
- Não ! Você tem que comer na hora em que eu quero que você coma.
- ??????
- Eu tenho meus horários, você sabe !
- Sei e respeito isso. Quero dizer ... na verdade, não me incomodo com isso, desde que eu não precise seguir os SEUS horários.
- Mas sou eu quem faz a comida, e faço no horário que é melhor para mim. Você tem que aceitar isso, vir comer e agradecer.
- Agradecer por você me obrigar a comer quando não quero ?
- É um ingrato mesmo ... Então vai ficar sem comida para aprender a valorizar o que tem ...
- Quer saber ... deixa para lá ... depois eu pego alguma coisa no armário ou na geladeira, quando estiver com fome ... Não vamos brigar por causa disso.
- Ah ... nada disso ... Não vou deixar mais nada no armário ou na geladeira para você. Você tem que comer a comida que eu faço, na hora em que eu decido, e pronto !!! E ai de vocé se comer alguma coisa fora de casa depois !!!!
(Silêncio)
Mais tarde, Pedrinho procura o Pai e conta o que aconteceu. O pai escuta, paciente, e esclarece:
- Pedrinho ... sua mãe é uma mulher, e as mulheres são assim mesmo. Você tem que comer só quando elas tiverem vontade e se te pegarem comendo fora de casa é um inferno !
terça-feira, outubro 05, 2010
Ficção e realidade
A Escorpiana fez um pedido de "colinho" lá no seu blog e publicou a imagem correspondente. Eu comentei.
Ontem assisti um filme com o George "Nespresso" Clooney onde ele leva uns 3 chutes bem dados de um general russo exatamente no mesmo ponto onde quebrei a costela. Ele só precisou de um band-aid na testa ... nem um anti-inflamatoriozinho ....
O caso é que mesmo com uma namorada relativamente magra e tomando muito Nespresso, acho difícil dar colinho, e preciso tomar remédio para dor de vez em quando.
Ontem assisti um filme com o George "Nespresso" Clooney onde ele leva uns 3 chutes bem dados de um general russo exatamente no mesmo ponto onde quebrei a costela. Ele só precisou de um band-aid na testa ... nem um anti-inflamatoriozinho ....
O caso é que mesmo com uma namorada relativamente magra e tomando muito Nespresso, acho difícil dar colinho, e preciso tomar remédio para dor de vez em quando.
segunda-feira, outubro 04, 2010
Amigos de confiança
Piada clássica ...
O sujeito, muito ciumento, ia partir para a guerra e, preocupado, resolviu se garantir colocando um cinto de castidade na mulher, mas, num gesto de amor, decide deixar a chave do cinto com seu melhor amigo, para o caso de morrer em combate.
Na hora da partida se despede da mulher e do amigo e toma o ônibus do exército em direção ao navio onde irá embarcar.
Lá chegando, quando subia a rampa de embarque, escuta o amigo gritando seu nome ao longe:
- Ademar, Ademar .....
- Que foi Ricardo ????
- Espera um pouco .... você me deu a chave errada !!!!
Moral da história:
"Pensar e agir apenas de acordo com seus próprios interesses resulta que seus amigos farão a mesma coisa por você."
O sujeito, muito ciumento, ia partir para a guerra e, preocupado, resolviu se garantir colocando um cinto de castidade na mulher, mas, num gesto de amor, decide deixar a chave do cinto com seu melhor amigo, para o caso de morrer em combate.
Na hora da partida se despede da mulher e do amigo e toma o ônibus do exército em direção ao navio onde irá embarcar.
Lá chegando, quando subia a rampa de embarque, escuta o amigo gritando seu nome ao longe:
- Ademar, Ademar .....
- Que foi Ricardo ????
- Espera um pouco .... você me deu a chave errada !!!!
Moral da história:
"Pensar e agir apenas de acordo com seus próprios interesses resulta que seus amigos farão a mesma coisa por você."
domingo, outubro 03, 2010
E na fila para votar ...
Dia de eleição é um dia atípico, a começar pelo trânsito.
Tudo funciona como num mega domingo com trânsito escolar.
Aos tradicionais motoristas domingueiros soman-se os motoristas eleitorais, aqueles que só saem de carro a cada dois anos para votar. E como se vota em praticamente todas as escolas, o resultado é uma grande confusão.
Voto numa pequena escola pública nas Perdizes e costumo dar sorte para estacionar o carro. Uso uma estratégia desenvolvida em todos esses anos de experiência: fico de olho num carro antigo e bem cuidado com gente dentro. Grande chace de se tratar de um motorista eleitoral, a espera de um momento de redução no fluxo de veículo para sair da vaga em segurança. Reduzo a velocidade e faço um sinal indicando que ele pode sair ... e bingo ... uma bela vaga na porta da escola. Funciona quase sempre.
A sala para votação tem sido a mesma nos últimos anos, mas as supresas variam.
Algumas vezes é tudo muito rápido e sem graça, principalmente quando voto no final do dia.
Hoje votei pela manhã, que é quando a fauna costuma ser mais interessante.
Uma pequena fila com 4 pessoas a minha frente e uma senhora votando. Um senhor muito falante me recebeu perguntando:
- O Sr. também está na fila para escrever a história da sua vida ?
Eu imaginei que se tratava do início de um discurso cívico sobre a importância do voto, mas o cara estava se referindo à senhora que se encontrava ha mais de 15 minutos digitando na urna eletrônica sem conseguir finalizar sua votação. Ele prosseguiu:
- Ela já deve ter terminado a infancia e a adolescência ... deve estar descrevendo como foi o parto do primeiro filho ....
Não dei muita trela ... apesar de ser impaciente, não gosto de participar desse tipo de chacota a respeito das dificuldades de pessoas idosas.
Ele falava enquanto enxugava um pequeno sangramento labial com seu lenço. Creio que tivesse chegado um pouco antes, teria acompanhado a explicação para esse fato, mas perdi a chance.
Entre eu e o boca rota, duas senhoras se apoiavam mutuamente para não cair. Tive que me conter para não segurar as duas pelas golas dos vestidos, mas achei que com a costela fraturada o resultado poderia não ser bom.
Finalmente escutamos o ruído caraterístico do final da votação. Fiquei pensando se as urnas tem um "time out" decretando o final do tempo disponível.
Atrás de mim uma pequena confusão ... um guarda ajudava a descer um senhor na cadeira de rodas escada a baixo. A escola não dispunha de rampa e aparentemente não foi permitido deixar o cidadão votar numa sala do andar térreo.
O jovem que estava na frente do eloquente votou em 15 segundos e a mesária recolheu os documentos das senhoras à minha frente enquanto o resmungão foi sangrando até a mesa.
A senhora que estava em pior estado explicou à mesária que só estava alí para ajudar a outra que havia sido operada e não pode descer a escada com seu andador. Precisava acompanhá-la até a urna.
Não sei se isso é permitido, mas o caso é que a mesária deve ter chegado à mesma conclusão que eu ... Nenhuma das duas conseguiria sobreviver sozinha. A eleitora não chegaria até a urna e a amiga precisaria ser escorada por alguém.
As duas entram e o policial chega com o senhor na cadeira de rodas, acompanhado de uma mulher que concluí ser sua filha. Obviamente tem a preferencia e vão direto à porta da sala, estreita e com um pequeno degrau, desafiando a dupla policial-filha. Após tentarem algumas manobras, decidem levantar e jogar o senhor e sua cadeira para dentro da sala, quase atropelando a mesária.
O senhor da cadeira seguia sorridente, com singular satisfação, o que parecia ter alguma relação com a raiva contida da filha.
O eloquente terminou de votar, conversou com absolutamente todos os presentes e saiu.
As senhoras se apoiavam mutuamente diante da urna enquanto a mesária e eu torcíamos para que não derrubassem tudo.
O cadeirante dava voltinhas com sua cadeira dentro da sala esperando sua vez.
A mesária pegou meus documentos.
Por um segundo imaginei o que aconteceria se as senhoras caissem sobre a urna, a urna tombasse sobre o senhor na cadeira, o guarda entrasse apitando na sala, a votação fosse suspensa, a sala lacrada e eu ficasse sem meus documentos ... mas fui interrompido pelo ruido da urna ... as senhoras terminaram sua votação e cambaleavam em direção à porta enquanto o senhor da cadeira dirigia-se lépido à posição de votação. Algo me dizia que ele iria votar no Tiririca ... pena que o voto seja secreto.
Ele votou ràpido, a filha entrou e literalmente o empurrou porta a fora. Não deu para ver como fizeram para subir as escadas, porque era minha vez de votar.
Os mesários estavam assustando o jovem que votaria depois de mim dizendo que iriam colocar uma marca ao lado do seu nome para que fosse escolhido para trabalhar na próxima eleição.
Ele se defendia dizendo que não podia, porque cuidava de sua avó doente.
A mesária respondeu que isso era ótimo, porque precisavam de gente com experiência.
Votei rápido e saí com uma leve sensação de culpa. Embora as opções não fossem as melhores, estava ajudando a eleger alguém ... cúmplice, portanto.
Tudo funciona como num mega domingo com trânsito escolar.
Aos tradicionais motoristas domingueiros soman-se os motoristas eleitorais, aqueles que só saem de carro a cada dois anos para votar. E como se vota em praticamente todas as escolas, o resultado é uma grande confusão.
Voto numa pequena escola pública nas Perdizes e costumo dar sorte para estacionar o carro. Uso uma estratégia desenvolvida em todos esses anos de experiência: fico de olho num carro antigo e bem cuidado com gente dentro. Grande chace de se tratar de um motorista eleitoral, a espera de um momento de redução no fluxo de veículo para sair da vaga em segurança. Reduzo a velocidade e faço um sinal indicando que ele pode sair ... e bingo ... uma bela vaga na porta da escola. Funciona quase sempre.
A sala para votação tem sido a mesma nos últimos anos, mas as supresas variam.
Algumas vezes é tudo muito rápido e sem graça, principalmente quando voto no final do dia.
Hoje votei pela manhã, que é quando a fauna costuma ser mais interessante.
Uma pequena fila com 4 pessoas a minha frente e uma senhora votando. Um senhor muito falante me recebeu perguntando:
- O Sr. também está na fila para escrever a história da sua vida ?
Eu imaginei que se tratava do início de um discurso cívico sobre a importância do voto, mas o cara estava se referindo à senhora que se encontrava ha mais de 15 minutos digitando na urna eletrônica sem conseguir finalizar sua votação. Ele prosseguiu:
- Ela já deve ter terminado a infancia e a adolescência ... deve estar descrevendo como foi o parto do primeiro filho ....
Não dei muita trela ... apesar de ser impaciente, não gosto de participar desse tipo de chacota a respeito das dificuldades de pessoas idosas.
Ele falava enquanto enxugava um pequeno sangramento labial com seu lenço. Creio que tivesse chegado um pouco antes, teria acompanhado a explicação para esse fato, mas perdi a chance.
Entre eu e o boca rota, duas senhoras se apoiavam mutuamente para não cair. Tive que me conter para não segurar as duas pelas golas dos vestidos, mas achei que com a costela fraturada o resultado poderia não ser bom.
Finalmente escutamos o ruído caraterístico do final da votação. Fiquei pensando se as urnas tem um "time out" decretando o final do tempo disponível.
Atrás de mim uma pequena confusão ... um guarda ajudava a descer um senhor na cadeira de rodas escada a baixo. A escola não dispunha de rampa e aparentemente não foi permitido deixar o cidadão votar numa sala do andar térreo.
O jovem que estava na frente do eloquente votou em 15 segundos e a mesária recolheu os documentos das senhoras à minha frente enquanto o resmungão foi sangrando até a mesa.
A senhora que estava em pior estado explicou à mesária que só estava alí para ajudar a outra que havia sido operada e não pode descer a escada com seu andador. Precisava acompanhá-la até a urna.
Não sei se isso é permitido, mas o caso é que a mesária deve ter chegado à mesma conclusão que eu ... Nenhuma das duas conseguiria sobreviver sozinha. A eleitora não chegaria até a urna e a amiga precisaria ser escorada por alguém.
As duas entram e o policial chega com o senhor na cadeira de rodas, acompanhado de uma mulher que concluí ser sua filha. Obviamente tem a preferencia e vão direto à porta da sala, estreita e com um pequeno degrau, desafiando a dupla policial-filha. Após tentarem algumas manobras, decidem levantar e jogar o senhor e sua cadeira para dentro da sala, quase atropelando a mesária.
O senhor da cadeira seguia sorridente, com singular satisfação, o que parecia ter alguma relação com a raiva contida da filha.
O eloquente terminou de votar, conversou com absolutamente todos os presentes e saiu.
As senhoras se apoiavam mutuamente diante da urna enquanto a mesária e eu torcíamos para que não derrubassem tudo.
O cadeirante dava voltinhas com sua cadeira dentro da sala esperando sua vez.
A mesária pegou meus documentos.
Por um segundo imaginei o que aconteceria se as senhoras caissem sobre a urna, a urna tombasse sobre o senhor na cadeira, o guarda entrasse apitando na sala, a votação fosse suspensa, a sala lacrada e eu ficasse sem meus documentos ... mas fui interrompido pelo ruido da urna ... as senhoras terminaram sua votação e cambaleavam em direção à porta enquanto o senhor da cadeira dirigia-se lépido à posição de votação. Algo me dizia que ele iria votar no Tiririca ... pena que o voto seja secreto.
Ele votou ràpido, a filha entrou e literalmente o empurrou porta a fora. Não deu para ver como fizeram para subir as escadas, porque era minha vez de votar.
Os mesários estavam assustando o jovem que votaria depois de mim dizendo que iriam colocar uma marca ao lado do seu nome para que fosse escolhido para trabalhar na próxima eleição.
Ele se defendia dizendo que não podia, porque cuidava de sua avó doente.
A mesária respondeu que isso era ótimo, porque precisavam de gente com experiência.
Votei rápido e saí com uma leve sensação de culpa. Embora as opções não fossem as melhores, estava ajudando a eleger alguém ... cúmplice, portanto.
sábado, outubro 02, 2010
Comunicando com o Universo
Na adolescência percebi que precisava de respostas para seguir vivendo.
Tinha a consciência precoce de que a percepção humana (ou pelo menos a minha) não dava conta de entender a vida e os mistérios do Universo, mas necessitava de alguma aproximacão.
Decidi buscar onde outros haviam encontrado. Frequentei igrejas, centros espíritas, templos das mais diversas religiões e filosofias, desarmado, de coração aberto e mente arguta.
Foi uma longa e interessante jornada, sobre a qual prefiro não escrever, mas que estou pronto para contar a quem possa interessar, acompanhado de um bom café, vinho, chopp ou jogando bilhar.
Ao final, cheguei a uma conclusão, ou melhor, uma convicção, ou melhor ainda, uma sensação interessante: poderia escolher qualquer caminho para conectar-me com o Universo, desde que tivesse fé.
A fé, também descobri, é uma coisa bem diferente daquele fanatismo ou submissão tão comuns por aí.
Fé é simplesmente a ausiência total da dúvida.
E com essa fé escolhi uma forma bastante pessoal de conexão com a energia que anima o Universo.
É uma relação leve, divertida, instigante e curiosa, que segue me surpreendendo, sempre.
Como desta vez em que sofri um acidente durante uma palestra e arrebentei as costelas.
Dois dias depois, no pior momento da dor (antes do ortopedista receitar um remédio milagroso), enfrentei uma situação que resultaria num desfecho para a história que vem me aborrecendo nas últimas semanas.
Não fosse meu estado lastimável, minha reação teria sido outra. Mas não estava em condições de comprar uma briga, pois o destino havia minado meu espírito bélico.
Limitei-me a aceitar com resignação a provocação, já que o orgulho não encontrou respaldo para manifestar-se.
Foi a Ti quem me chamou a atenção ...
- O Universo sempre arranja uma forma de proteger, de um jeito ou de outro ...
Nesses anos em que estamos convivendo, ela já teve a oportunidade de observar como funciona essa relação curiosa.
Não sei se ela está certa, mas sei que o resultado foi positivo. Brigas de dinossauros não tem vencedores, tem sobreviventes. Mas nem sempre consigo convencer minha amigdala cerebelosa disso.
Para resumir, a dor já diminuiu, meus problemas momentâneos adquiriram outra perspectiva e devo voltar ao meu habitual estado de espirito (como diria minha avó, espírito de porco).
Tinha a consciência precoce de que a percepção humana (ou pelo menos a minha) não dava conta de entender a vida e os mistérios do Universo, mas necessitava de alguma aproximacão.
Decidi buscar onde outros haviam encontrado. Frequentei igrejas, centros espíritas, templos das mais diversas religiões e filosofias, desarmado, de coração aberto e mente arguta.
Foi uma longa e interessante jornada, sobre a qual prefiro não escrever, mas que estou pronto para contar a quem possa interessar, acompanhado de um bom café, vinho, chopp ou jogando bilhar.
Ao final, cheguei a uma conclusão, ou melhor, uma convicção, ou melhor ainda, uma sensação interessante: poderia escolher qualquer caminho para conectar-me com o Universo, desde que tivesse fé.
A fé, também descobri, é uma coisa bem diferente daquele fanatismo ou submissão tão comuns por aí.
Fé é simplesmente a ausiência total da dúvida.
E com essa fé escolhi uma forma bastante pessoal de conexão com a energia que anima o Universo.
É uma relação leve, divertida, instigante e curiosa, que segue me surpreendendo, sempre.
Como desta vez em que sofri um acidente durante uma palestra e arrebentei as costelas.
Dois dias depois, no pior momento da dor (antes do ortopedista receitar um remédio milagroso), enfrentei uma situação que resultaria num desfecho para a história que vem me aborrecendo nas últimas semanas.
Não fosse meu estado lastimável, minha reação teria sido outra. Mas não estava em condições de comprar uma briga, pois o destino havia minado meu espírito bélico.
Limitei-me a aceitar com resignação a provocação, já que o orgulho não encontrou respaldo para manifestar-se.
Foi a Ti quem me chamou a atenção ...
- O Universo sempre arranja uma forma de proteger, de um jeito ou de outro ...
Nesses anos em que estamos convivendo, ela já teve a oportunidade de observar como funciona essa relação curiosa.
Não sei se ela está certa, mas sei que o resultado foi positivo. Brigas de dinossauros não tem vencedores, tem sobreviventes. Mas nem sempre consigo convencer minha amigdala cerebelosa disso.
Para resumir, a dor já diminuiu, meus problemas momentâneos adquiriram outra perspectiva e devo voltar ao meu habitual estado de espirito (como diria minha avó, espírito de porco).
sexta-feira, outubro 01, 2010
Pensamento matinal
Tem dia que só de noite é bom ....
(argh ... estou precisando de uma injeção de otimismo ....)
(argh ... estou precisando de uma injeção de otimismo ....)
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