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domingo, janeiro 09, 2011

Ciência pós-moderna e suas incertezas

Heisenberg formulou o "princípio da incerteza", contestando as bases da física de Newton.
Essa fagulha provocou um grande incêndio que destruiu as bases do pensamento científico tradicional: a partir daquele momento, conclui-se que o ato de observar inteferiria no fenômeno observado.
Daí derivou a conclusão esotérico-científica de que a "realidade" é fluída e pode ser alterada pela consciência do observador.
Os Físicos ficaram doidos diante do desafio de rever seus paradigmas e alguns milhares de escritores ficaram ricos vendendo livros de auto-ajuda pelo planeta.
Curioso é que qualquer "pensador", desde a Grécia antiga, sabe que a "realidade" tal qual a percebemos é uma projeção da consciência.
Cientistas são obsessivamente condicionados a relações de causa e efeito, noção que os filósofos destruiram há muito tempo.
Não fosse por isso, poderiam considerar a hipótese de que não é a consciência que interfere com a realidade (ou que a realidade é fluída).  A hipótese alternativa de que é a consciéncia que determina a percepção da realidade (e que a isenção da observação é impossível) me parece mais simples.
E a explicação mais simples tende a ser a mais provável ...

14 comentários:

Carla P.S. disse...

Gostei: a insenção da observação é impossível.

gabyshiffer disse...

Papo cabça...
Então a conclusão foi que a isenção da observação é impossível...
Concordo!

Boa semana para você...
Ah comer menos, comprar menos, viver mais...
não vou esquecer, embora esteja no dna da mulher comprar, comer, emagrecer sempre...rs

Beijos na alma!

Ana SSK disse...

Já disse a Clarice Lispector que a simplicidade só se consegue com muito trabalho.

Ju ♥ disse...

eu gosto de coisas simples...

Luisa Fernanda disse...

La realidad no es la verdad, sino lo que uno percibe

Anne M. Moor disse...

E viva a complexidade agora aceita!

Batom e poesias disse...

Verdade.

bj
Rossana

A. Marcos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
A. Marcos disse...

Se eu não estiver equivocado, a idéia de que o observador interfere no objeto observado não se trata de algo personalíssimo e subjetivo decorrente da isenção ou não do observador.

Essa perspectiva (da alteração pelo observado quando ao efeito observado) surgiu quando cientistas estudavam elétrons.

Descobriu-se que havia interferência sim, mas não pela observação pura e simples (passiva). Ao revés disso, havia uma postura ativa dos cientistas já que para realizarem a observação dos elétrons os mesmos demandavam o uso de instrumentos cuja luminosidade era o fator preponderante para alterar o curso do objeto observado.

Flavio Ferrari disse...

Marcos: o fenômeno estudado foi, em linhas gerais, o que você descreveu.
Heizemberg foi muito objetivo na sua descrição. Já uma primeira leitura dos físicos-escritores pós-modernos (Fritjof Capra, por exemplo) induz a uma interpretação equivocada (a meu ver) do princípio da incerteza.

A. Marcos disse...

Agora vc tirou um sarro da minha cara....kkkkk

Flavio Ferrari disse...

Marcos: o pior é que não .... porque vc achou isso ?

e daí? disse...

o simples é sempre melhor...

udi disse...

tô gostando dessa conversa... cê podia continuar abordando esse assunto.
bj