Heisenberg formulou o "princípio da incerteza", contestando as bases da física de Newton.
Essa fagulha provocou um grande incêndio que destruiu as bases do pensamento científico tradicional: a partir daquele momento, conclui-se que o ato de observar inteferiria no fenômeno observado.
Daí derivou a conclusão esotérico-científica de que a "realidade" é fluída e pode ser alterada pela consciência do observador.
Os Físicos ficaram doidos diante do desafio de rever seus paradigmas e alguns milhares de escritores ficaram ricos vendendo livros de auto-ajuda pelo planeta.
Curioso é que qualquer "pensador", desde a Grécia antiga, sabe que a "realidade" tal qual a percebemos é uma projeção da consciência.
Cientistas são obsessivamente condicionados a relações de causa e efeito, noção que os filósofos destruiram há muito tempo.
Não fosse por isso, poderiam considerar a hipótese de que não é a consciência que interfere com a realidade (ou que a realidade é fluída). A hipótese alternativa de que é a consciéncia que determina a percepção da realidade (e que a isenção da observação é impossível) me parece mais simples.
E a explicação mais simples tende a ser a mais provável ...
domingo, janeiro 09, 2011
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14 comentários:
Gostei: a insenção da observação é impossível.
Papo cabça...
Então a conclusão foi que a isenção da observação é impossível...
Concordo!
Boa semana para você...
Ah comer menos, comprar menos, viver mais...
não vou esquecer, embora esteja no dna da mulher comprar, comer, emagrecer sempre...rs
Beijos na alma!
Já disse a Clarice Lispector que a simplicidade só se consegue com muito trabalho.
eu gosto de coisas simples...
La realidad no es la verdad, sino lo que uno percibe
E viva a complexidade agora aceita!
Verdade.
bj
Rossana
Se eu não estiver equivocado, a idéia de que o observador interfere no objeto observado não se trata de algo personalíssimo e subjetivo decorrente da isenção ou não do observador.
Essa perspectiva (da alteração pelo observado quando ao efeito observado) surgiu quando cientistas estudavam elétrons.
Descobriu-se que havia interferência sim, mas não pela observação pura e simples (passiva). Ao revés disso, havia uma postura ativa dos cientistas já que para realizarem a observação dos elétrons os mesmos demandavam o uso de instrumentos cuja luminosidade era o fator preponderante para alterar o curso do objeto observado.
Marcos: o fenômeno estudado foi, em linhas gerais, o que você descreveu.
Heizemberg foi muito objetivo na sua descrição. Já uma primeira leitura dos físicos-escritores pós-modernos (Fritjof Capra, por exemplo) induz a uma interpretação equivocada (a meu ver) do princípio da incerteza.
Agora vc tirou um sarro da minha cara....kkkkk
Marcos: o pior é que não .... porque vc achou isso ?
o simples é sempre melhor...
tô gostando dessa conversa... cê podia continuar abordando esse assunto.
bj
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