Lendo o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil (Leandro Narloch - Ed. Leya), me deparo com o seguinte:
"Se pudessemos fazer uma terapia de grupo entre países, surgiriam comportamentos reveladores durante as sessões. Haveria aquele país que mal notaria a existência dos outros, como a França, talvez os Estados Unidos. A Alemanha se seguraria calada, sofrendo de culpa, desconfortável consigo e com os colegas ao redor. Uma quarentona insone, em crise por não ser tão rica e atraente como no passado, representaria muito bem a Argentina. Claro que haveria também países menos problemáticos como o Chile e a Suiça, contentes com sua pouca relevância. Não seria o caso do Brasil, paciente que sofreria de diversos males psicológicos. Bipolar, oscilaria entre considerações muito negativas e muito positivas sobre si próprio. Obcecado com sua identidade, em todas as sessões aborreceria os colegas perguntanto "Quem sou eu ?", "Que imagem eu devo passar?", "O que me diferencia de vocês ?"..... A identidade nacional foi sempre um problema psicanalítico do Brasil."
No capítulo entitulado "Samba e Facismo", o autor faz considerações muito interessantes sobre a construção da identidade nacional. O livro vale a pena.
segunda-feira, janeiro 10, 2011
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5 comentários:
bipolar e com crise de identidade... ninguém merece!
Interessante é ler ambém "Corações Sujos". Trata-se da relação entre brasileiros e imigrantes japoneses durante a segunda guerra mundial.
Gostei das dicas.
Adorei, como era de se esperar!
Deve valer... rs. Ainda bem que não estou sozinha no transtorno bipolar. O Brasil todo tá comigo! Mas com crise de identidade eu não estou não... rs.
Bjs.
Bela dica, vai pra minha lista.
Bipolar e com crise de identidade... é, parece que sou brasileira mesmo!Rs
Bj
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